Prosa Poetica Vinicius de Moraes
Subserviência
O que a gente faz
O que a gente pensa
Quando o sonho traz
E a gente dispensa
E o que fazer depois
Pra durmir em paz
Quando o arrependimento chegar
E sem pedir licença
Se acomodar entre nos dois
O que a gente vai cantar
Quando a missa começar
Se até o padre foi se embora
Porque cansou de comungar
Ele pegou logo a sua estrada
E foi tentar sorte em outro lugar
Porque cansou
De casar aos outros
E não lhe sobrava nem risadas
O que a gente faz
Ou deixa de viver
É problema de quem nasce
E um dia tem que morrer
Talvez você
É que não conhece o seu lugar
Pois esquece no fogo o seu doce
E do meu vem se lambuzar.
Televisão
A televisão sempre veta
O que os olhos
Da gente quer ver
Porque está sempre alerta
E toda verdade tenta esconder
A televisão sempre teima
Com a verdade nunca mostrar
Todos os papéis ela queima
E os rastros tenta apagar
A televisão sempre deixa
Você imaginar o que quiser
E enquanto ninguém se queixar
Há de aceitar o que vier
E assim pra sempre vai ser
Se você nada disser
A televisão sempre se enjoa
Quando eu não faço o jogo dela
Ai é que a mentira quer voar
E arrancar o couro da goela
A televisão sempre deixa
Uma voz calada em algum lugar
Com tantas perguntas
Sem respostas
Bailando soltas no ar
Tantas propostas
Vivendo ali juntas
Num faz de conta
Ou deixa pra lá
A televisão me envergonha
E logo eu já passo mal
Ela tira a alegria de quem sonha
E acha tudo muito normal
No final só ela quem ganha
E acha que ninguém é igual.
Uns Braços
Há uns braços
Querendo mais
Que alguns abraços
Pedindo corda em vez de laço
Pra atracar um coração
Que vive agora em pedaços
Há uns braços remando
Sempre contra a maré
E uma boca implorando
O beijo daquela mulher
Há um delírio no seu olhar
Se alimentando com as mãos
Em vez de colher
Há um colírio tentando cegar
Os olhos dessa ilusão
E tudo que é sonho da gente
Tentando pra sempre tolher
Há uns braços
Querendo tocar o céu
E se lambuzar no seu peito de mel
Mas muitas vezes parece de aço
E quer abusar de mim
Um gosto estranho de fel
Há uns braços
Decretando o meu fim
Sentado num banco á direita
Julgado como se fosse um réu
Trocando o não pelo sim
Á me condenar nessa seita
E deixando perdido ao léu.
Acaso
No acaso não me cabe
Apontar o dedo ou julgar
Pois quem veio pode voltar cedo
Mas também pode ficar
Pois o acaso nunca sabe
Quem veio pra lutar
E se não luta é porque acha feio
Ou talvez porque morre de medo
E pra não derrubar
Ele pisa logo no freio
Evitando deixar no chão
Tudo aquilo que o arreio
Um dia não conseguiu segurar
Quando veio correndo
E não segurou o rojão
Tremendo feito vara verde
E quase pifou o coração
O acaso me persegue
E eu finjo que não percebo
Pois a vida é um reggae
E o que ela der eu recebo
Porque assim como a vida
É sagrada
É sacramentado á ela
Também o ocaso.
Os Olhos Da Cigana
Minha vida é uma ciranda
Sempre escrava de quem manda
Me crava no peito uma espada
Aqueles olhos da cigana
Pois de boba não tem nada
E aquela boca não me engana
Minha vida é uma ciranda
E sempre estar na corda bamba
Sempre escrava de quem manda
E quando eu pulo nesse fogo
É como parte de um jogo
No lugar que não tem samba
Minha vida é uma ciranda
Uma cidade enfurecida
Me dar voz de prisão
E faz eu beber formicida
Sempre escrava de quem manda
Esses olhos da cigana
Que são como duas espadas
No meu pobre coração.
Alguém me perguntou o que é um casamento
exemplifiquei usando duas porções de arroz
coloquei-as lado a lado com uma pequena distância separando-as e disse:
isto pode ser um casamento
então movi a porção da esquerda para o lado da porção da direita e disse: isto não é um casamento
voltei as porções para o lugar inicial, o das possibilidades
agora movi a porção da direita para o lado da porção da esquerda e novamente afirmei que aquela união também não era um casamento
voltando as porções para o lugar inicial, parei por alguns instantes e movi uma porção até o meio do caminho e em seguida movi a outra parte da mesma forma, o que acabou misturando-as...
O embuste perfeito sacudiu a alameda
três garotos gritavam
pega ladrão
mártires das marijuanas a roubarem o sustento
maquina pobre e rala a queimar os lábios
sufoco na fumaça insana o que a alma deseja
corre que a policia vem aí
da poliça tenho medo não
ela grita mas não late, só bate
alicate no cadeado da central
cheio de moedas, fartura
amanhã terá pão com manteiga
no café da manhã
mas só amanhã
depois rala peito na calçada
e vê nos telefones públicos
fotos das madames
princesas sem reinos
a chamar qualquer um
um por um e todos
até o dia amanhecer...
Vale quanto?
tudo isso
não acredito que a inflação voltou
achei que tinha ficado milionário com meu dinheiro
mas agora vejo que dá somente para comprar feijão
faltou para pinga e o limão
que confusão
liga pro Silvio
"" para o mundo que que quero descer""
e se acontecer da coisa mudar
pode me chamar
que nesse pesadelo não acordo mais...
"" foi por ti
que em mim,
transformei os desejos
virei poeta
pois em ti encontrei
a divina poesia
se eternizar, nossa história haverá de ficar
na delicia dos beijos
e foram tantos
que me perdi em versos
bobos e ingênuos
receosos em ofertar
as flores do amor
mas continuei até perceber
que teria que ficar
delirando verdades
as mesmas que sempre levarei
recitadas nessas doces saudades...
Dissipou-se o barulho do mundo,
Percebi que o doce era amargo,
Percebi que não era dali.
Que o sonho era pesadelo,
Que o sorriso era choro,
Que a festa era um enterro.
E de dentro eu vi o pecado,
E do mundo eu queria fugir.
E do mundo, imundo, clamei.
Pela fé, destroçado, orei.
E das cinzas de mim se formou,
Um soldado do Santo Rei.
Empunharei as armas do Senhor,
E o mundo irei enfrentar,
Meu escudo é o Seu Amor,
O meu Deus irá me sustentar.
Nele confio minha vida.
Ainda que não ver, irei crer.
Ainda que não sentir, clamarei.
Ainda que não queira, obedecerei.
Que todos os dias o pecado faça luto por mim.
Que todos os dias haja anseio e não receio do fim.
"" Acabou o dominio
agora somos os donos do mundo
herdeiros por natureza
de toda beleza, imensidão
ninguém pode cercear o direito do outro
o poder antes podre, agora agoniza
sabendo que não pode intervir
somos senhores de tecnologias a postos
apenas botões, como os da mala do terror
da guerra,
que agora virou caçada
de Pokémon...
muito cuidado senhores políticos
para vocês
o mundo está virando uma caixa de descarga...
Já não me cabe ser potencial, há certo eu saciando-se exclusivamente do alheio.
Pois que pensarão de mim? Pois quem me desejará? O que há de ser? O que há de não ser?
Não os culpo, certo estou de que contemplam a tangente, quem amará o que se não vê?
Benditas sejam estas palavras que transparecem o invisível e a fé que raros têm no amor.
Pois certo estou de que o amor é uma imensurável montanha,
Se tentares feri-la, odiá-la, blasfema-la o farás em vão.
Se tentares move-la, destruí-la, esconde-la o farás em vão.
Enterra à beira dela o sentimento suplício.
Abriga-te em uma de suas cavernas, e seco estará das lagrimas do céu.
Incorporando-me às Ronda Ostensivas Municipais, juro honorificar este braçal e esta boina,
como marca de hombridade, decência e justiça.
Na intervenção do povo Taboanense,
nos hábitos do grupamento de ROMU da Guarda Civil Municipal de Taboão da Serra.
Tornando o longínquo contemporâneo, vívido, repleto de perseverança. Eternamente honrar com *Dignidade, Lealdade e Respeito* a minha corporação, cidadãos e autoridades constituídas.
Por: H.A.A
Três Bens Preciosos.
1-Valorize DEUS. Ele é o único que está sempre com você em todos os momentos da sua vida e o ama de forma incondicional e está pronto a ajudar, sem nunca desejar algo em troca. “Coloque seus planos nas mãos do Senhor e eles darão certo”.( Pv 16-3) “Porque eu nunca te deixarei e nunca jamais te desampararei”. Hb 13-5.
2-Valorize sua FAMÍLIA. Ela é o Projeto Supremo de Deus. É a base de sustentação da sua vida e mesmo que não seja a mais perfeita ou de sangue, ela é seu baluarte em tempos difíceis. Ela ajuda a tornar seus sonhos reais e te apoia sem medidas. “Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família”. Benjamin Franklin
3-Valorize seus bons AMIGOS. Um bom amigo é como um diamante bruto. Aos poucos vai sendo lapidado e se torna uma peça rara de valor inestimável. É no dia a dia que se constrói e solidifica um bom relacionamento e isso não é fácil, mas é recompensador e no momento da angústia, da adversidade, dos erros, das dores e desilusões, o verdadeiro amigo se manifestará e se tornará um irmão. Pv 17-17.
"" Quem temerá as distâncias dos pensamentos
somente as tardes e as longas saudades
os acasos cometidos na fúria do tempo
ilesos sentimentos que por fim foram purificados
num poema de amor
quem fará a diferença
nessa crença sem despudor
talvez a dor (sic)
decerto ela saiba onde está o vaso quebrado e vazio
perdido da sua perfeita e insubstituível flor...
"" Não emendo razões que já perderam a validade
nem compro trajes modelados em vão
sua hora é qualquer uma, a minha não
penso em mãos que procuram abraços
e em corpos sedentos de amor
seria impossível a ternura em seu colo
ou foi apenas o tempo que não se tocou
éramos os atores da cena
que mesmo pequena, era pura imensidão
restou um retrato na parede do quarto
onde um dia, houve algo a mais do que paixão...
"" Como descortinar a verdade, escondida em seu olhar
se a tarde se entrega sutilmente, para de noite receber o luar
é simples e contraditório, mas te ver mudaria tudo
te ouvir secretamente na alma, pode não ser tão fácil
os olhares do universo se inspiram para te dar poesia
e suas mãos outrora inquietas, subornam a felicidade
há momentos que a vida pede passagem, e leva tudo
com um rio que devagar muda a todo instante
já não é o mesmo teatro de rapina, nem o mesmo céu que nos governou
somos partes de uma linda história de amor
apenas isso...
"" O que há de se dizer quando o silêncio é soberano
quando ouvir o seu recado?
alguém pensa que sabe tudo
quando escuta ruídos na madrugada que sempre lembram
um amor que partiu
abrem-se as portas que por anos estiveram lacradas
volta o passado numa viagem sem fim
vieram meninas e meninos inteligentes,
ditando novas idéias
novos ideais
mas tinha uma velha chata
que tudo criticava, tudo sabia
e sendo a dona do destino
se mantinha...
quanto tempo ainda restará antes da partida do poeta
antes de outras novas vozes chegarem
os ônibus trazem novidades para a feira
que sempre convence com poesia
comprarei outro livro
para livrar-me da ignorância, dos medos
pois é receoso ficar à margem de uma estrada
onde um boiadeiro desapareceu...
Conta pra mim
.
Ontem eu vinha por um incerto caminho, quando ao olhar para o chão vi uma nota de 100 reais. juntei pensando logo em quem poderia ter perdido, sinceramente acho o valor da honestidade muito maior que os 100 pilas e devolvê-los ao seu legitimo dono seria um afago em minha alma cristã, então segui e logo adiante encontrei outra nota. fiquei pensativo, pois parecia que alguém ia à minha frente, deixando propositadamente, notas pelo caminho. alguém a testar meu caráter, minha ambição, meu desejo de justiça. logo eu que não sou materialista nem apegado a bens que não me pertencem. assim pensei se achasse outra nota não iria pegar, quando para minha surpresa logo em seguida havia no chão um maço de notas de 100 reais o que me fez lembrar logo do famoso golpe do paco
e agora, pegar ou não pegar, pensei que por ser uma quantia expressiva, talvez alguém reclamasse a perda dos valores e eu poderia enfim devolver tudo. recolhi as notas, guardei no bolso e segui meu caminho.
dúvidas povoaram a mente
quem teria perdido o dinheiro?
faria muita falta?
era dinheiro suado pelo trabalho ou oriundo de negócios ilícitos?
como não tive noticias de um possível dono e
depois de algum tempo, resolvi que deveria dar um destino ao achado...
depois de contado, deu o valor de 18.200 reais.
o que você me aconselharia a fazer com o dinheiro?
Se o tempo cura todas as dores e todos os amores,aqui dentro ele está congelado,numa engrenagem atracada as lembranças desse amor forte e quente que fazemos.
Tenho fome e sede de ti,tenho dores e ânsia pela distancia que nos isola.Tenho insônia pelos pensamentos que me atormenta,por olhar ela ao teu lado,tocando em suas mãos no meu lugar. Não suporto seus olhos e sua boca próximo à dela. Caminho devagar uma noite inteira com uma garrafa de vinho nas mãos,olho pro infinito do mar,e do outro lado eu sei que estás,choro em pânico e peço a Deus que o tempo possa me curar realmente dessa dor tamanha.
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