Poesia Sufoco no Peito
NINA
Meu cachorro não entende
As diferenças sociais
Meu cachorro não entende
As diferenças raciais
Meu cachorro não entende
Que eu estudo e que eu trabalho
Meu cachorro me atende
E nunca diz que eu só atrapalho
Meu cachorro me perdoa
Meu cachorro não caçoa
Meu cachorro nunca insulta
Meu cachorro nunca julga
Que ser humano é o meu cachorro!
Que ser profano é o meu povo!
Meu cachorro quer ser do bem
E o meu povo quer se dar bem
Meu cachorro não entende
Que o ser humano é negligente
Meu cachorro é quem me cura
Quando a vida aqui é dura
(Guilherme Mossini Mendel)
O QUE HÁ LÁ NO ALTO?
As nuvens brincam
De adivinhação
Quando as crianças
Olham para elas.
Assim, viram ovelhas,
Viram vacas,
Viram tudo aquilo
Que você imaginar.
Mas elas choram
Quando essas crianças
Não brincam com elas.
É o medo da solidão.
É o que acontece quando chove.
(Guilherme Mossini Mendel)
Vida quão tão frágil és
Se é tão frágil, porque é tão fraca
Não consigo entender.
Por que eu
Por que ele
Tantas tristeza tanta mágoa
Por que tanto recomeço
Se és tão forte
Por que és tão frágil
E me deixaste assim.
Há o dia, a retina fita a luz,
Mas os raios solares são transparentes,
O calor de meio dia é o alvorecer,
De horas irreguladas e descrentes.
Há noites estreladas e de lua,
Mas nada alumeia os becos escurecidos,
As pessoas nas ruas estão nuas,
E nenhum rumor serve de lenitivo.
Há amor sob corações insanos,
Sem o torpor dos sonhos esquecidos,
Mas em tudo há vigor e acalantado,
Mas o "eu" queda-se, adormecido!
Onde você estava quando cai?
Quando o vazio me preencheu?
Quando ouvir a sua voz era tudo que eu precisava?
Onde você estava quando chorei?
Quando fiquei sem chão?
Quando você era a única pessoa que eu confiava?
Onde você estava quando eu
Mais precisei do seu abraço?
Quando o meu coração estava em pedaços?
Onde você estava quando eu mais precisei do seu abraço?
Ah...pensa que fico?
fico! mas por querer,
fico sim e num só grito: quero ficar longe de você!
Neusa Marilda Mucci
In Peregrino
§
Na primavera,
redescobrimos
as folhas
§
O que é puro
é também
passageiro
§
Peregrinos
de dantes
anos
Ornamento de palavras vazias, desconversas ao vento,
Tentativas fúteis de esconder o que vai por dentro.
Embelezando a superfície, esquivando-se da verdade,
Desconversas, ornamentos ocos.
A Chocolatelência de Van Gogh
Só pela arte, poderia a mulher chocolate,
Posar para o mestre Van Gogh.
Imagine, um belo final de tarde à beira mar,
O sol ainda quente, derretendo o avatar.
A modelo, graciosamente, pingando sem graça, gotas de chocolate, sob o olhar de lince do pintor, pincelando cada gota, um verso, um suspiro, uma rima, abrindo a cortina, na tela molhada de leite e cacau, obra prima.
Apenas o sol espectador silencioso, de um encontro indecoroso, um milagre, onde o pintor e sua musa, sua admiradora, sua amante, é mera fantasia.
Af 233
A Maçonaria é a
parte Místicas da
burguesia
Af 22
A violência é como a rinite,
Ás vezes você está atacado e
Propício a ela, às vezes não.
Af 987
Exatamente por não saber
O que o futuro me reserva,
Escrevo sem reservas
Af 988
O pior dos gênios,
É o Gênio por maioria de votos,
E há tantos deles. Que seu
Numero chega a igualar
Com dos idiotas no mundo
O desafio da vida é ser (no) infinito, desenhar sem borracha e "poetisar" todos os silêncios.
© Ana Cachide Praça
O Sangue pulsa e reparte,
Assim como corpo é
Morada e parte,
As cinzas são o fim,
Mas também o recomeçar
Com a mão fechada, seguro meu destino,
Com a boca aberta, solto meu grito divino,
Entre o punho cerrado e as palavras soltas,
Desvendo meus segredos, minhas reviravoltas
Todos nós vamos morrer,
É a única luz que ocultamos da vista,
Pois morrer-nos-emos, tão de repentemente.
Pensei por muito tempo que as estrelas invejava a lua,
Mesmo com tanto brilho demasiado,
Pois a lua tão solitariamente, é vista na terra dentre luzes,
Luzes exuberantes.
O sol haveria de tomar todo os instantes,
Mas aceitou a noite tão silenciosamente,
Mas tão modestamente, que o poente virou seu funeral,
Mesmo todos sabendo que poucos instantes depois,
o sol viria a brilhar novamente.
Ás vezes olhamos para quem amamos,
E dentro de nós o coração é pela primeira vez sentido,
Pois não sabemos até quando contemplaremos,
As pessoas que perguntávamos se estavámos bem.
E os nossos sonhos, até os amores, voam ao léu.
Mas em um dia qualquer,
Arrumaremos a mesa com apenas pão e café,
E as fíascas de luzes a nossa volta nos cobrirão,
Em um dendo véu...
Gosto dessa coisa de gastar em palavras
Minhas horas de deitar na verve.
Pois feito um rio eu desço boiando
Ao abismo meu, pelo dorso delas.
Flores Mortas
Ao chão que caíram, foram amadas
Ao chão frio e úmido foram tocadas
Ao chão perdem a cor sofrida e desolada
Ao chão esmorecem pelos ventos que sopram.
Abandona-te em mim
Abandona-te em mim ousadamente
e me confidencies os segredos ocultos
que ocupam a tua mente.
Rasga as tuas fantasias, os teus desejos,
os teus sonhos impudicos, mais atrevidos,
de palmilhar as minhas curvas sedutoras,
de contornar a minha exibida geografia.
Preenche-me todos os hiatos,
envolve-me em teus braços.
Que eu seja só tua, e que sejas só meu.
Lambuza-te na doce ternura
de irrestritos afagos e afetos.
E para sempre dentro de ti
me conserves vivendo para ti,
e que para sempre vivas para mim.
Umbelina Marçal Gadêlha
Achismo
Achei, em plena adolescência,
que vivia a maturidade integral!
Achei que adolescente eu sempre seria.
Achei que a idade jamais chegaria,
e, se chegasse, não me afetaria.
Achei que nunca me apaixonaria!
Achei que ninguém, jamais me enganaria,
e, se o fizesse, eu morreria...
Achei que, se fosse traída, o traidor eu mataria,
ou pagar-lhe-ia na mesma moeda.
Achei que a autoconfiança não mais recuperaria.
Achei que o amor não se transformaria.
Achei que professora eu não seria.
Achei que louca não seria em escrever poesia!
Achei que havia encontrado as respostas certas.
Achei que a vida não mais me surpreenderia.
Achei que não deveria ter achado tanto.
Acho agora que achei demais,
mas continuo a procurar
o que ainda não achei
Umbelina Marçal Gadêlha
Canto do silêncio
Quando percebi em teus olhos
a tua cruel indiferença,
meu coração soluçou.
Balbuciou gemido de intensa dor
e a amargura me dominou.
Fraquejei diante da tua frieza,
do teu silêncio, da tua crueza,
da tua indiferença, da tua ferocidade,
do teu desamor, da tua maldade
do teu infindável torpor.
.
Senti o medo abrigando-se
em meu íntimo e naveguei
por mares escurecidos
mergulhada na aflição da incerteza.
Tantas perguntas sem respostas!
Por que finges que me ouves
Se não me escutas?
Por que me olhas
se não me vês?
Por que silencias
quando devias falar?
Umbelina Marçal Gadêlha
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