Quarto Privacidade

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MEU NETO
Como de costume em meu quarto na hora de ir dormir, coloquei-me de joelhos dando inicio a minha derradeira oração daquele dia e dentro de uma certa ordem, com Deus comecei a confabular,primeiro agradeci por meus filhos estarem todos bem,agradeci pelo dia de luta no meu trabalho pois ainda que tive que empregar a austeridade meu conhecimento foi frutífero , agradeci também pela superação as dificuldades, pela força contínua a mim oferecida, pela oportunidade em poder ter escrito mais um capitulo da história no livro de minha existência, entre outras inúmeras graças a mim concedidas.
Ao pedir... Pedi discernimento para entender o que me falta e sabedoria para conclusão, logo, peguei no sono e num lindo sonho, ágüem com uma voz doce, suave e serena, avisou-me que estava chegando pra ficar, que iria se unir a nós a pedido de Deus de modo a nos alegrar e a nos instruir quanto ao amor instalado em nossos corações.
Ao despertar ressabiado, pensei e por alguns dias não parei de indagar-me sobre quem poderia estar por vir a nos completar de maneira tão sucinta, ainda que repleta de plenitude e tão logo alguns dias mais se passaram, recebi a mais bela de todas as noticias dos últimos tempos; Meu neto já se alojara no ventre da Alejandra, namorada de meu filho Lucas, foi ai que pude entender a mensagem de meu sonho e tão logo a boa nova se confirmou patologicamente com o beta hcg positivo, venho notando o quanto as coisas estão melhorando a minha volta, minha seriedade esta mais alegre, minha tristeza se tornou feliz, minhas forças vem se renovando, minha vontade de seguir adiante se fortalece a todo instante, meu trabalho segue prosperando, até meu apetite esta tomando jeito...É incrível que assim como meu neto, tudo vem criando corpo, tomando forma e as possibilidades vem se tornando cada dia mais amplas, claras e transparentes.
Como de costume em meu quarto, irei novamente agradecer a Deus.

"Lar doce quarto, posso vê lo daqui, meu querido amigo, costumo dizer que o quarto é o melhor amigo de uma mulher. ele não te irrita, não te enche de perguntas, não te acusa, não te da sermoes... Apenas nos ouve com seus quatro ouvidos, se é que me entendem..."
*Pensamentos Desventurados.

“Tudo começa, tudo termina, e a única coisa que continua sou eu aqui, trancada no quarto, abraçada com meu travesseiro e me lamentando por nada ter dado certo. Mais uma vez.”

Dois amigos ficam contentes quando chega um terceiro e três quando o quarto se reúne a ele, basta que o recém chegado tenha as necessárias qualificações para tornar-se um verdadeiro amigo. Eles podem dizer, como as almas abençoadas dizem em Dante: "Está chegando alguém que vai ampliar nosso amor". Pois neste tipo de amor "dividir não é remover".

(Os quatro amores)

Às vezes, ainda choro no silencio do meu quarto, com a cara enfiada no meu travesseiro pensando que não posso mais aguentar o peso de uma dificuldade. Mas, é justamente nestas horas que percebo que não estou mais sozinha. Sei que não posso suportar as minhas dores com algum tipo de força humana que provenha de mim, mas tenho certeza de que vou avançando na vida através da imensurável capacidade que Deus me dá de levantar-me e colocar-me de pé. Deus me prontifica permitindo que eu caminhe além do que um corpo físico debilitado como o meu conseguiria. Porque Deus é a minha força e com Ele estou sempre superando os meus limites.


Trecho do livro "Inimigo Oculto- Foco, Força e Fé"

Engraçado.
Engraçado como eu morro de raiva e acordo ouvindo teus passos no meu quarto, sentado ao meu lado e eu, sem a mínima disposição pra te colocar pra correr, o máximo foi ''vai embora agora'', virei pro lado achei que era sonho/pesadelo mas não era.
Engraçado é eu usar teu moleton pra dormir.
Engraçado como não consigo mais olhar Supernatural e ouvir AC/DC.
Engraçado como eu saio lá fora e vejo o pôr do sol sozinha.
Engraçado como eu amo tanto mas não consigo mais.
Engraçado como eu ainda rio das tuas besteiras.
Engraçado como não dá pra ouvir certas músicas.
Engraçado como eu me importo com quem mandei embora.
Engraçado como eu sou imprevisível e não consigo desapegar.
Engraçado como eu sinto falta de certa compania no final a tarde, na hora do café.
Engraçado é descer a Assis Brasil ao invés de subir.
Engraçado é não te cobrar mais nada, além de respeito.
Engraçado como isso me deixa nervosa, mas nem um pouco confusa.
Engraçado é a minha reação ao te ver e não conseguir te olhar nos olhos.
Não vou mais fraquejar.
Engraçado é o modo como estou escrevendo agora pois é o que eu acho, é ''engraçado'' pra não dizer ''agoniante'' pois não achei palavra mais precisa, não estou agoniada, estou totalmente certa da minha decisão e pra falar a verdade, foda-se o coração por enquanto.
Não volto atrás, não digo que será pra sempre, nossa o ''pra sempre'' me assusta, muito, todos os dias. É tão fácil dizer as coisas estando longe, eu só quero ficar em paz e te ver em paz.
O cara não percebeu a gravidade do problema e sei que sou 8 ou 80.

Se alguém conhece ai, duvido muito que não, a música ''Perfeita Simetria'' do Engenheiros do Havaii, uma da banda gaúcha se não a melhor, que cita estes versos:


'' Toda noite de insônia
Eu penso em te escrever pra dizer que o teu silêncio me agride e não me agrada ser um calendário do ano passado.
Prá dizer que teu crime me cansa e não compensa entrar na dança depois que a música parou, a música parou.
Toda noite de insônia eu penso em te escrever escrever uma carta definitiva que não dê alternativa prá quem lê.
Te chamar de carta fora do baralho descartar, embaralhar você e fazer você voltar..
Ao tempo em que nada nos dividia;
Havia motivo pra tudo e tudo era motivo pra mais;
Era perfeita simetria, éramos duas metades iguais.
O teu maior defeito talvez seja a perfeição.
Tuas virtudes talvez não tenham solução. (...)"
Nem sei se falei coisa com coisa aqui, apesar das pessoas virem me dizer ''ai vocês eram tão fofos juntos'' eu respondo que sim, éramos e talvez sejámos pra sempre um casal fofo, que ficou no passado. Não quero me ferir, não quero te ferir, não quero ferir ninguém. E que se exploda quem se intromete ande não é chamado, quem vem me julgar sem saber tomando as dores do outro. Não quero ninguém com minhas dores, não preciso de NINGUÉM pra me defender, sou mulher o suficiente para admitir meus atos bons ou ruins, mesmo sendo imatura certas vezes. Como sempre digo, DE MIM EU QUE SEI, tu que vê por fora só encherga a casquinha. Eu tô plugada na vida, de mim eu não desisto jamais e uma dica pra quem se importa: - Nunca sinta pena de si mesmo, não se faça de vítima. Fale, se abra pois pode ser tarde demais e você pode acabar perdendo algo que ama muito, ou diz que ama. Amores são diferentes, únicos, todos amamos mais de uma vez, todos são únicos pra quem se importa(tava) e valoriza(va). Minha personalidade ajuda um pouco, arrogante, orgulhosa e teimosa. Guardo tudo que sinto.

Ficar trancado no quarto nem sempre é depressão, pode ser apenas querer ficar sozinho, longe de tudo, longe do mundo. Só você e Deus.

E da janela do quarto, vendo uma vida de estrelas passarem por seus olhos, algo lhe dizia:
- Tá vendo aquele mundo lá fora? É seu, vai pegar.

Da janela
Da janela do meu quarto
Corre água sem chover
Corre água dos meus olhos
Quando penso em você

"Dormir em um quarto escuro e se proteger do vento frio, não vai resolver seus problemas com o coração"

“Falsa realidade”

Só, em meu quarto, me vejo no espelho
Uma face triste, em um dia longo
Que não tem fim. A tarde vem chegando
O sol vai ficando vermelho.
E a sensação de pesar não passa
Estou me maltratando!
Devagar o dia acaba e a noite por chegar,
Deixa-me cada vez mais apreensivo.
Procuro algo para me agarrar.
Tento me agarrar aos meus sonhos,
Sem sair da realidade!
Vou minha vida encenar,
Farei da minha vida ficção,
Algo que eu possa passar e repassar,
Uma representação daquilo que sou,
Uma representação daquilo que quero ser.
Vou tentar viver intensamente a vida,
Fazer acontecer, mudar, me surpreender...
-Sair desse quarto!

24/09/2010

O Mundo acabou faz tempo,Então vai chorar as magoas no silêncio do teu quarto.

Em tons de solidão pinto esse quarto,
Seis paredes sem saída, e é branco, vermelho, preto.
Simultâneo rabisco as marcas do infeto
Desprovidas de sentido aos que acaso pudessem ver,
A profundidade que uma vida dita bela pode se arrefecer.

Hoje eu prefiro minhas palavras do que você.
Equívoco pensar ao ler que por isso quero voltar,
Mesmo não julgando tudo tua culpa,
Tudo se fez posterior a esses momentos descompassados
A se formar medos e receios que fogem do passado.

É só meu fim quando acabar a tinta,
E tudo de ti de mim expulsar também poderei ir
A lugares impossíveis de se aludir
Por dentro de mim e nunca voltar,
Subscrever o que me faz retorcer, e corroer.

O talvez me abraça forte de incerteza,
Aos futuros passados enquanto escrevo palavras vagas,
Ao desalento da inexistência de possibilidades
Tudo se repete e o que importa a idade, a cidade?
Eu sou meus erros sob a visão do fracasso.

Quer esquecer o mundo? Entre no teu quarto e curta o teu silêncio.

Ainda roubo seu coração e guardo no meu quarto, pra ter a certeza de que sinto você ao meu lado.

Eu posso ser feliz pela metade. Posso ser feliz um terço e até mesmo um quarto. Aprendi a dividir o que tenho.

Ah, eu sou um pai pra você? Pois vá agora arrumar seu quarto ou fica de castigo, seu filho da mãe!

A poesia pode até manchar de sangue amarelo o quarto da Condessa que não existe. Que importa, pois? Tudo passa a existir, apenas por ter sonhado inventar.

Medo

A morte em seus olhos
Em suas veias sangue frio
Silencio amedrontado
E seu quarto está vazio
Sozinha em pensamentos
Lhe provocam arrepios

Olhos arregalados
Criança assustada
De baixo das cobertas
A porta está trancada

Encontra uma lanterna
Mais está sem bateria
Respirava profundo
e nada ouvia

Ainda a procura
Ascende uma vela
Vê sombras no escuro
Atrás da janela


Medo real?
Engano ou ilusão?
Chorava na cama
Em meio a escuridão

Lagrimas inevitáveis
Pingavam no chão
O barulho ecoava
Piorando a sensação


Criança fraca
Não era nenhum exemplo
A janela rangia, batia
Com o vento


O escuro a prendia
Em noites condenadas
Lhe perseguia lhe encolhia
Fazia ameaças


Cobria a cabeça
Com lençóis encharcados
De lagrimas de medo
Pesadelos, assombrados


Mantia a cabeça coberta
Com medo do que podia ver
Não sabia se gritava
Não há nada que podia fazer

Criança medrosa
Não é o que queria ser
Mas continuava imóvel
Esperando amanhecer


A noite ia passando
E a criança cansada
Agora via a luz do dia
Pois amanhecia acordada


Falça felicidade
Era só o que podia ter
Acabava com o noite
Após escurecer

Só queria sair correndo
De lá poder fugir
Para onde não houvesse medo
Nenhum medo pudesse sentir


Mais em parte alguma
havia lugar seguro
Era um mundo de fantasmas
De terror
Um mundo escuro


Escuro imortal
Onde não existe vida bela
Não estava no quarto
Estava dentro dela


Medo cruel
Que a acompanharia
Pois se o medo não vencesse
Ele jamais a deixaria.

E de mim sobrou apenas um caderno de lembranças, jogado no chão do meu quarto.