Poesia Sufoco no Peito
Minha personagem...
(Nilo Ribeiro)
Não posso versar o amor,
não posso poetizar o prazer,
não posso rimar a dor,
mas não posso deixar de escrever
este é o meu dilema,
a poesia me sufoca,
mesmo não tendo um tema,
ela pouco se importa
porque não o amor,
porque não o prazer,
o vento não está a favor,
não tenho mais você,
mesmo assim preciso escrever
vou criar um personagem,
mostrar minha outra faceta,
uma mulher que parece miragem,
pois é a mais bonita do planeta
pronto, agora a poesia tem dona,
ela tem uma direção,
vai para a mulher que aprisiona,
que arrebata meu coração
para ela vai a minha palavra,
para ela vai a minha lira,
em troca não quero nada,
quero apenas entregar minha vida
para personagem que criei,
dou tudo que ela quiser,
para ela até palavra inventei,
para que seja a minha mulher
uma estória que começou vazia,
absolutamente sem teor,
se transformou em poesia,
um lindo conto de amor
para você o poeta dedicou...
CONDÃO DA VIDA
Longe das canoas e dos remos
dos pescadores sedentos de pesca...
Os peixes procriam as suas crias
as suas escamas, e sobre a lua
prateada, saldam as estrelas
ao mesmo tempo em que navegam
sobre a cor alva da flor d'água.
E ao breve amanhecer, contemplam
o sol com sua lagrima molhada
e sob o poder da sua alegria colorida...
Saem nadando sob luz de um novo
dia, aonde a esperança, por ali,
é apenas a varinha de condão de uma,
meiga fada.
Antonio Montes
D’Arte
A competência de um poeta
não é causar a emoção de uma música,
que batalha entre silêncio e ruído
para se fazer ouvir!
A competência de um poeta
é despertar a euforia
de bailar com o silêncio sentido das palavras,
dança declamada, arte esférica!
É quase de morte sua solução,
causar estalos de consciência...
promover sucintos despertares...
dar orgulho a quem aprendeu a ler...
Só é aturdido pela poesia
quem esqueceu da superficialidade
&quem muito viveu para ter conteúdo
a ser agitado nas profundezas...
É como a lembrança de um encanto
que sempre esteve lá,
pensado& agora dito, escrito,
velado pelo silêncio de quem nunca desdisse....
Os sons soltos no ar violentam a mente,
Mas os poemas seduzem
abrem olhos, pernas, braços, sorrisos, poros
de quem aprendeu a se dar prazer...
Por isso cante seus poemas
sozinh@ ou acompanhad@
& no silêncio de seu espírito
rodopie com seu Daimon de dança & arte!
P'RA QUE
P'ra que chorar o passado,
se essas lagrimas amanhã...
Não terá sal, não terá água
não terá nada! Nada, nada.
Antonio Montes
RASCUNHO DE VIDA
O tempo rascunhou seus anos sob minha
pele e sobre seus rascunhos imperfeitos...
colocou duvidas sob meu futuro, e ainda
enrugou minha esperança tremula.
A minha felicidade, a cada dia d'essa vida
incerta! Distanciou-me d'aquela fase jovial...
Tirando-me a criança o riso, colocando-me,
distancia e juízo... Eu já não sei pular corda...
E me tremo todo, quando vou falar ou brincar
de rir, também, já não tenho tino para explicar
... Vivo aquele momento, pensando que no
outro, há qualquer momento eu possa me acabar.
Quantas e quantas vezes, eu vejo a noite
sob meus dias, e dias sob minhas noites, e sem
sono, não tenho sonhos... Penso no que me resta,
e a única coisa que me presta, é a felpa d'aquela fresta.
Penso, penso e nunca entendi o porque as asas
dos sentimentos me levam a voar tão longe,
sem nunca me tirar do lugar! Então pensando
eu choro e ao chorar, essas lagrimas se congelam
ao se deparar com meu ar.
Sim, Sim, eu sei! Embarquei na carruagem do
medo, mesmo assim, não posso desistir...
Todavia estou indo, indo, indo sempre...
Eu sei onde estou, mas nunca sei aonde de fato
eu vou.
Antonio Montes
Que possamos ouvir a canção
dos passarinhos
e que a vida floresça a céu aberto,
bela como uma primavera em flor.
Mas não é possível contemplar as flores
ao longo do caminho,
tendo um coração deserto
e vazio de amor.
Poeta é o Intérprete dos momentos belos ou ruins. Aquele que vê beleza e uma situação catastrófica ou no amor o desespero.
Poeta da morte e do renascimento. O anjo das palavras, mas principalmente aquele que dá vida aos sentimentos mais íntimos.
PARÁBOLA ESCLARECEDORA
(Para a classe trabalhadora)
“O pior cego é aquele que não quer ver”.
(Sabedoria Popular)
Com omissão, um funcionário viu,
sem adotar a boa providência,
o seu patrão sectário e sutil
abusar da pior maledicência.
A articulação maledicente,
feita pela chefia malvada,
teve a ação condizente
de quem fez que nem via nada.
O alienado funcionário
foi dando uma de “pata cega”
e deixou o odiado mandatário
ir tentando prejudicar um colega...
Justificando sentir muito medo
de tomar uma providência,
o omisso foi ratificando o enredo
da patronal maledicência.
Negou, na verdade, o idiota
funcionário tão conivente,
a solidariedade que importa
e se viu solitário no batente.
Depois, o malvado mandatário,
comprovando ter péssima intenção,
depôs o alienado funcionário,
negando-lhe a devida indenização.
Eis a moral da história: ser conivente
com a patronal escória é, futuramente,
sentir, na pele, a injustiça sentida,
por quem repele uma cobiça indevida.
Paulo Marcelo Braga
Belém, 15/02/2009
(09 horas)
OLHE O TOMBO
Se segurarmos a mão,
de quem não esta, nem ai
... Pelo riscos do coração,
podemos de cair.
Antonio Montes
Quem sabe minha fase poeta volte atrás e resolva encontrar flores e folhas pelo caminho do inverno, um pouco próximo.
Juntarei corações, fatias de bolo e balões coloridos, sentada em uma praça recheada de crianças e ouvindo o som da melodia alegórica de um coração que ainda insiste em crer em unicórnios e Saci Pererê...
BANCO DAS LEMBRANÇAS
Do que adianta agora,
pedir para juntar lagrimas caídas
depois que o vento levou-as,
agora que tudo acabou...
Do que adianta falar de amor.
Hoje, só...
Nesse banco, abaixo d'essa janela,
que ontem ainda era tão nossa...
Eu olho a lua do nossos sonhos
e não vejo mais as estrelas,
do nosso esplendor.
Sinto o desespero evadir o meu silencio
e meu coração dispara querendo
enxugar as lagrimas da minha cara.
Tudo entristece em minha volta?
em sonhos, eu tenho a sua imagem
e acordado, sou açoitado pela saudade,
e o desespero, torna-se agonia
diante do meu pesadelo.
Antonio Montes
CAÓTISMO DO MUNDO
Aqui, nesse apartamento,
... Do meu olhar eu vejo...
A lua com vidros
a rua com tiros
a paz, perambulando pela guerra
E os clamores, dos olhares de socorro
não são mais vistos, diante da clemência
... É pena, que todos querem amor
mas, nunca aprenderam a dá-lo.
Aqui desse meu olhar eu vejo...
A ganância todavia espojada
na cadeira do impero
a insaciável caneca dos desejos
do comando humano... Todavia seca
... Vejo lagrimas de sofrimentos,
escorridas pelos rostos dos inocentes
a esperança no caminho do mundo
a debater-se pelo suspiro do amanhã.
Aqui nesse apartamento
... Do meu olhar, eu vejo...
Os livros do mundo lidos, mas
seus ensinos, nunca foram seguidos
A coerência subjugada pelas correntes
da inconsequência,
a curiosidade sendo levada
pelos trilhos, dos perigos
as feiras dos ensinos vendendo
todo tipo de crença, e todas as
crenças, ludibriando a inocência.
Antonio Montes 13/03/17
VELHA CASA
A velha casa na beira da estrada
hoje sem cor, parede derrubada
nada, sobrou do existir...
Mas ali, em época passada
vidas foram projetas
e suas passadas fizeram sorrir.
A velha casa, teve suas glorias
que hoje faz parte da historia
que ninguém pode destruir...
Ali, nasceu filhos e filhas
projetou-se pela vida seguida
e vivem lembranças por ai.
A velha casa na beira da estrada
ainda protege vidas desgarradas
que voam pelo seu existir...
Uma vez e outra, vida cansada
calada com poucas palavras
em repouso, passa a noite ali.
A velha casa na beira da estrada
hoje quieta sem burburinho
guarda momentos em seu existir...
A noite, te gela calada
o sol te aquece o abandono
só as estrelas, arriscam-lhe um sorrir.
Antonio Montes
Quando sua vida estiver sem movimento e com as horas do relógio determinando seu existir, pode ter certeza que a prisão da existência esta consumindo a sua vida...
Cuidado!, quando a vida termina e você nunca existiu você sempre esteve morto.
PASSADEIRA
Passa, passa passadeira
passa a noite, passa roupa
passa pela vida inteira
passa o dia quase loca.
Passa o vestido de renda
a calça toda engomada
passa os sonhos de prenda
sonhando, em ser amada.
Passa cuecas e camisas
no dia sutil da vida
Seu rosto triste na praça
passa pelas avenidas.
Um dia passou amor
deixando muita paixão
sofreu saudade e desprezo
sofreu dor no coração.
Antonio Montes
VERSOS E RIMAS
Alma percorre os caminhos
Pelas ondas
nas letras em escritas
que a musica se compõe
Sensações ali invadem
os mais dos sentimentos
Luz se faz as palavras
que abrange os caminhos
Se fez em versos e rimas
entre contos,poemas e poesias
Preenchendo se as lacunas
mostrando-se o querer
Corações se descompassa
pelas emoções vinda por elas
As letras alvoraça sentimentos
nos poemas do Amor
Seus versos desembaraça
a sensatez que me faça
Fazendo me nas letras
Um caçador
Entre folhas de papel
nos meado das tintas
Emoções sim eu vivi
E no ecoar de suas letras
corações atingi
Não sou poeta e nem cantor
Sou o sonho feito
Em toda poesia e amor
Presa em sua solidão
Com seu único violão
Suas músicas, são seu único viver
Para poder lhe aquecer
E as trevas temer
Sua alma é o que lhe resta
Já que tudo lhe contesta
O mundo que só em jazidas de dor
Renegado do amor
CAMUFLAÇÃO
Lenço branco na janela
... Estou livre...
Pode subir...
Essa noite, nossas chamas
... Irão evoluir.
Antonio Montes
ALEM DA QUINZENA
Hoje é dia dezesseis do mês
Eu sei... Já passou do meio
estrondou a minha vez.
Esta caindo um toro tenso
Agregando enxurrada
e transbordando poentes
Infligindo sentimentos.
Com o rio cheio...
Não tem como ir ao correio
que fica lá do outro lado
no sopé d'aquele monte.
Antonio Montes
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