Poesia Poema Natureza
Cantei;
cantei em cada esquina,
de cada rua,
de cada bairro,
de cada cidade,
de cada estado,
de cada país,
de cada continente.
encantei-me com os sorrisos,
com os cheiros,
com os gostos,
com as culturas,
com as letras,
com as vestes,
com as pessoas.
deixei em cada lugar
um pedacinho de mim.
tudo que restou
que gritou-me
que implorou-me
para ficar, deixei.
e, assim, me desfiz
em refrões,
largados por todo esse mundo,
jogados num vagão,
de uma plataforma qualquer
e os levando para bem longe de mim.
Nada do que crio
serve ao ócio,
serve ao ópio,
serve ao cio.
Nada do que sou
serve a mim,
serve à míngua,
serve ao engano.
Prossigo adeusando
tudo que vejo,
tudo que desejo,
esperando o fechar das portas,
o apagar das luzes,
o descer do pano.
Tanta gente,
nestes tempos duros,
com própria e pura verdade
de tudo sabe.
De verdade tanta e imprópria,
pura mesmo é a falsidade!
SENTIMENTOS
Às vezes deitado em meu quarto,
Penso e penso solitário.
Como é triste a saudade,
Saudade de tudo,
Saudade de todos.
Saudade do que vivi,
De pessoas que convivi.
Saudade dos momentos,
Momentos bons, momentos ruins.
Simplesmente momentos.
A cada momento,
Sentimentos diferentes.
Sentimento de dor,
Sentimento de ódio,
Sentimento de amor.
Ai como dói ter sentimentos!
Poderiam ser levados ao vento,
Como se fossem poeira.
Pois mesmo que fique marcas,
Mas quando vem outro vento,
Simplesmente tudo se apaga.
Ah, saudade, saudade, saudade.
- JP RODRIGUES
CONTRA CONTA
A conta que você conta
essa matemática tonta
é uma afronta...
Uma afronta que apronta
essa conta tonta aponta
as pontas desse afronta.
Mas essa conta desbanca
a carranca e a retranca
e trespassa além da conta
na contra pela barranca.
A conta que faz de conta...
Conta, conta contra gotas
gotas brancas gotas pingam
na moringa, cacimba pote
no enfoque que nos arriba.
Antonio Montes
ARRASTÃO
Arrasta o pé, arrasta a poeira
noite inteira, lá do salão
arrasta morena fandangueira
p'ra conquistar seu coração.
Forro no passo e compasso
cada quadro vai na fé
abraços mulher e macho
no arrasta -pé, no pé a pé.
Arrasta o boi e a boiada
pelos trilhos do sertão...
O voar de asas da passarada
água enxurrada, ribeirão.
Ródia lenha, moringa e pote
na cabeça com seus desfechos
no interior de sul ao norte
os fracos arrastam os eixos.
Antonio Montes
Meu epitáfio será o vento, o silêncio, a maré vazante.
A morte vai ficar chateada
Porque não haverá carpideiras
Nem lágrimas no meu velório.
Ninguém precisará ficar triste,
Porque tudo que existe
Será como o vento, o silêncio e a maré vazante.
Quando eu morrer, quero música.
A vida que Leva
Brisa é música,
Lua é cheia, crescente magia.
A noite é sua, talvez minha
O dia é quente, calor de tanta gente.
A emoção é silêncio
A vida não é medida, Mas esticada
Não é caminho, mas sim escada,
Rolante, que parado te leva.
E como flor, a vida se rega
É tanto amor que beija flor
E bem te vi em todo lugar
Voando nas nuvens,
Minha voz é poesia
Que no silêncio é escutada
E só com o com o coração é entendida.
"ALGUÉM"
Alguém chegou e bateu em minha porta.
Alguém que um dia foi Alguém,mas,já não importa.
Alguém que por um certo tempo me fez sorrir.
Alguém que muitas vezes me fez chorar.
Alguém que quando precisava de mim,eu sempre estava lá.
Alguém que quando eu precisei, o que fez foi me abandonar.
Alguém que amei incondicionalmente sem tilintar.
Alguém de quem o beijo,o abraço e seu cheiro vou com saudades recordar.
Alguém que com mentiras fez-me afastar.
Alguém que repentinamente fez eu me apaixonar.
Alguém que magoou quando disse que comigo não iria casar.
Alguém que partiu com outro Alguém me fazendo chorar.
Alguém que antes de partir disse que não amava à ninguém!
Alguém que hoje chora pedindo pra voltar.Mas é tarde, pois agora, eu Amo um outro Alguém!
"O QUE SEI É AMAR VOCÊ "
Não sei dizer quanto tempo eu levei,para entender que ao entender,nada sei. Passou o tempo,o medo,você,e nada sei.
Continuo mergulhado nessa incerteza sem saber o que sou e o que sei.
Mas na verdade estou perdido no labirinto do meu próprio eu,amando você.
"DESVENTURAR"
Cabisbaixo me encontro diante de uma incerteza aonde o mistério dilacera este peito meu.
Como em marcha fúnebre caminho com este dilema que trazem todas as questões de meu pesar.
Como vou ser Feliz se há conflitos em minha alma,como resolver minhas labutas se me sinto tão só.
Meu menino e meu homem já não estão em sintonia e o medo me aprisiona dentro da solidão.
Serei eu apenas uma mera ilusão diante de quem escoli para amar ou seria um capacho para ser pisado por minha amada?
Como confiar naqueles que vivem em plena mentira,sonhando em manipular a dura verdade.
Como alguém almeja ser feliz se não entende oquê é a felicidade...
Preciso me recompor e ser forte para mais uma mágoa de amor,pois a mudança é nada mais que parar de aceitar o desamor,encontrar a paz e um alívio contínuo aonde o alicerce da felicidade seja construído com ética e dignidade.
Buscando salientar sempre que a virtude de viver se compraz em ter DEUS acima de tudo,e lembrar que o ser Onipresente,Onisciente e Onipotente é tudo que preciso porque DEUS é o AMOR na forma mais pura e verdadeira!
Quando vejo cabelos ao volante é hora de seguir bem distante; Não que eu culpe a tão linda mulher, mas o que minha consciência requer é que pela vida eu tenha cuidado, que não seja um embriagado a ignorar tão grande preocupação...
Seus cabelos tão longos, o seu rosto brilhante, refletindo no retrovisor da estrada bem distante; Não que eu tenho certo medo, mas eu crio tal desejo, de por ti não ser atingido, não pela glória do seu vestido, mas do seu carro que se aproxima...
Você chama a minha atenção, mas não sou o único nessa multidão ao ver seu carro parado; Que importa que esteja amassado? Sabemos que o outro não foi o culpado, mas como gestos de sutileza nós levantamos a nossa bandeira, como prova de gratidão de no meio desse sertão uma tão corajosa mulher, que com um bico fino no pé se atreva a dirigir...
MEIO PELO MEIO
Se no meio do deserto, desando
... Eu arredondo, arredondo
os grãos de areias com meus pés.
Se em meio ao desespero
fico, sem oásis
tudo longe, tudo incerto...
Me seguro aos desejos
os quais, desconhecem a despedida.
Não estenda as mãos, ao adeus
nem duvide do futuro da vida.
Antonio Montes
BORDA DE UM DIA
Pela borda do domingo
em um dia, já se indo...
A menina cheia de frenesia
não sabia, se além, ia...
Ou se vinha.
Batom nos lábios, Blush
quase por nada, mente cheia,
... Quem diria!
De vez em quando na calçada
... Sonhos, ouro esmeraldas
sentimentos ao vento,
sedo, tarde, meio dia.
Antonio Montes
"Eu era sua vida
A inspiração do teu viver
Era a sombra da sua luz
Que te fazia permanecer
Foram os momentos mais felizes
Que eu estava com você
Os momentos mais tristes
Foram os que eu deixei de te ver."
" Apenas o que cabe nas mãos
a paz, o pão
a benção
o clamor
os sentidos e calos da vida
as lutas,
vitórias e derrotas
os afagos do amor
o abraço carinhoso da filha
é só o que quero
apenas o que cabe nas mãos
o que é meu
e de mais ninguém...
Poética transmoderna
Por onde o poeta pisa,
abre-se
um verso em agonia,
e, aberto, avisa
que num caminho
amor
só dura um dia.
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