Poesia sobre Silêncio

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Silêncios, Saudades e Vazio


Silêncio...
Saberás um dia que lutei muito por nós dois.
O eco da casa vazia,
a solidão das noites em claro,
Ah! Tantas madrugadas mergulhada no vazio...


Saudade...
Saudade de algo não vivido,
de um amor leve,
de um amor-próprio esquecido.
Saudade do intenso, do fluido, do suave.
Do canto dos pássaros pela manhã,
do brilho escondido das estrelas clareando a noite...


Apenas saudades...
Das palavras não ditas
e que jamais serão faladas.


Vazio...
Você pode estar cercada de tantas pessoas,
mas se dentro de você não habita amor,
não há calor.
Permanece apenas a sombra de uma imensa solidão.


Por fim,
É no silêncio que se ouve a alma e a voz do coração.
É na saudade que se reconhece o que foi sonho.
E no vazio... que se entende:
ninguém pode preencher o que é nosso por essência.
É no problemas complexos que adquirimos experiência necessária para lidar com as dificuldades da vida.
CARTAS DA ANNY (06/08/2025).

Silêncio...
Saberás um dia que lutei muito por nós dois.
O silêncio da casa vazia,
a solidão das noites em claro,
Ah! Tantas noites sozinha, olhando o vazio...


Silêncios longos,
madrugadas infinitas,
vazios que gritavam bem alto dentro de mim.

O HOJE É IRREVOGÁVEL

Amanhã ou depois
o tempo espreita entre frestas de silêncio
e eu vago no vão das escolhas
como quem não quer
nem a margem
nem o centro

Agora ou não
há sempre um não sei
com cara de espera
um gesto suspenso no ar
como folha que dança sem rumo
refém do vento
e da própria hesitação

A indecisão é um campo sem trilhas
onde o passo recua do próprio eco
é mirar o abismo e temer tanto a queda
quanto a ponte
é desejar o fogo
mas temer o fósforo

Filósofos dizem que o ser se realiza
no ato
que não há existência sem escolha
e até o não fazer
faz-se ser
porque não decidir
é uma decisão encoberta
pálida cambaleante
mas ainda assim
um passo
mesmo que para longe de si

O tempo esse mestre impiedoso
não espera os indecisos
segue
marca
conduz

E então aprendemos
que o caminho não se abre sozinho
que a dúvida adoece a alma
e que viver
plenamente
é optar
é perder algo para ganhar outro tanto

Decidir é cravar estaca no chão do mundo
é desenhar o próprio contorno
é ser

Recusar a escolha
é deixar que a vida escolha por nós
com mãos alheias
e olhos fechados

E o que se decide
não se decide amanhã
nem depois
se decide hoje

Paixão em Silêncio

Eu te amei no instante em que te vi,
naquela sala cheia, só você existia pra mim.
Entre mil vozes, só teu olhar me falou,
me estendeu a mão, e o meu coração se entregou.

A vida — essa vilã — nos fez desencontro,
te segui de longe, num silêncio tonto.
Te vi em segredo, num amor proibido,
gritei por dentro, mas sorri contido.

Julgam meu querer como se fosse pecado,
mas é só amor — cru, ardente, calado.
E a cada versão tua que o tempo me traz,
mais eu te quero, mais arde a paz.

Sou eu, a incompreendida da história,
amando um homem que vive outra memória.
Você, com outro amor, buscando esquecer
aquilo que em mim, ainda te faz viver.

Quando o barulho do mundo for ensurdecedor, escolha o silêncio. É nele que Deus fala.


Trecho do livro Lá em casa – uma contemplação da família perfeita SQN

Há dores que não gritam. Elas se curam em silêncio, quando o coração é rasgado diante de Deus.


Trecho do livro Lá em casa – uma contemplação da família perfeita SQN

Reflexão do Silêncio
Às vezes, tudo o que nos cabe é o silêncio.
Não por fraqueza, mas por sabedoria.
O silêncio é cúmplice da reflexão e guardião da serenidade.
Há momentos em que não há o que fazer, nem o que sentir.
E isso não é vazio, tampouco solidão.
É apenas um intervalo sagrado,
um tempo de recolhimento em que a alma se encontra consigo mesma.
É o espírito voltando, momentaneamente, para casa.

Ninguém vê o grito de quem sangra por dentro.
Porque o silêncio da dor não sai na tomografia.
Não faz barulho.
Não pede socorro.
Só vai…


E quando vai,
a gente chama de surpresa.


Mas não era surpresa.
Era descuido.

No Abismo do Silêncio


Num canto escuro da alma caída, Ecoa a dor que não foi compreendida.


A tristeza sussurra em cada vão, E aperta o peito, sem dar perdão.


A depressão chega sem avisar, Como um vento frio a soprar devagar.


Rouba o riso, esvazia a cor, Transforma o amor em cinza e dor.


Um coração partido, sem direção, Sangra memórias em cada pulsação.


Entre os escombros da destruição, Perde-se a fé, perde-se a razão.


O medo se arrasta, sorrateiro e lento, Molda o silêncio, distorce o pensamento.


E a covardia, vestida de calma, Envenena os sonhos e cala a alma.


Surge a tragédia em forma de adeus, Rasgando os céus com gritos seus.


E resta o vazio, frio e calado, Onde antes um ser inteiro tinha habitado.

Quando cessam as vozes do mundo e a alma repousa em silêncio, o coração escuta a Voz Suave do Senhor, que chega como brisa serena, trazendo a Graça Eterna e o doce abraço da Presença Divina, capaz de transformar toda escuridão em Luz.


Dilson Kutscher

Lá fora, o céu de inverno sorri em azul…
Aqui dentro, o cuidado floresce em silêncio e fé.
Deus está em tudo: no vento lá fora e na restauração aqui dentro.
Sem pressa, sem murmurar… só confiando.


Janice F. Rocha

Fim de Semana em Silêncio


Chega a sexta, e com ela o peso,
da porta que fecho, do mundo que esqueço.
Meu lar se torna prisão e abrigo,
me recolho do mundo, só eu comigo.


Não há mais brilho nas ruas lá fora,
nem vontades que me tirem agora.
Não é preguiça, é cansaço da alma,
um torpor que me cerca, que tira a calma.


Os dias correm vazios, iguais,
de sábado a domingo, não saio jamais.
E não é solidão que me dói mais fundo,
é o medo de amar de novo este mundo.


Porque tentei… e no amor me perdi,
me doei demais e por dentro parti.
Tranquei o peito com dor e desgosto,
e joguei fora a chave no lugar mais remoto.


Na fossa abissal dos meus pesadelos,
onde até eu temo olhar os espelhos.
A chave se foi — e com ela a razão
de abrir novamente o meu coração.


Não quero outro alguém, seria traição,
oferecer um peito cheio de ilusão.
Seria injusto, cruel, devastador,
dar migalhas a quem merece amor.


E assim passam meus fins de semana,
em silêncio, em sombras, em dor que emana.
Na segunda eu volto ao mundo, ao labor,
com um sorriso vazio… e um peito sem cor.

Cansaço da Alma


Minha mente… tão cheia, tão gasta, tão só,
grita em silêncio, sufoca no nó.
O corpo, exausto, cambaleia sem chão,
não corre mais — só carrega a solidão.


Já não há brilho nas coisas que vejo,
só lembranças amargas do que foi desejo.
O mundo pesa, e cada passo é dor,
como se a vida esquecesse do amor.


Quis desistir tantas vezes, calado,
por dentro partido, por fora marcado.
Mas algo ainda pulsa — uma tênue esperança,
de um reencontro, um renascer, uma dança.


Preciso de pausa, preciso de abrigo,
de um colo sereno, de um olhar amigo.
De palavras suaves que toquem meu peito,
que façam lembrar que ainda há jeito.


Necessito dela — da presença sentida,
do afeto que um dia encheu minha vida.
A falta que faz… é mais que saudade,
é um vazio que rui minha sanidade.


Mas não me entrego, não hoje, não agora,
há uma faísca que insiste e implora:
por cura, por paz, por carinho e calor,
por voltar a acreditar de novo no amor.

Escombros de mim


Vivo em silêncio, no escuro de mim,
como quem perdeu o último trem da esperança.
O mundo me passa, veloz e sem fim,
enquanto eu paro, cansado da dança.


Nunca pedi que me vissem como vítima,
nem busquei compaixão disfarçada.
Mas fui julgado por olhos que não me leem,
acusado por bocas que nada sabiam.


Amei com a alma, com tudo que sou,
entreguei meu melhor, meu gesto mais puro.
E ainda assim, virei sombra, virei dor,
abandono vestiu meu futuro.


Hoje, caminho entre os escombros de mim,
em calabouços que ninguém visita.
Tranquei meu coração — e joguei a chave
nos pesadelos onde a luz hesita.


Não quero outro alguém, não por maldade,
mas porque meu peito não quer ferir.
Sou nau sem porto, sem vontade,
um grito mudo, a não mais sorrir.


Mas há, lá longe, um sopro que insiste,
um eco dizendo que posso voltar.
Talvez, um dia, eu me permita,
sair de mim… e me resgatar

Te admiro em silêncio,
como quem observa o sol.
Quente demais pra tocar,
intenso demais pra ignorar:
Tem algo em ti que não se explica.
A calma e precisão nas palavras,
uma inteligência que não passa despercebida e o jeito de dominar tudo, com o domínio de quem é bom no que faz.
Mas o que me balança não é só o que vejo.
É o que você diz.
Com palavras tão explícitas quanto belas.
Com elogios que dançam entre o indevido e o incontrolável.
Você me descreve como se me tivesse.
Como se realmente me quisesse tanto assim.
Você cruzaria a linha, eu sei.
E não é suposição.
Foi dito, com todas as letras,
com aquele seu jeito poético e perigoso.
Você me vê como seu desejo antigo e proibido,
e me olha esquematizando na sua cabeça tudo aquilo que você queria fazer comigo.
Tudo aquilo que você me disse.
Mas eu não posso.
Mesmo querendo.
Mesmo sonhando.
Mesmo sentindo cada célula do meu corpo implorar por você.
E sempre que te vejo de novo, na rotina, no comum, parece inacreditável lembrar das coisas que você me disse.
Mas o jeito que você me olha, me sussurram verdades, e faz impossível duvidar do que foi dito.
Não controlo a tensão que você traz
quando entra no mesmo lugar.
Seus olhos buscam os meus, fundo no fundo,
e eu sei que você percebe quando eu percebo.
Na verdade, acho que alguns ao redor já percebem isso.
Você não esconde que repara em mim,
e isso deixa tudo mais difícil de fingir.
E entre o calor do momento e a clareza do depois,
não vou deixar minha admiração por você
confundir minha cabeça,
nem permitir que isso vá longe demais.
Sei onde começa o desejo,
e onde termina o respeito que devo a mim (e você a ela).

Às vezes, tudo o que nos cabe é o silêncio.

Não por fraqueza, mas por sabedoria.

O silêncio é cúmplice da reflexão e guardião da serenidade.




Há momentos em que não há o que fazer, nem o que sentir.

E isso não é vazio, tampouco solidão.

É apenas um intervalo sagrado,




Um tempo de recolhimento em que a alma se encontra consigo mesma.

É o espírito voltando, momentaneamente, para casa.

E por se calarem os bons, os justos parecem pela espada dos injustos…
e pelo silêncio cúmplice de quem poderia ter dito e/ou feito algo.

Quando Penso em Ti


Às vezes,
em meu silêncio,
penso em ti.


Não como quem busca uma lembrança perdida,
mas como a terra pensa na semente:
com quieta certeza de que a vida
já floresce em segredo.


Penso em ti
e meu peito se enche
de uma alegria antiga e nova,
como o vento que reconhece
a canção da árvore
antes mesmo de tocá-la.


Sim, penso em ti
com todo o amor
que o tempo não mede:
um rio que não seca,
uma luz que não treme,
um abraço sem braços.


E saiba, profundamente saiba:
você é amada.
Não por dever ou destino,
mas como o céu ama o voo,
como a raiz ama a terra,
como a noite ama
o seu próprio silêncio estrelado.


Você é amada
porque o amor
é o nome secreto
de tudo o que é verdadeiro em mim.
E quando penso em ti,
é ele que respira.


E você minha amada pensa em mim? 💞

A dor da saudade em mim, ordena-me silêncio, reflexão e as luzes apagadas.
Tudo no escuro...




Carlos De Castro

Quando os bons se calam, os perversos governam.
E o silêncio dos justos abre espaço para a tirania dos maus.
Lutar pela justiça diante das injustiças é dever de todos,
como cidadãos civilizados.
Quem se cala diante da violência contra os justos assume,
para si, a culpa pelas injustiças."

(Furtado, Brunno)
06/08/2025