Posias de Amor Querido
O Espelho do Amor
Por Diane Leite
Vivemos criando histórias: imaginamos finais perfeitos como nos livros e filmes. Mas quem já experimentou o amor genuíno sabe que ele não é apenas uma emoção passageira; é um espelho. Ele reflete nossas luzes e sombras, convidando-nos a enxergar quem realmente somos.
Descobri que tudo o que amamos em alguém já existe em nós. Da mesma forma, o que nos incomoda nos outros frequentemente expõe feridas ou inseguranças que ainda não resolvemos. A psicanálise chama isso de projeção: transferimos inconscientemente nossas qualidades ou defeitos para o outro. Amar, portanto, não é apenas sentir; é despertar, é confrontar a si mesmo.
Quando resistimos ao amor, seja por medo ou rejeição, estamos, na verdade, resistindo a nos amar. Não porque não sejamos dignos, mas porque, em algum momento da vida, deixamos que outros determinassem nosso valor. Talvez tenham nos dito que éramos insuficientes, incapazes ou indignos de amor. Mas essas palavras revelavam mais sobre quem as dizia do que sobre nós.
O inconsciente é um cofre de memórias e feridas antigas, muitas vezes esquecidas. Cada rejeição que enfrentamos toca nessas feridas, mas também nos oferece uma oportunidade única de cura. Se alguém escolhe não caminhar ao nosso lado, isso não diminui quem somos. É apenas um reflexo de suas próprias escolhas, de sua própria jornada.
A psicologia nos lembra que nosso controle é limitado. Não podemos mudar como os outros nos veem ou nos tratam, mas podemos decidir como reagir. Escolher o equilíbrio, ao invés da reatividade, é libertador. Muitas vezes, o que chamamos de rejeição é simplesmente a expressão do livre-arbítrio do outro.
Você já parou para se ouvir? A psicologia fala sobre o “eu interior”, aquela parte mais sábia e silenciosa de nós mesmos. Ele conhece nossas falhas e forças, nossos medos e esperanças. E mesmo com todas as imperfeições, ele nos acolhe. Quando paramos de buscar aprovação externa e nos conectamos com esse “eu interior”, algo transformador acontece: começamos a nos aceitar verdadeiramente.
Se alguém o magoou, lembre-se: a mágoa reflete as feridas dessa pessoa. Reagir com raiva apenas alimenta o ciclo de dor. Mas a compaixão – não como submissão, mas como força – liberta. O perdão não valida o erro; ele nos liberta do peso de carregar o que não nos pertence.
Estar presente é um presente. Quantas vezes deixamos de aproveitar um momento por estarmos distraídos, buscando respostas no exterior? O agora é tudo o que temos, e ele é precioso. É no agora que encontramos a vida em sua plenitude.
Apaixone-se por si mesmo – pelo que você é, pelo que ainda pode ser. Quando você escolhe se amar, cuida do corpo, da mente e do espírito. Descobre que o amor genuíno não vem de fora; ele começa dentro. E quando ele existe em você, transborda para o mundo.
O amor verdadeiro não é um destino, mas um reflexo da forma como tratamos a nós mesmos. Ame-se, perdoe-se, cuide de si. Pois quando você faz isso, está pronto para amar o outro – sem medo, sem ego, sem apego.
E então, você já olhou para dentro hoje?
O Amor Que Dei e a Torre Que Ruiu
Era uma vez uma mulher que carregava em si algo raro e precioso: um coração generoso, uma alma vibrante e um amor tão profundo que parecia capaz de curar qualquer ferida. Por muitos anos, ela acreditou que o amor era a resposta para tudo. Dava de si com tanta verdade que, mesmo nos momentos em que não recebia nada em troca, continuava se doando, pensando: "Talvez, se eu amar mais, isso seja suficiente."
Mas um dia, a torre que ela construiu começou a tremer. Não foi a primeira vez que a vida tentou derrubá-la, mas dessa vez foi diferente. A fundação, construída com tanto cuidado, parecia se despedaçar com as palavras e ações de quem ela mais esperava reciprocidade. Cada gesto frio, cada silêncio e cada ausência eram como tijolos arrancados e jogados fora.
Ela olhou para os escombros e sentiu raiva. Não era uma raiva destrutiva, mas uma raiva de quem percebeu que deu o melhor de si para quem não sabia valorizar. Nesse momento, ela entendeu algo crucial: o amor não a enfraquecia, mas a forma como ela o entregava, sem proteção, permitia que outros o descartassem.
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A Primeira Reflexão
"Será que o problema é o amor?", ela pensou. Não, o amor não era o problema. O problema era acreditar que todos sabiam lidar com aquilo que ela oferecia. Nem todos conseguem reconhecer a beleza de um coração puro. E, muitas vezes, a bondade era confundida com algo garantido, algo que podiam explorar.
Ela percebeu que a torre que ruiu não era apenas um símbolo de dor. Era também um espelho. Mostrava como, ao tentar salvar todos, ela se esquecia de salvar a si mesma.
Reconstruindo a Torre
Sentada nos escombros, ela percebeu que tinha duas escolhas: endurecer seu coração ou reconstruir a torre, mas dessa vez com mais sabedoria. E ela escolheu a segunda.
Ela decidiu colocar limites:
"Eu vou continuar amando, mas vou observar quem merece o meu amor."
"Não vou apagar minha luz, mas escolherei onde ela brilha."
"Minha bondade é minha maior força, mas agora vou protegê-la melhor."
E, assim, começou a separar os escombros que ainda tinham valor daqueles que precisavam ser deixados para trás.
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O Amor Que Sobrou
Ela percebeu algo importante: o amor que ela deu nunca foi em vão, mesmo quando não foi retribuído. Cada ato de generosidade, cada gesto de carinho, moldou quem ela era. Mas, ao mesmo tempo, ela entendeu que era hora de direcionar esse amor para si mesma.
Diante do espelho, ela declarou:
"Eu sou suficiente, mesmo quando os outros não veem isso."
"Meu valor não depende de quem sabe ou não reconhecer o que eu ofereço."
"Eu mereço ser amada como amo: sem condições, sem reservas e com verdade."
Essas palavras não eram apenas afirmações; eram as bases da nova torre que ela começava a construir.
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Uma Nova Perspectiva
Ela entendeu que não precisava mudar quem era, mas como usava sua energia. Em vez de doar sem pensar, começou a observar. Permitiu-se dizer "não" quando algo não ressoava com sua alma. E, acima de tudo, decidiu que seu amor próprio seria o alicerce de qualquer relacionamento.
"Eu não preciso ser perfeita, mas preciso ser leal a mim mesma. Não deixarei que ninguém use o que tenho de mais bonito sem dar nada em troca. Meu amor é precioso, e quem quiser recebê-lo precisará demonstrar que sabe cuidar dele."
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Um Convite para Você
Essa história pode ser sua, pode ser nossa. Não é errado amar, mas é errado se esquecer no processo. O amor não é algo para te diminuir, mas para te elevar. Se a torre ruiu, veja isso como uma oportunidade de construir algo ainda mais forte, onde os alicerces sejam feitos de respeito, reciprocidade e, acima de tudo, amor próprio.
Então, eu te pergunto: Como você está cuidando do amor que vive dentro de você?
Capítulo 3 - Entre a Dor e o Amor
1. Entrelaços do Sentir
A vida é feita de camadas. Cada emoção que sentimos, cada relacionamento que vivemos, acrescenta uma nova dimensão ao que somos. Às vezes, essas camadas brilham como um amanhecer tranquilo, mas, em outras, pesam como o céu antes de uma tempestade. O que permanece constante é o aprendizado que cada experiência nos oferece — mesmo que, no momento, isso pareça apenas dor.
Houve um tempo em que o silêncio dentro de um relacionamento se tornou ensurdecedor. Era como se estivéssemos em lados opostos de um abismo, gritando palavras que o outro não conseguia ouvir. O início havia sido diferente. Havia risos, toques leves e promessas ditas com o tipo de convicção que só a paixão oferece. Mas, com o tempo, o que parecia fácil tornou-se difícil. Pequenas mágoas se acumularam como grãos de areia em uma ampulheta, até que, um dia, percebemos que não havia mais tempo.
Eu me lembro de uma noite em particular. Estávamos sentados à mesa, cada um em sua própria bolha de pensamentos. A luz branda do abajur criava sombras suaves no ambiente, mas não conseguia iluminar o espaço vazio entre nós. Era como se algo tivesse morrido ali, algo que nenhum de nós conseguia nomear. Foi naquela noite que decidi escrever uma carta. Eu sabia que não era uma solução, mas precisava tirar de dentro de mim as palavras que haviam ficado presas por tanto tempo.
Na carta, falei das minhas inseguranças, dos meus medos e, sobretudo, da minha esperança de que ainda fosse possível encontrar um caminho de volta. Não foi uma tentativa de resgatar o que havíamos perdido, mas um gesto de honestidade, uma maneira de me reconectar comigo mesma. Quando terminei de escrever, senti um alívio que há tempos não sentia. Percebi, então, que às vezes o ato de se expressar é mais importante do que a resposta que esperamos do outro.
Essa experiência me ensinou que o amor não é apenas um sentimento; ele é uma prática. É sobre estar disposto a ser vulnerável, a enfrentar os próprios medos e a abrir espaço para que o outro também o faça. É, sobretudo, sobre aceitar que o amor verdadeiro não é perfeito — ele é feito de rachaduras, de escolhas difíceis e de coragem.
2. Histórias que Moldam
Mas nem toda dor pode ser resolvida. Algumas vêm para nos transformar de maneiras que só compreendemos muito tempo depois. A perda de um irmão e amigo querido foi uma dessas experiências. Lembro-me do dia em que recebi a notícia. O mundo parecia ter parado, como se cada som ao meu redor tivesse sido abafado por uma cortina de silêncio. A ausência dele era palpável, e o vazio que deixou parecia impossível de preencher.
Por muito tempo, tentei fugir dessa dor. Preenchi meus dias com tarefas, cercando-me de pessoas e buscando distrações que, no fundo, eram inúteis. Mas, eventualmente, percebi que não era possível escapar. Foi ao revisitar as memórias que compartilhamos que compreendi algo profundo: ele não havia partido por completo. Cada momento que vivemos juntos, cada conversa e cada gesto, permanecia vivo em mim. A dor da perda, percebi, era o preço que pagamos pelo privilégio de amar.
E então há as conexões que nos moldam de maneiras mais sutis. Uma amizade de infância, por exemplo, me ensinou sobre o poder da empatia. Passamos por fases de pura alegria e por momentos de desafio, mas foi em uma dessas crises que nosso laço se fortaleceu. Quando minha amiga enfrentava uma dor profunda, descobri que apoiar alguém não é apenas oferecer palavras de conforto — é estar presente, mesmo quando não há nada a dizer. Foi nesse espaço de silêncio compartilhado que nosso vínculo se tornou inquebrável.
3. Camadas do Sentir
O amor, em suas diferentes formas, é tão multifacetado quanto a vida. Ele nos desafia intelectualmente, conecta-nos emocionalmente e desperta nossos sentidos. Em cada experiência, há uma lição escondida, esperando para ser descoberta. Às vezes, essa lição vem na forma de uma alegria avassaladora; em outras, ela surge das cinzas de algo que acreditávamos ser permanente. O que permanece constante é a capacidade do amor de nos transformar.
Ao refletir sobre essas experiências, percebo que cada conexão que cultivamos nos aproxima de nossa própria essência. Seja no calor de um abraço, no peso de uma despedida ou na troca silenciosa de olhares, somos moldados pelos laços que criamos e pelas histórias que compartilhamos.
4. Reflexões Silenciosas
E assim, deixo este convite a você: pense nas pessoas que passaram por sua vida. Quais marcaram você de forma indelével? Quais momentos de alegria ou dor o transformaram? Às vezes, a resposta para nossas perguntas mais profundas está nas histórias que carregamos, nos ecos das vozes que ainda ressoam dentro de nós.
A vida é um ciclo constante de encontros e despedidas, luzes e sombras. Mas, se há algo que aprendi, é que a luz sempre encontra um jeito de atravessar até os espaços mais escuros. Cada conexão que fazemos, cada laço que criamos, é uma centelha dessa luz, nos guiando de volta para casa.
O Amor Que Nos Torna Livres
Por Diane Leite
Houve um tempo em que eu acreditava que os vilões da minha história tinham rostos, nomes e intenções sombrias. Que as dores que senti foram causadas por terceiros, que o mundo era injusto e que eu era apenas uma vítima dos acontecimentos. Mas então, a vida me deu um presente raro: a Noite Escura da Alma.
Diferente do que muitos pensam, essa fase não tem a ver com enxergar o que os outros fizeram comigo. Isso eu sempre soube. A verdadeira dor veio ao perceber como eu respondi a isso, como eu permiti, como eu mesma fui o lobo mau em tantas histórias—inclusive na minha própria.
A Noite Escura da Alma não é um castigo, mas um portal. Um espelho que mostra, sem filtros, quem fomos e quem escolhemos ser diante das experiências que a vida nos trouxe. É um processo doloroso, porque nele somos obrigados a nos ver além das desculpas, além da narrativa confortável que nos permite apontar dedos.
É fácil perdoar os outros. Difícil é perdoar a si mesma.
O Ego e o Ilusionismo da Mente
A psicologia nos ensina que o ego cria uma identidade baseada naquilo que ele acredita ser necessário para sobreviver. Muitas vezes, essa identidade vem carregada de mecanismos de defesa: projeção, negação, vitimização. Tudo para nos proteger da verdade mais libertadora (e mais difícil de aceitar): ninguém nos fez nada sem o nosso consentimento energético.
A grande virada de chave acontece quando entendemos que não importa o que os outros façam, mas sim o que nós fazemos com isso. Como escolhemos reagir? Qual padrão estamos reforçando? Estamos nutrindo dor, ressentimento e escassez ou estamos ressignificando, aprendendo e transcendendo?
A resposta sempre esteve dentro de nós. O problema é que, muitas vezes, não queremos olhar para ela.
A Travessia Pelo Deserto da Alma
Após a Noite Escura, vem um outro fenômeno: o Deserto da Alma. É o momento em que tudo que antes fazia sentido perde a cor. O mundo parece uma ilusão, as motivações antigas já não sustentam nossa nova consciência. É um renascimento. Mas antes de renascer, precisamos morrer para o que fomos.
O que antes nos fazia correr atrás agora nos faz rir. O que antes nos consumia de ansiedade agora nos traz paz. O que antes parecia injustiça agora se mostra como uma lição cuidadosamente orquestrada pelo universo.
E então, chega o amor.
Não o amor romântico, condicional, que precisa de validação e reconhecimento. Mas o amor universal, o amor divino, o amor que vê todos como partes do todo.
Eu olho para mim e me amo. Eu olho para o outro e o amo. Eu olho para a vida e vejo Deus em cada detalhe.
A Psicologia do Amor Incondicional
A psicologia já nos ensina que o amor é um estado de consciência. Mas poucos conseguem experimentar esse estado em sua forma mais pura porque estão presos em feridas antigas, ciclos repetitivos e crenças que limitam sua capacidade de expandir.
Carl Jung dizia: “Até você se tornar consciente, o inconsciente dirigirá sua vida e você o chamará de destino.”
Ou seja, enquanto estivermos presos na ilusão de que a culpa está fora, continuaremos repetindo os mesmos padrões e chamando isso de azar, karma ou destino.
Mas quando despertamos para a verdade de que somos os autores da nossa própria história, algo mágico acontece. O perdão deixa de ser sobre o outro e passa a ser sobre nós mesmos. E então, finalmente, nos tornamos livres.
O Amor Que Nos Torna Deus em Expressão
Quando entendemos que o verdadeiro inimigo nunca foi o outro, mas nossa própria mente, transcendemos. Quando percebemos que somos criadores da nossa realidade, escolhemos manifestar o melhor. Quando aceitamos que todos somos um, que o todo é amor e que o amor é Deus, então experimentamos a plenitude.
E nesse momento, algo acontece: o universo responde.
Começamos a receber sinais, sincronias, milagres. O tempo se dobra ao nosso favor. As pessoas certas aparecem. As portas se abrem. O dinheiro chega sem esforço. A intuição se torna nossa melhor guia. E finalmente, entendemos que nunca estivemos sozinhos.
O amor sempre esteve lá.
Hoje é o Dia do Amor. Mas não só o amor romântico. É o dia do amor do todo. O amor de todas as dimensões. O amor de todos os tempos. O amor que nos torna livres.
Que possamos nos lembrar disso, todos os dias.
Está feito. Está feito. Está feito.
Gratidão, Universo.
O que aprendi quando parei de exigir amor"
Por Diane Leite
Desde pequena, entendi que ninguém tem a obrigação de me amar. Quando o primeiro amor que conhecemos falha — aquele que vem da mãe — a vida nos ensina cedo que o amor não é garantia, é escolha. E, quando se compreende isso, algo muda para sempre.
Eu parei de correr atrás.
Parei de me explicar.
Parei de tentar convencer alguém a ficar.
Parei de insistir onde já não havia espaço para mim.
Hoje, se alguém escolhe ir, eu deixo.
Mas se escolhe ficar, terá o melhor de mim — inteiro, verdadeiro, leve.
Não porque preciso agradar. Mas porque eu quero doar.
Aprendi que amor não se exige, se cultiva.
Que presença não se implora, se atrai.
E que quem merece, vibra comigo, cresce comigo, floresce comigo.
Não, não é orgulho. É cura.
Não é frieza. É paz.
Não é jogo. É maturidade.
O amor próprio me ensinou a economizar energia com quem não vibra na mesma frequência.
E desde então… minha vida só floresce.
Nem todo amor fala. Alguns se movem.
É curioso como, por tanto tempo, a gente aprende a lutar sozinha. A se defender, a sobreviver, a não esperar nada de ninguém — porque quase sempre, quando precisávamos, não tinha ninguém. A gente acaba confundindo amor com palavras bonitas, com discursos ensaiados e juras vazias. Mas com o tempo, a gente entende que amor mesmo... tem mais a ver com movimento do que com fala.
Amor é quando alguém te protege do mundo — não com grades, mas com gestos. Quando percebe sua vulnerabilidade e não se aproveita dela, mas estende a mão. Quando não tem muito a oferecer, mas oferece tudo o que tem.
É aí que mora a diferença.
Tem gente que diz “cuida” e nunca cuida.
Tem gente que não promete nada, mas aparece. Fica. Aguenta. E ama no silêncio das atitudes.
É hora de prestarmos mais atenção nas ações.
Em como as pessoas nos olham quando estamos frágeis.
Em como elas reagem quando erramos.
Em quem nos defende quando o mundo vira as costas.
Palavras qualquer um diz.
Mas o cuidado… o cuidado exige presença.
E a presença, essa sim, é a maior declaração de amor.
O Amor Que Não Se Deixa Quebrar
Autoria: Diane Leite
Passei boa parte da vida sendo testada pela vida.
Desde muito pequena, conheci o gosto amargo da exclusão, da zombaria, da rejeição.
E como muitas crianças que amam demais, cresci acreditando que o problema era eu.
Achei que, se eu me esforçasse mais, se eu fosse melhor, mais inteligente, mais forte, talvez — só talvez — eu conquistasse o amor que sonhava.
Mas mesmo depois de conquistar tanto, o vazio de reconhecimento permaneceu.
Cresci, floresci, e ainda assim vi olhares se encherem de medo, de inveja, de competição.
E tudo o que eu queria era simples: amar e ser amada.
Quantas vezes tentaram me fazer acreditar que amar era fraqueza.
Quantas vezes disseram, sem palavras, que eu precisava endurecer para sobreviver.
Mas o amor que carrego não é fraqueza.
É força.
É escolha consciente.
É liberdade interior.
Amar — verdadeiramente — é um ato de coragem.
E, nesse mundo distraído, superficial, desconectado, amar com profundidade se tornou quase um ato de rebeldia silenciosa.
Hoje, não peço mais que me entendam.
Não peço mais que me validem.
Eu sei o valor que há em quem ama.
Se você também sente que o mundo nunca entendeu a grandeza do seu amor — não se diminua.
Não endureça.
Não desista.
E se você, por acaso, se afastou de quem te ofereceu amor genuíno, talvez seja hora de se perguntar:
Quantas vezes você confundiu amor com fraqueza?
Quantas vezes rejeitou o que mais precisava — por medo de se entregar?
Amar é para os fortes.
Receber amor, também.
Que a sua consciência desperte para essa verdade:
Amar não é um erro.
Amar é uma bênção.
Amar é o que há de mais sagrado em ser humano.
E a verdadeira vitória é esta:
não permitir que a dureza do mundo roube a leveza do seu coração.
O amor que habita em mim permanece.
Íntegro. Vivo. Soberano.
Porque eu sei:
o problema nunca esteve em quem ama demais.
O problema sempre esteve em quem não sabe mais amar.
Diane Leite
O amor-próprio é o presente mais raro e valioso que você pode se dar.
Quando você se ama, não sobra espaço para entregar ao mundo nada menos que amor.
A empatia começa dentro — com o jeito que você se escuta, se acolhe, se honra.
Quem se ama de verdade não fere, não mendiga, não implora.
Oferece presença, oferece paz.
Porque sabe que quem transborda, não precisa implorar por migalhas.
Seja o seu amor mais bonito.
Autoria: Diane Leite
Título: "O Amor Que Me Transformou"
Autoria: Diane Leite
Minha transformação começou quando percebi algo essencial: eu mereço amor – não apenas dar, mas também receber. E aqui não falo apenas de amor romântico. Falo de amor em todas as suas formas: amor familiar, amor nas amizades, amor pela maternidade, amor pelas pessoas ao meu redor, e, acima de tudo, amor por mim mesma. Esse entendimento mudou tudo. Quando você reconhece que é digno de ser amado em todas essas dimensões, sua perspectiva se transforma, e o amor começa a fluir para você de todas as direções.
Deixar de ser vítima e se tornar um observador consciente da sua própria vida é o que verdadeiramente te tira do pó e te transforma em alguém precioso. Quando você abandona a postura de “isso está acontecendo comigo” e a substitui por “o que eu posso aprender com isso?”, você assume as rédeas da sua história. Cada perda, cada erro, cada desafio deixa de ser um fardo e se torna uma ferramenta que te esculpe, lapidando a pessoa incrível que você está se tornando.
No final dessa jornada, que é difícil, mas absolutamente necessária, você finalmente percebe algo grandioso: você é merecedora de amor. Não apenas de recebê-lo, mas de vivê-lo em sua forma mais pura e plena, em todas as áreas da vida. Você vê que não precisa provar nada a ninguém para ser digna desse amor. E mais do que isso, entende que, ao se alinhar com o amor – o amor pelas pessoas, pelos seus filhos, pela sua família, pelos seus amigos e por você mesma – você se torna a melhor versão de si mesma.
Nesse ponto de clareza, você percebe que está pronta para receber tudo que o universo tem para te oferecer. Não é mais sobre correr atrás ou buscar aprovação. O que é seu de direito, o que está alinhado ao propósito da sua alma e do seu coração, começa a chegar até você. O amor que é genuíno, recíproco e transformador está à sua espera, em todas as suas formas, porque agora você está aberta para acolhê-lo.
Essa jornada não é apenas sobre aprender a amar, mas sobre aprender a se amar o suficiente para se alinhar com o que é verdadeiro e saudável. Não há fim para esse processo; ele é constante, mas absolutamente recompensador. E é essa transformação, esse amor universal e incondicional, que faz com que o universo finalmente te entregue tudo que é seu de direito – tudo que é mais lindo e alinhado com o propósito da sua alma.
Que em 2025 você se permita viver essa transformação, entender que o amor está em tudo e que você é absolutamente digna de recebê-lo em todas as suas formas. Porque o amor, em sua essência, é o que te conecta com a melhor versão de si mesma e com o universo.
A comunicação é a ponte por onde o amor caminha, ligando almas e corações por meio da verdade, da empatia e do desejo ardente de compreender. É nesse entrelaçar de palavras e silêncios que a essência do sentir se revela."
— Diane Leite
Texto autoral site Pensador.
Amor Incondicional
Ama-se na ausência,
No silêncio faz morada.
Não pede, não cobra, não força,
Acolhe, transforma, é jornada.
É toque sem tocar,
Luz no olhar perdido,
Aceita o outro inteiro,
Mesmo que venha partido.
Não vive de condições,
Ama por existir.
É um campo infinito de flores,
Onde a alma escolhe fluir.
– Diane Leite
Título: "O Primeiro Amor de Uma Mulher"
Autoria: Diane Leite
Nota: Esta é uma história fictícia; qualquer semelhança com pessoas ou situações reais é mera coincidência.
Naquele dia comum, Luna, com seus 19 anos, sentiu algo incomum ao cruzar o olhar com o Imperador, um homem de 43 anos. Ele tinha um ar de mistério que a fascinava. Seus olhos carregavam histórias que ela não conhecia, mas que ansiava descobrir. Era a primeira vez que Luna experimentava aquele tipo de conexão que fazia o coração acelerar e o mundo ao redor parecer se dissolver.
O Imperador não era como os outros homens que Luna conhecia. Ele exalava inteligência e experiência, algo que desafiava sua mente e alimentava sua curiosidade. Enquanto ela transbordava energia, risos e sonhos frescos, ele parecia um homem marcado pelas experiências da vida, carregando uma combinação de força e vulnerabilidade que a intrigava profundamente.
Seus encontros eram casuais, quase furtivos, mas sempre intensos. Havia uma troca intelectual que a fazia se sentir viva e especial. Ele a tratava como igual, algo raro para alguém da idade dela, e isso a fez perceber que estava diante de algo único. Porém, a diferença de idade era uma sombra pairando sobre eles, uma realidade difícil de ignorar.
Os anos passaram, e Luna cresceu. Ela agora era uma mulher de 43 anos, plena, bem-sucedida e repleta de histórias para contar. Mesmo com o tempo, as lembranças do Imperador permaneciam vivas. Ele havia sido mais do que seu primeiro amor; tinha sido a pessoa que ajudou a moldar quem ela se tornara. A jovem curiosa e apaixonada agora era uma mulher que compreendia as nuances e imperfeições do amor verdadeiro.
Quando eles se reencontraram, ele já tinha 66 anos. O tempo o havia transformado, mas seus olhos ainda carregavam o mesmo mistério que a cativara décadas antes. A conexão entre eles era inegável, mas agora era diferente. Luna não era mais a jovem que buscava validação em seu olhar. Ela era uma mulher que sabia o que queria e que se amava profundamente. Isso o desafiava de maneiras que ele não esperava.
O Imperador, por sua vez, trazia as marcas das escolhas que havia feito e das que havia deixado de fazer. Ele lutava contra as sombras do passado e as inseguranças que às vezes o faziam questionar se era suficiente para Luna. Ela, porém, o amava de um jeito novo: um amor maduro, incondicional, construído sobre respeito e aceitação.
Luna entendia que não poderia mudar o Imperador, mas podia oferecer a ele um espaço seguro, onde ele pudesse ser quem era, sem cobranças ou julgamentos. Ambos sabiam que o amor não era um conto de fadas; era um caminho cheio de desafios, mas também de crescimento e aprendizado.
E assim, a história deles continuava, fluindo como um rio que, apesar das pedras no caminho, segue seu curso. Luna não sabia onde o futuro os levaria, mas estava disposta a viver o presente intensamente, aprendendo e crescendo ao lado do Imperador enquanto o universo assim permitisse.
*Mulher em evolução*
Mulher, criatura de amor e força,
Com coração que pulsa firme e alma que resiste.
Olhos que brilham como estrelas distantes,
E sorriso que clareia o caminho à frente.
Mas também com lágrimas que caem como chuva,
E dor que corta, afiada, sem perdão.
Ser mulher é lutar e vencer a cada dia,
É enfrentar as tempestades e desafiar os ventos.
É ser mãe, filha, irmã, amiga e companheira,
É ser forte e frágil, sem perder a essência.
É ser criativa, inteligente e audaz,
É amar e ser amada, sem condições ou limites.
É ser humana e lutar por liberdade, igualdade e respeito,
Às vezes impulsiva, quebra regras, sem medos e sem preconceito.
Grita, silencia, chora... mas também recomeça.
E todos os dias recria seus sonhos.
Eu sou esta mulher, não me escondo atrás de ninguém,
Com minhas forças e fragilidades, sigo em frente.
Destemida, com coragem e gratidão,
Orgulhosa de ser mulher, em toda a minha evolução.
O amor é uma estrada enfeitada por roseiras.
Uma ponte sobre as lágrimas dos espinhos.
Uma pétala perfumando o orvalho da madrugada.
Valnia Véras
Atravessando a linha do horizonte, vejo, através dos cegos olhos meus, toda a beleza do amor.
Valnia Véras
MÃE
Em três letras cabe o mundo
Um leque de sorrisos
Um olhar de amor
Um grito de alerta
Uma lágrima de dor...
Mãe
Mãezinha
Mainha
Mamy
Mão que a todos sustenta e conduz...
Mãe amor
Mãe devoção
Mãe saudade
Mãe coração
batendo fora do peito.
É festejo e oração.
A língua do amor não se inibe,
não se esconde em solitários sons .
Reflete-se na expressão
vivida,
tocada,
tatuada em acordes do coração.
Valnia Véras