Poesia sobre o Tempo e a Idade
Segundo os registos do tempo estou quase a completar 50 anos, uma bonita idade para todos fazermos em cada vida. No espaço destes dezoito mil e tal dias da minha batalha permanente de dúvidas e de espanto, passo os olhos pelos horizontes da minha memória, e do calhamaço das minhas lembranças resultam alguns filmes a preto e branco, gastos pelo tempo que os descoloriu, numa cadência ajustada ao fado de todas as circunstâncias projectadas nas imagens permitidas e proibidas que vislumbro neste momento. Imagens marcantes e profundas, por certo. Guardo na memória um poema de vida, condimentado com palavras adversas ao arraial da praça pública e abarrotado de entrelinhas amarradas a um conjunto de reticências vindas das palavras que não se podem dizer. Seria para mim grande consolo e proveito se ao fim destes 50 anos de vida pudesse dizer que contribuí, através da minha natural insignificância, para qualquer tipo de evolução na Humanidade, mas não... Vejo os Homens de hoje como os vi há quase cinquenta anos atrás e como os estou a ver nas mais remotas cavernas da antiguidade. - De que nos valem todos os bens materiais da nossa egoísta ilusão se a matéria do nosso maior bem me parece ser sempre a mesma loucura? E por falar em loucura e como crente que sou, mais uma vez me pergunto: esta Terra é o manicómio de onde?
Entre três ou mais idosos da mesma idade, certamente uns viveram mais que os outros, e esse tempo de vivência é medido pela intensidade com que viveram a vida.
Hoje, ao acordar e me olhar no espelho, me deparei com algo inusitado. Fiquei ali imóvel por alguns segundos e extasiado tentando digerir aquela sensação que perpassou a minha existência. Estive de frente com o meu primeiro fio de cabelo branco. Aquela imagem no espelho ficou cravada em minha memória. Comecei a imaginar o que este simples cabelo branco representou para mim naquele instante, dei voltas ao mundo só de pensar nessa mudança repentina. Esse fio de cabelo branco representou um marco para mim em tenra idade, ele conseguiu dividir a minha idade biológica. É como se tivesse dividido a minha vida em dois tempos: a.C. (antes do cabelo branco) e d.C. (depois do cabelo branco)! O cabelo preto que tanto me acompanhou, que tanto me deu a jovialidade de ser, que tanto me mostrou que o bom da vida era viver a juventude com aquela cabeleira de fios pretos, agora, ele se mostra repentinamente de outra forma: um branco platinado reluzente. Esse fio de cabelo branco também carrega a minha história, e veio para mostrar que não há mais tempo para brincar de viver, que é hora de encarar a vida como ela é, de ter atitude. Ele sussurra em meu couro cabeludo e diz que a maturidade chegou. Essa transformação marca um tempo em que o cabelo branco representa a sabedoria, a maturidade e a velhice de uma pessoa com grandes histórias para contar. Agora carrego as minhas belas madeixas com alguns fios de cabelo branco. Estou gostando deste novo estilo que a vida me proporcionou. Quem diria que eu seria contemplado com essa obra prima da natureza. O seu cabelo branco tem história, alguém já parou para ouvi-la?
E o tempo é algo notável. A maioria de nós vive só para o que está diante de nós. Alguns dias, algumas semanas, alguns anos. Um dos momentos mais angustiantes na vida de qualquer pessoa é provavelmente o dia em que se percebe ter chegado a uma idade em que há mais tempo olhando para trás do que para a frente. E, quando o tempo não está mais diante da gente, é preciso encontrar outras coisas pelas quais se possa viver. As memórias, talvez.
A diferença entre dinheiro e tempo é que o dinheiro pode ser contabilizado, gerenciado e acumulado, enquanto o tempo é um recurso finito que não pode ser recuperado. Faça boas escolhas para gastar o seu tempo. Valorize-o!
A carne suja e amassada é a resposta do tempo, que desejamos deixar para trás e visualizar o nada que grita ao fundo da porta à esquerda do coração.
Ao longo de meus 42 anos, transcendi o tempo, vivendo uma multiplicidade de vidas onde a intensidade é a própria essência. Nas profundezas de cada instante, desvendo os segredos da existência, pois em cada idade reside seu próprio deleite, como pétalas desabrochando em um eterno jardim da alma.
Porque nunca é tarde demais para amar a si, a beleza é como um jogo de vídeo game, ela passa de fase, fica mais difícil de conquistar a medida que você avança, mas no fim das contas, o que vence é a experiência, a técnica e a vontade de continuar jogando.
Evanescência: efêmero momento em que tudo se esvai num mero sopro do tempo. O tempo, esse gigante que tudo devora, também conduz os mais variados sonhos e as mais profundas memórias.
Ficar experiente vai além dos fios brancos na cabeça e barba, é ter a coragem de enfrentar a vida como ela é.
Enamorar-se não é um sentimento fácil, momentâneo, passageiro; é um processo lento e, requer sabedoria, autoconhecimento e, acima de tudo sensibilidade. Enamorar-se é ser capaz de enxergar em nós mesmos a beleza que o tempo não rouba, a beleza peculiar a cada idade nossa.
Todos vamos ficar velhos um dia. Até você. E aposto que sua avó tem um ou dois segredinhos. Todo velho tem…
Às vezes, é necessário dar uma pausa, mas não pause por muito tempo! Falando em tempo... ele não pausa.
"Estendo minhas mãos para ser conduzido, como as de uma criança sem rumo e que desconhece o caminho pra casa, porém já não sou mais criança, e não há mais casa, exceto a do adulto que habita em mim."
Quando se é criança vemos o mundo com inocência, quando adultos com malícia e quando velhos com sabedoria.
Ainda que o tempo leve a nossa juventude, o amor jamais envelhecerá. Ele será para nós um reforço, um esteio seguro diante das tempestades do mundo. Ele será a ponte que nos conduzirá rumo a eternidade.
Há velhos velhos. Há velhos moços. Há moços moços. Há moços velhos. Velhice e mocidade têm a ver menos com idade cronológica e muito mais com visão do mundo.
Até há pouco tempo "antigamente" era muito tempo para trás, hoje chamam pouco tempo de antigamente. Se o tempo não está passando rápido demais, pode ser que as pessoas estejam envelhecendo antes do tempo, ou então fui eu quem parou no tempo.
Completar meio século não é difícil , depois de algum tempo aprendemos que envelhecer é uma serena e intransigente dívida que temos que honrá-la...
O que envelhece é apenas o invólucro da Alma, pois para a mente e o Espírito não existe tempo e nem espaço. Aquele que não compreende isso é refém do tormento da transitoriedade.
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