Poesias de Gregorio de Matos Guerra

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Pra você que fala mal de mim pelas costas, me desculpe, mas você não é pessoa o suficiente pra vir falar na minha cara.

O que me interessa no amor, não é apenas o que ele me dá, mas principalmente, o que ele tira de mim: a carência, a ilusão de autossuficiência, a solidão maciça, a boemia exacerbada para suprir vazios. Ele me tira essa disponibilidade eterna para qualquer um, para qualquer coisa, a qualquer hora. Ele apazigua o meu peito com uma lista breve de prós e contras. Mas me dá escolhas. Eu me percebo transformada pelo que o amor tirou de mim por precisar de espaço amplo e bem cuidado para se instalar. O amor tira de mim a armadura, pois não consigo controlar a vulnerabilidade que vem com ele; tira também a intransigência. O amor me ensina a negociar os prazos, a superar etapas, a confiar nos fatos. O amor tira de mim a vontade de desistir com facilidade, de ir embora antes de sentir vontade, de abandonar sem saber por quê. E é por isso que o amor me assombra tanto quanto delicia. Porque não posso virar as costas pra uma mania quando ela vem de uma pessoa inteira. Porque eu não posso fingir que quero estar sozinha quando o meu ser transborda companhia. O amor me tira coisas que eu não gosto, coisas que eu talvez gostasse, mas me dá em dobro o que nunca tive: um namoramento por ele mesmo. O amor me tira aquilo que não serve mais e que me compunha antes. O amor tirou de mim tudo que era falta.

Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.

Devolver uma pessoa a ela mesma é, quem sabe, ensinar-lhe um jeito de expulsar o que é ruim e ajudá-la a cultivar o que é bom.

"A sorte favorece os audazes." (Virgílio) E quando entrar em um negócio, entre com a seguinte posição: "Sabe quando eu vou parar? NUNCA." É assim que tem de ser.

A fruição desencanta muitos bens e prazeres sensuais, que a imaginação, os desejos e as esperanças figuravam encantadores.

Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas ondulações.

Há na cultura mundial de hoje toda uma mitologia, toda uma idealização das revoluções, como se não fossem acontecimentos separados, mas sim etapas de uma caminhada em direção à liberdade crescente. Pode-se discernir, de fato, um sentido geral e unitário na sucessão de revoluções — mas ele não aponta na direção da liberdade crescente e sim no do crescimento do poder, no do aumento da distância entre o poderoso e o homem comum.

– Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

Antoine de Saint-Exupéry

Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry. Link

O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.

Uma brisa suave de um beijo...

Vieste como uma leve brisa...
Beijou o meu rosto e afagou a minha alma!
Deixou o meu coração em êxtase total...
Encheu a minha alma de felicidade!

Fiquei por alguns segundos flutuando...
Senti a mais deliciosa sensação de bem-estar!
Viajei nas asas da imaginação,
Senti levemente o seu toque em mim...
Senti a leveza dos seus lábios no meu rosto,
me fazendo sonhar...

O seu toque macio do seu beijo em mim...
O doce roçar dos seus lábios úmidos, me deixou fora de mim...
O seu hálito perfumado e quente, fazendo a minha pele arrepiar...
O seu perfume de flores me deixou estático de amor...

Inserida por DraJaneRebello

⁠A guerra é uma ação que os homens justos fogem dela, mas não se obtém a paz sem antes enfrentar a guerra. Os justos não provocam a guerra apenas se defendem dos maus para alcançarem a paz.
Bertoudo Matos

Minha guerra, sua guerra!

Quanto vale uma escolha?
Qual o preço de uma vida?
Se há quem plante e colha,
Necessita que você decida?

Pois o homem agora é Deus
Com o poder de modificação
Destrói em desfavor dos seus
Para enriquecer o seu coração

Protegamo-nos de nós, suicidas
Ceifadores dos sonhos, da vida
Com armas, escudos e feridas

Se lutamos uma guerra perdida
Em que o amor não mais habita
Resta morrer antes da despedida

Inserida por now2000

Um hino talvez mude essa terra
Isolado e cansado por tanta guerra
Um uníssono toque
Vem numa hora que provoque
Quiçá não mate a penúria
Pode ser que indique mais ainda a lamúria
Também jamais ganhou insurreição
Então para que se vale está união
Mas existe uma conciliação
Que aos minguado ajuda o povo
Inicia a celebração em eufonia
Mas que nada diz e nada ensina está sinfonia
Mas existe até canção efeito de abstração
Assim me prove para que se adequa essa menção
Elocuções em potência espantosas
Dão o tom é o ritmo talentosos
Ouvidos e imperados em todas as cidades
Como um canto um clamor de todas as potestades.

Inserida por rmatos

"O homem é o lobo do homem."
(Thomas Hobbes)
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Naturalmente os homens, devido ao seu egoísmo, viveriam em guerra de todos contra todos, cada um tendendo a defender os seus próprios interesses. Conforme palavras de Hobbes, em estado natural o "homem é o lobo do homem". Nesse estado o homem ficaria prejudicado em seus interesse egoístas pois a qualquer momento poderia perder o seu primeiro bem que é a vida.
(*) A citação é encontrada erroneamente atribuída a Plauto

Nas curvas da noite


Na geografia de teu corpo, aprofundo-me!
Feito cientista, estudo tua anatomia.
Sinto-me um calouro com um mapa às mãos.
Descubro curvas
- por onde ando -
segredos impressos,
versos poéticos
poemas inteiros.

Quanto mais arrisco-me
tanto mais confundo-me!
Desbravo a ti,
feito um bandeirante
desbrava a terra nova.
Monto campana em teus olhos
- que de tão brilhantes -
reflete todo o meu pecado.

Embriago-me em teus lábios
padeço em teu riso,
sorriso doce feito a lua de dezembro.
E tu, andas por ai...
A esquivar-se de mim,
a negar-se um estudo mais aprofundado.
Trabalho científico, coisa séria,
com os riscos e tudo o mais.

Nas planícies de teu território,
tens domínio pleno sobre mim.
Permitas uma observação in loco,
és um meu estudo de caso.
Conforma-se em meu corpo!
Embarco na tua viagem
navego por tua ternura
e aporto em tua ilha.

Já não podes fugir,
estou em todos os teus sonhos.
Delírio: Deliro por ti, deliras tu também, por mim.
Adeus às armas!
Mastro firme fincado à terra
bandeira içada aos quatro ventos
corpo cansado da intensa batalha
suor banhando a testa.

A guerra chega ao fim, a noite padece
Nasce o sol, surge o dia.

As guerras dizem que ocorrem por nobres razões: a segurança internacional, a dignidade nacional, a democracia, a liberdade, a ordem, o mandato da civilização ou a vontade de Deus.
Nenhuma tem a honestidade de confessar: "Eu mato para roubar".

A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem puder sentir
qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz. Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia.

Uma simples palavra que tira vida, que sufoca pessoas que não podem gritar que não tem força simplesmente por motivos banais, por serem a minoria são oprimidos; mas sempre aonde existe o mal, existe o bem, ao menos se você tiver boa mente, bons olhos para enxergá-lo, e mesmo aonde a prepotência reina, o amor vence, derrota, acaba.

Mesmo que tenhamos que fazer sacrifícios.

No fim tudo fica bem, mesmo que você não concorde com as decisões, o inverno se aproxima.

⁠Agitação, descanso
Quando me ponho às vezes a considerar as diversas agitações dos homens, e os perigos e trabalhos a que eles se expõem, na corte, na guerra, donde nascem tantas querelas, paixões, cometimentos ousados e muitas vezes nocivos, etc., descubro que toda a miséria dos homens vem duma só coisa, que é não saberem permanecer em repouso, num quarto. Um homem que tenha o bastante para viver, se fosse capaz de ficar em sua casa com prazer não sairia para ir viajar por mar ou pôr cerco a uma praça-forte. Ninguém compraria tão caro um posto no exército se não achasse insuportável deixar-se estar quieto na cidade; e quem procura a convivência e a diversão dos jogos é porque é incapaz de ficar, em casa, com prazer.
Mas quando pensei melhor, e que, depois de ter encontrado a causa de todos os nossos males, quis descobrir a razão desta, achei que há uma bem efetiva, que consiste na natural infelicidade da nossa condição frágil e mortal, e tão miserável que nada nos pode consolar quando nela pensamos a fundo.

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