Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa

O ódio é de longe o mais longo dos prazeres: amamos depressa, mas detestamos com vagar.

A mulher mais honesta não resiste à tentação de parecer sedutora e, sem pensar em dar uma esperança, não desgosta de deixar um espinho.

O dinheiro é a coisa mais inútil do mundo. Não estou interessado nele, apenas nas coisas de que ele é apenas um símbolo.

É o homem mais feliz, seja ele rei ou camponês, aquele que encontra paz em seu lar.

Eu digo que se alguém não faz, o tempo todo, tudo aquilo que pode e até mais do que pode, é exatamente como se não fizesse absolutamente nada.

Mais prudente do que o amor, a amizade dispensa os juramentos.

Música antes de mais nada.

O pobre prefere um copo de vinho a um pão, porque o estômago da miséria necessita mais de ilusões que de alimento.

Não existe testemunha mais terrível - acusador mais poderoso - do que a consciência que habita em nós.

Quem vive na tranquilidade, que seja mais ativo; quem vive na atividade deve encontrar tempo para descansar. Segue a natureza: ela te lembrará que fez o dia e a noite.

Perante a cólera nada é mais conveniente do que o silêncio.

Vá até onde a sua vista alcançar e, ao chegar lá, você conseguirá enxergar mais longe.

Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo.

O que mais me interessa saber, não é se falhaste mas se soubeste aceitar o desaire.

O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.

Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles, poucos, que pude passar em minha casa, com a minha família.

Nutra sua mente com grandes pensamentos, pois você nunca irá mais alto do que o que você pensa.

Coisas da Vida

Quando a lua apareceu
Ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde
Mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer
Ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano
Nessas horas de partida
É o fim da picada
Depois da estrada começa
Uma grande avenida
No fim da avenida
Existe uma chance, uma sorte
Uma nova saída
São coisas da vida
E a gente se olha, e não sabe
Se vai ou se fica
Qual é a moral?
Qual vai ser o final
Dessa história?
Eu não tenho nada pra dizer
Por isso eu digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho

Há certos passatempos e prazeres ilícitos, que censuramos nos outros, mais por inveja do que por virtude.

É a ambição de possuir, mais do que qualquer outra coisa, que impede os homens de viverem de uma maneira livre e nobre.