Poesias Pequenas com 4 Linhas
Abra-se!
... entre os afetos, linhas.
Entre momentos, descanso do íntimo.
De verdades, não ditas, vividas.
Em silêncio.
Primoroso e gentil.
Escreva, de mão ao avesso.
Naquele dia amei
Nas tuas linhas e a mística dos teus olhos cativou-me
Amei nos traços do teu rosto
Na delicadeza da tua fala
Pulsar ardente do nosso envolver
Enfim foram instantes que dissolveria.
Se escrevo é por sentir a vida pulsando nas linhas do vento, da brisa leve que a minha pele toca.
Se escrevo os dias, ainda que sem rimas, o faço para me libertar de quem um dia fui, e que não mais serei.
Se escrevo é por ser nova, novamente eu.
Nildinha Freitas
Preencho linhas e entrelinhas com palavras
Sufocadas nos recônditos da alma
E, na tentativa de livrar-me deste anseio,
As escrevo e reescrevo com um certo desespero
Como num passatempo de palavras-cruzadas:
Letra por letra, linha por linha, até o seu desfecho.
Poesia é navegar nas linhas de cada detalhe
Aventuras e sua pluralidade
Sensações em demasia
Olhar na esperança de chegar no inesperado
Arte de um Porto seguro.
Órbitas dos pensamentos
Onde rascunho
Belas palavras
Intensidade tocante
Amplitude das linhas
Singularidade dos versos
Pensamento extenso
Navegar sinuosos
Mente sedenta pela alma em explosão das poesias.
Refúgio da alma
Refazer em faces únicas
Gesto do ser
Intenso onde devasta suas linhas
Aventura nas entrelinhas apaixonantes
Leve mostra a amplitude
Das linhas que haverá de descobrir.
O último ditado do Poeta
O pôr do sol
Despedida da alma que acendeu pela última vez
Linhas tão delicadas
Versos cativantes
A luz do ápice, de quem amou as palavras
Como refúgio do melancólico ser.
A morte
Há tantas vivências
Há tantas histórias
Foram linhas as vezes tortas
De quem viveu o norte dos momentos
Melancólico é não ser
Oprimir diante da vazia tendência a qual somos destinados
Extensão singular é Ser, Ser as palavras
Pois nada mais importa.
Tatuagem
Calço as luvas
misturo as cores verde-amarelo
faço um esboço
com linhas e ponto cruz
costuro os versos ponto a ponto
em tecido de massa cinzenta
fios dourados de pensamentos
até formar-se um girassol
na sua pele.
Mau olhar
Monstruosidade acessa
Não passa de uma estupidez
Olhar têm linhas tortas
Horrores agoniantes
De quem vive de restos, pensando que está intimidando.
Amor que virou repulsa
Não quero ver tua face distorcida
Não quero suas linhas tortas
Seus versos falsos não abastecem minha alma
Espero a ânsia de vomitar tuas entranhas da minha alma.
Eu navegarei
Navegarei amplitude do rios
Vastidão envolvente do respirar
Navegarei linhas cativantes do por do sol
Navegarei nas entrelinhas apaixonante da natureza.
Ainda te faltam
tantas linhas não lidas,
Muita escrita interrompida, até
que você possa então,
pensar em julgar
a minha vida.
Luz dos Olhos
Lindo as linhas dos teus olhos
Única via que quero viajar
Demasia singular dos meus lindos versos.
No silêncio da minha alma
Amei de forma oculta
Tecendo as linhas dos meus versos
Sensações agitadas do Mar
Vastidão dos sentimentos obscuros
Como a noite e a lua a iluminar
Deixaste com a essência das sensações.
Seu rosto são linhas das minhas poesias
Seus olhos são místicos das sensações
Seu sorriso é a beleza singular.
Como dizia Kuma França:
Deus dividiu comigo
O dom de escrever certo
Por linhas tortas
E é isso que importa
Bato a porta
Faço com que dias melhores
Venham a sangrar
Que valha a pena
As tentativas de vingar
Para que, no fim da noite
Sem barreiras
Possamos amar
Olhar dela era poesia para alma
Eram linhas cativantes
Versos sedutores
Estrofes de uma delicadeza única e apaixonante.
Olhei ela
Rosto cativante falava para escrever nas linhas
Linhas das sensações
Seus olhos singelos atravessaram minha alma
Ao ponto de destruir as estruturas.