Poesias de Olavo Bilac a Ultima Flor
A sorte dos psicopatas é que as pessoas normais em geral não acreditam que existam seres humanos tão maus.
Todos os vírus e bactérias, somados, não fazem tanto mal à humanidade quanto um único idiota embalado na ilusão de que tem as soluções para todos os problemas do mundo.
Os que gritam 'Um outro mundo é possível' deveriam ir para lá e nos deixar em paz neste aqui.
Antes de proclamar “Discordo”, responda, se puder:
1 – Com a premissa maior, com a premissa menor ou com a consequência?
2 – Com a forma ou com a substância?
3 – Com a proposição em si ou com as definições dos conceitos?
Se não pode responder, é porque nem sabe do que está discordando.
As ciências matemáticas e naturais são um subproduto, uma secreção da busca da sabedoria, nada mais. Quanto mais próximo do centro espiritual e moral do ser humano, mais um assunto é exigente e sério. Para ser um filósofo, no sentido essencial e não convencional e burocrático da palavra, é preciso ser um homem maduro centrado e autoconsciente, um 'spoudaios'. Para ser um matemático ou químico, basta ser um adolescente talentoso, um 'nerd' com certo QI.
A busca da exatidão matematica é um Ersatz da seriedade intelectual.
O mais micho dos computadores tem mais exatidão matemática do que a sabedoria universal inteira.
Não espanta que Bertrand Russell, o apologista máximo da redução da filosofia à lógica matemática, tenha sido sempre um adolescente neurótico.
É verdade que em muitos trechos da sua obra ele busca atenuar os seus excessos de juventude, mas o resultado é apenas uma inconclusividade irritante – o suprassumo da imprecisão.
Com grande pesar, noto que em quase todas as pessoas, mesmo as mais inteligentes, a evolução do seu entendimento paralisa num certo ponto e não caminha mais nem um passo. Aquilo que entendem, entendem, e o que não entendem já não lhes interessa mais. Entram no ciclo do repetitivo e se mostram incapazes de ajustar seu intelecto a situações novas, questões novas e novos enigmas.
Muitas dessas pessoas são religiosas, mas, pergunto eu, pode haver o amor à verdade sem a ânsia de MAIS verdade? A paralisia da inteligência não reflete uma indolência cognitiva, uma indiferença pelas verdades ainda não conhecidas? E por acaso Deus não ordenou que O BUSCÁSSEMOS, que MEDITÁSSEMOS dia e noite? Santo Agostinho não ensinou que só em Deus a nossa inteligência pode encontrar o repouso, que portanto repousar antes disso é desistir de Deus? Não é patente que só uma grande e permanente tensão do espírito humano em direção a MAIS VERDADE atende ao mandamento do espírito divino? Se a sua inteligência parou, a sua alma se petrificou nas rotinas do culto e acha que com isso está "servindo a Deus". Da minha parte, não tenho a menor pretensão de servir a Deus. Nem imagino para quê Ele precisaria dos meus serviços. Mas sei que eu preciso d'Ele e só n'Ele encontrarei o repouso das minhas inquietações. Sugiro, portanto: Pare de "servir a Deus" e comece a PROCURÁ-LO.
A experiência socialista, quando não se congela na oligarquia burocrática, dissolve-se em capitalismo selvagem. Tertium non
datur. O socialismo consiste na promessa de obter um resultado pelos meios que produzem necessariamente o resultado inverso.
Nenhum ser humano intelectualmente são tem o direito de apegar-se tão obstinadamente a uma idéia ao ponto de exigir que a humanidade sacrifique, no altar das suas promessas, não apenas a inteligência racional, mas o próprio instinto de sobrevivência.
Ser socialista é recusar-se, por orgulho, a assumir as responsabilidades de uma consciência humana.
Os que berram 'Chega de discussões entre intelectuais! Precisamos agir!' ignoram que foi com 'discussões entre intelectuais', com livros e mais livros, que a esquerda conquistou metade da elite e escravizou a outra metade, privando o povo de todos os meios de ação.
É impossível explicar a força da revolução cultural a pessoas sem cultura.
Chamei o Seminário de Filosofia de seminário porque se trata justamente disso: espalhar sementes. Sementes são o começo da história, não o fim.
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Minha maior ambição na vida: criar a melhor geração de cientistas sociais que já houve neste país. E já estou perto de alcançá-la.
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Quando digo que minha ambição é criar uma geração de bons cientistas sociais, esta expressão não entra aí como nome de uma profissão ou disciplina acadêmica, mas no sentido da compreensão efetiva do momento histórico-social vivido e da sua posição no quadro abrangente da existência humana -- pouco importando o meio de expressão do qual esse conhecimento venha a se revestir. Grandes cientistas sociais como Eric Voegelin e Pitirim N. Sorokin admitiam que havia ciência social de alto nível nos romances 'Os Demônios' de Dostoiévski e 'O Estrangeiro' de Albert Camus, por exemplo, ou no poema de T. S. Eliot, 'The Waste Land'.
(14 de agosto de 2017)
Quem disse que a História é a História dos vencedores não conhecia o Brasil. Neste país a História é eminentemente a arma dos perdedores, que por meio dela instilam entre os estudantes universitários — futura liderança política — o desejo de vingança e a estratégia da revanche. Foi assim em 1964 e já está sendo de novo com a derrubada da Dilma. Tão logo votado o impeachment, a esquerda já convocou seus historiadores de aluguel para bloquear o acesso à verdade dos fatos e consagrar a versão 'golpe' como a explicação oficial a ser adotada em todas as universidades brasileiras.
Paulo Moreira Leite, André Singer, Hebe Matos, Jessé Souza, Palmério Dória são apenas alguns dos autores envolvidos na operação. Se os vencedores de hoje, como os militares de 1964, não reagirem em tempo — o que dificilmente acontecerá, dada a proverbial indolência intelectual da 'direita' — seu lugar na lata de lixo da História estará garantido.
Surge um cidadão que só faz o bem, cura os leprosos, faz os paralíticos andarem e os cegos enxergarem, ressuscita os mortos, mas, quando ele diz que é o filho de Deus, vem um entojadinho, empina o nariz e e objeta:
— É, mas você não provou que criou o universo.
Cem por cento dos debates sobre Deus, hoje em dia, querem satisfazer ao entojadinho primeiro, à razão depois. Por isso não dão em nada.
Sem segurança não há progresso, educação, saúde, nem coisa nenhuma. Todo mundo sabe disto e faz de conta que não sabe. [...]
A taxa anual de homicídios no Brasil significa, pura e simplesmente, que não há ordem pública, não há lei nem direito, não há Estado, não há administração, há apenas um esquema estatal de dar emprego para vagabundos, sanguessugas, farsantes. O Estado brasileiro é uma instituição de autoajuda dos incapazes. E você, brasileiro, paga. Paga a pantomima toda. [...]
O Brasil, na verdade, só tem dois problemas: a insegurança geral e a inépcia da classe dirigente. O primeiro não deixa ninguém viver e o segundo anestesia a galera para que não ligue e trate de pensar em outra coisa. Desaparecidos esses dois problemas, a sociedade encontraria sozinha as soluções dos demais, sem precisar da ajuda de governo nenhum.
A sociedade pode perfeitamente criar e distribuir riqueza, dar educação às crianças, encontrar meios de que todos tenham uma renda decente, moradia, saúde, assistência na velhice. O que a sociedade não pode é garantir a ordem pública pela força das armas e educar os governantes para que governem. Isso tem de vir do Estado. Mas o Estado, justamente para não ter de fazer o que lhe compete, prefere se meter em todo o mais. [...] É o Estado que tem cada vez mais poder sobre os cidadãos e menos poder contra os inimigos do cidadão.
“Ética” consiste em dizer o que os outros devem fazer. Mas a primeira coisa que ninguém deve fazer é achar que sabe o que os outros devem fazer.
Por isso os Dez Mandamentos são o guiamento MAIS QUE SUFICIENTE para todas as situações humanas. Só Deus sabe o que a gente deve fazer.
Se há uma coisa que, quanto mais você perde, menos sente falta dela, é a inteligência. Uso a palavra não no sentido vulgar de habilidadezinhas mensuráveis, mas no de percepção da realidade. Quanto menos você percebe, menos percebe que não percebe. Quase que invariavelmente, a perda vem por isso acompanhada de um sentimento de plenitude, de segurança, quase de infalibilidade. É claro: quanto mais burro você fica, menos atina com as contradições e dificuldades, e tudo lhe parece explicável em meia dúzia de palavras. [...].
Ao inverso da economia, onde vigora o princípio da escassez, na esfera da inteligência rege o princípio da abundância: quanto mais falta, mais dá a impressão de que sobra. A estupidez completa, se tão sublime ideal se pudesse atingir, corresponderia assim à plena auto-satisfação universal.
Conservadorismo NÃO É a doutrina cristã. É apenas uma ideologia política. Dentro dele há espaço para opiniões cristãs, não-cristãs e até anticristãs. Vamos obrigar um conservador judeu a declarar que Jesus é Deus, e expulsá-lo do conservadorismo se ele não quiser fazer isso? Vamos expulsar do conservadorismo todos os ateus? Vamos transformar o conservadorismo na Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé?
Quando vão parar de confundir as opções políticas disponíveis com os modelos abstratos de sociedades hipotéticas, ou até com modelos de conduta cristã?
É por isso que não faço nenhuma questão de ostentar o rótulo de "conservador", e me declaro apenas um católico. Quando julgo as coisas pela minha fé, ajo apenas como indivíduo, não como porta-voz de uma corrente ou partido político. Tenho o direito e o dever de fazer esse julgamento, mas não o de dar a ele o alcance de uma palavra-de-ordem partidária
Nunca afirmei que o mal do Brasil fosse "a esquerda", tomada assim genericamente, mas sim ESTA esquerda que temos nos últimos quarenta anos. Essas coisas não podem ser julgadas adequadamente sem pontos de comparação históricos. Que mal fez a esquerda à cultura brasileira entre os anos 30 e 50 do século passado? Mal nenhum. Só fez o bem. Inspirou, estimulou e promoveu os melhores talentos, produziu literatura de primeira qualidade, abriu o ambiente da capital aos escritores e artistas de todas as regiões do país. A esquerda que faz mal ao Brasil é a que surgiu desde os anos 70, tão pobre de inspiração, de talento, de cultura e de boas intenções quanto ávida de dominação hegemônica a todo preço. A esquerda do "Imbecil Coletivo" e do "Mínimo". Uma esquerda que, esta sim, jamais deveria ter existido e que não tem direito NENHUM de existir.
Eu também nunca disse que havia uma esquerda boa e uma esquerda má. Disse que dos anos 30 a 50 a esquerda foi uma força positiva a favor da nossa CULTURA -- o que não significa que sua POLÍTICA, enquanto tal, fosse coisa boa. Brasileiro nunca perde a oportunidade áurea de não entender alguma coisa.
Aderir a uma idéia por simpatia imediata, sem ter idéia das suas fontes e das grandes correntes culturais, políticas, religiosas e ideológicas em que se insere como instrumento, é ser feito de IDIOTA. E, como já expliquei, o idiota útil é sempre idiota demais para saber a quem é útil.
Prestem atenção. Pela MILÉSIMA vez: Não há uma só idéia na sua cabeça que seja da sua própria invenção, que não tenha uma história de séculos ou de milênios e que não seja parte de uma corrente histórico-cultural que talvez não pareça ter nada a ver com ela. A coisa mais importante, para quem começa a estudar filosofia, é rastrear uma a uma as origens das suas idéias mais habituais e queridas e descobrir que deixar de ser um idiota útil É TRABALHO PARA MUITAS DÉCADAS.
"É um erro monstruoso imaginar que Deus só perdoa quem Ele quer. Ele quer perdoar TODOS. Só que alguns não pedem. Nem querem.
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Também é erradíssimo imaginar que Deus só perdoa quem merece. NINGUÉM merece. Ele perdoa quem pede.
Um dos segredos básicos da vida é você conseguir se aproximar de pessoas que têm os mesmos objetivos e os mesmos valores que você. São Tomás de Aquino já definia a amizade no seguintes termos:
'idem velle, idem nolle', ou seja, é seu amigo aquele que quer as mesmas coisas que você e rejeita as mesmas coisas que você. Sem você encontrar um grupo que se identifique com os seus objetivos e valores, é claro que você estará isolado perante grupos que serão ou estranhos, ou hostis — grupos que não compreenderão você e julgarão você um ET, um doente mental ou um marginal —, e isso vai enfraquecê-lo formidavelmente ao longo do tempo.
Quem faz algo por vocação sente que é chamado a isso pela voz de uma entidade superior — Deus, a humanidade, a História, ou, como diria Viktor Frankl, o sentido da vida.
Considerações de lucro ou prazer ficam fora ou só entram como elementos subordinados, que por si não determinam decisões nem fundamentam avaliações.
"Se você tem um bom marido, uma boa mulher, não se esqueça de orar:
— Meu Deus, agradeço por esse benefício recebido, ao qual não tenho NENHUM DIREITO."
O Primeiro Mandamento institui o senso das proporções como obrigação universal incontornável. Deus considerou perfeitos muitos homens que, no julgamento de hoje, seriam condenados como pecadores contumazes.
O pior dos hipócritas é aquele que só denuncia a hipocrisia para poder jogar as virtudes no lixo junto com os vícios. Não tenho a menor dúvida de que o príncipe deles é Friedrich Nietzsche.
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