Poesias de Socrates

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Aqueles que, no sentido preciso do termo cuidam do filosofar, permanecem afastados de todos os desejos corporais sem exceção, mantendo uma atitude inflexível e não concedendo às paixões. A perda de patrimônios, a pobreza, não lhes causa medo, como acontece com a multidão dos amigos da riqueza; e nem a existência sem honrarias e sem glória que o infortúnio proporciona não é de molde a intimidá-los como acontece com aqueles que amam o poder e as honrarias. E, desse modo, eles se mantêm afastados dessas espécies de desejos.

Aquele que não aceita fugir de sua condenação à morte por respeito às próprias leis que o condenaram.

AS TRÊS PENEIRAS

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:

- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?

- Três peneiras? - indagou o rapaz.

- Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?

Arremata Sócrates:

Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Desconhecido

Nota: A origem do pensamento é desconhecida e sua autoria é erroneamente atribuída a Sócrates. Uma adaptação do pensamento (contendo uma criança conversando com a mãe) foi publicada em alguns livros infantis, e acredita-se que a ideia principal da história seja proveniente de um poema intitulado "Is It True? Is It Necessary? Is It Kind?", de Mary Ann Pietzker (1872) e de um poema intitulado "The Three Gates", de autoria desconhecida e publicado na antologia "The Best Loved Poems Of The American People", em 1936.

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Existem três coisas no mundo, dizia o sábio Sócrates, / que afugentam o homem e fazem-no sair de casa: / o fogo, o fumo e uma mulher má.

As ideias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, recebi-as de Chesterfield, furtei-as de Jesus. E se você não gostar das ideias deles, quais seriam as ideias que você usaria?

A verdadeira mentira é, pois, com todo rigor e justeza da expressão, a ignorância que afeta a alma do que foi enganado.

Se com todos os nossos infortúnios fosse erguido um único monte donde cada homem devesse retirar igual quinhão, decerto muitos se contentariam em receber a parte que lá puseram.

O lobo e a lua

Um triste caminho eu sigo, apenas uma companhia eu tenho,
Caminho escuro e frio, seguindo a única coisa que me faz acalmar,
Um brilho intenso, que me guia nas noites escuras,
Em noites que ela não aparece fico só,
Não tenho mais amigos, vivo só,
Onde esta minha alcatéia?
Deixaram-me, ate mesmo o brilho que eu seguia me abandonou,
Só me resta às noites de luar, onde a meu verdadeiro amor surge,
Como num sinal de agradecimento eu hulvo,
Como se fosse troca de carinho ou palavras românticas,
Parece que só existe nos dois,
O mundo sumiu e quem eu, mas amava não liga pra mim mais,
Só o que aprendemos sempre gosta de pessoas erradas,
Ate mesmo você lua me abandona em noites escuras,
Mais mesmo assim sei que numas dessas você volta,
Enquanto isso, eu vagarei nesse mundo tão cheio, porém tão solitário,
Onde os verdadeiros princípios são esquecidos,
Mais a vida de um lobo e assim,
Amando o que não pode tocar, não pode cheira ou beijar,
O único sentimento e olhar e admirar sua beleza intocável,
Continuarei sempre a seguir te ate quando não tiver mais forças para caminhar,
Porque seu brilho e a única coisa que me importa,
Sempre haverá uma lagrima em meus olhos,
A cada gota que se esvai, e uma angustia a mais no coração,
Porque os lobos nunca têm um final feliz,
Apenas morre pelo que brilha,
Ficando apenas na memória da natureza mesmo,
Mesmo assim continuarei a persegui a lua, e seu brilho por que e o que me resta.

Ninguém sabe, na verdade, se por acaso a
morte não é o maior de todos os bens para o homem, e
entretanto todos a temem, como se soubessem, com certeza,
que é o maior dos males.

Sócrates foi o primeiro a evocar a filosofia do céu à terra, deu-lhe a cidadania nas cidades, introduziu-a também nas casas e obrigou-a a ocupar-se da vida e dos costumes, das coisas boas e das más.

Enquanto preparavam a cicuta, aprendia Sócrates uma canção na flauta. “Para que te servirás? lhe perguntaram.” “Para sabê-la antes de morrer.” Ouso recordar esta resposta que os manuais banalizaram, pois que ela me parece a única justificação séria da vontade de conhecer, que se dá até mesmo às portas da morte ou em outro momento qualquer.

Não devemos pautar nossas ações buscando aprovação dos insensatos, pois isto seria uma prova de nossa insensatez.

De todas as minhas limitações, sei que no amor jamais terei limites. Mesmo que o amor se limite no meu amor

O amor é o impulso apaixonado de uma alma para a sabedoria e esta é ao mesmo tempo conhecimento e virtude.

Se somos contra o Estado, somos apátridas. Se fazemos o bem, somos inimigos. Se falamos a verdade, somos perigosos. Somos tudo, menos o que eles querem!

[...]antes de querer conhecer a natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria, primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si mesmo.

Achei que me convinha mais correr perigo com o que era justo, que, por medo da morte e do cárcere, concordar com o injusto.

Às vezes você tem que levantar paredes, não para afastar as pessoas, mas para ver quem se importa o suficiente para derrubá-las.

Pensar um pensamento pensante não é redundância é apenas um pensamento que difere do impensante pela transcendência do saber e pensar.

O mais provável é que nenhum de nós saiba coisa alguma; mas alguns pensam saber, enquanto eu tenho consciência de que nada sei (…).