Poesias de Luis de Camoes Liberdade
"As Estrelas, sem violência nenhuma
cumpre a sua verdade, e faz simples diante de sua beleza,
alheia à transparência de todos os brilhos que podem haver de existir, nada supera seus olhos de um brilho radiante, esta é vossa graça cheia de vida"
Amada minha vossa graça sejas ✍️
"Porque veio a saudade visitar meu coração.
Espero que desculpes os meus defeitos, por favor amada minha"
A solidão é muito mais que ausência de companhia. Esta é física, a outra não!
Catronático
Carlos Jorge Luis
Deito meu olhar sobre o mar,
no instante em que a onda
mansamente toca meus pés,
trazendo vontades
não sei de onde,
nem de quê.
Ternas lembranças me percorrem
e um riso incerto voa,
saudoso das asas poéticas Pessoais
do mar salgado de Portugal.
Sou ungido
das tuas águas,
ó mar!
Sinto-me doce
ante teu sal.
Pequena ilha
a milhas da costa
contempla o continente
e descansa
Fixa,
move o mar
Pássaro ínfimo
habita
Barco noturno,
distante
Luz móvel,
errante
Meus pés de areia
- Ilha distante –
Sopro de esperança,
vista que mal te alcança
Quero amanhecer ouvindo a voz do mar
e partir sem sonhos
- Pela areia molhada da esperança-
Recolher-me-ei às minhas espessas crenças
rumo a novas e sensíveis lonjuras
Vou ao encontro dos poetas de outrora,
trocar a vida pela poesia sem aflições;
Ouvir metáforas de mentes geniais,
nostalgias marcantes de outros jamais
Descansar os olhos turvos
em insônias tantas e indecifráveis.
Equilibrar-me no muro frágil
do abismo e do paraíso celestial
Poemas divinos me manterão ativo
sem ostentar nenhum glamour
Sensíveis versos líricos livres
Ternos, imortais, inesquecíveis;
- eternos -
Há um grito que não responde
Eco silencioso que soa longe
Solto no ar
A onda peleia com as pedras
-indestrutíveis -
Mar sem memória de marés
não é mar
Sal sem demasia,
apenas mar
sem sinônimos
nem significados
Arrojado,
céu azulado
A água passou:
é passado.
Ela mexia o café
Ele espiava o mar
Hialino olhar
Ela queria sol de bronze
Ele queria ondas
de mergulhar
Ao sol tornaram-se areia e mar.
O rio que brinca em mim
É infantil
É límpido
Águas saudáveis
que nem sei poluir
Coaxam as rãs animadas
A voz humana silencia
Sento-me à sombra marginal
extasiado a observar:
- Náiade não há -
A voz da natureza
muito tem a nos ensinar.
Há paz em ver o mar
Sossego interior
alimentando o sol
Versos em suas ondas
lembram-me que ontem,
pensativo, contei estrelas
Na areia a gaivota
silencia o semblante
A tarde envelheceu...
- Sozinha -
A vista da vida
vinha dos olhos de vidro
das ventarolas das janelas
Descendo
a descida
Degrau
por
degrau
Lindo e límpido
como água do poço
Frescor da brisa
cheirando a flores
Zunido de abelhas
adoçando o sonho
Crescidos
os girassóis sorriam.
O arame farpado
fere o vento
e a ferida arde
O sangue dolorido
espalha-se
e morre
na terra
A vida treme
Geme o fim
Adeus, eterno!
A morte ainda
é para sempre.
Onde foi que o vento virou?
Meus passos lentos
estão pesando
O cansaço senta-se à beira da estrada
e espera
Te prometi eternidade, vida!
- Fidelidade além do soneto –
Aberto, o peito expõe feridas
Aves pretas sobrevoam
Sombras passam em meu corpo
e sabem que ainda respiro
Me desejam morto.
Viver é juntar pétalas
Formar rosas
de tempos
e ventos
Fora isso,
tudo é depois
Exceto nós
que somos agora
Em nosso Jeito
de não sermos.
Manhã virgem de sol
Dor doída
que já não dói
A vida é um flash.
Ontem
ficou pra trás
Caminhos desbotam
as folhas faciais
Anoitece outono
para amanhecer inverno
E o frio aprisiona,
mas o colorido da primavera,
- Que dádiva! –
avança pelos dias de verão
E a liberdade de amar
o mesmo amor
- outra vez -
ilumina o coração.
No lado do carona,
a térmica na mateira
Da erva úmida,
o cheiro do mate
No rádio alguma música
regional
A paisagem bela
A serra
Os morros
A terra
Diante dos olhos
nuvens se movem
sem rosto
Dirigindo,
penso em Deus
Sou parte do mundo;
Sou tão pequeno!
Ligo as luzes,
Já é noite.
A estrada é solitária
- Sempre foi -
Reflexos luminosos
indicam sereno da madrugada
Peço a um anjo
que me guie
A vida não tem parada
Já, já
surgirá um novo dia.
Lua feita de silêncios
na calmaria noturna
A vida, inconformada,
tatua frases no peito
Pinta uma lágrima desmotivada,
amistosa,
- Do nada -
O futuro é desconhecido,
mas a noite é enluarada.
A paisagem veste-se de noiva
Os caminhos congelam
Pobre gado!
Desespera-se pelo estábulo
Da boca verte fumaça
Um sentimento
sentido,
O tremor
do minuano zunindo,
O milho,
doce alimento
Noite impiedosa
Um filete de lua
tremelica...
gelado.
Adornos de risos e alegrias
Farras e fantasias
semeando a vida
no horto de hortênsias,
perfumando o sacrário
da frase morta
Esquecida
Nos degraus do campanário
não há luz
- Morrem as estrelas-.
Em silêncio a luz apagou,
A alma aquietou-se,
triste e aniquilada
Vaga-lumes de estrelas
distantes e calados,
iluminado a madrugada
Olhos sem brilho
vertem dormentes,
frutas inférteis,
infrutíferas sementes
Tudo é deserto
O verde morreu
O eco distante
diz o que viveu.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp