Poesia Sufoco no Peito
Apenas Seguir em Frente
Às vezes, a vida acende faróis dentro do peito.
Não são estrelas são lembranças que aprenderam a brilhar
mesmo depois de terem sido apagadas pelo tempo.
Caminho lento, passo fundo, silêncio entre respirações,
e descubro que a coragem não é grito
é o sussurro que diz continue
quando tudo dentro de nós quer desistir.
O tempo não volta, mas ensina.
A dor não some, mas molda.
E o coração, teimoso, insiste em florescer
mesmo depois de enfrentar o mais rígido inverno.
Há dias em que parece impossível permanecer de pé,
e mesmo assim, algo nos empurra para frente.
Um sonho, uma fé esquecida,
ou simplesmente o desejo de não deixar o mundo nos quebrar.
Caminho por dentro de mim,
como quem caminha por uma cidade antiga,
onde cada rua é uma memória
e cada porta fechada revela um aprendizado.
Eu me reencontro nas pequenas coisas:
um raio de luz entrando pela janela,
a brisa que toca o rosto e diz que tudo passa,
ou o abraço de alguém que não tenta consertar nada,
apenas fica.
A vida não exige pressa.
Exige presença.
Exige que, por um instante,
eu permita sentir sem pressões,
sem máscaras, sem medos.
E quando o mundo pesa,
e os ombros doem,
eu me lembro:
até o oceano tem dias de calmaria.
Hoje, escolho seguir.
Mesmo sem mapas, sigo.
Mesmo sem certezas, sigo.
Porque existir já é uma forma de vitória,
e continuar, apesar de tudo,
é um ato silencioso de coragem.
telefonar para ouvir as tuas bobagens?
aquela dor doída nesse peito despedaçado, pisado e esbagaçado. O silêncio que está refugiado dentro desse coração inerte, daquele corpo que se submete às dúvidas dessa nostalgia confusa. Eu vou ter tanta saudade de mim quando eu morrer, a agressividade que eu não desconheço mais, mas a fatalidade que eu reconheço com cada vez mais à insanidade querendo me corroer. O percorrer do “tic tac tic tac tic tac” em meus ouvidos feridos, machucam ainda mais aquele ponto fraco dentro de mim. O vermelho carmesim escorrendo pelo meu braço, a dor vermelha absorvendo a alegria que restava em minha alma. A laranja amarga querendo que tudo acabe, amarre e desabe dessa cadeira velha, flutue com esta fraqueza sufocada em seu pescoço. Seus destroços no ar com apenas uma corda firme te segurando. Ela foi a única que conseguiu fazer você parar de sentir essa dor.
Na aurora clara, o pássaro canta,
Seu peito vibra, a alma encanta.
Mas na gaiola, o som se esvai,
Um grito mudo que pelo vento se vai.
As asas pedem um céu azul,
O voo livre, do horizonte ao sul.
Cada grade é uma lágrima presa em si.
Roubam-lhe o sol, a natureza.
Liberdade é vida, é voar muito além,
Sentir o vento, o mundo também.
Que as gaiolas se abram, deixando todos partir
Pois o pássaro nasceram para voar e existir.”
Aos poucos, o coração vai se ajeitando.
O sorriso volta, a esperança se assenta de novo no peito, e a vida, teimosa e linda, floresce onde parecia ter só cansaço.
Soneto do jardim
Você levou a melhor parte de mim
Por outro lado deixou no meu peito
Um belo, grande e lindo jardim
Lugar onde faço do amor meu leito
Vejo flores por todos os lados
Porém, em toda rosa há seus espinhos
Por isso, ando com todos os cuidados
Procurando você por todos os caminhos
Amo-te mais do que tudo
Sinto sua falta quando não te vejo
Conto os segundos para teu perfume aspirar
Infelizmente, na vida há algum contudo
Você é o que mais desejo
Como a mulher para a vida compartilhar
Ferir por dentro
Dói acordar com o peito em pedaços.
Dói sorrir quando o coração sangra.
Ninguém vê a batalha escondida,
apenas a máscara que disfarça.
O silêncio engole o grito,
e a alma arde em segredo.
Ser forte não é não sentir,
é continuar de pé,
mesmo sangrando por dentro
Naldha Alves
Juro que não vou mais chorar,
Embora a dor ainda seja um mar.
Guardo o que foi no peito apertado,
Um amor lindo, hoje, passado.
Teu nome é um espinho a ferir,
No silêncio que escolhi para seguir.
Mas cada lágrima que agora seco,
É um adeus que à saudade ofereço.
O palco da vida precisa de sol,
Não desta peça fria, sem farol.
Juro, de novo, que não vou mais ceder,
Vou aprender a ser, sem você.
E se no abismo a vida se desfazer,
e a própria morte em trevas me alcançar,
levarei no peito a dor que não se amansa:
carregarei a obscura cicatriz da tua rejeitância.
Em Salvador é verão
Faz tanto calor...
Mas nada aquece o sangue
Que vai pro meu peito.
Só queria te ver...
Mas sei que é improvável
É impossível.
Amar é deixar ir. É saber que no peito,
O que foi puro, o tempo não desfaz.
A família que não foi, o futuro imperfeito,
Não apagam a luz que em minha alma faz.
Sigo em frente, mas a memória te guarda,
Pois o primeiro amor, a alma nunca descarta.
Guardo no peito uma esperança bonita, de que Deus ouvirá as minhas preces.Mesmo em silêncio, ele sussurra baixinho, não temas, eu estou contiigo, e a benção que vou te entregar, vai te deixar muito feliz.
Amém!
MINHA BOÊMIA
Boêmio,
Que anda sem pressa,
Sentindo o chão,
Peito aberto e o copo na mão,
Gole de cana,
Verso sagaz,
Vagando no mundo,
Querendo mais,
Beijo na boca,
Esquina qualquer,
Sem hora marcada,
Gostoso o riso,
Cheiro de madrugada,
Coração sem tranca,
Rolê é poesia,
É andança...
Quando a Saudade Aperta
Do nada, vem.
Um aperto no peito,
como se o tempo parasse
só pra lembrar que algo falta.
Não tem aviso.
Só a lágrima que escorre
sem barulho,
como quem entende
o que nem você sabe explicar.
É saudade —
daquilo que foi,
daquilo que nunca foi,
ou talvez só de um pedaço seu
que ficou em algum lugar do passado.
Você respira fundo.
Não pra esquecer,
mas pra caber de novo em si.
E sussurra, quase sem voz:
“Vai passar.”
Mesmo sem saber quando.
Mesmo sem saber como.
Fragmentos que batem
No peito bate um coração quebrado,
feito vitral rachado pela dor.
Mas mesmo em cacos, segue iluminado,
refletindo lampejos de amor.
Carrega em si o peso do que foi,
as promessas que o tempo levou.
Mas entre os estilhaços, algo constrói:
um sonho novo que não se apagou.
Pois há beleza em quem resiste,
em quem ama mesmo sem guarida.
Coração partido não desiste —
ele aprende a pulsar pela vida.
Tem dias que não acordamos bem. A tristeza insiste em se alojar no peito, e parece que o céu está em silêncio. Clamamos, perguntamos, imploramos por respostas. Queremos ouvir a voz de Deus, mas tudo ao redor parece mudo.
Mas é justamente nesses dias que a fé é provada e também fortalecida. Deus não se ausenta. O silêncio Dele não é abandono, é cuidado. Às vezes, Ele está apenas nos ensinando a confiar, mesmo quando não entendemos.
A caminhada pode parecer pesada, mas ela não é solitária. Jesus está conosco, mesmo quando os sentimentos dizem o contrário.
Se hoje for um desses dias, respire. Ore, ainda que em silêncio. Chore, se for preciso. Mas não pare. Porque mesmo nos dias mais escuros, a luz de Deus continua acesa, esperando o momento certo para brilhar no seu coração de novo.
Te amo tanto, meu amor, que chega a doer.
É um nó que aperta o peito, um doce padecer.
É sentir a alma transbordar, sem ter para onde ir.
É excesso de um querer que se torna imortal.
É a prova de que o coração já não se pertence.
Que doa assim, então, este amor sem medida,
Pois é a dor mais bonita que já senti na vida.
DECIDIR
Já me vi no chão sem saber pra onde olhar
Com o peito em guerra e o mundo a desabar
Mas aprendi que a dor não é prisão
É só estrada pra uma nova direção
Tem dia que o céu escurece sem razão
E a dúvida vem forte, feito furacão
Mas toda lágrima que já deixei cair
Me ensinou a arte de seguir
Entre ficar ou partir
Entre calar ou reagir
Descobri que o que me move
É ter coragem de decidir
Porque rir ou chorar sou eu quem escolho
A cada queda, eu limpo o olho
E vou, mesmo sem mapa, mesmo sem sinal
A vida exige um passo, mesmo sem final
Porque lutar ou desistir só depende de mim
E mesmo com medo, eu digo sim
O mais difícil não é sofrer ou insistir
É não se perder por medo de decidir
Já me culpei por não ser o esperado
Por não caber num molde limitado
Mas hoje abraço a minha contradição
Sou tempestade, calma e coração
E quando tudo em mim parece desandar
Eu lembro que viver é caminhar
Sem certeza, sem controle, sem aviso
Mas com a fé de quem já viu um novo riso
Entre fugir ou construir
Entre romper ou prosseguir
É no incerto que eu me encontro
E é no “sim” que volto a me abrir
Porque rir ou chorar sou eu quem escolho
A cada queda, eu limpo o olho
E vou, mesmo sem mapa, mesmo sem sinal
A vida exige um passo, mesmo sem final
Porque lutar ou desistir só depende de mim
E mesmo com medo, eu digo sim
O mais difícil não é sofrer ou insistir
É se anular por medo de decidir
E se eu errar, ao menos foi tentando
E se eu cair, foi porque fui andando
Não sou de ferro, mas também não sou refém
Quem escolhe o passo sabe pra onde vem
Rir ou chorar… amar ou fugir
Tudo é escolha, tudo é por vir
E o mais bonito que aprendi da vida
É que viver… é decidir
Serpenteia-me
Juvenil Gonçalves
Tu serpenteias meu peito em espirais,
como cobra de cipó nas rendas do mato,
enroscando teu ser nas fibras vitais
do meu íntimo bosque, denso e insensato.
Teu gesto é lasso, é laço, é nó, é enredo,
é perfume de seiva, é canto de galho,
é murmúrio que roça o sono e o medo,
e enlaça minh’alma num doce agasalho.
Teus olhos, duas luas em pleno enlevo,
teu toque, vertigem de liana e vento,
teu beijo, raiz que adentra o meu enlevo,
e brota em mim jardins de encantamento.
Assim me vences: sutil, doce, voraz,
teu corpo é serpentina a me habitar,
e eu, rendido, sou tronco, flor e paz,
nas voltas do teu seio a me enlaçar.
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