Proximidade
DEL CASTILHO
Havia um sofá...
Um “so far” na proximidade
Da intransponível solitude...
O toc-toc da Olivetti ou da remington
Para minha inspiração
E uma corda imaginária no teto
Para minha solidão...
Havia horas para se empacotar a vida
E fazer pilhas de paciência...
O gotejar incessante de alguma torneira
No mais profundo silencio,
Passos pelas dependências da minha ansiedade
Fantasmas de mil purgatórios...
Havia o telefone para confidências
De paixões inadimíssiveis
Durante a madrugada...
Havia o corredor que conduzia `suburbana
Sangrenta e insaciável...
Havia a igrejinha onde remiam nossos pecados
A nova América que vestia o nosso país
E um viaduto para problemas sem solução...
A proximidade das pessoas me causa um constrangimento absurdo, não consigo acreditar que alguém possa querer minha companhia, sem ser invasivo e violento as minhas crenças. Mantenho distancia, para preservar meus sentimentos bons, esquivo-me para preservar a luz.
Amor Amigo
Quando amamos a alguém próximo, sofremos de proximidade, não um sofrimento qualquer, uma angustia e um nó na garganta, faltam palavras para tal descrição, amar uma pessoa já se torna uma missão difícil, pois o ato de amar a si próprio já não é uma tarefa simples.
Amar alguém que temos uma profunda amizade, uma pessoa que seguidamente encontramos, torna-se um via de duas rotas, ou perfeito, quando é reciproco tamanho sentimento, ou tortuoso, quando se ama sem ser correspondido, tal cura é impossível.
Nossa leitura superficial sobre as virtudes ou defeitos de alguém, é comparada com a proximidade de um mesmo alvo, por ângulos diferentes.
Se estivermos numa localidade próxima, observando uma bela praça, chegamos a ver detalhes que jamais veríamos se estivéssemos sobrevoando este lugar.
Portanto, antes de falarmos de alguém, primeiro deveremos estar próximos aos motivos responsáveis por seu comportamento.
Do outro lado, termos uma balança de precisão para avaliarmos o peso de cada ação, de boa ou má qualidade, para evitarmos, que nossa critica às más ou boas ações seja pesar muito mais a favor desta conduta.
Caso tal análise não tenha os instrumentos descritos acima para esta conclusão, nosso silêncio será sempre a opção mais sábia a ser considerada.
(Teorilang)
O visível e o invisível, a presença e a ausência, a distância e a proximidade, o tangível e o intangível. O começo e o fim. Quantas dessas coisas para as pessoas são inescrutáveis.
É completamente possível que você morra de saudades de alguém, mas não queira proximidade. Isso significa que apesar de ser importante e fazer falta, a distância faz de você uma pessoa mentalmente mais saudável.
Sempre irão exigir que sejamos perfeitos, mas a maior proximidade possível é uma mente que não se reprova naquilo que valida.
“Muitas vezes aquilo que procuramos está tão próximo de nós
que tamanha proximidade nos veda os olhos a ponto de não
encontrarmos aquilo que tanto almejamos.”
Chega a ser risível, a proximidade da admiração e do desprezo, assim como em outros casos de antagonismos, onde são tão iminentes, mas tão divergentes, estão sempre na fronteira. Dependendo apenas de determinados fotores, para que um, se transforme no outro.
Possibilidade impossível
Proximidade distante
Lampejos de insanidade
Incoerente sensação
Desalinho de pensamentos
Intocado querer
E aí o sensor dispara: Proximidade demais!
Hora de desacelerar o coração.
Afinal, você não quer sofrer outro
acidente como aquele, certo?
