Poesia sobre Silêncio
Caminhar silencioso,
Andarilho da noite,
Sujeito misterioso,
Encontrá-lo de açoite,
Talvez, seja perigoso.
Na madrugada de ontem, despi-me e abri a porta de casa, seguido pelo portão. No silêncio da noite, caminhei pelas ruas e esquinas, sentindo o gosto da liberdade percorrer meu corpo, despido de qualquer vaidade ou sentimento que não fosse o puro prazer de sentir-me solto.
A brisa noturna tocava minha pele, e a escuridão acolhedora envolvia-me como um manto, proporcionando uma sensação de renovação e conexão profunda com o momento presente. Depois de vagar por algum tempo, voltei para casa, entrei, fui até o quarto, deitei-me na cama e adormeci.
Quando acordei, percebi que tudo não passara de um sonho, um sonho, um sonho.
Nereu Alves
Palco do Silêncio
Por Nereu Alves
Um dia brilhou como estrela na aurora,
salão imenso, janelas abertas, luz que aflora.
O palco, infinito em sonho e criação,
morada da arte, da vida, da imaginação.
Ali dançaram ideias, versos e canções,
ecoaram risos, palmas, gerações.
Cenário de peças, recitais, emoção —
cada ato, um sopro de transformação.
Ainda está lá, firme, sobrevivente,
com vida que pulsa, embora diferente.
Mas algo o abafa, o cerca, o silencia,
como um véu pesado que cobre sua poesia.
Ergueram ao lado um gigante sem alma,
frio, sem história, que rouba a calma.
Um elefante branco de concreto e vaidade,
que engoliu a luz, abafou a verdade.
O vizinho tombou, não por tempo ou idade,
mas pelo descaso, pela falsidade.
Assassinaram paredes cheias de memória,
e enterraram ali um pedaço da história.
Agora o palco, mesmo em uso e movimento,
vive ofuscado por fora e por dentro.
Resiste em silêncio, com dignidade,
mas luta contra a sombra da modernidade.
Não é preciso demolir pra matar —
basta sufocar, fazer o brilho apagar.
E onde antes brotava beleza e união,
fica a sensação de lenta extinção.
Mas há quem veja, quem guarde, quem clame,
quem sinta que a arte é chama que inflame.
Enquanto houver alma, memória e razão,
não se fecha jamais o grande portão.
Abram-se janelas, cortinas, corações —
que o palco renasça em mil gerações.
—
Nereu Alves
Dedico este poema à Irmã Maria.
Na Segunda Guerra Mundial, o silêncio do mundo permitiu o impensável: milhões de judeus foram exterminados, enquanto as nações viravam o rosto. Foi uma ferida profunda na história da humanidade.
Mas hoje, ver o povo que tanto sofreu repetir, com outras mãos e outras armas, a dor que um dia viveu, é algo que o coração não consegue aceitar.
Não é justo o que fizeram com os judeus — e não é justo o que está sendo feito com os palestinos.
E mais uma vez, a neutralidade veste o manto da covardia, permitindo que a história se repita, com novos nomes, novas vítimas, e a mesma tristeza antiga.
ORAÇÃO DA MADRUGADA
(Hora da Misericórdia — 3h da manhã)
Senhor, meu Deus,
no silêncio desta madrugada consagrada,
às três horas, quando Teu Filho entregou-se por nós,
eu me prostro em oração diante de Ti.
Trindade Santíssima – Pai, Filho e Espírito Santo –
venha em nosso socorro agora!
Olha com compaixão pelo Brasil e por todo o mundo:
pela Ucrânia, pela Faixa de Gaza,
pelas nações dilaceradas pela guerra,
pelo ódio, pela ganância,
pela destruição que fere Teu coração.
A vida foi desvalorizada
em muitos lugares da criação.
Homens agem como feras e
mascaram-se de irmãos.
Destruíram a fauna, a flora, os rios,
e desprezam os pequeninos e inocentes.
Mas nesta hora santa, nós Te imploramos:
livra-nos dessas trevas, cura-nos,
protege-nos com Tua misericórdia.
Vem, Senhor, socorre os aflitos,
os doentes, os famintos,
as crianças sem esperança,
os idosos abandonados.
Abençoa, ó Pai, a Santa Igreja Católica,
Apostólica e Romana:
Nossa Santíssima Cabeça, o Papa Leão XIV,
os cardeais, arcebispos, bispos,
padres, diáconos, seminaristas,
religiosas e religiosos, leigos e leigas,
todo o povo fiel.
Derrama Tua graça sobre cada coração fiel,
que encontra refúgio em Ti.
E agora, unindo-nos à voz da Igreja,
erguemos este brado de fé:
Por Cristo, com Cristo e em Cristo,
a Vós, Deus Pai todo‑poderoso,
na unidade do Espírito Santo,
toda honra e toda glória,
agora e para sempre. Amém.
Não permitas que o ódio nos ensine,
que a mágoa nos endureça,
nem que a vingança nos consuma.
Ensina-nos o perdão, a compaixão,
a firmeza no bem.
Seguramos em Tuas mãos, confiar em Ti,
pedir Teu colo, Tua paz, Tua proteção.
Enche-nos da Tua saúde, paz e amor.
Faz de nós instrumentos de luz,
mentes firmes, corações misericordiosos,
sementes de esperança neste mundo ferido.
Tem piedade de nós, Senhor.
Tem misericórdia de nós.
Salva‑nos. Liberta‑nos. Cura‑nos.
Amém.
Somos a razão do sentimento,
A paixão em falar,
O silencio de um momento,
Simplesmente por calar.
Palavras confusas e verdadeiras,
Surgem como inspiração
Por prazer de alguma maneira
Em delírio e sedução.
Entre quedas e recomeços, aprendi que o amor-próprio floresce no silêncio.
É no abraço que dou em mim mesmo que encontro a força para seguir.
E hoje, mais do que nunca, cultivo esse jardim interno.
A minha madrugada às vezes tem o seu silêncio quebrado por uma voz ou por outra forma de musicalidade tão agradável que alcança a alma durante um momento simplesmente memorável
entre algumas notas em harmonia com as palavras como os sentimentos e versos de um linda poesia, a vida expressada pela arte, então, junto a música que ouço a um poema que faço, inspirado em demasia
Com isso, o tempo vai passando e o meu sono vai ficando um pouco de lado, todavia, assim, satisfaço o meu vício poético e vou dormir mais relaxado, dando uma direção sadia aos meus pensamentos para eu não ficar acordado.
Coruja imponente, cuja natureza é sábia, bela e astuta, ave que voa em silêncio, geralmente, uma declarada amante da noite, que cativa muita admiração e respeito,
E guiada por um forte instinto de sobrevivência, não costuma colocar a sua segurança em risco, escolhendo muitas vezes a sua própria companhia, um grande zelo consigo
Como se tivesse a alguma consciência, escolhendo o momento certo para agir, afastando a negligência, aquilo que pode prejudicar o seu dia, uma demonstração inconsciente e inspiradora de muita prudência
Reflexão poética, quiçá, filosófica a respeito de um lindo ser bem representado numa arte complexa, rica em simplicidade, feita com paciência e um amor inegável, mais do que beleza na sua essência, a profundidade de um simples quadro.
Silenciosa em certas ocasiões, emoções de um olhar pensativo, um silêncio atraente, uma referência sutil da sua venustidade.
Existe um belo pôr do sol colorido, veemente no seu coração intenso, cujo esplendor, poucos conseguem contemplar.
Pois o seu amor é seletivo, floresce no momento certo, onde o seu eu se sente acolhido, quando a reciprocidade se faz presente.
Desta maneira, o recíproco será intensamente compensado por sua presença encantadora, incomparável, essência íntegra e belas formas.
"A viagem mais longa que já fiz foi deixar meu próprio corpo e habitar o silêncio do outro — sentir, com o coração aberto, suas dores, medos, angústias, seus devaneios, suas excentricidades... suas emoções mais profundas."
Edineurai SaMarSi
Deus é o Silêncio que resolve Cantar.
PS. Com seus vários, Cantos e Encantos, as vezes até Decanta.
"O silêncio, é a forma mais original de poupar energia á lingua.
Há assuntos, que não merecem o cansaço da dita e o desperdício de saliva."
Você acorda em um lugar estranho.
Um labirinto de paredes altas, feito de pedra e silêncio.
Cada corredor é igual ao anterior — frio, escuro, sem fim.
Você caminha.
Cada passo é uma tentativa de entender, mas o chão parece desmoronar sob os pés.
As sombras não são apenas sombras; são memórias.
As palavras ditas por outros — “Você não é o suficiente.”
Os pensamentos que você sussurrou a si mesmo — “Talvez eles tenham razão.”
O labirinto está vivo.
Ele se alimenta do seu cansaço, da sua dúvida.
E quando você acha que não pode continuar, ele ri.
Mas então, algo inesperado.
Você encontra um espelho, velho e empoeirado, encostado numa parede.
Relutante, você olha.
E lá está você. Não a versão que o mundo vê, mas a que você esconde.
Os olhos carregados de histórias não contadas.
As mãos calejadas por batalhas que ninguém percebeu.
O reflexo não é gentil, mas é honesto.
E algo começa a mudar.
Você toca o vidro e percebe: o labirinto não está lá fora. Ele está dentro de você.
Cada corredor é uma crença que você construiu, cada sombra, uma parte de você que precisa ser acolhida.
Você não precisa derrotar o labirinto.
Você precisa conhecê-lo. Abraçar cada parede que construiu, cada canto escuro que evitou.
E, enquanto o faz, as pedras começam a cair.
A luz atravessa as rachaduras, iluminando o caminho.
Você não sai do labirinto.
Você o transforma em um campo aberto.
E ao respirar o ar da liberdade, percebe algo simples, mas poderoso:
Os desafios nunca foram barreiras.
Eram convites para você se tornar quem sempre foi, só que melhor.
No início, o silêncio dançou,
Entre o nada e o tudo se criou,
A palavra, som não dito, brotou,
E a luz oculta em faíscas brilhou.
Do ponto surgiu a linha infinita,
O Nome esculpido no tempo, bendito.
Quatro letras, sopro eterno da vida,
E no sopro, o mistério não dito.
Yod é a chama que nunca se apaga,
Hei é o ventre onde o cosmos repousa,
Vav, a ponte que une o céu e a estrada,
Hei final, a vida que floresce formosa.
Ó viajante, que busca o segredo,
No coração a chave do Todo está.
No reflexo da alma, o espelho do Éden,
E o Tetragrama em seu ser pulsará.
Realidade
As vezes ,estamos tão absortos da realidade, que trocamos o mundo dos sons pelo silêncio dos que nada ouvem . Em certos momentos da vida, esses momentos valem uma vida !!!!
A beleza de uma mulher
A beleza de uma mulher é tão maravilhosa que só o silêncio torna-se seu companheiro inseparável em admirar essa coisa linda de mais para ser descrita por palavras
Bom dia amigos !!!!!!!
O silêncio
Pratique com muita reflexão e humildade o monólogo do silêncio !!!
Ele faz muito bem ao nosso corpo e alma .
Ouvir tudo, guardar silêncio,
Saber o que ninguém sabe,
Mas fingir que não sabe nada.
É a arte da sabedoria discreta.
Lápide
[...] o silêncio eterno
abraçou-me,
e o que parecia o fim,
é só o começo
de uma grande jornada.
Aqui tudo é uma eterna
evolução, involução...
indefinidamente.
o tempo e o espaço
deixaram de existir.
A morte e o inferno
nunca exististiram,
é só uma ideia subjetiva
da mente humana.
Não há nada a temer.
