Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa
Ah, mas tudo bem. Em seguida todo mundo se acostuma. As pessoas esquecem umas das outras com tanta facilidade.
O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida.
Amo vocês como quem escreve para uma ficção: sem conseguir dizer nem mostrar isso. O que sobra é o áspero do gesto, a secura da palavra. Por trás disso, há muito amor.
Tenho a impressão que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui.
E eu sempre digo que posso ter uma solidão medonha, mas sempre vai haver um vasinho de flores num canto. A gente pode enfeitar a amargura.
Nada de mau me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa.
Acho que meu mal sou eu mesmo, esses círculos concêntricos envolvendo o centro do que devo ser. Mas só poderei me aproximar dos outros depois de começar a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio. Também não quero me buscar nos outros, me amoldar ao que eles pensam, e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu.
E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
Você, como qualquer ser humano, precisa de amor — e como ser humano legal e especialíssimo, merece amor de uma pessoa bonita.
Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu – sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Nota: Trecho da crônica Sugestões para atravessar agosto, publicada originalmente no jornal "O Estado de S. Paulo", em 6 de agosto de 1999.
...MaisSem maquiagem nem anjo da guarda, dentro de uma camisola velha de pelúcia (...) sozinha no apartamento e no planeta Terra.
Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem (...) Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido longo, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.
Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo preenchê-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas.
É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.
Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? Mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez enquando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim.
Chega uma hora na vida que você precisa abandonar tudo, e ir embora, mesmo que o teu coração esteja sangrando. Mais como fugir de um mundo que eu mesma criei? Um mundo inventado que só existe na minha cabeça; já tive grandes momentos aqui, chorei, decepcionei, essas são coisas que vão estar pra sempre em um grande espaço do meu coração, mas tem dias que eu penso em fugir, fugir pra nunca mais ninguém me achar, quero me perder em um lugar só meu. Conheci pessoas que são muito especiais e que valem mais do que o meu mundo real! E são só por eles que eu ainda estou aqui. Mas não quero mais fazer parte desse mundo, eu não quero sentir que a saudade tomou conta de mim por completa, cansei de ouvir um PARA SEMPRE.
Cada um tem que inventar sua resposta. Dar sentido a sua vida. A vida, em si, não tem sentido. Cada um tem que construir o seu sentido. E vai sofrer para encontrar.
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