Poesia te Perdi
ITINERÁRIO
Ainda deslizam fantasias pelos
meus cansados, tristes dedos,
na saudade vã do passado,
em copioso senso alienado.
Todos os dias ainda presente
no pensamento descontente,
a insistente dor na inspiração,
ó doidivanas e dura sensação.
Não sou mais do que um peregrino
viajante solitário no meu destino,
que a sorte me guia de mão dada,
pelos devaneios da vida, mais nada...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
*ROMÂNTICOS APAIXONADOS
Flores, bombons, taças de vinho
Meu corpo responde ao teu clamor
Colocando meu ser em desatino
Com poemas, poesias, versos de amor
Na vitrola uma música envolvente
Dançamos ao som de um bolero
Rodopiando em compasso fremente
Em seus braços é tudo que mais quero
Na regência de nossas carícias
Segredos e vaidades a desvendar
Balbuciando palavras com malícias
Partilhando o desejo no olhar
Harmonizando as notas da canção
Nossos beijos e abraços apertados
Num ritmo doce e quente de sedução
Somos eternos românticos apaixonados
*Olhar Carmim...
Brilho no olhar marrom carmim
Minhas mãos afagadas em teu cabelo prata
Teu corpo exalando calor junto a mim
Pernas enroscadas de maneira sensata
O pulsar descompassado no peito
Batimentos arrítmicos acelerados
Doces palavras, atitudes sem jeito
Somos dois corações enamorados
Focando um futuro em plena harmonia
Deixando para trás quaisquer dissabores
Almas entrelaçadas tão qual poesia
Vidas, em novas nuances de cores...
*TRISTEZA MÓRBIDA
Atrás da cortina da noite, observo...
- está chovendo!
Chuva de lágrimas cristalizadas pela tristeza
Pingos grossos de sangue no peito
Cultuando a solidão incrustada n’alma
Levando os prazeres ao obsoleto
Dias tingidos de cinza, tétricos
Alma vagando no vazio
Calafrios que percorrem as vértebras
Persistindo ainda nesse mundo de mortais
Em dias e noites de agruras
Nessa dolorosa existência do ser
Lutando comigo mesma para sobreviver
Volto meu olhar opaco na chuva da noite...
-sorrio!
Sorriso sem vida, acuado, desgastado
Sorrio diante do infortúnio que me abraça
Palidez na face, tez fragilizada, envelhecida
Esperanças sinistras que beiram o abismo
Onde vai se perpetuando a tristeza mórbida
<< CATARSE >>
Campo aberto, minado
Olhar absorto, guerra n’alma
Agrura inóspita
Pacto mudo com a vida
Exigindo um exílio de si
Em confidências com o silêncio
Sem encontrar solução
Sequer resolver a questão
Na marcação de passos
Centrando na rebelião interior
Duelo corpo a corpo
Catarse sangrenta
Sombras que vagam
Batalha de morte
Com o fim...enfim
O MARTÍRIO
Sou...
o complexo de teu reflexo
o medo de tua confiança
a carência de tua ausência
a ousadia que você não ousa
o fracasso de tua esperança
Sou...
o desencanto de teus encantos
a tortura que te sufoca
a incerteza de tua certeza
as pedras de teu caminho
as lágrimas de tua tristeza
Sou...
a loucura de tua loucura
o arrependimento de teus atos
o sofrimento de tua dor
o amargor de tua boca
as trevas de tua luz
Sou o tudo e não sou nada...
"Embora meu coração esteja se partindo,
minha maquiagem derretendo...
Meu sorriso continua, pois,
o show tem que continuar!"
Freddie Mercury
*SOU SUA REFÉM...
Em sonhos mesclados de tinta
Joga-me na cama, deixa-me louca
Nas nuances do amor tatuado
Sinto teu gosto em minha boca
Eloquente mensagem do beijo
Põem coração e pele aquecer
Toque-me e seduza-me
Exalando a essência do ser
Juntos percorremos caminhos
Focando na mesma direção
Simetria de movimentos
Vidas em plena mutação
Enrosco de pernas e braços
Sem saber ao certo quem é quem
Num corpo a corpo alucinado
Desnuda-me, sou sua refém...
MONÓLOGO
Para onde vão os meus lamentos
se já não mais me escutam?
Que terra vã e sem sentimentos
de ilusão. Pra onde iriam?
Aí, tudo está tão cego, esquecido!
Me perdi nas teias do mundo
quando no mundo tentei o infinito
e o infinito era só um segundo...
Para onde vão as minhas palavras
se versadas pra vida e não pra morte.
Quem ou alguém me escutavas?
Acho que nada, nem a sorte!
Então, o que pode, quem me acode?
Se nem de porre há resposta
ou tão pouco o fado é custode...
Pois, a alma na dor está exposta!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
FEITO INSATISFEITO
A ocultação da sua presencia
sobre a ires dos meus refletores...
É o manto, da minha solidão
... Que cobriu alegria do meu ser
e desde então...
Os sentimentos de amores...
Vaga pela arritmia do meu peito
aonde, esse meu triste coração...
bate forte insatisfeito
pelo feitos de você.
Antonio Montes
SAGACIDADE
A casa onde nasci...
Não tinha calçada
água encanada
não tinha escada...
Nem apito de nada.
Não tinha pinta, nem tinta
mas tinha um trilho
que levava a cacimba
e logo abaixo a bica fresca...
Tinha nascentes de água.
A casa onde nasci...
Tinha um terreiro, só p'ra mim
... Ali eu rodava pião!
Pulava corda e amarelinho
n'aquele tempo tão bom...
encanto sem televisão.
Um cantinho na saudade
da toalha colorida
Aquele cheiro de café!
aquela essência de vida...
O lugar onde nasci
é um canto na verdade...
lembranças, com encanto!
Verdade, com sagacidade.
Antonio Montes
SAGACIDADE
A casa onde nasci...
Não tinha calçada
água encanada
não tinha escada...
Nem apito de nada.
Não tinha pinta, nem tinta
mas tinha um trilho
que levava a cacimba
e logo abaixo a bica fresca...
Tinha nascentes de água.
A casa onde nasci...
Tinha um terreiro, só p'ra mim
... Ali eu rodava pião!
Pulava corda e amarelinho
n'aquele tempo tão bom...
encanto sem televisão.
Um cantinho na saudade
da toalha colorida
Aquele cheiro de café!
aquela essência de vida...
O lugar onde nasci
é um canto na verdade...
lembranças, com encanto!
Verdade, com sagacidade.
Antonio Montes
ILHAVO PARDO
N'aquela entrevista da revista...
Tudo, estava a vista!
O relapso da exposição
o fiasco do ponto tonto
aquele jeito todo feito
da vista d'aquele artista.
Nos moinhos do mundo...
Tinha pista do rascunho,
no ilhavo e desconchavo
na tinta sobre o branco,
o bravo com seu entravo...
E o brado, impondo punho.
O brando, todavia vencendo...
O desencanto talhou a vontade
em todo pranto, necessidade!
Um trisco cheio de rabisco,
tudo estava em seu canto!
O plano em pano branco
e o mastro expondo verdade.
Antonio Montes
escrever por escrever, as vezes é isso
soltar o verbo, sem medo de errar ou encaixar palavras pra ficar bonito
sem arranjo, sem eira nem beira
sem motivo, sem pauta ou artigo
apenas sigo escrevendo
escrevo até sem objetivo
mas não se avexe comigo
no final das contas
este que lhe escreve tenta sempre ser um bom amigo.
escrever por escrever, as vezes é isso
soltar o verbo, sem medo de errar ou encaixar palavras pra ficar bonito
sem arranjo, sem eira nem beira
sem motivo, sem pauta ou artigo
apenas sigo escrevendo
escrevo até sem objetivo
mas não se avexe comigo
no final das contas
este que lhe escreve tenta sempre ser um bom amigo.
Amor
Não se declara amor
Em apenas um momento
Deve ser tarde e noite
Pra declarar esse sentimento
Uns apenas falam e não agem
E não tem nenhuma ação
Vivem apenas de palavras
Vivem de enrolação
Amar é mais que palavras
Amar é doar-se
Mesmo sabendo que um dia
Um dia pode machucar-se
Por isso muitos não querem
Ao outro se entregar
Tudo isso é o medo
Do outro o machucar
Estes se escondem de várias formas
Pois não querem sofrer
Estes agem de modo incorreto
E acham que isso que é Viver.
APOS ESCURO
Não interessa o quanto
a noite seja tenebrosa;
quando o dia amanhece...
O sol aparece,
e com sua luz majestosa...
Irradia poesia de alegria
e prosa.
Antonio Montes
"" Tens algo encantador
tens tudo nos braços
tens nos laços
todas as formas de amor
E és soberana, diva
quando sabes ser menina
longe dos laços da dor
se fui peregrino
foi antes de ser menino
antes de sentir teu calor
e o mundo,aquele paraíso desejado
agora é apenas estar ao teu lado,
curtindo um deserto em flor...
Quando você quiser que alguém vá embora da sua vida sem brigas ou maiores desgastes..., diga que não pode mais viver sem ela...; diga que ela é a pessoa mais importante da sua vida...
Enfim, deixe a pessoa ter absoluta certeza de que você a ama; de que você não tem mais ninguém...; deixe ela ter a certeza absoluta de que você virou um viciado nela..., um ser sem vida própria e devotado a ela; de que você está morto (a) para qualquer outro possível desejo...
Mais:
1- Abandone seus amigos por ela;
2- Desista dos seus sonhos por ela...;
3- Permaneça o mesmo sempre, em nome dela;
4- Diga todos os dias que a ama;
5- Faça diversas declarações públicas de amor, etc.
Um dia, sem você menos esperar, ela dirá que não te ama mais, ou seja, que prefere ficar sozinha ou que está saindo com ou interessada em outro alguém.
SONETO PERDIDO
Eis-me aqui no silêncio do cerrado
Longe de mim mesmo, na dúvida
Extraviado na incerteza da partida
Sem amparo, com o olhar calado
A solidão me assiste, tão doída
Pouco me ouve, pouco civilizado
Tão tumultuado, vazio, nublado
São rostos sem nenhuma torcida
Dá-me clareza de que não existo
Numa transparência de ser misto
No amor e dor no mesmo coração
Como um roteiro no imprevisto
Sem saber como se livrar disto
Velo por aqui sentado no chão...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
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