Preguiçoso
Essa descupinha de “Confie em Deus que ele sabe o que faz” é marketing de preguiçoso pra não correr atrás daquilo que quer.
Desculpa, mas meu coração anda preguiçoso, preferindo ficar só. Faz um tempo que ele anda desencantado com esses amores efêmeros de muitas promessas, que já não sente vontade de bater fortemente e se encantar ao ponto de produzir àquele friozinho bom de como é gostar de alguém. Ultimamente, ele torce para não se apaixonar. Evitando conhecer pessoas, e ao menor sinal de risco, ele corre e atravessa a rua sem olhar pra trás, com medo de entrar em outra cilada e se enganar.
E não é que ele já não acredite mais no amor, é que ele apanhou muito de todas as pessoas por quem ele bateu intensamente. Agora ele prefere o vazio de não sentir nada aos cortes que ele recebia quando se permitia amar alguém.
Talvez quando alguém chegar sem todas essas conversas fiadas, surpreendendo com atitudes ao invés de apenas palavras, ele possa se iluminar novamente.
Até lá ele prefere andar na sombra: já percebeu que é melhor assim.
Toda a vida exige luta. Aqueles a quem tudo lhes é dado se tornam preguiçosos, egoístas e insensíveis aos valores reais da vida. O esforço contínuo e trabalho duro que constantemente tentamos evitar é o principal bloco de construção da pessoa que somos hoje.
Devo ficar ou me mandar?
Na terra de preguiçosos, o tempo prega peças em você.
Um dia se está sonhando.
No outro já é realidade.
Erros foram cometidos.
Corações foram partidos.
Lições difíceis aprendidas.
Não sei como cheguei aqui.
Mas aqui estou eu.
Apodrecendo sob o Sol quente da Praia.
Há coisas que preciso aprender.
O relógio está correndo.
O buraco está aumentando.
E a sua vida está acabando!
Sorte é o nome que o preguiçoso da aqueles que seguem um plano, e continuam seguindo e perseguindo à grande custo e desgaste pessoal, até alcançarem o que desejam.
Sorte é nome que o invejoso dá ao mérito alheio.
Contemplação
Acordei mais cedo hoje só para vê-la despertar.
E aos pouco, num bocejo preguiçoso o brilho dos teus olhos eu pude contemplar.
Num olhar discreto e um sorriso meio sem graça lançou teus olhos sobre mim,
Feita enamorada surpreendida pelo amado no embaraço de um tímido desarranjo.
Ajeitou-se como pode e arrumou no improviso os cabelos.
Deixou nossos lenções e envolveu-se em uma toalha já de saída para as águas matinais.
Desejei entrar contigo no chuveiro, mas aquele momento era só de contemplação.
E no anseio ao seu retorno eu quase enlouqueci quando a vi voltar.
A toalha, já umedecida, ditava os contornos do teu lindo corpo.
De fronte ao closet lançou mão do que lhe cobria atiçando em mim o instinto mais carnal,
E um a um, ia sobrepondo as vestes ao teu corpo.
De cada escolha, voltava-se para mim como quem busca minha aprovação.
Enquanto eu ainda a admirava,
Lentamente dirigiu-se para a penteadeira e lançou mão da caixinha de cores e batons.
Em suaves movimentos circulares, levemente, cobriu de tons sua pele clara e macia,
E como se pudesse, esforçava-se em embelezar-se ainda mais.
Num toque final, contornou de maneira suave e provocante os lábios com batom.
E para mim, embora a tua beleza natural dispensasse acessórios, outra face ali se fez,
Quase tão bela quanta aquela que encantou os meus olhos ao amanhecer.
Nem por um instante desviei meu olhar de você.
Despediu-se com um beijo e partiu levando consigo meu coração.
Edney Valentim Araújo
NÃO POSSO – NÃO QUERO – NÃO CONSIGO – VOU TENTAR
NÃO POSSO era um rapaz preguiçoso e muito covarde. Quando lhe pediam que fizesse alguma coisa, dizia que não podia, ainda sem ter experimentado. Se lhe faziam alguma pergunta, respondia: não sei. Se tinha que estudar uma lição, saia com essa: não posso...
NÃO QUERO não era preguiçoso nem estúpido, mas tinha um mau gênio, era teimoso. Se lhe passava pela cabeça não fazer alguma coisa, não havia meio de convencê-lo a mudar de idéia. Se ficava de mau humor, seus colegas não sonseguiam, por mais que insistissem leva-lo a um passeio ou a um divertimento qualquer. Aborrecia os outros porque só queria o que bem entendesse, em tudo e por tudo. O fato é que ninguém gostava dele.
NÃO CONSIGO era um rapaz bonito e sorridente,mas também preguiçoso. Tudo o que se pedia para fazer, antes mesmo de tentar já ia dizendo: não vou conseguir. Dava um trabalho imenso fazê-lo ter uma atitude positiva, mesmo em seu próprio benefício. Ficava resmungando pelos cantos, colocando defeitos em tudo que fosse feito, com inveja do sucesso dos outros.
VOU TENTAR era um rapaz franzino e pequeno, mas tinha ânimo e persistência. Estava sempre pronto a tentar o sucesso. Costumava dizer: não sei se posso, mas vou tentar. Algumas vezes não conseguia, mas quase sempre era capaz de fazer o que experimentava. Um dia, interrogado em uma aula de matemática respondeu: não sei o problema, mas vou tentar. E o mestre respondeu: é o que quero. Jovens experimentando sua capacidade.
Nos estudos VOU TENTAR era o primeiro da classe. NÃO POSSO e NÃO CONSIGO, ficavam sempre em último lugar e NÃO QUERO, abandonou a escola.
Hoje estão todos homens feitos.
NÃO POSSO é criado de um senhor muito exigente, chamado: É PRECISO.
NÃO QUERO é soldado raso e obedece ao CAPITÃO DEVE.
NÃO CONSIGO trabalha na propriedade do senhor NÃO TEM DESCULPAS.
VOU TENTAR é sócio da grande firma FELIZARDO & CIA.
A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta.
O tolo diz: Não quero saber como se faz.
O preguiçoso diz: Mesmo que soubesse fazer, não faria.
O sábio diz: Se souber, faço, se não souber, aprendo.
O PREGUIÇOSO
Numa região montanhosa, havia uma caravana de pessoas, cada qual carregando sua cruz.
Todas as cruzes eram do mesmo tamanho, porém, umas eram mais leves e outras mais pesadas.
Havia na fileira, um retardatário que preguiçoso e comodista carregava sua cruz com má vontade e rebeldia. Ele notou que os que estavam a sua frente se perdiam de vista.
Resolveu então parar e cortar um pedaço de sua cruz. Pensou: “Assim andarei mais rápido e passarei na frente de todos.”
Caminhou apenas alguns quilômetros com sua cruz, agora mais leve e deparou com um precipício. Ficou imaginando como os demais tinham atravessado.
Percebeu então que cada um tinha usado a sua própria cruz como ponte.
Infelizmente a sua cruz estava cortada e não alcançava o outro lado do precipício. Assim, ele teve de retornar e apanhar uma nova cruz.
Baianidade.
Baiano é preguiçoso?
Não conheces um seu moço
Ou estais sendo leviano...
Se um baiano para de trabalhar
A vida [PARA] e o mundo – TRAVA.
