Poesias do Leonardo da Vinci
Eu sei que vou te amar,
Mesmo que o tempo passe;
Que outros venham;
O tempo, para alguns, é um abismo, mas para nós, que seja um amigo.
Eu sei que você já se feriu
E, às vezes, se perde em si.
Eu também não sei ao certo como te fazer enxergar.
Palavras dolorosas vieram ao meu coração
E o feriram como espada e aguilhão.
Eu não sei em qual rua a minha vida vai encostar na tua,
Mas sei que o que faz sentido na minha vida é te amar.
Eu não sei em qual rua a minha vida vai encostar na tua,
Mas sei que o meu amor só arde,
Porque nem os quilômetros conseguiram separar nosso encontro.
Sei que tu és teimoso,
Feito estaca fincada na terra,
Mas sei que, lá no fundo, és a joia que eu precisava encontrar.
Se tu me deres a chance que preciso,
Vou cuidar do meu bem mais precioso, que é o meu coração.
Saiba que nada e ninguém conseguirá nos afastar,
Pois sei que Deus nos uniu,
De Recife a Fortaleza,
Do tempo ao destino,
Do inverno ao verão,
O meu amor sempre estará contigo
À Beira da Cova
No frio da noite, a chuva cai,
Silêncio e sombra, o vento trai.
No peito um peso, um grito mudo,
Lembranças mortas no chão escuro.
O ferro canta no couro negro,
Correntes frias, passado azedo.
Uma garrafa, um último brinde,
Ao que se foi, ao que ainda finge.
LOWLIFE gravado na carne e na alma,
Caminho sem volta, sem rumo, sem calma.
Um túmulo aberto, convite ao fim,
Mas sigo em frente, a morte é pra mim?
Na lápide o nome, espelho cruel,
O destino escrito num tom de fel.
E ali parado, entre a lama e o breu,
Vejo no fundo... apenas eu.
Morfeu uchiha
Amor que o tempo não apaga
Dois meninos, tão pequenos,
se encontraram no olhar.
No pátio da escola, serenos,
já sabiam se amar.
Um protegia o outro,
como quem guarda um tesouro,
no frio das dores do mundo,
dividiam o mesmo ombro.
Os anos passaram ligeiros,
cresceram, mudaram também,
mas o amor permaneceu inteiro,
um segredo guardado além.
Um deles, porém, temia,
lutava contra o que sentia,
negava ao mundo e a si mesmo,
o amor que lhe pertencia.
A família impôs um muro,
o medo ergueu um abismo,
e o outro, sozinho no escuro,
caiu no próprio abismo.
Hoje ele chora calado,
abraça memórias em vão,
seu coração tão cansado
sangra em meio à solidão.
E aquele que amou escondido,
segue a vida sem olhar,
mas dentro do peito ferido,
sabe que sempre há de amar.
O amor não precisa de rótulos,
não precisa de aceitação,
mas sofre quando é proibido,
quando negam-lhe a razão.
Se ao menos pudessem ser livres,
se ao menos pudessem viver,
talvez o amor que resiste,
pudesse enfim florescer.
Morfeu uchiha
A verdade é que o espelho reflete nossas escolhas.
Podemos enganar o mundo, porém a nós mesmos e a Deus, jamais!
Lembremos-nos que o mundo é idêntico a um espelho, que nos devolve o reflexo de tudo o que somos, do que fazemos, de como agimos e como pensamos.
O melhor olhar é aquele que vem de dentro de nós.
Eu vos deixo a Paz de Jesus Cristo!
Chuva e Saudade
A chuva cai como versos perdidos,
escorrendo memórias pelo chão.
Cada gota sussurra teu nome,
ecoando o desejo em meu coração.
Teu perfume dança no vento,
mistura de passado e ilusão,
um toque ausente, um fogo aceso,
queima em mim como um furacão.
Os trovões gritam tua falta,
enquanto a tempestade me abraça.
Sinto teu beijo na água fria,
mas é só saudade que me enlaça.
Se a chuva soubesse o que sinto,
talvez parasse pra me escutar,
mas ela insiste em cair sem piedade,
como o amor que não quis me deixar.
E assim, molhado de lembranças,
me perco na noite sem fim,
pois cada gota que toca a terra
é um pedaço de ti dentro de mim.
Labirinto de Nós
Teu cheiro ainda dança na minha pele,
feito brisa que me embriaga a alma,
me perco em lembranças, febris e eternas,
onde tua boca roubava minha calma.
Tua ausência queima em meu peito,
um desejo que grita e enlouquece,
é saudade que arde em segredo,
é vontade que nunca adormece.
Teu beijo... incêndio sem medo,
mãos que me tomam sem hesitar,
pés entrelaçados no leito,
corpos que o tempo não sabe apagar.
E entre risos e sussurros quentes,
nosso enredo se faz sem pudor,
somos labirinto de nós,
perdidos no vício do amor.
Nos teus braços, o tempo silencia,
e no teu beijo, o mundo se desfaz—
somos eternos no instante em que
me perco em ti e te encontro em mim.
A idade certa
Cheguei àquela idade em que os aforismos ganham vida própria, como pequenos faróis a iluminar o caminho que, enfim, escolhi para mim. Não descobri tudo — longe disso —, mas descobri que não preciso mais carregar o peso das expectativas alheias. A vida, como dizem, é breve demais para ser pequena. E eu, agora, entendo o que isso significa.
Cheguei à idade em que o "não" sai com a leveza de quem sabe que dizer "sim" a si mesma é o maior dos luxos. Já não me importo em ser incompreendida, porque entendi que a única compreensão que importa é a que tenho de mim mesma. "Conhece-te a ti mesma", dizem. E que descoberta libertadora!
Cheguei à idade em que o tempo não é mais um tirano, mas um aliado. Já não conto os dias, mas os saboreio. Cada momento é como um aforismo: breve, mas denso de significado. "A vida é o que acontece enquanto você faz planos", dizem. Pois bem, agora eu vivo os planos, e não apenas os faço.
Cheguei à idade em que os erros não são fracassos, mas lições. E as lições, por sua vez, tornam-se sabedoria. "Queda após queda, a mulher aprende a caminhar." E eu, que já caí tantas vezes, agora caminho com passos firmes, porque sei que cada tropeço me trouxe até aqui.
Cheguei à idade em que faço o que realmente gosto, não porque seja fácil, mas porque é autêntico. E a autenticidade, como dizem, é o único caminho para a paz interior. "Sê fiel a ti mesma", ecoa o velho conselho. E eu, finalmente, sou.
Cheguei à idade em que os aforismos não são apenas palavras, mas a própria essência da minha existência. E, como dizem, "a vida é uma obra de arte que cada um pinta com suas próprias cores". As minhas, agora, são vibrantes, porque escolhi pintar com o que realmente amo. E isso, meus amigos, faz toda a diferença.
Eu queria ter vivido
Eu queria ter vivido
quando o tempo era manso
e as palavras não corriam
numa tela sem trato.
Quando o vento escrevia
nas janelas abertas,
e o silêncio trazia
respostas concretas.
Eu queria ter vivido
onde o olhar era carta,
onde o encontro não era
só um nome sem face.
Quando a praça era o mundo,
o degrau era escola,
e a verdade não vinha
mastigada em retórica.
Eu queria ter vivido
num instante sem pressa,
onde a vida pulsava
no compasso das eras.
Mas vivo no ruído
de um tempo sem tato,
onde o toque é um vulto
e a alma, um contrato.
Amor algorítmico
No futuro distópico, meu amor,
serás um código, eu, um algoritmo,
nosso romance, uma função de valor,
calculada em qubits, sem nenhum critério.
Teu coração, um chip quântico,
pulsa em superposições, frio e exato,
enquanto meu peito, um circuito vazio,
busca teu sinal no infinito abstrato.
Prometemos eternidade em nuvens quânticas,
mas nossa conexão falha, a rede oscila,
o 6G do amor é instável, desigual,
e o GPS da paixão nos leva à ilha
de um mar de big data, onde afogamos
nossos sentimentos em deepfakes vazios,
enquanto IA generativas nos declamam
poemas de amor, pré-treinados, sombrios.
Ah, meu amor cibernético e irônico,
será que ainda há espaço para o humano?
Ou somos apenas mais um código eletrônico,
perdidos no loop de um futuro insano?
Talvez, entre tantos qubits e labirintos,
ainda reste um sopro de verdade:
um erro no sistema, um laço antigo,
que nos salve da fria eternidade.
Faces caídas
No palco frio da hipocrisia,
amizades nascem sem raiz,
crescem à sombra da cortesia,
mas morrem sempre por um triz.
Sorrisos largos, gestos belos,
promessas feitas sem calor,
olhares falsos, frios, amarelos,
vestidos todos de impostor.
Enquanto a cena se desenrola,
fingem afeto, juram ser leais,
mas basta a queda da coroa,
e os rostos mostram seus sinais.
E quando enfim saio de cena,
o brilho some, não há mais voz,
a falsa amizade se condena,
só resta o eco do vácuo atroz.
Tantos anos, tantas trilhas,
e ainda assim não compreendi,
como há almas tão vazias,
que somem quando já não há o que fingir.
Libertação do ser
Quando o véu se esgarça,
e o mundo perde suas cores emprestadas,
a liberdade não é um rio,
mas o oceano que não pede licença
para ser vasto, profundo, salgado.
Não há mais rédeas,
nem mapas desenhados por mãos alheias.
As regras, outrora prisões,
agora são cinzas ao vento,
e os valores, sombras desbotadas,
refletem apenas o vazio que habita
o cerne de tudo.
É aqui, no abismo sem fundo,
que o ser se revela:
niilista, agnóstica,
desnuda de certezas e dogmas.
Não há mais o ter que,
apenas o poder ser.
E ser é existir sem véus,
sem máscaras,
sem a necessidade de pertencer
a qualquer coisa que não si mesma.
A liberdade chega como um silêncio,
um eco que não responde,
um horizonte que não promete.
E no meio desse vazio,
o ser se encontra,
não como um ponto fixo,
mas como uma dança contínua,
uma chama que arde sem motivo,
sem destino,
apenas porque existe.
E assim, no caos da existência,
no deserto sem deuses ou sentidos,
o ser se faz inteiro,
não pelo que tem,
mas pelo que é:
livre,
desamarrada,
e infinitamente sua.
O peso do medo
Dizem que há sombras na esquina,
sussurros frios na neblina,
olhos que espreitam na escuridão,
mãos que apertam sem compaixão.
Tranque as portas, feche o peito,
dobrem-se ao fardo do preceito.
Há sempre um monstro à espreita,
um castigo para a alma imperfeita.
No deserto, a voz bradou:
“O mar se abre a quem rezou!”
E os que duvidam, sem piedade,
são tragados pela tempestade.
Na fogueira, a chama dança,
queima o corpo, apaga a esperança.
A fé impõe o seu decreto:
“Negue-me e prove do inferno certo.”
Coroas brilham, aço brande,
o medo cresce e nunca expande.
Pois só se vê o que convém,
quem dita a lei nos faz refém.
Um novo rosto, um novo nome,
sempre há um lobo em meio ao homem.
Ora justiça, ora nação,
ora inimigo, ora oração.
E assim seguimos, sem acerto,
livres no corpo, presos por dentro.
Grades que o tempo não desmancha,
o medo pesa... e nos amansa.
Espelho partido
Nasci sob o brilho de um espelho dourado,
Que refletia o mundo como ela queria.
Mas a luz, tão falsa, trazia ao meu lado
Sombras que o amor nunca preencheria.
Sua voz era um cântico enfeitiçado,
Ressoando louvores a si, tão vazios.
E eu, pequena, em seu mundo moldado,
Afogava-me em mares frios.
Seu olhar me feria com indiferença,
Como quem vê o outro e nada enxerga.
Eu buscava seu amor, mas na ausência
Só via a máscara que nunca se entrega.
Minha dor era calada, um grito mudo,
Pois quem ousaria a verdade contar?
Que o colo materno, tão profundo,
Era um abismo pronto a devorar.
Eu, folha caída ao vento cruel,
Tentava brotar em terra estéril.
Mas ela, rainha de um falso céu,
Pisava meus sonhos com garras de ferro.
Hoje carrego cicatrizes invisíveis,
Marcas de uma luta que ninguém vê.
Pois ser filha de quem ama impossíveis
É aprender a amar sem nunca receber.
Mas há força no pranto que em mim brotou,
Raízes que nasceram do chão quebrado.
E o que ela negou, a vida me ensinou:
Sou inteira, mesmo no espelho rachado.
Teia invisível
Em seu altar de livros e esperanças,
A mestra urdia, com mãos pacientes,
Uma teia feita de longas tranças,
Ligando almas a mundos diferentes.
Seus gestos eram como suaves brisas,
Que moldam dunas sem deixar sinal.
E suas palavras, em curvas precisas,
Desenhavam rotas num mapa ancestral.
Os alunos partiam em várias direções,
Com sonhos que ela ajudou a nutrir.
No Brasil profundo ou em novas nações,
Levavam seus ecos, prontos a florir.
Cada encontro era um fio entrelaçado,
Que o tempo cuidava de esticar além.
Mesmo longe, o elo jamais apagado
Resistia ao sopro dos dias que vêm.
A mestra sabia que a sala vazia
Guardava histórias que não têm final.
Pois o saber plantado um dia
Flui como rios num curso imortal.
E assim, sem alarde, deixou sua marca,
Com passos firmes, mas quase sem som.
Uma cátedra viva que nunca se apaga,
E nos corações ressoa como um dom.
A dança dos extremos
Na praça do tempo, a extrema direita grita,
Faz da espada seu verbo, da fúria sua escrita.
É um vendaval que ruge entre os campos de dor,
Plantando espinhos onde o trigo já foi amor.
Lá vem o cavaleiro, com bandeiras rasgadas,
Ecoando promessas de glórias passadas.
Mas são sombras de reis que nunca existiram,
Fantasmas de um poder que tantos sucumbiram.
E do outro lado, suave, a esquerda caminha,
Com pés descalços sobre a terra que alinha.
É o sopro da aurora no campo semeado,
O canto das mãos que constroem o legado.
Dos livros nascem pontes, dos sonhos, revoluções,
É o abraço do povo contra as prisões.
Mas a bonança tem curvas, também seus tropeços,
Pois no campo das ideias, há espinhos nos começos.
A história é mestra, nos sussurra ao ouvido:
Já vimos extremos ferirem o perdido.
Mas também vimos florescer, em terreno infértil,
A coragem de lutar, ainda que em solo hostil.
Que não nos guie o ódio, que não nos cegue o temor,
Que a mão que aperta o punho também saiba dar flor.
E que na dança dos extremos, o equilíbrio seja o fim,
Para que a história cante o melhor de seu jardim.
Fazer o bem em silêncio,
é sentir toda a positividade do amor,
agindo em silêncio,
tendo boas vibrações no bem,
entrando em conexâo com o criador,
abrindo a alma, para sentir a energia do Sol,
das estrelas, Sirius, as Três Marias,
Tendo uma visão do infinito,
que o trabalho no bem não para,
continua hoje, agora e sempre.
Fazer o bem em silêncio,
sem querer nada em troca,
sem se orgulhar,
sem olhar para os lados,
Fazendo o bem pelo bem,
Abraçando almas,
enxergando o outro um irmão, irmã,
Fazendo bem em silêncio,
e sentindo a presença divina,
da inspiração do amor.
Ronnie Andrade
O dia em que as palavras se calaram
Hoje sou terra sem chuva, sem brisa,
um campo onde a semente se perde.
O verbo me olha de longe, indeciso,
e o silêncio, de súbito, me fere.
A máquina observa, ávida e fria,
cataloga, prevê, analisa.
Mas não há código que resgate o dia
em que a alma recusa a brisa.
Nenhum cálculo encontra o caminho
por onde o mistério da criação se lança.
Não há padrão que ensine o destino
do verso que nasce só na bonança.
Sem inspiração, sou sombra dispersa,
um eco no vácuo do próprio existir.
A IA me observa, mas segue imersa
num mar de dados sem me atingir.
Que descanse a pena, que cesse o intento,
não há atalhos para o renascer.
Pois só no abismo do desalento
é que a poesia volta a viver.
me deixe
de semente
me liberte
de só ser
um ser só
me diga
o que significa
estar vivo
sem viver
e quem me dera
poder resolver
as mazelas
que os meus olhos
se cansam de ver
não sobra tempo
pra pensar
tampouco pra dizer.
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