Quanto Vale um Abraco

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Aquele que quer aprender a voar um dia precisa primeiro aprender a ficar de pé, caminhar, correr, escalar e dançar; ninguém consegue voar só aprendendo vôo.

Um homem sensato pode apaixonar-se como um doido, mas não como um tolo.

A mulher não é um gênio, é um elemento decorativo. Não tem nada para dizer, mas di-lo tão lindamente.

O mundo divide-se em pessoas boas e pessoas más. As pessoas boas têm um sono tranquilo. As pessoas más divertem-se muito mais.

Quem tem mil e um amigos não encontra um disponível; quem tem um inimigo encontra-o em todo o lado.

Matar um homem para salvar o mundo não é atuar para o bem do mundo. Imolar-se a si mesmo, eis o que é agir bem.

Para ser um bom observador é preciso ser um bom teórico.

Chega um dia em que se o homem não deixar tudo para trás não vai para a frente.

Existe um caminho que vai dos olhos ao coração sem passar pelo intelecto.

O sucesso tem sido sempre um grande mentiroso.

Se um homem é feliz então está triste todos os dias. Cada dia tem o seu quinhão de tristeza ou a sua pequena preocupação.

Se uma mulher se vestisse só para um homem, com certeza não demoraria tanto tempo.

Quando se diz que um escritor está na moda, isso quer dizer que ele é admirado por menores de trinta anos.

Odiar as pessoas é como atear fogo na casa a fim de se livrar de um rato.

Uma viva inteligência de nada serve se não estiver ao serviço de um caráter justo; um relógio não é perfeito quando trabalha rápido, mas sim quando trabalha certo.

Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará.

Nos acontecimentos, sim, é que há destino:
Nos homens, não - espuma de um segundo...
Se Colombo morresse em pequenino,
O Neves descobriria o Novo Mundo.

Mario Quintana
QUINTANA, M. Espelho mágico. Porto Alegre: Ed. Globo. 2005

A inumanidade que se causa a um outro destrói a humanidade em mim.

Um idealista é alguém que ajuda outro a ter lucro.

É menor pecado elogiar um mau livro sem o ler do que depois de o ter lido. Por isso, agradeço imediatamente depois de receber o volume. Não há vida literária plenamente virtuosa.

Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, C. D. Passeios na Ilha, 1952