Praça
DOIS DE NOVEMBRO
Fazer poesia em dia de finados
Quando todo mundo acha o cúmulo
A caneta, o papel, as pessoas desafinadas,
Só tristezas, velas, versos e túmulos
Chove! Chove todo Dia de Finados
Não se sabe o porquê
Chuva, choro, pingos d’água e velas
Lágrimas. Chove, choram,
Lembram e calam-se.
Mês: novembro. Dia: dois Ano: qualquer um
O mesmo aspecto
A mesma sensação, perda
O mesmo espectro
Sorrisos escondidos, temores escancarados
Lembranças dos amores, dos amigos
Que só são lembrados
Em dia de finados
O começo é o final de uma história.
No fim de um fato começa uma trajetória.
Como posso encetar? O que posso narrar?
Sentada de baixo de uma árvore pensando em alguém para me inspirar.
Aquela vontade de estar perto de quem está longe.
Ah!!! Isso é sempre, isso é constante...
Esse sentimento é uma iluminação.
Ao chegar em casa torna-se expiração.
A noite já faz presente.
A noite um compromisso.
A vontade é de não presenciar. Só que lastimavelmente não posso prevaricar.
Rua
Rua...
Timidamente
embrulha-se de luar
Está guardando-se dos sons
que os ébrios ousam tocar
Logradouro...
Não conhece o mar
porque fica do lado de cá.
Mas envolve-se na areia
que vento tema em lhe dar.
Alameda...
Parque, praça, jardim.
Guardadora de passos
Ladra de sonhos
Acolhedora do abandono.
Enide Santos 21/06/14
E eu esfrego os olhos / na ilusão do horizonte mudar / torcendo pra minha vida transladar / antes da música acabar.
Tempo perdido que não volta mais.
Aqui sozinha no meu quarto e ninguém mais.
O clima lá fora está frio.
Névoas a esvoaçar, mas não me importo com a neblina já que é assim a me agradar.
Apesar da algidez do dia ouço cachorro latindo, crianças gracejando, gangorra da praça a ranger.
E eu aqui pensando o que poderia ser melhor sem meu aparecer.
No caminho
No caminho vi pessoas
vi pessoas a caminhar
pessoas...
A caminhar.
No caminho vi gente, só!
Só pessoas a caminhar.
Vi pessoas
tristes
no caminho.
No caminho pra te ver
vi pessoas a caminhar
sem saber pra onde iam
indo por caminhos
por qualquer caminho
pareciam sem lugar.
Feito elas, fui indo...
Feito quem vai indo sem saber pra onde ir
indo por algum caminho
feito quem vai, não feito quem fica, feito quem vai, vai indo
tentando descobrir pra onde ir.
Quando fui
vi pessoas indo
tristes...
Indo tristes a algum lugar.
Quando cheguei
estava triste
não sabia o que esperar
esperei triste por pessoas
que não sabia se iriam chegar
e sem saber pra onde ir
e nem se deveria ficar
fui indo
sem hora de voltar.
Jorra o sangue na Ercílio, arde vermelho o seu chafariz.
Vamos contar as cabeças, espalhadas na porta da igreja matriz.
Cada dia que se vai a saudade aumenta e eu fico triste so em pensar se um dia te perder eu louco vou ficar quero a ti querida para sempre amar. Nunca me esquerei os momentos de alegria do jardim la da praça trocavamos palavras de amor e ao mezmo tempo confessavamos os nossos desejos futuro de serem brevemente realizados.
Aprendendo a te perder!
A noite é triste!
Chove, venta e não te tenho aqui comigo,
a saudade dói!
Saio pelas ruas com passos perdidos.
Minha mente já inconsciente!
Nada mais faz sentido,
sento-me neste velho banco desta velha praça onde o tempo não passa, e bebo!
Brindo com a solidão,
rindo das minhas desgraças
de olhos fitos ao chão!
Ontem, sonhei, amei, tentei viver,
hoje estou sofrendo,
aprendendo a te perder!
O gato branco chama-se Noé
Pra quem assim o chama
E a chama do seu amor
É fogo fátuo
É assombro sem vida
Persegue-te noite adentro
O novelo se desenrola
A trama da novela
Enquanto dura
Enquanto mole
A luta pela sombra mais fresca
Seria então o seu fim
Se não fossem os cães de rua
Que latem noite a dentro
Ladram para a lua
Roubam e viram latas
Barulho, lixo, incomodo
E o gato branco é apenas um reflexo
Da lua que vagueia pelos céus
Vaga-lumeando com seu grande poder
Noite a dentro
Da boca pra fora
De lá pra cá
É vertical
E a queda
Nunca tem fim
Há de cairmos em pé
de guerra?
Em pó de terra
Ao pó branco
Da lua
Do gato
Dos dentes rangindo
Sorrindo e sangrando palavras
Terra
Gato
Lua
Pó
.
E o impulso
Ainda pune
"Te olhei com um sorriso, te toquei em pensamento. Pele sempre macia, morena, cor do pecado. Te falo tantas coisas, frases repetidas, não pronunciadas. Sentada no banco da praça, displicente com os desejos, passo todos os dias e assim que te vejo, desejo..."
Chego em casa. Quase as oito. Exausto, morro no chuveiro. Penso que devia economizar água, inevitavelmente o pensamento voa para outras causas, o comportamento apático do governo para o desperdício dos grandes donos de industrias. A fadiga do corpo permanece. Esqueço de esquecer de pensar. Saio do banho. Sonolento, visto uma roupa limpa, ainda pensando, agora no ódio indecente em um comentário que li no facebook sobre uma greve estudantil. Tomo um café e me sento em minha cadeira dura, na verdade muito dura. Abro o sistema escolar e vejo todas as tarefas pendentes, a nota baixa em física me relembra o quão ruim sou nas matérias exatas. Levo as mãos à cabeça ao me lembrar que quero cursar letras ou filosofia, mas ambas não garantem qualquer segurança financeira. Volto-me para a tarefa escolar, uma lista de matemática, não consigo fazer sequer uma questão, nem sei o nome da matéria. De fato me disperso em todas as aulas, o assunto não me é interessante. Amanhã tem prova. Queria escrever um poema, mas isso não vale ponto. Tudo precisa valer algo para ser feito. Queria ver um filme, porém me forço a estudar quando me lembro de outro comentário no facebook e percebo que, caso eu não passe em uma faculdade federal, mas um aluno do Bernoulli sim, alguém pode dizer que não me esforcei o bastante, afinal a meritocracia não falha. Passou uma reportagem no fantástico, sobre um menino pobre que está cursando medicina. Tento fazer mais um exercício. Apago. Acordo alguns minutos depois, assustado, um pouco desesperado. Preciso de pontos na matéria, não sei nada. Deixo tudo para última hora sempre. Não tenho todo tempo do mundo. Em dias como hoje, eu peço um pouco de paz, de calma. Uma ambição tola: poder levar a vida no meu ritmo sem preocupações. Sem lembrar que ainda ontem vi um menino catando comida em um lixo de praça e sua mãe estava do lado. Em dias como esse, eu adoraria não ter esse incômodo por tudo que me parece errado. Apenas me bastaria não ser visto como outro comunista preguiçoso de conversa fiada. E se esse texto não servir para nada, amor me perdoa.
"Para ser doutor, sente-se num banco de uma faculdade.
Para ser poeta, sente-se num banco da Praça do Ferreira."
☆Haredita Angel
Todo lugar guarda uma história de amor, e o lugar que faz eu lembrar-me do nosso amor é uma pracinha; ah as pracinhas Onde já se passaram tantos casais apaixonados, nos fomos só mais um de tantos que ali estiveram e ainda irão estar. Sinto um aperto no peito de repente ao passar e olhar para aquele banquinho em baixo daquela árvore nos fundos da igreja e ver todos nossos momentos passarem como um flash, nesse momento a saudade aperta, paro um pouco respiro fundo, fecho os meus olhos e imagino nós se abraçando apertado, e posso ouvir o que eu sempre dizia: Eu te amo minha "pekena"; Sim pequena escrita com "K" como eu escrevia nas mensagens que trocávamos todos os dias.
- E talvez seja por isso é impossível esquece-la porque sempre que estávamos um pouco distantes não parávamos de conversar, foram tantas palavras trocadas e incrível nenhuma briga, sabe porque nunca brigamos? Porque mesmo sem você perceber rapidamente; ali existia um grande, enorme amor sentido por mim e demonstrado a você, um sentimento tão grande que não tinha espaço para brigas, aliás eu sempre tomei muito cuidado para nunca brigarmos, pois quem ama cuida e quem cuida nunca deixa a pessoa amada triste, não sei sua opinião, Mas éramos um casal perfeito, quando estava junto a ti eu sentia uma paz tão grande, um querer maior de viver a vida ao seu lado, Porém nem tudo são flores e no dia 13 de julho de 2015 terminamos, o incrível é que tudo começou em uma segunda - feira a tarde, e tudo se acabou também em uma segunda-feira, para ser mais preciso tudo começou às 18 horas do dia 27 de abril ( segunda feira ) e acabou meio que exato às 13h e 14 minutos, um dia tão triste como esse não dá pra esquecer, vocês que estão lendo devem pensar: Mas tudo tão exato horas e datas como pode? Eu simplesmente os digo: quando se ama não é preciso nenhum esforço para guardar datas, e momentos, tudo isso é armazenado em nossa memória como parte de um tempo presente, que quando se ausenta faz questão de estar na mente da gente, sim "agente" assim meio informal para tirar um pouco da seriedade desse texto poético, Mas claro que a melhor coisa é pensar em nós, está aí uma palavra linda; "Nós" tão linda que eu poderia dizer nesse momento: 'Nós nos amamos', entretanto certamente eu prefiro dizer: "Eu a amo no tempo em que nós existimos". Não posso afirmar por você um sentimento conjugado na primeira pessoa do plural, não que eu ache que não me ame, Mas pelo fato de não se dizer a uma pessoa que ela o ame, esse é um sentimento que descobrimos quando estamos sozinhos com nos mesmo, não se pode força - lo. Uma vez que o amor é forçado a falsidade é libertada espontaneamente, e a partir desse momento é corrompido esse sentimento.
Talvez ao chegar nessa parte do texto você deve imaginar que eu mudei um pouco o assunto, no qual eu comecei falando de quem eu tanto amo, Mas não, para falar de quem se ama também é preciso falar do amor por si só. Lembra daquela pracinha? Bom estou exatamente naquele banquinho em baixo daquela árvore, um lugar que nunca mais sentarei com nenhuma outra pessoa a não ser você, Mas com certeza aí em Piracicaba tem uma pracinha com um banquinho e uma árvore no qual podemos fazer o nosso lugar, enquanto esse momento não chega lembro de uma parte de uma música cujo nome é "A Praça" no qual se diz:
" A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores o mesmo jardim tudo e igual mas estou triste porque não tenho você perto de mim"...
CIDADES
A mim restou falar das cidades que vivenciei
As cidades que estão vivas dentro de mim
Cantarei lembranças de Campina Grande
Voltarei à São Luiz do Maranhão
Subirei montanhas em Belo Horizonte
Andarei pelas ruas de Carolina
Viajarei mais a Palmas, e
Escreverei daqui da Araguaína.
Espaços soltos na memória
O redemoinho do tempo vai liquidificando-as
E o Gomes, de Palmas
Agora sobe montanhas em Belô
Augusto dos Anjos faz versos escatológicos
Nas ARNES de Niemeyer
Otávio Barros dança um reggae
Na ilha do amor
Drummond dorme próximo ao Lago Azul
As cidades dançam
Os nomes seguem o ritmo
Confundem-se
Eu modifico as cidades
E permaneço...
A mim,
restou-me falar das cidades
..Das cidades
POEMA PREGUIÇA
Huumm! ... Ufa! ... ufa! ... ufa ...
Puf! ... Puf! ... Puf ... Huumm! ...
Uuuuaahh! Ufa! ... Puf! ... Huumm!
Boa Noite !
FLOR
É preciso mais que uma flor
Para expressar a solidão que o
Teu silêncio causou em mim
Por instantes alguma coisa floresceu
No chão agreste de minha vida
Um inverno de lágrimas inunda meus olhos
O que restou do meu jardim eu recolhi
Num vaso
Uma rosa
Sem espinhos
Sem sépalas
Uma rosa vermelha de pétalas frias
Como a chuva que você fez chover em mim
Nem essa flor consegue expressar
A solidão que teu silêncio deixou em mim.
SUFIXO LETAL
AR ÁGUA COCA
INA AR ÁGUA
INA NA DROGA
A R A G U A I A!
UAI! NA ÁGUA
GUARANÁ INA
ÁGUA AR ÁGUA
AR AGUA INA
A R A G U A Í N A
(Homenagem à Haroldo de Campos,
Augusto de Campos
Décio Pignatari “Poetas de Campos e espaços”)
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