Poesias do Leonardo da Vinci
Pensei que a palavra AMOR nunca iria entrar em meu dicionário, mas depois que te conheci ela faz parte da minha vida.
Fiz de meus sonhos um objetivo, da fé fiz minha força só para ter teu amor ter você perto de mim para eu te fazer feliz.
Eu realmente não me importava se os seus assuntos eram fúteis, se você tava falando tudo enrolado e eu sem entender nada porque você se empolga contando uma história ou se a sua voz tava rouca por causa da chuva que você pegou — eu só não queria parar de ouvir tua voz.
Eu sei que não tem muita coisa especial em você. Digo, tem — seus dentinhos tortos, seu cabelo com cheiro de shampoo de criança, sua covinha solitária no lado direito da boca, seu jeito de arquear as sobrancelhas quando sabe que eu tô mentindo. Mas eu também sei que se eu saísse por aí e me desse ao trabalho de conhecer outras pessoas, acharia elas muito mais interessantes. Mas mesmo assim não consigo tirar meus olhos de você e de pensar que nunca vou encontrar outra pessoa que me deixe assim, bobo.
Só me entende: é complicado fazer de tudo pra dar esperança pra alguém quando, você mesmo, no fundo, é uma pessoa totalmente desesperançada por natureza. E eu sou assim. Mas não desiste. Odeio a sensação te ter falhado em tudo.
Gosto de olhar pra pessoas desconhecidas na rua — quando o transito para, quando ando pela cidade ou quando vou a um bar. Gosto de imaginar qual é o problema que as mantém acordadas a noite, o quê as motiva pra levantar da cama e enfrentar mais ou dia ou se elas acordam com sede durante a noite. Gosto de analisar seus rostos, porém tentar olhar através disso. Porque é engraçado como as pessoas passam por você na rua, te olham no sinal e te cumprimentam nos bares, mas não tem noção do que você carrega por baixo. E é engraçado como você dá o seu melhor sorriso e todos os seus medos, esperanças, sonhos, tudo sobre você, fica escondido por baixo dele.
Quando a gente tá se apaixonando, a gente esquece. A gente esquece que precisa de outras pessoas além do nosso “amorzinho” e tem gente que fica completamente babaca. A gente esquece do passado, de tudo que errou antigamente, de tudo que era pra dar certo mas foi pro brejo, do quanto já sofreu por se apaixonar. O lado egoísta aparece… Você se isola do mundo e se aproxima de uma pessoa só. E quem é que não fica iludindo, achando que é pra sempre? Fazendo planos de casar, morar junto num apartamentinho bagunçado e ter um cachorro com nome esquisito. A gente fica meloso, pé no saco, chato mesmo. Dá quase vontade de vomitar em quem vê de fora. A gente vira corajoso, também. Acha que tudo pode se tiver o outro do lado, tá disposto pra qualquer parada, mas ambos sabemos que isso se prova mentira quando as coisas sérias começam a chegar. Porque logo a realidade vem. Ela sempre vem.
Se você ainda se importa, teu jeito de demonstrar é péssimo e dá a impressão do contrário. Só dizendo.
Ficar mal com cada pequena coisa — uma palavra dita errada, um gesto não feito, um olhar indiferente, uma indireta no ar —, porém sorrir duro e fingir que não foi nada. Ter tanta coisa pra falar, ensaiar tudo direitinho, pra na hora se atrapalhar e acabar por calando. Sentir muito, demonstrar pouco. Esse é o meu problema.
Estranho, só isso. É que antes nós conversávamos por horas, você compartilhava cada pequeno detalhe do seu dia comigo, por mais irrelevante que ele fosse e eu te fazia rir, confiei em você pra te contar coisas que não disse nem a mim mesmo. E agora eu fico surpreso quando você me dá um “oi”.
Comente que eu fui — e como fui — idiota, conte à todos que só te fiz mal, só não diga que não valeu a pena.
E não é como se eu não pudesse viver sem você. Eu posso, e perfeitamente bem. Posso fazer minhas coisas, rir com os amigos, zanzar por aí, beber umas ou outras, beijar dezenas de bocas, talvez me apaixonar… Seguir a vida normalmente. Eu vivi feliz esse tempo todo antes de conhecer você, e vou continuar vivendo da mesma forma depois que você sair da minha vida. Normal, sabe? E é extremamente bobo que eu continue querendo rir com você e de você, andar com você por aqui, ter você regulando minhas bebedeiras, beijar a sua boca, continuar me apaixonando por você todos os dias, mesmo tendo outras opções mais fáceis… Anormal, né?
E eu, mesmo não falando nada, mesmo sem demonstrar qualquer coisa, mesmo escondendo praticamente tudo, ainda sinto muito mais coisa do que você que adora dramatizar, escrever e falar sobre tudo.
E quando você se isola do mundo, se afasta demais, não responde quando é procurado, não procura por livre e espontânea vontade, não dá sinal de vida e nem demonstra que isso faz alguma diferença… Também não pode culpar os outros por eles pararem de sentir sua falta ou cobrar qualquer coisa.
Claro, não tem problema você me ignorar. Nenhum. Também não tem problema você falar facilmente com tudo quanto é estranho, mas não comigo, que te conheço como a palma da minha mão. Afinal, pra quê servem os amigos, se não pra isso? Se tem algo errado você me deixar pra trás — não é nem de lado — quando eu mais precisava das tuas palavras e os teus cuidados? Nope. Mas, então, vem cá… Tu vai achar algum problema em eu parar de sentir tua falta?
Tenta multiplicar zero. Por um, quinhentos, um milhão. Qualquer número. Vai ser sempre, sempre zero. Nada. Isso somos eu e você. Por mais que eu bote as minhas últimas esperanças, meus sonhos e palavras mais bonitas em ti… Isso não muda nada.
Hoje em dia, se tu quer ser diferente, é só permanecer normal. Porque tá todo mundo tão preocupado em ter originalidade, não parecer com os outros e se sobressair, que acabam todos ficando exatamente iguais e sem graça.
Infelizmente a gente pra abrir os olhos, necessitamos por vezes fechar o coração, pois só assim enxergaremos as situações com clareza.
Porque na intensidade dos seus sonhos e dos seus planejamentos muitas vezes tão internos, está reservado a ti antes da grande vitória, uma grande batalha. Os louros da vitória, só são entregues aos persistentes e aos esperançosos, que lutam em suas batalhas particulares, com sorriso no rosto e esperança inabalável no coração.