Povo Cigano
Poema Excêntrico I
Talvez tu cigano da meia noite não sentiu o tempo passar
Cantarolava noite e dia sem parar
Embora sejas tu um belíssimo sabiá
O tempo parece não esperar
Ó Poeta adornado, embora hajas calado
Uns são anjos outros palhaços
E é difícil inventar-te um oficio
É que desde o início tu és um mistério sem destrincho
Que o vento sempre traga o aroma dos teus cabelos para embriagar as rosas do campo
O lírio das tuas expressões mostra-me a lisura nos teus atos
Te fotografei
Te ponho no retrato.
A alma inquieta é nômade, anseia por voltas ao mundo. Coração cigano, rubro e pulcro. A bússola do âmago diz, só diz para sair de casa, sem receios, viajando, contemplando e desfrutando do melhor que há no mundo.
"O multiculturalismo contemporâneo é mais um passo na mesma direção desumanizadora: um cigano ou um negro ou um árabe não é visto como uma pessoa como as outras, com as suas diferenças e idiossincrasias, mas meramente como um anúncio da sua etnia ou nacionalidade ou cor da pele.[...]
Uma parte importante dos males da humanidade resulta precisamente destas identificações tolas com mentalidades genéricas, pois sem isso dificilmente uma pessoa medianamente boa conseguiria matar ou torturar outro ser humano em boa consciência.[...]
A defesa multiculturalista do respeito pelas etnias ou religiões ou coisas do gênero é um efeito da velha incapacidade humana para ver outras pessoas como pessoas quando são ligeiramente diferentes.[...]
Atualmente, a moda de falar de 'O Outro' trai esta incapacidade para ver as pessoas como pessoas. Não há O Outro. Isto é um veneno mental que obriga a ver as outras pessoas como anúncios abstratos da alteridade e não como pessoas."
SELO CIGANO
Me visto a rigor,
a carácter,
cigano do amor que por
ti ergue um castelo...
Não resisto ao seu odor,
cheiro de mata,
floresta encantada,
em verdes anelos...
Bebo da sua fonte,
voo no seu horizonte,
não me engano,
seu sentimento me pertence...
Selo o segredo do sangue,
pulso a pulso,
num desejo exangue,
o seu amor me vela,
zela, me vence.
.................shell
SONHO CIGANO
Quem me dera os pés dos ciganos,
e as asas dos pássaros, para ir em busca
da vida que eu quisera viver um dia.
Ouviria as lendas e valsas eternas
ao som de violinos, enquanto na fogueira
a brasa arderia, entre estrelas brilhando
e um lindo luar nos encantando, eu veria
o meu reflexo no brilho de teu olhar.
Queria tocar valsas eternas ao piano,
adormecer ao cair da tarde nas areias da praia
enquanto o sol desmaiasse no horizonte.
Queria ver as palmeiras dos jardins,
os botões de rosa entreabrindo-se
na bela manhã orvalhada, entre
cravos, lírios, açucenas e jasmins.
Queria com alegria viver lendo poesia
e escrever versos de amor que rimassem
apenas com cor e flor, enquanto a chuva
molhasse as ruas e na calçada a enxurrada
levasse para bem longe os meus barcos de papel.
Queria... Ah! como eu queria!
Verluci Almeida
240305
Queria ser exato e chegar a aquilo que é só meu, e não correr perdido feito um cigano, atrás daquilo que jamais me pertenceu - 06/03/2014
Em uma noite de lua cheia, Um cigano e uma cigana se encontraram em uma mata perto de um lago, eram almagemeas eles conversavam por horas, sentiam a energia de suas almas , eles falaram sobre a vida, sobre a natureza, sobre tudo; resolveram andar pela noite e foram a um grande campo e naquele momento a linda lua cheia estava exatamente sobre suas cabeças e do lado dela existia uma estrela , a unica que ficava do lado da estrela, e nesse lindo momento eles se olharam nos olhos e se beijaram delicadamente,ele sentindo os labios delicados e macios de sua amada, e ela sentindo o calor dos abraços calorosos de seu amado, seus coraçoes palpitavam rapido e de mais nada queriam saber além de amar, muitos momentos vividos entre eles, mas este em especial foi inesquecível...
continua..
Sou sujeito, sou direito! Sou humano!
Hu- mano? Ah, mano!
Mano indígena, mano afro
Mano cigano, mano ribeirinha e quilombola, mano refugiado.
Minha diáspora, minha ancestralidade, minha huma-idade
Não extermine minha cor, meu gênero., minha humanidade. Meu chão, meu pão, tanta inflação, sem condição...
Crianças, infâncias, órfãos, velhices, se tenho ou não necessidades que o normal chama de “especial”. Sou humanidade!
Minhas crenças, minha descendência, não há inocência, existem carências....
Respeite, respeito!
Todos os direitos, os empregos, dos ordenados, os tratados.
Minha moradia, a saúde que se via, todavia, só morria...
A criança que sorria, só o ECA não bastaria...
Direitos, respeitos, humanos...Precisaria?
Humanos, falhamos, erramos...
Nos endireitamos... o Ser singular, Ser plural, Ser igual, Ser único. Ser direito e Direitos para ampliar o meu e o seu estágio, HU-MANO!
DUELO DE AMOR
Quero colher todo o brilho do teu olhar cigano,
Quero todos os caminhos do teu corpo andarilho,
Quero te tirar do rumo, do trilho, do plumo,
Quero te revirar do avesso e revesso,
Quero uma noite infindável de loucuras,
Quero teus beijos, desejos sem limites,
Quero descampar teus implícitos,
Quero teu corpo nu na fome antropofágica,
Quero tuas carícias entre beijos fervilhantes,
Quero invadir teus segredos pecaminosos,
Quero os teus mais exóticos e depravados segredos,
Quero que me possuas sem limites impostos,
Quero percorrer seus intervalos,
Quero que se perca em mim,
Quero toda a plenitude dos teus delírios,
Quero me embriagar em ti,
Quero nos desnovelar amantes noite adentro,
Quero que o Sol demore a descortinar no céu,
Quero embriagar-me até o amanhecer,
Quero ter bebido todo teu néctar perfumado,
Quero te ver exausto de satisfação,
De uma noite quase eterna,
Em que me perdi em ti...
Paixão cigana
Eta paixão.
Um conto de liberdade.
Dentro da prisão.
É cigano é cigana.
Essa paixão insana.
Viaja de sul a norte.
Suspira vida e trafega na morte.
Vai de céu a inferno.
Seu devaneio é no verão.
Com fome daquele pão.
Que mora na primavera e inverno.
É nos pleitos dos carnavais.
A política desde ancestrais.
Nas curvas mais belas.
Daquelas donzelas.
As belezas mais naturais.
Sou eu um caboclo sem moradia.
Vivo a constante nostalgia.
Enfrentando temporais.
Na cama que adormeço.
É apenas um pretexto.
Mas não esqueço jamais.
Meu pensamento vagueia.
Meu sentimento titubeia.
Meu coração bobeia.
O índio que mora em mim.
Pertence a tal aldeia.
Uma cadeia sem fim.
A paixão que incendeia.
Deixa me sem rumo.
Um cigano perdido.
Apaixonado atrevido.
Pela liberdade.
Mas não a encontrei.
Vagando continuo.
Cigano vagabundo.
Em terras que não andei.
O coração da bela dama.
Poesia de quem ama.
Eta paixão cigana.
Giovane Silva Santos
vento forte que a vida soprou ,derrubou o ninho de amor
hoje eu sou
um cigano que foge da dor ,um oceano sem navegador
hoje eu sou
um fulano que a sorte marcou,condenado a ser um sonhador
hoje eu sou ,de niguem
FUGA
Nas profecias que clamava
um cigano
tão soberano
apontava o teu destino
um submarino
se afogava no oceano
e o ser humano
foge como um clandestino.
Coração cigano
Uma linda melodia,
Eu fiz um dia,
Para uma linda menina.
Um toque de humor,
Afastando todo o temor,
Matando o medo com amor.
Peguei em sua mão,
Mostrei-lhe o meu coração,
Retirei toda solidão,
Iluminei e apaguei a escuridão.
O som do piano,
Coração cigano,
Um jantar romântico,
Fiz-te lembrar dos nossos planos.
Se for sonho não me acorde,
Se for verdade só me ame,
Deixe nos lençóis seu perfume,
Escute a melodia que fiz somente para você.
Estrada de luz
Encanto cigano
Mistério e magia
Nas marcas do tempo
Ele vem cantando
Com o brilho de sol
A luz prateada da lua
Com a força dos ventos
Ele é ouro e prata
Fala de amor
Com o violão a entoar
Belas canções
Ele acompanha
A quem nele confiar .
Arriba !!!
Amor cigano
Menina me espera que eu vou
Pro lado de lá ,
Eu quero te ver dançar tambor,
É na beira do mar.
Astros no céu se curvam pra te olhar,
Teu rodar de saia morena, sei lá.
Minha pequena meu grande amor cigano,
Pagã do rio, benção de Deus do mar.
Infelizmente não tenho sangue de coração de amor cigano, quero amor com endereço...um amor transparente,a verdadeira jóia que nunca se deteriora!
