Poesias de Pedro Bandeira Mariana
Velhas esperanças, novos sonhos
Fantasiados pelo amor
Ou pela simples lembrança
Do que se viveu
Do que já não é mais
Dela mesma, então!
Uma vela a manter a esperança
Outra a iluminar a beleza
Acendeu a terceira só por lembrar
De como pode ser efêmera toda a certeza!
No carinho dos detalhes,
revela-se o amor
E o dia só começa
quando sinto o aroma,
quando provo seu sabor.
Queremos abraçar o mundo
Alcançar as estrelas,
mas durante o percurso
encontramos desvios, obstáculos, bifurcações
Nada a indicar o caminho a ser seguido
Pior ainda: Falsas sinalizações!
Quantas vezes nos sentimos perdidos,
sozinhos, sem saber para aonde ir...
A dúvida invade e incomoda o coração.
E o que fazer?
Peça ajuda! Lembre-se: você nunca está sozinho!
Há um bem maior que sempre zela por você!
E como ouvir e entender o que Deus quer nos dizer?
Silencie, ore, reflita, caminhe e confie!!!
Ele lhe indicará o o que fazer, por onde ir
Ele estará a frente, é só seguir!
Ela vem, chega de mansinho, nem percebemos
E quando nos damos conta, já tomou de conta!
Ah, saudade...
Pode sim, me fazer companhia,
só não aperta tanto assim, meu pobre coração.
Amanhecer cada sonho adormecido
Encontrar toda esperança perdida
Carregar consigo a determinação.
Planejamento para hoje
e amanhã, e de novo e de novo...
Bebo a cada lembrança
do tempo em que eu me aquecia em seus braços.
Hoje sei o quanto disso tudo me restou...
Sinto o calor do café em meus lábios
aquecendo minhas ausências,
aquecendo minhas saudades.
Dois livros sobrepostos
Páginas se juntaram
Personagens se misturaram.
Uma: a musa sem brilho,
O outro: o instrumentista engavetado.
Desse encontro, o inesperado...
Onde antes eram solos adormecidos
flores brotaram por todos os raios.
Músicas voavam com o vento, dançavam!
A musa, agora em brilho, cumpria sua missão,
revelou ao instrumentista o que estava oculto
em sua alma: imensidão!
Ela por ele sonhou e inspirou
Ele por ela compôs e tocou
Música sublime proferiu-se pelo espaço...
Contudo, os livros foram re-organizados
Voltaram a compor a estante da sala de estar.
Cada personagem ao seu livro de origem regressou
E o que restou desse intenso e furtivo enlace?
A musa e o instrumentista não serão mais os mesmos...
Parte de um seguirá com o outro.
E a bela música guardou em si a eternidade desse amor.
Quando vir um novo dia
Encontre-o, mãos estendidas
Acalente-o nos braços
Abertos,
Infinito espaço.
Adorne-o de esperanças
Receba e reflita sua luz
Seja encanto
Perdure
Infinito canto.
Prepare-se ao inesperado
Corra, procure, ache!
Leve contigo sua bússola
que pulsa, vibra, sente, grita:
Siga!
E se,
em algum momento de tristeza eu te encontrar
Que você me sinta
como se eu fosse
uma palavra amiga
que fizesse seu espírito escutar a vida
E então, sentir a alegria
de simplesmente ser,
estar,
viver...
Lembranças
As vezes me pego pensando na vida
Coisas passadas, músicas e momentos vividos.
E como seria se....
Ou se tivesse escolhido A à B
Realmente não sei ou melhor não importa pois somos responsáveis pela nossas escolhas e se não foram as melhores foi porque não tivemos a devida coragem de arriscar pois o passado não se muda, mais o seu futuro quem manda é você.
O sentimento puro vem quando se pode sentí-lo;
Mas a Felicidade, que é fruto verdadeiro do Amor, só virá, se puderes vivê-lo.
Criou-me, desde eu menino,
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Vou viajar com as
estrelas...
Feito borboleta
voar...
Vou correr de encontro
ao vento...
Deixar que ele me
me abrace,
Me leve até seu
mar!
Sônia Bandeira.
Simples mortal
Não tenho nada, que de meu, chame segura.
Essas riquezas? São terrenas não me valem.
E essas rimas? Talvez sim, mas são tão duras,
Que dores cruas, ao mesmo nada, equivalem.
O que me sobra talvez seja minha alvura,
E a esperança que talvez meus versos falem.
Bem mais que a boca que em silêncio te faz juras
Farei meus versos terem força e que se espalharem.
E se um dia eu merecer o teu amor
Pois sou tão jovem e a juventude é o meu mal
Por certo velha eu terei serenidade.
Os tempos jovens não serão mais os de dor,
Na minha vida não serei simples 'mortal'
Pois que enfim eu terei felicidade.
Despertar sem passado
Em tuas mãos suaves
Deposito
Meu coração cansado.
E quero, adormecido
No sonho bom
De teu semblante
Despertar sem passado.
Escusa
Eurico Alves, poeta baiano,
Salpicado de orvalho, leite cru e tenro cocô de cabrito,
Sinto muito, mas não posso ir a Feira de Sant'Ana.
Sou poeta da cidade.
Meus pulmões viraram máquinas inumanas e aprenderam a respirar O gás carbônico das salas de cinema.
Como o pão que o diabo amassou.
Bebo leite de lata.
Falo com A., que é ladrão.
Aperto a mão de B., que é assassino.
Há anos que não vejo romper o sol, que não lavo os olhos nas cores das madrugadas.
Eurico Alves, poeta baiano,
Não sou mais digno de respirar o ar puro dos currais da roça.
Poema de Finados
Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.
Na multidão apressada,
no vai e vem da calçada
deixei-me levar pelo vento,
desarmada, desatenta olhei
o relógio do tempo...
Percebi então que a vida é o momento...
Quisera eu saber em qual
deles te encontrar...
Por ora sigo te amando...
Te espero...
Minha vida...
Meu ar!
Eu queria ter o dom de
afagar corações...
Queria ter asas...
Voar de encontro ao que chora,
feito anjo que não se deixa
perceber, secar a lágrima...
Eu queria poder transformar a dor
numa sonora gargalhada...
Feito encanto de fada guardar teu
mundo, te proteger.
Queria te guardar em mim,
e nunca, nunca te ver sofrer.
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