Porta Janela
Um leve vento pela janela.
A visão como um filme passando.
E eu como se estivesse parando.
A cada volta da roda, cada parada, cada estrada.
Para ter o mesmo destino de sempre.
O caminho se repete várias e várias vezes.
Apesar do caminho ser sempre o mesmo se vê coisas diferentes.
Sejam pessoas, animais ou lugares.
O caminho me mostra sempre novos ares.
Mas afinal, aonde eu quero chegar?
Eu tenho uma meta ou estou apenas me deixando levar?
O AMOR À PRIMEIRA VISTA.
Na janela eu vi uma luz, um clarão de estontear.
Não era raio, era muito mais, era o brilho do seu olhar.
Meio dia, muitos sóis a lumiar,
Fosse noite, seria a lua a aformosear.
Só enxerguei você. Seu sorrateiro olhar fez meu sorriso notar.
Não era dia de festa, nem noite de seresta,
Não havia música e nem retreta da orquestra,
Nem o pássaro com o seu belo canto na floresta,
Mas havia você, só você, com aquele sorriso largo que se doa e empresta.
Não era dia de Santo Antônio, nem dia de Santa Bárbara,
Nem a festa do mármore esculpido em Carrara.
Ouvia-se alguém cantar “O Rio de Piracicaba”,
Uma bela homenagem a Lourival Santos que um sertanejo prestava.
O Sol estava brilhante, reluzia diamante,
Meu olhar ainda distante, buscava radiante,
Fazê-la perceber, que este cavaleiro errante,
Há anos procurava essa beleza estonteante.
Aproximei-me mais um pouquinho,
Passo a passo, bem devagarinho.
A voz não mais se ouvia, porque era grande o carinho,
Os olhos se encontraram, abrindo portas e caminhos.
Foi paixão à primeira vista
Até hoje não se sabe de quem foi a conquista.
Saiu nos jornais e nas capas de revistas,
O casamento mais falado na Igreja de São João Batista.
Élcio José Martins
SOFRÊNCIA...
A noite calma e bela,
Feixe de luz pela janela,
Transcende o júbilo em tela,
O sonho utópico, desnuda ela...
Veio de mansinho e ocupou lugar,
Primeiro passo, primeiro andar.
A roda que faz rodar,
Leva ao trono bem longínquo do altar...
Carícias e soluçar,
Trombetas melódicas ao luar.
Aos ouvidos balbuciar,
Brados em silêncio a auscultar.
A declaração se fez ouvida,
Já é saudade o que é partida.
Indaga a alma que se faz sofrida,
É pecado amar no amor que fica...
A conquista exige permanência,
É pecador quem não dá sequência.
Conquistar o amor e fazer sofrência,
É crime hediondo, diz a jurisprudência...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS
A ANDORINHA
Poisou uma andorinha
Tão mansinha
No parapeito,
Mesmo a jeito,
Da minha janela.
Era um sinal de vida
E eu pela minha sofrida,
Meti conversa com ela
Por gestos de simpatia
Em plena sinfonia,
Pintando com alegria,
A mesma paisagem da tela.
A amizade pura,
Cura
E supera
A mais dolorosa ferida,
Quando ela me disse ao
ouvido
Num silêncio estabelecido,
Sempre que haja primavera:
É sinal que renasce a vida!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-03-2023)
Ainda que distante Órion
apareceu na janela,
Não esqueci do que é bom
para manter a nossa
chama do amor acesa,
Embriagante aroma
de narciso quero me perder;
E hei de encontrar contigo
de tal maneira que eu
esqueça o meu próprio nome
e não recorde a rota
de regresso por onde vim,
Desde o primeiro dia que te vi
além da poesia o escolhi para mim.
Aonde estás ?
Te procuro
E não te acho
Vou para janela
Dou um.gole em
Uma taça de vinho
E deixo minhas
Lembranças invadirem
Minha mente
Pensativo fico em mais
Alguns goles de vinho
Olho para a rua e a vejo
Passar.
Olho estarrecido e feliz
Com sua presença.
Desço correndo ainda
Sob o efeito do susto ao
Vê-la.
Compro uma rosa daqueles
Vendedores da noite e corro
Tentando acha-la.
quando isso acontece
peço desculpas pela ousadia
E entrego a Rosa
Peço para vê-la de novo.
Ela apenas sorri e diz:
--- Quem sabe!!
Entra Imediatamente no
ônibus e na janela me manda
Um beijo..
Volto para casa realizado
Pois finalmente
Pude conhecê-la
Se vamos ficar juntos?
Não sei!!
Mas pelo menos carrego comigo a felicidade
E Ver que ela existe..
Hoje a chuva não caiu
A cor do céu se abriu
Desde que abri minha janela e reparei com cautela
Os fins de tarde mais demorados
Os sorrisos mais largos
O dia mais longo que o esperado
E eu fã desse céu pouco alaranjado
Onde a lua se destacou com toda a sua cor.
Eu sou uma janela aberta pegando fogo que fica além do buraco negro que nem a teoria da relatividade em fusão com as equações quânticas e a separação de variáveis conseguem resolver. Sou a consciência do Raul Seixas, a serenidade de Renato Russo as loucuras de Cazuza. Sou os segredos do oráculo a incertezas do futuro. Eu sou o que sou? Eu sou Nada!
Poesia é a janela
Da alma
Que busca
Mostrar conexão
Dos sentimentos intrínsecos
Com a realidade subjetiva
Por meio de palavras
Transpondo barreiras
Que se dizem impossíveis
Ela é o combustível do ser
Amante das escritas
Hoje ao abrir a janela, contemplei com certo espanto a aurora em luz e cores e, foi nesse instante tão cheio de magia que um raio do sol me tocou e refletiu em meus olhos cheios de beleza, o amanhecer de um novo dia.
Da janela da minha casa vejo meu quintal...
As árvores, as montanhas e o azul do céu que corta seus cumes,
Tudo que está além da minha casa é o meu quintal...
Posso andar, navegar, sobrevoar... basta apenas sonhar...
Da janela da minha casa vejo teu olhar refletido no meu pensamento,
Teus olhos cor de folha de abacateiro...
Mais fácil penetrar na profundeza do mar
Do que entender o silêncio do teu olhar.
Da janela da minha casa contemplo o mundo
Com ar de filósofo...
Viva o presente
Acorde pela manhã, abra as cortinas da janela, contemple a beleza de um novo amanhecer e agradeça pela oportunidade de viver mais um dia.Tome seu breakfast tranquilamente, sem pressa, degustando cada sabor.
Vá para o seu trabalho contente e grato. No caminho, traga a sua memória as boas lembranças e não dê espaço para as preocupações e pensamentos negativos.
Foque no trabalho sem se importar com o que vem depois, dê o seu melhor sem ultrapassar os limites e tenha um dia produtivo sem deixar o estresse tomar conta da sua mente.
Ao chegar em casa, esqueça a televisão e o smartphone. Tome um banho, se alimente e relaxe através da leitura de um bom livro. Ao deitar-se, agradeça pelo dia que se passou e não se preocupe com o seguinte, pois ele acontecerá naturalmente como se deve, sem a necessidade de ser vivido antecipadamente. Por isso, traga novamente à sua memória aqueles bons momentos e assim, dormirás em paz e contente.
Verônica A. Silva, 01 de fevereiro de 2023, Serra do Ramalho - BA
"FLORES CINTILANTES'
Hoje olhei pela janela
Senti dentro do "eu" um sentimento nobre, vivo iluminado como se dentro de mim acendesse o sol que muito tempo havia se apagado.
Senti meu coração pulsar forte acelerado!
vi meu jardim da vida, começando novamente a florir,
Com milhões de motivos para sorrir.
Já vejo a solidão de partida a me dar adeus
Já sinto me aconchegada nos braços seus..
Lado a lado sobre a proteção de Deus !
Os raios do sol a penetrar pela janela do meu quarto
Que era tão frio e sombrio
e agora à iluminar meu coração com
seu lindo sorriso que tanta me encanta,
Não sei como aclarar;
Essa chama que acendeu em mim como
Uma cruciação !
Espero que você seja a entre as flores de toda espécie e cores a rosa cintilante; a rosa mais bela a conquistar meu coração !
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a
lei - 9.610/98
Liberdade aprisionada ao passado
A brisa noturna chega trazendo desalento.
Na soleira da janela, com olhar vazio, ouvindo o vento.
Brandindo, sonido, sino fazendo ruído sestroso, parece sorrindo.
Me fazendo recordar das lindas noites de luar!
Aqui juntinhos
Oh! Que esmorecimento chegou com essa brisa.
Recordações e mais recordações
Inquietações, censuras
Ruínas de ilusões, penumbras!
Quanto sofro por ti!
Inúmeras noites sem dormir
Malsofrido coração
Angústia, solidão
Amanhece!
O dia se veste de luz e poesia.
Imerge no esquecimento a agonia, deixando lá adormecidos, os afagos vividos.
Voltando a sorrir!
Rosely Meirelles
🌹
Vejo-te como uma janela aberta,
como o sopro de um poeta.
Como o grito de um Rei,
e o bater de asas de uma borboleta.
És sempre tão silenciosa.
Te convidarias para experimentar um café ás três da tarde, numa quarta-feira, se pudesses.
Oh, liberdade,
Por que me soas tão quieta?
"Não dá pra ver coisas novas olhando sempre pela mesma janela."
Trecho do livro Quantos Contos - Reflexões sobre a vida quotidiana
Abro meu coração
A janela da alma escancaro
Para dizer o que sinto
O sentimento que arde em meu peito
A paixão por você.
A janela
"Je laisse la vie, comme les fleurs laissent la mort!
Les fleurs laissent la mort jolie,
La décoration des fleurs est unique,
Qui fait la mort jolie? sinon les fleurs?
Les fleurs embellissent, ensorcellent!
Elles sont la beauté de l'enterrement.”
Ao som das estações, fabricam-se ossos e costumes,
Estátuas e revestimentos culturais.
Há dias tenho tido lembranças de outras lembranças,
Tenho conjurado sonhos irreais em pesadelos,
E tenho tido pesadelos conjurando sonhos.
Possuo dois cérebros: Passíveis,
Conjurados um contrário ao outro.
Pela plenitude fictícia de nunca estar certo,
Tendo por prazer real, nunca se saber quando é que se está louco.
Com alguns retratos, eu escondo partes de uma parede despojada,
Expondo pequenos espaços a serem preenchidos pela imaginação.
Ah, esse pequeno mundo que arquiteto debruçado na janela.
Eu vivo em paredes que só existem dentro de mim.
Observo distante, esses quadros anacarados a vela,
Passo as horas tal qual um relógio velho; atirado-me ao chão.
Sob a escuridão de mim, oculto-me neste escárnio quarto,
Fico imutável na depravação imaginária dos pensamentos.
Escrevo sobre tudo, sem ter nunca conhecido nada.
Aqui redijo! – Como quem compõe e nada espera,
Como quem acende um charuto e não o traga,
Apenas saboreia-o por mera desocupação.
Escrevo, porque ao escrever: – Eu não me explico!
Como quem escreve, não para si, não para os outros,
Escreve; porque tem que escrever.
Transcrevo em definições um antinomismo de mim mesmo,
Depois, faço algaravias conscientes da imperícia consciência.
Nada é mais fétido do que a minha ignorância erudita.
Há três horas; – Sinto diferentes sensações,
Vivo a par disto e daquilo; – E sempre a par de nada,
Estou repleto de preocupações que não me preocupam.
Calmamente, inclino-me para o mundo de fronte à janela,
Observo que por pouco observar, eu tenho a visão da praça,
Diante dela, tenho também a visão de um pedinte violinista.
Inclino-me para dentro de mim e tenho a visão de um homem,
Que hora é homem e hora são as minhas sensações,
De que tenho sido um homem.
O meu mundo é o que posso criar da janela do meu quarto,
Esse coveiro desempregado da minha senil consciência,
Um túmulo escavado por falsas descobertas arqueológicas,
A terra anciã é o amparo às minhas espáduas sonhadoras,
Preceitos juvenis? – Todos mortos! E hoje são somente terra,
Mas estou cansado; acendo outro charuto e me afasto da janela.
O silêncio dos meus passos conforta o meu coração,
A fumaça traz lembranças que me fazem sentir,
Ainda que eu não saiba exatamente o quê.
Sou indiferente aos lugares que frequento,
Tenho sido visto por muitos, mas tenho visto tão poucos.
Ah, ninguém me define melhor do que eu mesmo.
Caminho de fronte ao espelho: A tentar definir-me,
Certeiro de que ao derradeiro fim, não terei definição alguma.
Exceto, a falsa definição de que me fizeram os tolos.
De volta à janela,
Vejo a esperança exposta em uma caneca e um violino.
As mãos que sustentam a caneca, cansam antes das cordas.
Os homens passam e rejeitam ajudar com um mísero centavo.
Ah, cordas que valem menos do que o som que proporcionam,
Ouço-o e por ouvi-lo, eu observo os espíritos desprezíveis,
O meu cansaço distorce as melodias que essa alma compôs.
Diferencio-me e jogo-lhe alguns centavos:
Ah, uma esperança surge nos ombros cansados.
O violinista volta a executar melodias nas cordas senis,
A pobre rabeca se torna um estradivário valioso.
Eu sou um escritor, mas, não sou ninguém.
Agora esse violinista; talvez seja alguém.
Talvez escreva melodias que muitos ouvirão,
Ou que ninguém, talvez!
Dentro de um raciocínio lógico eu o defino ao definir-me.
Ele é a esfera do infortúnio. – Eu sou a pirâmide do êxtase.
Intercalamos entre o que está por vir e o que está presente.
Reacendo o charuto, fecho os olhos e ouço a melodia,
Desta janela vivo sendo outro, para evitar ser eu mesmo.
Eu poderia sentar a praça e observar, de perto, o violinista;
Tudo que vejo da janela me deixa com os olhos em lágrimas.
Aqui de cima o mundo é admirável, mas não consigo explicar-me.
Que faço eu? – Que faço eu ainda aqui, debruçado na janela?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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