Quase Morto
"Foste morto, e com Teu sangue compraste…”
gritam os salvos, com glória e contraste.
De todo povo, tribo e nação,
Deus fez um povo, fez sacerdotes em adoração.
O tempo está morto nas mesmices do cotidiano, mas quando encantadoras engrenagens de afetos são acionadas, o tempo vive.
“Deus está morto”. As atrocidades ficaram na história. Restam apenas humanos em nome dele, cometendo-as tanto quanto...
O paradoxo “Deus está morto” representa o declínio da humanidade, mais de 2.000 mil anos de inverdades que construíram uma sociedade meramente fanática, onde o amor, a liberdade, a compaixão estão oprimidos. O bem está morto. A morte de Deus na humanidade é um fato com a promessa da ressurreição fadada a uma utopia para a plena felicidade.
Jesus está morto, Deus não! Para tanto o Natal de luzes para simbolizar o nascimento e uma cruz como máxima das simbologias de uma tragédia anunciada. Deus o todo poderoso cheio de dotes colocou o homem sobre um muro em todas as suas peculiaridades para utilizar-se do livre arbítrio, mas conforme o lado em que cair ele usará de seu poder de condenação.
Sobre o nascimento de um salvador ainda requer dúvida na função “salvação da humanidade”, porém a morte desse filho permitida aos olhos do pai é o ápice para as crendices. “Com deus não se brinca”, frase jargão, do tipo religiosamente correta, para fazer valer a máxima em um possível castigo dos deuses. A humanidade não segue religiosamente os ensinamentos de Deus, desde Eva e Adão, então ele já acabou com o mundo em fogo. Não sendo possível melhorar o mundo com o milagroso nascimento de Jesus, Deus permitiu a maior atrocidade já feita a um ser humano, dado ao sacrifício e morte em benefício do mesmo povo já condenado; de nada adiantou!
Faz-se necessária uma nova ideia ou à vinda de um deus todo poderoso raiando sobre nuvens, até mesmo um fogaréu do inferno, por que já se acostumou com essas ideias, acaso enviar mais um filho será de tamanha crueldade e fim, porque nada é superior a ridicularidade e vontade do ridículo homem.
Amauri Valim.
As imagens falsas de uma vida invisível nas redes sociais ressalta a brutalidade de um mundo morto.
Na região do silêncio só os demônios comunicam com os vivos, enganando-os no papel de parentes mortos.
Pior do que uma consultar a um morto recentemente enterrado é aquele que consulta a imagem de padroeiros, em forma de pedaços de madeira ornamentados e formatos de gesso, vivendo enganado com falsas esperanças.
Todos os espíritas são covardes, medrosos e mentirosos, porque têm medo de consultar o morto no cemitério de madrugada, caem fora se lhes pedir ajuda de médium e velas, porque sabem que na hora da consulta, os demônios só se manifestam para negar a verdade e atrapalhar a vida dos outros.
Seja qual for a sua religião, nela não há cabeça com plenitude; apenas um corpo morto na fé e cercado de outros que riem das suas práticas.
Se o mundo físico falasse mais alto do que o espiritual, o cristão estaria morto nos primeiros passos para escalar o seu sucesso.
Como peixe morto é o homem que vive pescado pelas águas putrefatas de Satanás, quando ele obedece aos desejos da sua carne.
A alma que peca é um peso morto para o corpo, um curto circuito para a mente e um veneno para o coração.
