Poetisa
Desembrulhei com carinho o dia
estava bem vestido e de branco
então vestiu o sol em quente fantasia
pela paisagem foi em rápido solavanco
Desceu ao vale subiu montanhas
no mar bem corajoso mergulhou
foi de uma coragem tamanha
por isso rei dos astros se tornou
Em 20/ 02/ 2.007- Trovas em proposital falta de acentuação
Dizemos coisas tão óbvias, muitos as dizem também,
mas em outras palavras que o mesmo sentido tem,
cada pessoa entende a vida de um jeito
e por ela passa como quer e assim fica bem !
A noite é um manto estrelado
ou apenas é escuridão
traz com ela sempre um recado
- é hora de descansar o coração -
Siga então nesse caminho
do sono e de algum lindo sonho
e amanhã acorde bem de levinho
recebendo o novo dia risonho
Poesia é o silêncio da alma traduzido em letras pelo coração do poeta com a sua caneta cheia de tintas líricas e de sentimentos.
Dia dos pais
Figura que deve ser um suporte,
amar e cuidar de seus filhos
sempre com dedicação e alegria
os que assim fazem merecem
todo carinho deles e não serão esquecidos
no seu principal e festivo dia
Infelizmente, há os que dos filhos judiam,
não nasceram para a missão de pai,
não tem nenhuma psicologia e paciência
maltratam sem nenhuma razão
esses, certamente, da vida
o seu castigo receberão
Eis que aponta a primavera
No inverno somos névoa
a vagar pelo universo
na primavera seremos pólen
alimento em flores e versos
A primavera é uma estação que transborda em beleza e sentimentos poéticos. Ela é a própria poesia pintada pela natureza em quadros que nenhum artista fará iguais.
A lua borda em suave luz
sobre as paisagens e quintais,
à uma reflexão nos conduz
- que esta noite seja de paz
O tempo passa, como voa!
vamos juntos, passo a passo,
na canção da vida que destoa
num ou outro compasso
Moverei montanhas
sem atacar ninguém,
toneladas de terra
sem o braço erguer,
pedras serão plumas
sob a força da mente,
o céu tocarei num segundo
e o fundo do mar me espera,
tudo através de minha pena
pois a poesia é quimera
Quimera e sentimentos,
imaginários ou reais
quero que meus versos
sejam apenas linhas
em bandeiras brancas ao vento,
tremulando em busca da paz
Muitas vezes na caminhada
já em passos bem cansados
segue o viajante que divaga
sobre o que lá atrás há deixado
Seu coração pede aconchego
está quase desistindo de lutar
mas a vida manda- lhe um adrego
encontra sempre um jeito de se adaptar
Adapta-se à lágrima e à dor
consegue até dar algum sorriso
sem saber que foi Deus, o Criador,
que lhe mandou tudo que foi preciso
Segue então de novo seu caminho
muitas vezes sem ter mais a solidão
pois encontrou quem lhe dê carinho
seja um amor ou um abraço de irmão
***Adrego : acaso ou casualidade
Nota-se facilmente
a que tem o faro
nas redes sociais se gosta
de figurinhas, é claro!
Quem não faz isso
e apenas põe suas letras
pode nem ser visto,
e muito menos os poetas
Apenas algum amigo
desses que tem respeito
podem mostrar um sorriso
e curtir à seu jeito
A maioria do povo
quer de fofocas saber
- será que tem algo novo?
quero ver, quero ver...
Ah ..se a tal fofoca
virasse um dia dinheiro
muitos teriam grande quotas
de mil cofres inteiros
Tenho pena dessa gente
em busca só do trivial
saber da vida somente
e nem conhece o pessoal
.
Fecha-se o suave crepúsculo
rende-se à noite que vai chegar
tudo se junta numa só canção
o ritmo do universo não pode pausar
Aos poucos todos se recolhem
para o descanso de sua lida
e mais feliz é quem pode
estar junto às pessoas queridas
Ao longe as estrelas se mostram
bordadas no manto anil do céu
as notas da canção se elevam
e ecoam abençoadas por Deus
Podemos só versos tristes fazer
sem no entanto ter tristeza
e também apenas sorrir
em versos que escondem asperezas
Gosto do tempo, do dia e da noite,
canto para a lua, aceno ao sol,
mesmo que sinta do vento um açoite
e na alma um tom pintado em arrebol
Há na poesia um tal estado,
uma solitude diáfana
vindo em flechas invisíveis de luz pura,
que só os mansos de alma compreendem.
A mocinha da fazenda corria livre e sem perceber encalços pelos caminhos. Seguia por musgos macios, beirando ribanceiras, arriscando-se a cair, mas loucamente prosseguia. Vestia suas asas de borboleta e voava sobre as paisagens, recolhendo a beleza que conseguia captar. Suas tranças eram velas ao mar em aventuras infantis ou seriam asas de um colibri em busca de néctar? Ela não percebia isso ainda, apenas voava em sua imaginação - ao sol cantava, as estrelas do céu apanhava e um colar fazia. Se enfeitava toda, não para aparecer, mas porque já viera ao mundo como poeta e assim seria, toda e qualquer poesia.
A natureza é um quadro
pintado pelo Criador
que sabe mesclar nuances
de uma beleza infinda,
vejo-as enquanto a mente vagueia
e na poesia simples
minh'alma livre passeia...