Poesia Sufoco no Peito
Astronauta
Me sinto como um astronauta
Meio perdida,mas não no espaço
Me sinto corrompida,mas pela gravidade
Que me faz flutuar em meus fluidos pensamentos
Pensamentos que são como rochas e vento
Me sinto como uma astronauta
Sozinha,solitária
Mas quando olha para a lua
Se sente inabalável
Se sente perdoável.
Saudades de sua família
Eles estão em seu coração
Um coração de tinta
Que tem tanto sangue em suas mãos.
Que pena que você me deixou,queria o deixar também
Meu coração estava em chamas
Minha vida em pedaços
Meu mundo,desabado
Eu estava no além
Estava esperando por alguém
Queria sentir algo
Que não fosse apenas um sentimento vazio e acabado.
Ainda há lindas e verdes montanhas
ao longe, sob luzes de primavera,
por trás delas, certamente
há belezas e se tecem quimeras
Há tempestades de intenso pó
nos desertos onde reina o estio,
mas há o céu profundo bem acima,
enfeitando de azul o infinito vazio
Há noites sombrias em florestas
d'alma, ali murmuram brisas em sentimentos,
sorrisos, lágrimas, abraços e descompassos
nos laços de todos os reais momentos
Em sintonia com todo o belo universo
reina em cada um a verdade concreta,
a eterna procura pelo melhor de si e do outro,
porque amar, do ser humano é a meta !
Indecisão
Felicidade teria sido
amar-te "pra sempre",
E no sempre viver refém,
das nuances do tempo,
da somente amizade,
do fim?
Ou essa vazão estonteante de paixão,
Nunca antes vista.
Fez mais bem do que mal,
Ao ser interrompida?
Cravou na mente, na alma,
O amargo do mais puro amor reprimido
que nenhum Azevedo traduz em poema.
O adulto de coração jovem, inexperiente.
Sensação de amadurecimento tardio.
Na memória, ela transcende o tempo.
E faz da vontade sem tempo,
Para termos até mesmo vontade de ser, amigos novamente.
Ou será o medo?
A vida dá voltas inimagináveis e perdoar pessoas é fundamental.
Portanto! Perdoe, ame e faça o que gosta e deseja e torne-se a sua melhor versão.
Ivonete Dias Tagma (NetheDiaz)
Bsb, 29/07/2018
Quanta coisa me trava:
o medo, a solidão, a palavra.
Quanta coisa me cala:
a dor, o desejo, a fala.
Quanta coisa me cria:
a palavra, a fala, a poesia.
Palavro termos ternos,
buscando no efêmero
o que tenho de eterno.
A solidão vocabulizo
e, em cada rima perdida,
em cada rumo que tomo na vida,
eu me poetizo.
Dizem que durmo tarde,
tarde não durmo então não entendo!
Quando adormecem já está tarde,
e eu durmo cedo... Amanhecendo.
INFÂNCIA
A Infância é passageira
Nunca vi nada igual
No dia seguinte acordei
Pensando que era normal
A minha infância foi legal
Adolescência melhor ainda
Estou nessa idade, porque
Me deram uma Palavra amiga
Infância significa paz
Adolescência esperança
Não tenho medo do futuro
Porque com ele encontro mudança
A infância é passageira
Não aproveita quem não quer
Chegou uma grande amiga
E me deu a palavra "mulher"
"Amar, amiúde,
é infinda aprendizagem.
É fechar-se em ataúde.
É abrir-se à eternidade."
"Pétalas"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 44)
"Se nosso amor é tão sólido
por que me escorre pelos dedos?
A liquidez do teu sentimento
deságua em mim igual tormento..."
"Enigma"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso". Gramado (RS): Porto de Lenha Editora, 2017, p. 49)
"E a palavra suicida
precipitou-se,
desesperadamente,
da boca
e caiu
no mundo...
Estraçalhou-se
em verbo
e foi ser Vida."
"Verbum"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017)
Caminhamos..
Entre o normal e o insano.
Entre o comum e o estranho.
Não estranhe ao nos ver caminhando, ao vento.
Voando,
As asas somos nós quem desenhamos
Assim crê que existe algo além do que está aqui, materializado pelo momento.
Também crê que a vida não passa de uma ilusão, vislumbrada por aqueles que aqui estão.
Não tema,
Somos menos do que pensa e,
Mais do que pensamos de nós mesmos.
Na metade, nem cheio, nem vazio.
Transbordamos enquanto vivemos,
Esvaziamos quando cessamos.
As alegrias são as tristezas também.
Existe ambivalência maior que esta?
Questiona-se para expandir aquilo que insiste em ficar pequeno.
Jamais duvide daquilo que já foi,
Mas evite concluir aquilo que ainda está por vir.
Nos permita, vida,
Viver!
Respirar!
Sentir!
Nos permita ser o que você é.
Nos abismos se entrega
Na tentativa de sentir os pés no chão
Mas, curioso paradoxo...
Do chão
Quer distância.
No brilho das estrelas, encontra-se a imensidão da vida.
No brilho do sol, encontra-se a exuberância de existir.
Quando os sentimentos se apaziguam,
A paz realça a alma.
Tornando aquilo que, sem sentido
Encontra o contentamento.
Sustenta a vida.
Recebe o inusitado.
Aceita a espontaneidade.
Porque do caos basta a organização linear do sentido.
(a singela coerência em ser incoerente)
Se a vida é para ser vivida,
Sustentada pelo seus próprios pés,
Atravessando pelo caminho que lhe é dado,
Atravesse.
Porque se existe uma falta de sentido,
A vida será o que você vê.
Num vazio, quase cheio.
Completo, repleto.
Repleto de mim.
Repleto do mundo que há em mim.
Completam-se as linhas.
Fecham-se os furos.
Indicam-se as entradas.
Iluminam-se as saídas.
Para aqueles que buscam o céu, o infinito é pouco.
Para aqueles que buscam o chão, a dureza é elementar.
Para aqueles que buscam o vôo, a leveza é parte.
Para aqueles que buscam o sol, a lua é caminhar.
Para aqueles que buscam a vida, a imaginação é realidade.
Na profundidade da mente,
Encontram-se portas que nunca foram abertas antes,
E não se sabe o que há lá,
Mas nunca... é nunca uma opção.
Agradece o que vem.
Agradece pelo o bem.
(mesmo quando esse bem trás sua ausência, seu oposto)
Na limitação da vida...
Agradece pela imperfeição.
(porque é justamente nas faltas que se constrói)
É na ausência que se completa o que não se seria capaz.
Agradece aqueles que...
a vida deram
a luz acenderam
a mão estenderam.
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