Poesias de Olavo Bilac a Ultima Flor
APENAS AMOR
Tantas promessas feitas com pressa,
juras compridas e não cumpridas,
quantos tratos, retratos e maus tratos
à nós dois depois que flecha atravessa,
e perfura, deixando aberta a ferida,
em que vai saindo amor como um parto,
sobrenatural e dorido o gutural vagido
ecoando e confirmando o flerte seduzido.
Tempo Perdido
Ofusquem-me lágrimas, hoje não me importo de chorar,
Aqueçam as minhas pálpebras com o calor das tuas águas,
As mágoas de ocasiões passadas, trazem-me martírio e lamento.
Quanto tempo perdido, quantas frases sem nexo lançadas ao vento.
Ignorância. Tudo o que eu aprendi e fiz. Ignorância.
Para nada serve viver por viver, existir por existir,
Tive a chance de plantar flores, mas, abracei a inconstância,
Tive a chance de dançar na chuva, mas, o medo dos raios me fez desistir.
Ofusquem-me lágrimas, hoje faço questão de chorar,
Ceguem-me, tal qual uma fonte de águas quentes, sobre pedras a jorrar,
Não posso voltar ao passado, em busca das coisas que ficaram lá,
Coisas minhas, íntimas, secretas, que não quero compartilhar.
Não culpe o seu pai pelos seus fracassos. Talvez você tenha feito escolhas erradas. "Agora levante-se e tente de novo". Nunca peça socorro a quem não quer ver você vencendo.
Tente de novo, e de novo, e de novo...
Até a exaustão, porque vencedores...
não desistem.
Tenho respeito por suas ideias e opiniões, não significa que concorde com elas...
Pois também tenho as minhas! Fale, grite se for preciso, mas nunca deixe de expor a sua opinião e o seu ponto de vista, é o direito de todo ser pensante!
Ela escreveu pensando nele
Ele não leu o poema
Triste, ela chorou
Ele nem viu sua lágrimas
Ela morreu de amor
Ele sequer levou flores
Catador De Letrinhas
Dizem que sou poeta, mas acho que não, sou um catador de letrinhas, junto umas aqui, outras ali, também as que caíram no chão.
Nessa brincadeira, com elas todas juntinhas, vagueio entre os amores, as paixões, pinto sete, uno e separo corações.
Mergulho na alegria, me afogo na dor, no bailar das letrinhas, levo emoção, as vezes solidão, das lagrimas faço esperança, da tristeza canção.
Nessa magia louca, abro caminhos, fecho portas, escrevo por linhas tortas, sou catador de letrinhas, brincalhão, levo magia pra todos os lados, não esqueço do seu coração.
Seja lá onde for, sem elas, letrinhas danadas, nada faz sentido, é a menina sem laço de chita, o inverno sem cobertor, o poeta sem um amor.
Dizem que sou poeta, sou então, entre rimas, versos e prosas, deixo uma flor, no perfume, a paixão, no olhar da mulher amada, toda minha inspiração.
Autor
Ademir de O. Lima.
Amar Assim
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Te amar é pouco eu sei, mas é tudo que tenho pra te dar, me faça todo seu, guarde esse pouquinho no teu olhar, é meu, não deixe o tempo levar.
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Abri caminhos, teu coração toquei, semeei o melhor de mim, sem medo me entreguei, é pouco eu sei, pra sempre te amarei.
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A cada dia um pouco mais colherá, continuarei a semear, não posso parar, o que sinto por você, me faz mais e mais te amar.
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Vem a primavera, o verão daqui a pouco vai chegar, outono é promessa, no inverno te aquecerei com o pouco que te dei.
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Amar, amor, uma flor, é pouco eu sei, se preciso, minha vida te darei, é assim que aprendi amar, é assim o meu amor.
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Aos pouquinhos, sem perceber, cresceu, já não cabe mais em nós, não vou parar de semear, amor é tudo que tenho, guarde esse pouquinho no teu olhar.
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Autor
Ademir de O. Lima.
Renascer
No olhar a única verdade, foi lindo, abriu a porta, sorriu pra vida, dançou na chuva, colheu flores pelos caminhos, voou nos sonhos, acordou, seus braços se perderam no nada, acabou.
No peito, um profundo vazio, a noite trouxe o silêncio dos abismos, as lágrimas chegaram sem avisar, regaram sua dor, mostraram a outra face do amor, nem um adeus, se recolheu, o inverno chegou.
Buscou respostas, esperou, esperou, a vida, outros caminhos lhe mostrou, seguir era tudo que restou, insistiu, olhou pra trás, nada viu, elas voltaram, entre soluços, sua alma ferida lavou.
No renascer tão esperado, seu coração marcado, marcado pelas lembranças do passado, guarda as cicatrizes do desamor, quer apenas uma estrela lá do céu, o sorriso do sol e, um verdadeiro amor.
Voltará a dançar na chuva, colher flores pelos caminhos, voar nos sonhos e, a cada amanhecer renascer, ainda olhará pra trás, de mãos dadas, com as lembranças seguirá, o tempo nos ensina amar.
O seu querer, espera um coração aberto, um ninho pra lhe abrigar, caminhos com flores, chuva e aquela canção pra se dançar, no seu olhar, uma única verdade, o amor chegou pra lhe roubar.
Autor
Ademir De O. Lima
Eu tenho um sonho.
Eu sonho com o dia em que a violência já não exista mais.
Assaltos nas esquinas, sequestros, estupros, homicídios que tiram a nossa paz,
Um tiro na favela, uma bala perdida, um corpo na viela,
e a criança que saía da escola já não existe mais,
existe apenas o eco do grito dos seus pais,
apenas o terror e o sofrimento dos seus pais.
Políticos corruptos,sem esclúpulos, imoralidades,
as comunidades já não dormem mais,
O Rio precisa de paz, é o Rio precisa de paz.
Está nfaltando respeito, e os direitos humanos, só defendem os marginais,
enquanto o trabalhador, vive o terror de um salário achatado, ônibus lotados,
e o fracaço da segurança pública nos deixa nas trevas a mercê de satanáz,
pivetes com canivetes, abusam das auridades porque não tem idade pra pegar cadeia,
se reunem em gang's na areia da praia zondo o plantão, fazendo arrastão.
Mostrando para o mundo a vergonha da nossa nação, a impunidade,
é. Eu falei, a impunidade. Eles contam com a impunidade.
I heave a dream
I dream of a day when violence no longer exists.
neighborhood robberies, kidnappings, rapes, homicides,
who take away our peace.
A shot in the favela, a stray bullet, a body in the street
and the child left school and no longer exists.
There is only the echo, the cry of your parents.
Only the terror and the suffering of their parents.
Corrupt, unscrupulous politicians, immoralities.
the communities no longer sleep.
Rio needs peace, Rio needs peace.
It is lacking respect,
and human rights defend only the marginal,
while the worker lives the terror of a flat salary,
crowded transportation and the failure of public safety,
which leaves us in darkness at the mercy of satan.
boys with pocketknives rely on impunity,
because he is not old enough to pick up jail,
meet in gang's on the beach sand making fun of the law
doing trawling.
And showing the world the shame of our nation.
Impunity, I said. Impunity.
A Travessia
Minha travessia começou no teu olhar, meus medos tive que deixar, vou ter que me enfrentar, ainda faz frio, as lembranças me rodeiam, não posso parar.
Do outro lado vou chegar, meus passos se perdem, nessa estrada desconhecida minhas lutas travo, tenho a luz do teu olhar a me guiar, há um lugar.
Amor, desamor, travessia silenciosa entre a tristeza e a dor, um novo recomeçar, o amanhecer solitário do sonhador, a lágrima sentida de um amor.
Sigo sem olhar pra trás, o outro lado está ali a me esperar, nas cicatrizes, as lições a se guardar, o sol se põe, a noite perfuma o ar, a lua me convida pra dançar.
Sigo com o tempo a me levar, no rastro da ilusão perdida, escrevo minha história na contramão, sou estrela errante a vagar, do outro lado estou a chegar.
Minha travessia está chegando ao fim, larguei pedaços de mim pra mais cedo chegar, um outro eu acabou de aportar, no cais da vida, um amor está a me esperar.
Cada um é dono de sua consciência e sabe de suas próprias faltas...
A partir do momento que começarmos a acusar este ou aquele de algum suposto erro, nos tornaremos cruéis julgadores, consequentemente o pecado passará a ser nosso, pois não sabemos o que se passa no íntimo de cada pessoa.
Ah, a velha política, que cega e coloca uns contra os outros, mesmo em tempos de pandemia...
Eu escolho um lado e o defendo com unhas e dentes, meu candidato ganha e não importa mais o presente, pois agora sou o seu inimigo, sua opinião é indiferente...
Eu perdi e não concordo com o que aconteceu, por isso vou atacar o seu lado eternamente, seja por qualquer escolha diferente, Vereador, Prefeito ou Presidente...
União de ideias? Nem pensar! É muito mais fácil e divertido, com palavras chulas atacar...
Puxa para cá, puxa para lá, eu é que estou certo, você tem é que lutar...
Ah, como seria bem mais fácil, bem mais útil, sentar e conversar, debater ideias de crescimento, ajudar o mundo em seu desenvolvimento e nunca mais brigar...
Mas creio que é apenas uma utopia, ilusão, pois faz parte da velha política, onde todos nós queremos e exigimos ter a única opinião...
Pois o desenvolvimento e o bem de uma cidade, Estado e Nação, só poderá acontecer se for feito por alguém que eu votei, do contrário, não terá nunca a minha atenção...
Fake News é algo que profundamente me irrita, pois a informação correta pode com certeza salvar a nossa vida...
Há inocente por aí, diz que não existe perigo, que tudo é uma grande mentira, segue despreocupado e em nada disso acredita...
Alguns seguem vivendo como se nada fosse acontecer, porém, o perigo é real e está no ar, é invisível, circula e pode nos pegar...
O remédio por enquanto é a cautela, até o cuidado ao respirar, pois o mundo está preocupado, o perigo está em todo lugar...
Não acredite em suposições e nem em teorias conspiratórias, pois a fantasia também pode nos machucar...
A verdade tem que ser exaltada, não pode em nenhum momento, por uma simples opinião, ser descartada...
O perigo está por aí e não faz escolhas por personalidade, morre o rico e o pobre, não importa a sigla partidária...
DESEJO ABSURDO:
Eu desejei ser adulto, crescer e ser respeitado, entendido e valorizado...
Eu desejei ser adulto, para adentrar em outra realidade, ser um senhor de verdade, deixar o meu mundo de criança, para criar e poder modificar a minha própria esperança...
Eu desejei ser adulto, para abandonar a imaturidade, viver de forma séria, alterando a verdade, criando expectativas e modificado a minha própria realidade...
Que desejo absurdo, deixar aquele mundo de fantasias, de vitórias e conquistas, de descobertas e expectativas, de brincadeiras divertidas...
Ah, se eu pudesse no tempo voltar, desfazer aquele desejo de ser adulto e poder crescer devagar, aproveitar cada segundo e com a vida não me preocupar...
Que desejo absurdo, pois hoje crescido e adulto, sonho com o que tinha, pois tenho saudade das brincadeiras e dos amigos pestinhas, de chutar bola e apertar campainhas, de sair correndo e brigar na escolinha...
O que eu tinha era a verdadeira felicidade, por isso, mesmo adulto de verdade, me sinto ainda uma criança, pois o meu desejo agora, é de voltar para aquela realidade.
Chuva
Então ontem a noite choveu!
E também foi ontem a noite,
Que o nosso relacionamento
Rompeu.
Hoje também choveu!
A nossa playlist estava tocando,
E com ela me peguei lembrando
Do que a gente viveu.
Amanhã poderá chover…
Mas não me importa o que o
Tempo vai escolher,pois para mim,
Todo dia que vier agora tem chuva.
ÊXODO
Vou-me embora… vou-me embora…
Já cansei de ser semente.
Vou tentar buscar saída,
Vou partir contra a corrente.
Com roupagem de esperança
Visto meu corpo dormente,
Renuncio ao meu passado
E parto tão de repente,
Que nem mesmo a minha sombra
Há de ver-me pela frente.
Quero andar pelo infinito
Por caminho diferente;
Quero andar por uma estrada
Onde não possa ver gente,
Sem ter fim, sem ter começo,
Sem ter nada que me oriente,
Só sentindo em meus cabelos
Esta chuva persistente…
Esta chuva que ora cai
Sobre meu corpo indolente
Refrescando os pensamentos,
Ordenando minha mente,
Carregando na enxurrada
Toda a tristeza insistente
Que se apoderou de mim,
Que em mim se fez presente
Desde o momento em que a terra
Num soluço penitente,
Vacilou sob os meus pés
Tragando a emoção tão quente,
Tão pura, tão generosa,
Tão viva, tão eloquente,
Que bailava no meu peito,
No meu peito bem-querente…
ESTÍMULO
Madrugada - - frígido espectro da manhã;
Esperança os teus olhos suprafixos têm;
Semifluídas lágrimas já se antevêem
Brilhando impuras sobre tua face louçã.
Incauta aguardas, numa ansiedade vã,
Que os loucos sonhos que tua mente entretém,
Qual lenitivo as paraciências contêm,
Possam sorrir-te e te trazer sorte sã.
Não te amofines! Ergue tua fronte e desperta!
Desencilha-te dessa vida-pó incerta;
O novo dia é hoje, é já, é agora!
Aspira aromas, cores, sons, a vida enfim!
Vive o presente -- Ama! — pois agindo assim,
Venturas ficam. . . e tudo o mais vai embora!
ENTRE PEDRAS E ROSAS
Por que razão felicidade é tão difícil?
Por que viver se torna às vezes sacrifício
Para dois seres que se adoram, como nós?
Que culpa temos de gostar-nos tanto assim?
E vamos gritar, rogar, lutar até o fim,
Vencer a angústia que sufoca a nossa voz!
Que importa o tempo de distância em nossas vidas?
Que importa a sombra de um passado de feridas,
Se nossas almas são ligadas na paixão?!
Que importa o espaço que separa nossos sonhos?
Que importa o curso de caminhos tão tristonhos?
Nem tempo e espaço, um grande amor reduzirão!. . .
Você se oculta sob o medo do passado!
Você confunde o nosso estado com o pecado!. . .
Não se atormente com a censura que nos pune!
Não se impressione com o desprezo dos mais frios,
Dos que do sentimento puro estão vazios!
Importa mais é a chama ardente que nos une!
Que importa a prova que contenta a sociedade?
Que importa o culto onde se esconde a falsidade
De dar-se o sim, sem ter certeza de o lucrar?
Que importa o brilho da aliança sem direito?
Que importa a marca dos tabus, do preconceito?
Importa mais é que possamos sempre amar!
Vamos unir os corações num só desejo!
Vamos calar nossa paixão num longo beijo,
Fazer do mundo um colossal jardim em flor!
Vamos viver a nossa vida sem receios!
Sejamos dois amantes de alma e corpo cheios
De muita luz!. . . De muita paz!. . . De muito amor!...
AMOR VERSUS AMOR
Olhei teu rosto e então eu vi!
E te confesso — estremeci;
Me perturbei, me comovi.
O que de há muito eu carecia
Ali floria, tão patente,
Tão nítido, tão eloquente
Que eu temia ficar demente
Se não fosse vero o que eu via!
Se fossem palavras apenas,
Alguns gestos, algumas cenas
A traduzir ideias plenas,
Tranquilo eu podia ficar.
Pois palavras no ar se apagam;
Gestos. . . se diluem, se vagam;
E cenas. . . somente propagam
O que é simples, preliminar.
Mas o mais puro, o mais profundo,
O amor que aspira neste mundo,
Ali no teu rosto rotundo
Se espelhava, em todo esplendor.
Teus olhos, nos meus cravejados,
Lançavam apelos velados;
Rogavam que fossem amados
Com igual parcela de amor!
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