Prosa Poetica Vinicius de Moraes
Divinal
Às vezes a vida nos impressiona com a forma que algumas coisas acontecem...
Estamos sempre almejando o máximo dela, querendo que a vida seja cheia de acontecimentos mirabolantes, ou mesmo planejamos para ter uma vida divinal...
Mas o que seria uma vida divinal? Dinheiro? Poder? Popularidade? Com certeza não...
Uma vida divinal é com certeza uma vida com saúde, atribuída a uma família, onde mesmo com as dificuldades do dia-dia, ela se mantém firme, forte e unida, coligada a Deus.
Nós às vezes somos muito ingratos com tudo que nosso Pai Celestial (Deus), nos proporciona, pois não agradecemos as coisas simples da vida...
Temos de ser autocríticos e visualizar, que temos de ser gratos só pelo simples fato de estarmos vivos e passar por todas estas experiências que a vida nos proporciona, pois sejam experiências boas, ou ruins são somente para nosso crescimento pessoal e espiritual...
Menina Mulher
Menina dos olhos que encantam,
Sorriso meigo e inocente onde deslumbra todos a sua volta,
Jeito de menina, com feições suaves e cativantes,
Demonstram sinceridade e mistério,
Mas, além disso,
Mulher conquistadora,
Com força e convicção nas palavras que profere,
Onde expõe maturidade e sinceridade,
Na certeza e delicadeza de seus pensamentos,
Onde tudo isso fascina qualquer homem, inclusive a mim.
13 de Junho
Ao leve frio do inverno em cor
Noite bela que clara incendeia
A dois um encontro se pôs a compor
A deslumbrante magia da lua cheia
Um vinho tinto e o leve ardor
Nossas histórias, nossos relatos
Recende em brasa a pele em flor
Inocente talvez - Incerto de fato
Tênue barreira dentre teus lábios
Em despedida a pôr-se afora
Retraídos em nosso temor
Firmou-se claro num beijo roubado
O principio de nossa história
O nascer do nosso amor
Poema a Tristeza
Que vida é essa que tanto me empolga
E hoje em mim causa tanta alegria?
Em tudo que vejo emprego beleza
E acordo feliz assim todo dia
Foi-me levada pra longe a tristeza
E junto a ela minha poesia
E antes que muda minh’alma padeça
E com essa alegria meus versos esqueça
Minha tristeza eu quero de volta!
Pra Sempre Lembrar-te
Seguido a paixão a ordem natural
Ingenuamente, talvez, por instinto
Dediquei-me explicitamente afinco
A discrepância dum amor unilateral
Tão logo o inicio, logo o final
A submissão insana em suplicio
Junto à pena que por ora sinto
Refundi num ato quão surreal
E na perjura do passado esquecer
Fechando os olhos a meu próprio ser
Já cansado de tanto esperar-te
Rabisquei a saudade um tanto amena
E fiz da tua imagem este poema
Para todo sempre lembrar-te
O Sentido da Vida
Sabe-se bem que do amor nada se mede
E por seu clamor não há de haver conquista
Somente a unção do entranho par concede
O tragar das carnes ao se por a vista
Amor em demasia assim não se explica
A loucura do intangível fluxo das emoções
Ao contexto do que a si próprio implica
E faz por esmerar os mais distintos corações
Eis que divinamente motiva a existência
A sublime margem de nossa excelência
O segredo da origem quão desconhecida
E eis que do homem faz sua morada
Induzindo-lhe a lançar em dúvida ao nada
O puro e verdadeiro sentido da vida
Dos Meus Vícios
Trago em mim o trago destilado
Da fumaça embriagada das cortinas
Nas janelas empoeiradas que refina
Tão fugaz sagacidade de meu fado
Neste intenso resplendor enlameado
Regressivo a fusão do meu espírito
Manifesta-se num flagelo quão explicito
Traduzindo um coração amargurado
E destes hábitos a que faço meu refugio
Renego em alto minh’alma ao perjúrio
Em uma putrefação viva e amarga
E no teso fardo que aspira o existir
Precedo assim o inevitável que há por vir
Imorredouro sono que a nós todos resguarda
Da Minha Poesia
Tenho dito:
Que minha poesia não se prende a regras
Nem tampouco a contextos gramaticais
Meu coração é meu professor, e mais
Faço de minha inspiração a palavra expressa
Eis que a poesia é mais que o pensar
É um estado de espírito
É a alma que se faz aberta
É transparecer
É resplandecer
É o sentimento a poetizar...
E assim se faz um poeta
E fim de papo
Cantando Solidões
Amo todo esse descompasso
Todo este acelerar dos corações
Amo esse fatigo abafo
Neste precatar de emoções
Amo essa densa embriaguez
E todo o florescer destas paixões
Amo a renuncia quão incerta
Neste esconso frágil de ilusões
Amo como ama um poeta
Cantando solidões
A Esperança
A esperança...
A paciência que entorpece
A esperança...
A cega fé que fortalece
A esperança...
O querer e o sobrevir
A esperança...
O porvir para o porvir
A esperança...
O persistir em convencer
A esperança...
O renascer e o florescer
A esperança...
O viver em relevar
A esperança...
O morrer em esperar
A esperança...
Se Não Fosse a Poesia
Ah! O que seria da vida sem a poesia
Sem o entoar embriagante das canções?
Não haveria o desejar, nem as paixões
E nem sequer felicidade haveria
Trancafiada a sangrar os corações
Santo Deus! Nem o amor existiria
Não haveria encanto ao luar
E nem mesmo a magia do mar
E as esquecidas estrelas
(Coitadas!) não mais brilhariam
Oh! Pobre natureza
Nem as flores brotariam
Se não fosse a poesia
Nada disso existiria
Nem o pôr nem o nascer
Nem a noite nem o dia
Se não fosse a poesia
Nem a existência bastaria
E não haveria ao ser o mundo
Somente o vácuo profundo
Se não fosse a poesia
Verso a Poetisa
Gosto teu ao meu poetizar
Inspira tão exata intimidade
Sentenciando surreal afinidade
Apegando-me a ti sem hesitar
Aos versos que te faço poetisa
Levo o textual e denso sentimento
Vívido acalento – tal qual regozija
Exaltar da poesia ao momento
Sopro de vida que imortaliza
Tem Pena do Meu Amor
Menina dos cabelos encaracolados
Digo até quiçá esvoaçados
Tem pena do meu amor
Não maltrate este coração já tão marcado
De descasos dos amores já passados
E que hoje só conhece o que é dor
Menina de olhos pequenos e brilhantes
Que se revela o mistério dos amantes
Dando luz a sua bela branca cor
Tem piedade deste ser apaixonado
Que sonha a vida para sempre a seu lado
E por ti morreria se preciso for
Menina de gesto meigo e delicado
Deixe ser meu coração o seu amado
Não despreze este pobre sonhador
Por amar tanto meu coração se fez aflito
E por isso neste momento te suplico
Tem pena do meu amor
Conjugar
Vamos brincar de conjugar
Numa oração a toda gente
Adjeto de tão raro efeito
Conjuguemos o verbo “Amar”
Num Futuro Pretérito Presente
Muito-Mais-Que-Perfeito
Eu amo a ti
Tu amas a mim
Ele ama a seus filhos
Nós amamos a Ele
Vós amais aos outros
Eles amam a todos
E eis que o amor predomina
Gostos Simples
É um gosto refinado de se ter
O de a simplicidade desfrutar
As coisas importantes a meu ver
São aquelas que se passam sem notar
Como pôr um filho a adormecer
Ou o afago de uma mãe a consolar
Como um amor a esquecer
Como um amor a começar
O deleite de ser amado
E o prazer de se amar
Uma comédia romântica
Abraçadinhos no sofá
Até mesmo a semântica
Do que se pode melhorar
O leve gosto do perigo
O satisfazer do vicio
Uma canção de Chico
E uma poesia de Vinícius
Andar de pés descalços
Tomar banho de chuva
Sem ligar com a roupa suja
Sem ligar com o cansaço
Um corte novo de cabelo
Uma nova camiseta
Um bom Jack com gelo
Uma vaidade satisfeita
Comer doces a vontade
Mesmo antes do jantar
Acordar ao meio-dia
Sem ter que se preocupar
Uma boa pescaria
Com os amigos a acampar
O dia de pagamento
Um feriado prolongado
O viver todo momento
Com quem gosta a teu lado
Um cineminha com pipocas e beijinhos
Afogados em Coca-Cola e carinhos
O suspirar da amada ao meu poetizar
E o conjugar de nossos verbos a amar
Um violão e uma cifra
Um sarrinho de um amigo
Uma conversa de mesa de bar
Um abraçar de noite fria
O dormir de conchinha
Um beijo de boa noite
E outro beijo de bom dia
São alguns gestos que desfruto
E que minha felicidade aqui se faz
E se hoje usufruo disto tudo
Que posso eu da vida querer mais?
A realidade do cotidiano capitalista!
As vezes no fim da noite me coloco a imaginar, tudo que houve no meu dia mais cedo em tudo que vivi nos segundos atrás. Me vem o questionamento se tudo que fiz foi certo, se foi realmente a melhor ação, o que deixei de fazer e o que poderia ter feito. O sol já se pôs, a claridade já se foi, o que resta no exato momento é refletir se quando chegar o fim de mais um episódio da vida, você se esforçou o máximo para desempenhar a função do seu roteiro. O que devia ter sido hoje, não será amanhã, e por mais que haja tentativas de assemelhar os períodos, será impossível, porque nada é igual, nada volta. Não é a melhor opção reclamar pelos erros, eles te auxiliarão nas etapas seguintes da sua história. Quanto ao medo, eu não me preocupo, superarei o maior deles agora, e daqui algumas horas terei capacidade de enfrentar todos. Nem a morte nem a vida se opõem, quem garante que quando você nasce está vivendo, ou que quando você morre a trajetória acabou? aqui estamos sem a certeza de nada, assim como cada ser humano é incerto, o mundo também é, é nele que estamos inseridos sem saber onde realmente estamos. Não jogue fora as oportunidades obtidas, pois as que parecem mais simples, te servirão da mais ampla forma. Penso em tudo que presenciei, todos os dias que comecei, todas as noites que não dei valor, nos equívocos que cometi, tantas pessoas que julguei sem provas concretas, pessoas que confiei plenamente e entreguei minha confiança, quem eu chamei de amigo, e até de mesmo de irmão, os que mais souberam sobre mim, foram os que mais juntaram argumentos contra minha imagem, foram quem se tornaram inigos fiéis, aliados da desordem. Amei e não reconheci amores, perdi os que tinha, e vivo na dúvida dos que sempre procurei. Deixei o tempo de lado, me dediquei a monotomia do capitalismo, da era tecnologica, esqueci da realidade da vida, da felicidade espontânea, natural. Perdi tempo várias vezes, mais hoje eu afirmo que também ganhei, ganhei experiência, ganhei sabedoria, e o que perdi no passado, lutarei para manter no presente, e se o futuro me pertencer, eternizar até o fim.
Saudades,
do menino maluco que surgiu do nada e depois desapareceu,
lembranças,
da alegria medonha de quem faz o errado parecer certo e faz o certo de forma errada,
falando assim parece até que é uma dedicatória pra alguém que já morreu. Mas ainda que fosse verdade anida que te mandassem pra deibaixo da terra (rsrsrsrsrs), seu sorriso seia lembrado em qualquer lugar, e a saudade que você deixou jamais iria acabar...
"Nós queremos alguém com uma capacidade mágica. Alguém que cure as nossas dores, e nos resgate de todas as frustrações passadas. Lançamos sobre o outro a responsabilidade de nos arrancar das garras do tédio mudando as nossas rotinas. Estamos em busca de um ser tão sublime que nos faça olhar o mundo com outros olhos. Queremos alguém perfeito que nos aceite como estamos, e que nos ame com nossas imperfeições. Mas que não traga as suas questões mal resolvidas para a relação. Uma pessoa que aceite as nossas falhas, mas que não falhe conosco. E exigimos que esse "ente" não desista de nós, ainda que tenhamos desistido dele. Que ele fique estatizado nos esperando quando nós formos embora. Caso um dia desejemos voltar. Exigimos alguém que nos ache maravilhosos, mesmo quando nós boicotamos o próprio encanto. E que esteja a disposição para nos servir quando tivermos vontade. Queremos quem faça a despeito de nós, e não conosco. Buscamos uma pessoa que seja diferente de todos, que faça o que ninguém nunca fez, que seja o que ninguém nunca foi. Mas, sem esforço pessoal. Queremos que tudo aconteça diferente enquanto nós fazemos o de sempre. Sabe, ninguém vai fazer por nós aquilo que nós precisamos fazer por nós mesmos. Satisfação, felicidade, bolinha de sabão explodindo diante dos olhos, borboletas batendo asas no estômago, isso depende de nós. Não dá para terceirizar a felicidade. Quem chega só pode contribuir, mas nós é quem somos os artífices desse projeto. Precisamos buscar sabedoria, crescer a cada dia. Entender que sentimentos determinam as nossas escolhas, e, na mesma medida, as escolhas podem determinar os sentimentos. A pessoa aliançada conosco não é um Cristo. Essa redenção não está sobre outro ombro além do nosso próprio."
( Andrade Moraes )
Houve um dia em que falamos dialetos tão nossos
Houve o som, o tom e o sonho
Uma estrada perdida e senhas desapercebidas de então
SOBRE NÓS
Um livro do mestre Leminski e um outro poema do jovem Hafiz
Tudo que tínhamos: um jardim e amor pleno mergulhado em dias de chuva e de sol...
Estou em momentos desorientais, tão íntimo, tão tímido quanto Monet, Debusy e seus quartos de tom.
(Letra de música/trecho)
Vim para te encontrar, dizer que sinto muito
Você não sabe quão adorável você é
Tinha que te ver, te dizer que preciso de você
Dizer que te escolhi
Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas
Oh, vamos voltar para o começo
Correndo em círculos, lançando a moeda
De cara numa ciência à parte
Ninguém disse que seria fácil
É uma pena nos separarmos
Ninguém disse que seria fácil
Mas também não disseram que seria tão difícil
Oh, me leve de volta ao começo
Eu só estava analisando números e figuras
Montando os quebra-cabeças
Questões da ciência, ciência e progresso
Não falam tão alto quanto meu coração
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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