Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix
As pessoas dizem que "encontram" o amor, como se o amor fosse um objeto escondido atrás de uma pedra. Mas o amor assume muitas formas, e nunca é o mesmo para cada homem e cada mulher. O que as pessoas encontram, então, é um certo tipo de amor. E Eddie achou um certo tipo de amor com Marguerite, um amor agradecido, um amor profundo apesar de silencioso, o amor que ele conhecia, acima de tudo, insubstituível. Depois que ela se foi, seus dias perderam o viço. Ele fez seu coração adormecer...
" A Pandemia revelou o verdadeiro vírus da igreja brasileira! onde está o amor ? tanto falado no altar de algumas igrejas os poderosos preocupados com a receita.... e como vai sustentar as suas ostentaçoes em nome da fé não Cristã !!
Talvez o amor dos filmes fora do mundo do cinema seja impossíve apenas porque seja uma ilusão, projetada pra preencher o vazio da nossa mente humana com a turbulência que não pode ser desligada.
A garota esquecida
Era uma menina?
Fazia a lição;
Era uma garota?
Passou na faculdade;
Era uma mulher?
Se casou e teve filhos;
Será que ela esqueceu?
Ou só não quer se lembrar,
de coisas desnecessárias,
Ou coisas não importantes,
Que não a interessem.
Ela faz isso de propósito?
E fica essa dúvida,
Que...
Nem mesmo ela pode responder?
Ou quem sabe ela sabe e não quer falar.
(autoral)
Quando chegares...
Não sei se voltarás
sei que te espero.
Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.
A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...
Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...
A BICICLETA
Me lembro, me lembro
foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa:
- Guilherme, vou tapar seus olhos,
venha cá.
Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda
ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo:
- Abre os olhos, Guilherme!
Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor,
como uma santa irradiando, num altar,
como uma coroa na cabeça de um rei,
a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro,
tudo.
Me lembrei hoje da minha bicicleta
quando chegou a minha geladeira.
Mas faltou qualquer coisa à minha alegria,
talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,
– abre os olhos, Guilherme!
Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!
Um erro, uma vida
Eu estou indo embora, não tente me impedir, meu orgulho é tudo que me restou. Você pensou que eu não seria capaz, mas acredite eu estou realmente te deixando. Você pode dizer que estou cometendo um erro, mas acredite logo vai descobrir que quem errou foi você. Você vai se arrepender tanto. De todas as noites que me deixou sozinha, enquanto você se divertia por aí. De todos os telefonemas que disse que faria, e nunca os fez. De todas as brincadeiras, das mentiras, das ilusões, irá se arrepender de tudo isso. Vai sentir minha falta como nunca sentiu de nada antes. Vai tentar me procurar, mas sinto dizer, já vai ser tarde, pois baby você não é nem de longe insubstituível. Quando você pensar em mim, eu já vou estar pensando em outro. Não importa mais tudo que eu disse pra você, pois nem penso mais naquelas coisas, os presentes já estão na lata do lixo, pensar em seus beijos agora me dá nojo, não to mais nem aí pra você, não te quero de volta. Siga sua vida, bem longe de mim, tem sua liberdade de volta, fica com aquela vadia agora. Ela vale tanto quanto você. Você parece estar surpreso, achou mesmo que eu não iria descobrir, mas adivinha só? Eu não sou a idiota que você pensou.
Quando cair na real, nem venha me procurar, não vou ouvir suas desculpas, não vou fechar os olhos para seus deslizes. Eu sei que a culpada não foi eu, por tantas vezes eu chorei, até que cansei, sei que agora quem vai chorar é você. Quando sentir minha falta lembre se de todas às vezes que você me deixou sozinha. Quando precisar muito de um abraço, lembre se de todas às vezes que tudo que eu precisava era do seu abraço, mas você nunca me deu. Quando você cansar na farra e quiser alguém para dividir as coisas, lembre se de todos os planos que nós fizemos e você destruiu.
Quando quiser tudo de volta, deite e durma, sei que vai sonhar comigo, e quem sabe lá nossa história seja diferente.
Manhã para se feliz
Esta é uma manhã para ser feliz
em um lugar, de algum modo,
é uma manhã para ser feliz...
Esta é uma manhã para dois, para dois juntos
abraçados e tontos, num remoinho
não como nós, eu aqui, diante do sol, das árvores,
de tudo envergonhado porque estou sozinho...
Esta é uma manhã que me fala de ti, nas nuvens,
na transparência do ar,
neste azul do céu, imaculado,
na beleza das coisas tocadas de sonho
e imaturidade...
Uma manhã de festa
para ser feliz de verdade!
Esta é uma manhã
para te Ter ao meu lado...
Quando Deus fez uma manhã como esta
estava com certeza apaixonado...
Capricho da memória:
de tantos momentos em que te vejo
e em que no meu pensamento
tua imagem se insinua,
havia de fixar-te, naquele íntimo instante
em que mais te desejo:
inteiramente nua!
Noturno n.º 1
Pela madrugada o rádio põe em surdina
um fundo musical de filme
em meu desespero.
E a serenidade da noite, impassível,
com sua felicidade de luar e estrelas
me faz mal,
parece afrontar meu desejo impossível
e ainda me torna mais triste, mais sentimental...
Você está em todas as formas do pensamento
E no pensamento que conforma todas as coisas...
Em vão tento fugir com a música, tento evadir-me com a noite,
em vão!
Você é a música, a noite, você é tudo!
É a própria forma e o conteúdo
Da minha solidão...
Noturno
Agora, à noite, fujo às vezes
e aporto em algum bar
Como antigamente.
Marinheiro do amor, de porto em porto,
a vida como um navio, de mar em mar...
Pensei que tinha lançado ancora,
que plantara raízes,
que não partiria mais.
E de repente, desarvoraste meu destino,
e te foste
- volto a ser o antigo marinheiro -
e sozinho, preciso embebedar-me,
agora num navio encalhado,
sem mar...
À sua passagem a noite é vermelha
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
obra poética I caminho 1999
ACASO
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso.
meu amor
Meu amor por você não tem fim
não tem barreiras
meu amor por você é sinsero , puro
e como as estrelas que estão lá sem espera nada em troca
só que fazer da tua noite feliz
como o sol , só que fazer do teu dia especial
como o vento que ama tua pele que vem e vai e a beja
como a agua que não sé inporta de ser quem é porque cuida de você
renova tua força e te faz viver
meu amor por você e infinito vai além do tenpo
além do vento da chuva que vai , do calor
mais com aveto e amor
ama todo mundo dis , viver o que ama quasse ninguém faz
me deixa entra no teu coração pelomenos uma vez
me da um pequeno espaço nem que seja bem apertado eu me encacho me espremo e fico pequeno
me deixa fazer parte de você
meu amor por você e maior que o infinito que o mar
meu amor e maior que podes inmaginar
bang bang
amor, agridoce razão
vai além
da sensação
é ser: - meu bem!
ou não...
também,
mocinho ou vilão
mas ninguém vive sem
ou tampouco entende
está sempre a catar quem
e sempre nos surpreende
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
" Quando fores surpreendidos por atrações e apelos, olha para teu mundo íntimo com piedade. Sem dar asas a mentalizações inferiores, procura a posição do observador imparcial e atento, imbuído de respeito e compaixão para com teu "homem velho". Essa postura é a atitude da mente alerta em direção à consciência lúcida.
Renova os hábitos que podem estar exercendo o papel de mantenedores dos painéis mentais que incendeiam teus apetites. Evita aquilo que te excita as febricitantes fantasias. Não conseguindo, perdoa-te e recomeça, sem jamais desistires.
Inclui em teu esforço reeducativo a confidência apaziguadora. Recorre a alguém que te inspire confiança pelo exemplo moral ou, na falta desse, a um profissional competente e bem indicado das ciências psicológicas, para que possas interromper o ciclo mental vicioso de abafamento e incômodo causados por teus conflitos afetivos e sexuais."
(...) Deitada na cama, vendo a vida passar, lembrando do passado, do amor acabado. Aquilo me matava por dentro. Como uma mentira pode acabar com um amor de infância? Meu coração ainda bate por você. Quando te vejo perco o rumo, as pernas tremem. Eu até poderia dizer que não consigo viver sem você, mas seria inútil. Você não vai voltar, mesmo querendo. Apesar dos apesares. Você ainda me ama. Eu sei, seus olhos não conseguem negar.
Alguns dias se passaram e vem a surpresa. Uma surpresa que estava dentro de mim, que se mexia, chutava. Era um amor tão grande, que eu nem sabia explicar. Eu renasci quando ela nasceu. Quero que saiba que o nosso amor ainda está vivo e se chama Valentina. E é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eu escrevo essa carta só para te lembrar que nosso amor jamais morrerá. Pois nela, está cada momento bom que vivemos. Juntos. Eu ainda te amo e estou te esperando.
“A minha vida
é limpa, meu nome é limpo, gosto das coisas limpas.
Ver nossa cidade limpa me faz bem, me faz feliz”
Vizinhos de tempo e espaço
Talvez, por estarmos distraídos, não percebemos o quanto a vida é cheia de nuances que beiram a magia. Um desses detalhes que normalmente nos passam despercebidos é a incrível e quase divina coincidência que faz com que as pessoas se tornem vizinhos de tempo e espaço.
Um exemplo é o encontro do casal Oswaldo Stival e dona Edith, ambos descendentes de diferentes famílias italianas que migraram para o Brasil no século XIX. Se a família Stival tivesse vindo “fazer a América”, e a família Spessoto (Peixoto) tivesse permanecido na Itália, o encontro entre o casal que descobriu o amor quase um século depois que seus descendentes chegaram por aqui, não teria acontecido. Se Oswaldo Stival e dona Edith tivessem nascidos em épocas diferentes, o desencontro seria certo, ou seja, essa vizinhança de tempo e espaço (pois ambos nasceram na mesma época e na mesma cidade) permitiu que se conhecessem, convivessem e se apaixonassem.
A incrível e quase divina coincidência que os aproximou é a mesma que dá ao leitor a oportunidade de se emocionar com uma linda história de vida e de amor.
