Poesias de Pai para Filha
Não me tornei pai quando assinei um papel. Me tornei pai quando senti o mundo parar ao ver o sorriso do meu filho pela primeira vez.
Pois que te amarei, flor de luz de minha vida, em cada uma de minhas respirações, tanto em teus momentos de glória, quanto em tuas horas de sombra. É por onde fores, que teus olhos possam enxergar mais longe, como a continuidade dos meus. E com quem estiveres, como estiveres, onde estiveres, saibas que contigo eu sempre estarei, torcendo para que tomes o que é teu por direito divino, e com isso faça de sua passagem pelo mundo um marco semelhante ao do jardineiro que não conseguiu tirar das mãos o perfume das flores que colheu.
Antes de ter filhos eu pensava que já havia amado alguém, depois de tê-los, descobri que nunca amei ninguém.
Quem diria, que um dia me veria, aqui nessa ansiedade, inexplicável felicidade, amor que não cabe no peito, que transborda, que faz de mim um novo sujeito, não teve jeito, não nego, me entrego, o tempo todo a espero, não me contenho, a imagino, a desenho, em meus pensamentos a tenho, minha princesa, minha vida, minha linda filha querida, ah se possível fosse, faria a ela um poema, um poema chamado Helena, só para dizer que a amo, só pra dizer o quanto eu a amo, só pra dizer a ela: Minha linda, minha pequena, amada Helena, te amo.
Ter uma criança e ser de uma criança é, definitivamente, fugir do perigoso e pernicioso mundo adulto por alguns instantes.
Não existe irresponsabilidade maior na vida de uma pessoa do que você ter um filho e fingir que nada aconteceu, ou seja, não mudar uma vírgula em sua rotina diária.
Acompanhe os seus filhos e não seja negligente. Na ausência o filho chora. Ele logo se ressente. Brinque muito o ano inteiro. E não dê só o dinheiro. Seja sempre pai presente.
Estou fazendo tudo o que eu posso para voltar para casa para você o mais rápido possível. Eu só queria lhe dizer isso. O papai te ama muito.
Se posso dizer que vivi, é por sua causa. Você salvou minha vida, meu amor. Uma vida que não merecia ser salva. Pois nela não havia nada além de crueldade e violência. Eu não sabia o que era o amor nem a alegria de ser amado. Eu vivia para matar e matava para viver. Eu só estava esperando a morte. Porque eu não via mais a diferença entre a vida e a morte. Eu não tinha esperança de ser salvo. Mas me enganei. Porque até mesmo eu, que nasci no fogo do Inferno, tive a chance de ser abençoado. Eu não sabia nada sobre a vida ou sobre mim até você chegar. Minha bênção foi o seu nascimento.
E a paternidade, que era uma ideia abstrata, tornou-se uma realidade palpável, intensa e profundamente transformadora. A cada dia, descubro novas nuances desse amor infinito que me transforma a cada instante.
Em um mês, meu filho me ensinou mais sobre amor incondicional do que eu aprendi em toda a minha vida.
A adoção é um compromisso de amor e importância, onde o filho escolhido deve sentir-se gerado na esperança e no afeto da nova família.
A chegada de um filho não traz calmaria, mas uma revolução. Ele vem para bagunçar nossa zona de conforto, redefinir as prioridades e nos fazer reconsiderar até mesmo quem está ao nosso lado. Ele nos transforma de maneira única, nos ensina a ser mais resilientes e nos oferece a experiência do maior e mais puro amor, nos levando a viver com propósito e significado como nunca antes.
Não trate seu filho como um inválido, pois se assim fizer, ele será sempre um inválido, mesmo que não tenha nenhuma deficiência física.
Não se dedique demasiadamente às pessoas, tenha equilíbrio, a dedicação em excesso pode acabar com o respeito.
"Não haverá distância onde existir a presença do afeto, como em almas que se entrelaçam, em corações que se abraçam, em um pai que jamais deixará de amar sua filha."
Havíamos nos encontrado numa terra abençoada, lá pelas tantas da noite. E lá pintamos mais o céu com a cor e tinta que escolhemos. Tocamos também um hino novamente. Tão belo assim nunca tínhamos visto. Ah, se fosse outro o nosso destino; queríamos estacionar ali. A gente sabia que acordaria logo pela manhã... ✨
Antigamente eu tinha um teatro: bonecos de pano presos por cordões pulavam minha cama controlados por meus dedos. Riam, choravam e até sofriam porque eu lhes dava movimento e alma. E, aos olhos de todos, eu era um grande artista. Aplaudiam-me. Um dia, não sei como explicar, dei alma demais a uma boneca miudinha que puxou os cordões de baixo para cima e passou a guiar meus instintos, meu cérebro. Com o tempo, empolgou também a minha alma. Hoje, no teatro da vida, sou um boneco de carne e osso controlado por uma boneca de sete aninhos que dirige agora minha vontade e já já a própria vida.
Aí você lembra que, ao chegar em casa, ninguém vai estar lhe esperando. É só você, o controle remoto, suas contas, e as vezes algo para colocar no microondas enquanto você escuta o barulho do vento bater na janela. Mais um dia que poderia muito bem ser apagado. Gritaria no trânsito, um almoço sem gosto, a correria de sempre. Desperdício de vida... Onde está o sorriso que a propaganda de margarina prometeu vir incluso na compra? Quando foi realmente a última vez que eu me diverti, dancei até cair, esqueci meus problemas, ou, ao menos, comprei uma roupa nova, uma calça jeans? Mas aí chega o dia de pegar a sua filha que você não vê faz uma semana, e ela sai do elevador e corre na sua direção gritando "papá, papá, papá", desesperada de alegria, e você percebe que o motivo é você. É...você mesmo! Dá vontade de chorar de sei lá o quê; a garganta parece que fecha, dá um nó, sabe? Qualquer palavra fica agarrada como um soluço e tudo volta a fazer algum sentido...
