Pouco Tempo
Dizem os velhos ditados, para desconforto das mães, que os homens e alguns cães duram pouco tempo lavados.
Escrever me ajuda a esvaziar a mente,mas em pouco tempo ela estará cheia novamente e para todo aquele que escreve apoia-se na força do leitor ,pois ele é seu salvador e nesta reciprocidade nos poem fé em Deus para que passamos estar sempre em paz e pela paz e isto é o que me levará à escrever.
Sempre
Não prometo amar-te para sempre.
Sempre é pouco tempo.
Quero amar-te para lá do sempre.
Vou amar-te todos os dias e noites
sem a ajuda do sempre.
Irei beijar-te constantemente
até ultrapassar todo o sempre.
Não serei sempre o mesmo,
porque sempre que amanheço: amo-te
e sempre que te amo anoitece apenas no mar.
Não vim a ti dizer algo desagradável
Antes, vim agradecer
No pouco tempo de nossa união
Aprendi que, não raro, viver só
É ter a certeza de que tudo muda
E sempre prá melhor
Então, não se preocupe
Sem você, a vida ficou mais leve
O bom de mim e a alegria
Se ataram em doce comunhão
Agora ele sabe que há pouco tempo, bem pouco tempo. Na verdade, não tem definido exatamente quanto, mas sabe que é pouco...
A única coisa que ele quer é tempo... tempo o bem mais precioso... mas ele sente que o tempo que tem escorre entre seus dedos... e, por mais que se esforce, não consegue segurar... ele quer correr atrás do tempo, mas está sempre atrasado... o tempo perdido está perdido.
Por que não viveu melhor? Por que não escolheu melhor? Por quê? Por quê? E por quê?
Houve um tempo em que ele não tinha noção do tempo... o tempo passava como ar de primavera... leve. Hoje o tempo passa pesado, ele tem noção de cada minuto no seu relógio tic-tac... tic-tac... pesando nos seus ombros... um assombro... um eco em seus ouvidos sempre lhe lembrando de que o tempo não para... que está lhe levando para o inevitável fim. Por que tem de ser assim?
Ele sabe que o tempo passa pra todo o mundo. Mas todo o mundo não tem importância pra ele. Só importa pra ele ele mesmo - e eu não o culpo por isso... porque no fim dos tempos cada um in-di-vi-du-al-men-te... deverá dar conta de seu tempo.
Todo mundo, por mais disposto que esteja, não poderá ajudá-lo... não estará lá pra justificar seu tempo perdido... inutilmente perdido.
Eu bem que tentei... mas ele bem que não entendeu, não se esforçou pra entender... continuando pondo seu tempo a perder...
Ainda é tempo? Talvez essa pergunta, se sincera, possa lhe dar a resposta... talvez... ainda é tempo, ou não...
E o sol de pleno verão mantém toda a sua força... e queima os ombros cansados dele.
Muralhas
Vivo dentro de muralhas...
isso não pode estar acontecendo...
até há pouco tempo,
por bobagens eu estava
me debatendo.
Eram coisas tão bobas, triviais
que me incomodavam...
hoje é questão de sobrevivência
um coquetel único de anomalias...
tudo foge à norma, tudo é diferente do normal...
do habitual...
Saudades de quando tudo era tão normal e eu pouco caso fazia.
Não, eu não perdi.... nós perdemos.
De tão apavorados, preferimos viver uma vida vazia
de nós...