Poesias do Leonardo da Vinci
Eu não tenho mais saudade
Tu trouxe vida na minha vida
Tu foste amor de verdade
Eu já estou de partida
De partida!
Pois quem vai volta
Volta na saudade,
de ida e vinda
Embora seja outra rota
Várias até que se finda
Então,
que venha outra cota
E também outra filosofia
Pois a vida é uma pelota,
e viver uma mercearia...
Sou de onde o cascalho forra o chão
Onde o vento se perde no horizonte
Aqui nasci, e a poeira trago na canção
Sou do cerrado, árido, a minha fonte
Onde bebo da água da poética ilusão
A volta
Quando eu partir
quero ir com saudade
assim, poderei sentir
saudade e liberdade
juntas no meu existir
arrumadinhas
sem nada por vir
só lembrancinhas
que as carregarei
no meu poetar
e assim, estarei
lembrando, sem recuar
sem mala, sem passaporte
pois estou voltando...
me deseje sorte!
E assim a poesia é reticência...
Começo, recomeço, interrupção
De balanço na ilusão em reverência
Num recanto totalmente atemporal
Dum balé de palavras em penitência
De amor, alegria, lágrima, em arte final
Sou um incorrigível romântico
A poesia é a lira do meu coração
Com ela alinhavo um cântico
Para embalar-te na emoção
Da rima de verso semântico
Desbravada da iluminação
Assim eu
Nada fui tão igual
Nada tive ovação
Nada foi excepcional
Nada encontrei em vão
Sempre fui usual
Sempre fui exceção
Sempre fui atual
Sempre fui exclusão
Um solitário nunca só
Um amante sem paixão
Um alegre de dar dó
Um genuíno de tradição
E neste novelo de nó
Aprendi a poetar grão a grão
Como companhia de um caxingó
14/05/2016, 03'35"
Cerrado goiano
O relógio marca
12 horas no cerrado
não sei de qual arca
só sei que estou calado
quantas mais vou precisar
pra esquecer,
e novamente ser amado?
Quem viverá vai ver!
15/05/2016, 12'00"
Cerrado goiano
Que o cerrado
torne na saudade legado
Uma doce lembrança
recordação de vizinhança
Nesta breve despedida
que escreve
mais está etapa vencida
que seja a poesia ao poeta leve
Na mesmice
Nada como pernoitar
Pra ter sonho vórtice
Pra gente sair do estar
Do estado de lerdice
Pra poder recomeçar
Mãe não morre, ausenta...
Partiste!
Ficou o seu abraço
Ensinamento, laço
Seu amparo maternal
Lembranças sem final
Um poema inacabado
Adormecidos em sonhos
E por teu valor adubado
Fieis momentos risonhos
Nossa vida, nossos acanhos
Fortalecendo nossos passos
Inspirando superar os fracassos
E assim, por nossa existência
É amor que sempre nos acalenta
Mãe não morre, ausenta...
Rio, 02 de maio de 2010
Domingo, 11”32”
Mulher... Mãe.
Mulher... Nos gera a vida
Nos alimenta precavida
Protege os nossos passos
Ampara os nossos fracassos
Nos acolhe em seus braços
Agasalhando nossa emoção
Afagando o nosso coração.
Neste seio de esposa, amiga,
Disposta a qualquer briga
Por nós. Defensora da cria
Incansável, selvagem, amável
Arrojada no ensinamento de amar
Especial na condução de se doar...
Esta mulher sem medo, em missão
É que chamamos de Mãe...
Em nossa existência eterna razão!
Rio, 30 de Março de 2010
08’03”
A minha mãe
Mulher... Maria... Mãe!
Mulher!
Que sofre por nós
Intercede a quem recorre a vós
Acolhe um coração sem ídolo
Combate com oração o proibido
Ponto de encontro com o amor
Fonte de inspiração e louvor
Ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo
Protege a todos com seu manto
Estro do seio materno
Sentimento eterno
Mulher invocada
Maria de Nazaré
Mãe amada...
Mãe das Mães... Mãe da fé!
Rio, sábado, 08 de Maio de 2010
15’00” - Véspera do dia das Mães
Frase com essência não termina com reticência, e sim, ponto final na eloquência.
Maio, 2016
Cerrado goiano
"Amor, não é somente um vocábulo. É gramática.
É a oração de um olhar grifado no retábulo do coração."
que trova há de trovar o desamor?
é cru na crueldade, dor com rancor
é debruçar sobre o merecer
sem ver e sem querer ter
amor é aliança
é esperança
é razão
é sangrar-se em gratidão...
Amor... Amor... Amor...
Chamo-te sem dor... Nada a interpor
Com emoção... paciência... paixão
Transcendendo a razão
Que seja eleito...
Escolhido, repartido, perfeito
Maiúsculo na dimensão
na manifestação...
Minúsculo na contramão
Desejado, esperado, clamado
Onde sempre estarei...
De prontidão ou adormecido
ali ficarei padecido
no torpor de sua existência
anestesiado pela permanência
De coração desprotegido
garrido... Serei alvo perdido
Se ferido que não seja sofrido
apenas compreendido...
De opinião... Tom maior... Valor
Chamo-te... Amor... Amor... Amor
Luciano Spagnol
Rio, 24/2010, Agosto
5’06”
Trovador
Da poesia nasce ilusão
É magia da inspiração
Pulsar da alma em comunhão
Com o poetar em segredos
Narrando dos fados enredos
Em feitiço dos dedos
Desenhando fantasia
De sentimentos de dor e alegria
Do poeta, em sua romaria
De letras indiscretas
E iluminações secretas
Destes eternos profetas
Da rima, do amor, da emoção
Que metrificam a paixão
Em compartimentos do coração...
Trovadores da imaginação.
Luciano Spagnol
07/12/2014, 20’17”
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp