Quando Sorrimos
Quando eu era jovem, de manhã alegrava-me, / de noite chorava; hoje que sou mais velho, / começo duvidoso o meu dia, mas / sagrado e sereno é o seu fim.
Ninguém pode conceber tão bem uma coisa e fazê-la sua, quando a aprende de um outro, em vez de a inventar ele próprio.
Os benefícios são apreciados enquanto se vê a possibilidade de retribuí-los: quando, ao contrário, superam esses limites, em vez de gratidão, geram ódio.
Porque jamais esquecerei, e ela me comove, vossa estimada e boa imagem paterna, quando no mundo, uma vez por outra, me ensináveis como o homem se torna eterno.
Crescendo de trovão até findar,
Depois o esboroar-se, grandioso,
Quando o Tudo criado era escondido
Isto – a Poesia -
Ou o Amor - os dois vêm coevos -
Ambos, nenhum provamos -
Um qualquer experimentamos e morremos -
Ninguém vê Deus e vive –
O amor é um sentimento tirânico e zeloso, que somente se satisfaz quando a pessoa amada lhe sacrifica todos os seus gostos e todas as suas paixões. Nada se faz, se não se faz tudo.
Geralmente, quando detestamos alguma coisa nos outros é porque a sentimos em nós mesmos. Não nos aborrecem os defeitos que não temos.
Faz-se crítica quando não se pode fazer arte, como quem se torna delator quando não se pode ser soldado.
Há dois momentos na vida de um homem em que não se deve especular: quando não tem os meios e quando os tem.
A estima assenta sempre em qualquer fundo, e não se estima ninguém quando se estima todo o mundo.
Peca igualmente quem apressa o hóspede que não quer partir / e quem o detém quando este já está partindo. / O hóspede deve ser bem tratado se fica, e não deve ser impedido de partir se assim o deseja.
