Por onde Passei Rasto Deixei
Que as redes sociais comecem agora a ser um território onde as pessoas usem suas influências para de fato fazer a diferença e fazer a diferença para quem mais precisa.
No recanto da natureza, onde o meu sorriso consegue brilhar à vontade, o meu espírito aventureiro pode voar alto, a minha mente obtém a tranquilidade,
assim, eu desfruto o máximo que posso durante um momento demorado ou breve, de todo jeito, temporário, mas, intensamente significante, memorável,
que traz aos meus dias a Divina Arte, que melhora notavelmente o meu mundo, sendo uma das minhas grandes fontes de vitalidade, Graças ao Senhor por tudo.
Da vida que te faz,
existe uma variedade;
do tanto que te molda,
um servo da sociedade.
Onde está minha pessoa,
perdida dentro do corpo?
O que realmente aparece
é a casca de muitos desgostos.
Do tanto que te domina,
não parece, mas acostuma.
Entre os altos e baixos da vida,
existe a breve luz da lua.
O Peso da Pele
Carrego na pele o peso de um tempo,
Onde ser negro é fardo, dor e lamento.
Na sombra do racismo, sigo o meu trilho,
Enquanto os olhos julgam o meu brilho.
Viver em um mundo que me nega o direito,
Como se a cor fosse crime ou defeito,
Eles não entendem, ou fingem não ver,
Que o meu sangue é igual, que eu também sei viver.
Eu não quero migalhas, nem falsa igualdade,
Quero o que é meu, de fato, em verdade.
Direitos de andar, de sonhar, de existir,
Sem que a cor me impeça de simplesmente sorrir.
Ser negro é lutar todo dia, em cada olhar,
Em cada esquina, onde tentam me calar.
Mas minha voz ecoa, firme e altiva,
Porque sou história, sou força, sou vida.
E um dia, quem sabe, hão de entender,
Que o direito é de todos, basta querer.
Não sou menos, não sou mais, sou parte inteira,
Sou filho da Terra, a luta é verdadeira.
Nossos destinos estão entrelaçados, pois não posso existir em um mundo onde você não exista.
Tanto tempo desperdiçado imaginando outra vida onde meus sonhos infantis se realizassem, mas, amor, você é o sonho que se realizou.
Genuína essência à moda antiga, onde o romantismo felizmente não se tornou obsoleto, o amor intenso cativa desde a rica simplicidade,
que com certeza, permite viagens no tempo pelas lembranças dos momentos que são vividos ao seu lado, fomentando não apenas uma mera vontade,
mas um simples, sincero e forte desejo de ter a sua reciprocidade e de ser abençoado por Deus e poder amá-la e acompanhá-la durante toda a eternidade.
Século XXI: O Cântico da Desilusão
Vivemos no século XXI,
onde a lei é falha,
e o amor — se ainda existe —
não passa de um eco,
uma palavra sem corpo,
sem gesto, sem verdade.
O pecado se fez costume,
a fraternidade se apagou,
e o homem esqueceu
o papel que lhe foi confiado.
Vivemos num mundo
onde já não se fala em Deus,
onde irmãos se tornam inimigos,
onde a traição caminha de mãos dadas
com a covardia.
No século XXI,
o ouro e a prata
valem mais que uma palavra honesta.
É um mundo rico —
em petróleo, minerais, pedras preciosas —
mas miserável em amor,
pobre de espírito,
sedento de fidelidade,
faminto de honestidade.
Eis o nosso tempo:
um mundo sem compaixão,
onde púlpitos se erguem
não para a fé,
mas para falsos profetas,
que exploram a inocência
de um povo devoto,
cegamente crente.
Vivemos cercados de mentiras,
em meio a promessas partidas,
prostituição, drogas, vícios,
e homens que se dizem humanos,
mas não passam de sombras,
de micróbios corroendo a essência.
E quem sou eu neste caos?
Sou apenas um poeta —
indignado, ferido,
mas ainda de pé.
Pois não se vence uma guerra
lutando sozinho…
Oh, baby,
bem-vindo ao século XXI.
Neste mundo onde tudo gira em torno do eu
meu coração anseia partir.
Quanto mais o ego cresce,
mais desejo o céu.
Às vezes, é preciso que um doido passe dos limites pra gente saber onde fica.
Os teus olhos
Que estejam vivos em algum lugar
Os teus olhos –
Não importa onde se demorem,
Que coisas afaguem, que outras molestem,
Importa que estejam vivos e curiosos
Esses olhos
E olhem para dentro alguma vez
E o que vejam
Seja alguma força de sequóia
Presa à terra desde o império
De outros tempos
E seja ainda uma fonte de pedra,
Sejam águas correntes e o privilégio
De uma calma repleta
(O regozijo da sombra
Passado o terror das guerras)
Que dessa multidão, desse rubor de sumo
E segredo de floresta
Se encham os teus olhos,
E só então se esfumem, e só então se fechem.
Toda construção conceitual nasce da cabeça de cada ser,
onde a mente, em seu desejo de ordem,
cria subterfúgios que suavizam o impacto das dificuldades existenciais.
Assim, conceitos são ao mesmo tempo espelhos e defesas
reflexos da complexidade e barreiras contra o caos.
A vida é um mar de espinhos a onde você vai te que batalha para sair dele
Então sempre foca no seus objetivos.
O Mar das Ilusões
Dizem que existe um lugar além do tempo, onde não há terra firme nem horizonte. Um lugar que não se encontra em mapas, mas na essência da alma. Chamam-no carinhosamente de Mar das Ilusões.
É nesse mar que muitos despertam após o último sopro de vida. Não há barulho de ondas, não há vento forte, apenas um fluxo suave que conduz cada ser sem pressa, como se o próprio mar guardasse um segredo que ninguém ousa revelar.
O despertar
Você se encontra ali, deitado sobre a água, incapaz de mover-se. Não há esforço que faça sentido, não há direção a seguir. Apenas o flutuar... e o silêncio.
Ao redor, dezenas — talvez centenas — de pessoas também deslizam, algumas serenas, outras inquietas, mas todas com o mesmo olhar perdido: “O que estou fazendo aqui?”
A primeira coisa que descobre é simples, mas pesada:
a cada lembrança amarga de sua vida, você afunda um pouco.
Não há juízes, nem vozes condenando. Apenas sua própria memória, sussurrando o que foi deixado para trás.
O mergulho
E então, você começa a descer. O azul da superfície torna-se turvo, depois escuro, e o escuro transforma-se em silêncio profundo. Cada erro, cada palavra dura, cada arrependimento não resolvido... tudo pesa. O mar não castiga — apenas devolve.
Mas, ainda que o fundo o chame, seus olhos insistem em olhar para cima.
E lá, entre a claridade distante, algo se move: pássaros.
Eles sobrevoam o mar, pairando com asas que não se cansam, levando consigo alguns daqueles que conseguiram permanecer na superfície. Ninguém sabe para onde vão. Ninguém jamais voltou para contar.
A revelação
Uma voz suave, não de fora, mas de dentro, ecoa na sua consciência:
"Você gostaria de ir com os pássaros? Então não afunde."
Mas como não afundar, se o peso já o arrasta? A resposta não vem de fora.
Logo, você percebe: o mar não é feito apenas de água, mas de sua própria consciência. Ele não o engole; ele apenas reflete quem você foi.
Não lhe falta tempo. Ali, o tempo é eterno, elástico, feito para que percorra os corredores de sua mente quantas vezes forem necessárias. Pode subir, pode descer, pode revisitar cada lembrança, como se andasse em uma casa sem portas.
E então, a verdade se revela com clareza:
se sobe ou desce, já não é escolha sua.
São apenas as consequências da vida que levou.
O destino
No Mar das Ilusões, não há punição, nem recompensa. Há apenas reflexo.
A aceitação torna-se, portanto, o último aprendizado.
Você respira fundo, mesmo debaixo da água, e finalmente entende:
o que prende não é o mar, mas as correntes invisíveis que você mesmo construiu em vida.
E, quando esse pensamento se instala, você percebe algo diferente.
O peso começa a diminuir.
A luz acima torna-se mais próxima.
E, pela primeira vez, você sente que talvez... só talvez... as asas dos pássaros também possam vir buscá-lo.
Porque, no fim, o Mar das Ilusões não é uma condenação, mas um espelho.
E quem aprende a se olhar de frente, descobre o caminho da leveza.
