Poesia Poema Natureza

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Feliz Ano Novo

e assim no tempo, o passe e repasse
indo e vindo, o velho e o novo, plano
numa magia, de esperança em enlace
desejo a você, amigo, feliz final de ano...

- Que venha de primeira classe!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Sob os pés dos vândalos
as pedras arrasam-se.
Do chão limpo os pacíficos
erguem torres bíblicas.

Os rebeldes, de árbitros,
destroem os ídolos.
Os dóceis, na dúvida,
valorizam as órbitas.

A fibra dos bárbaros,
a astúcia dos tímidos.

Inserida por pensador

A menina selvagem veio da aurora
acompanhada de pássaros,
estrelas-marinhas
e seixos.
Traz uma tinta de magnólia escorrida
nas faces.
Seus cabelos, molhados de orvalho e
tocados de musgo,
cascateiam brincando
com o vento.
A menina selvagem carrega punhados
de renda,
sacode soltas espumas.
Alimenta peixes ariscos e renitentes papagaios.
E há de relance, no seu riso,
gume de aço e polpa de amora.

Reis Magos, é tempo!
Oferecei bosques, várzeas e campos
à menina selvagem:
ela veio atrás das libélulas.

Inserida por pensador

Meu pensamento em febre
é uma lâmpada acesa
a incendiar a noite.

Meus desejos irrequietos,
à hora em que não há socorro,

dançam livres como libélulas
em redor do fogo.

Inserida por pensador

Nada como o perfume da rosa, que a alma inebria,
e o descanso para o corpo, flutuando, espírito em leveza
junto ao toque do coração que canta em poesia
e segue trilhas lindas, longe das asperezas

Inserida por neusamarilda

Dia do Poeta

Um dia foi escolhido
20 de outubro
Uma data para lembrar
Daqueles que escrevem
O que o coração não sabe falar

Frases
Pensamentos
Reflexões
Rimas
Estrofes
Imaginação
Sentimento
Personagens
Vida
Numa poesia, cabe o que quiser
O que coração desejar

Poetas
No silêncio do quarto
Com um bloco de notas ou um caderno, tanto faz
O importante é levar a palavra
A quem o coração tocar

Poeta é o amante das palavras
Daquilo que escreve de verdade
Em cada linha escrita
Em cada rima feita
A poesia em forma de canção
Forma vai tomando

Poetas
Que nunca lhe falte
O coração puro
O amor sincero e mais profundo
As palavras que inspira
Para que em rimas
Transformem sentimento em poesia

Parabéns, poetas,
Que seu dia seja lembrado!
Seja comemorado!
Seja poesia
Em forma de vida!

Inserida por dulcesilencio

Confesso ...
.
Confesso que sinto falta
De quem um dia eu fui
Do tanto que fui capaz de fazer
As pessoas que puder ouvir
Os conselhos que pude oferecer
.
Sinto falta
De quando era capaz de sorrir
Na madrugada ou qualquer lugar
Aquela gargalhada gostosa
Poder soltar
.
Sinto falta
Saudades
Penso e repenso que poderia ter sido diferente
Uma escolha ou pensamento, talvez
.
Tudo que passou
Virou história, virou lição
Aprendizado que não se toca com a mão
É a lembrança para se guardar no coração
.
Preciso sentir falta
Daquilo que ainda não vivi
Das que pessoas que ainda conheci
Das poesias que não escrevi
.
Novos sorrisos para abrir
Capítulos novos a escrever
Confesso sim
A vida segue em frente
Com várias vírgulas, algumas pausas
Mas longe ainda do seu ponto final.
.
~ Henrique Ferreira - @dullcesilencio

© Todos os direitos reservados

Inserida por dulcesilencio

A SOLIDÃO QUE INQUIETA (soneto)

A solidão que inquieta, pesar repicado
Da distância, que a lamentar me vejo
Não basta o choro por estar separado
São infortúnios do fado que lacrimejo

Tão pouco é saber que sou amado
Nem só querer o teu olhar: o quero
Muito. Este sentimento tão delicado
Onde os versos rimam no teu beijo

São saudades que no peito, consomem
Que não me acanham, e é tal pobreza
Do vazio, por eu não ao teu lado estar

Mas eleva o afeto dum piegas homem
Ser de erros sempre e, na maior pureza
Existir no amador e humanamente amar...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Tempos modernos

Falar sem amar,
Existir sem viver,
Brigar sem lutar
Odiar sem ao menos conhecer,
Criticar sem respeitar,
Receber sem agradecer.
Bem-vindo aos tempos modernos.

Inserida por Desconhecido_13

Os amantes
fecham-se
um no outro
(como os punhos
do bebé
que dorme
no berço
e no útero
da mãe
como as caras
dos ícones
no escuro
das igrejas)

Inserida por pensador

Fizeste-me mil maldades
e uma maldade muito grande
que não se faz
acho que devo ter sido a pessoa
a quem fizeste mais maldades
nem deves ter feito a ninguém
uma maldade tão grande
como a que me fizeste a mim
não sei se tens remorsos
tu dizes que não tens remorsos nenhuns
porque dizes que és um vil criminoso
para mim
eu também sou uma vil criminosa
mas não para ti
desconfio que tens o remorso
de ter alguns remorsos
por me teres feito mil maldades
e uma maldade muito grande
a maldade muito grande está feita
e não se faz
acho que essa maldade muito grande
nos aproximou um do outro

Inserida por pensador

Os amigos que morrem são arbóreos,
plantados e memoráveis como freixos.
Um freixo, que vejo entre árvores
como a aura, o tronco novo
sulcado de rasgões, a raiz curta
comparável à memória viva enterrada.
Têm uma única forma até à morte, próximos do Sol,
que torna as outras árvores mais ténues que os isolados freixos.

Inserida por pensador

Porque deste a teu filho asas de plumagem e cera
se o sol todo-poderoso no alto as desfaria?
Não me ouviu, de tão longe, porém pensei que disse:
todos os filhos são Ícaros que vão morrer no mar.
Depois regressam, pródigos, ao amor entre o sangue
dos que eram e dos que são agora, filhos dos filhos.

Inserida por pensador

O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente

Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente

NENHUMA!

A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente

Inserida por pensador

Príncipe:
Era de noite quando eu bati à tua porta
e na escuridão da tua casa tu vieste abrir
e não me conheceste.
Era de noite
são mil e umas
as noites em que bato à tua porta
e tu vens abrir
e não me reconheces
porque eu jamais bato à tua porta.
Contudo
quando eu batia à tua porta
e tu vieste abrir
os teus olhos de repente
viram-me
pela primeira vez
como sempre de cada vez é a primeira
a derradeira
instância do momento de eu surgir
e tu veres-me.
Era de noite quando eu bati à tua porta
e tu vieste abrir
e viste-me
como um náufrago sussurrando qualquer coisa
que ninguém compreendeu.
Mas era de noite
e por isso
tu soubeste que era eu
e vieste abrir-te
na escuridão da tua casa.

Inserida por pensador

o poeta é um guardador

guarda a diferença
guarda da indiferença

no incerto
guarda a certeza da voz

Inserida por pensador

Viver sem amor
É como não ter para onde ir
Em nenhum lugar
Encontrar casa ou mundo

É contemplar o não-acontecer
O lugar onde tudo já não é
Onde tudo se transforma
No recinto
De onde tudo se mudou

Sem amor andamos errantes
De nós mesmos desconhecidos

Descobrimos que nunca se tem ninguém
Além de nós próprios
E nem isso se tem.

Inserida por pensador

Abril... que tem o outono como estação,
que refresca e esquenta o coração

As folhas caem
as esperanças renovam-se,
o brilho das manhãs é radiante
tornando o nosso despertar feliz e contagiante...

Nas tardes de outono
os pássaros estão sempre felizes
a brincar
e entre si a conversar,
sobre a energia luminosa
que está todos os dias
a nos guiar...

A beleza da vida
está na natureza
e no meio dela
há, também, as crianças
que nos dias de hoje
têm muita esperteza
e uma vivacidade imensa,
além de muita habilidade.
Com elas aprendemos
a ser melhores...
e com elas percebemos
a grandiosidade da vida.

Vamos abrir, então, a partir de agora,
o coração...
para uma bela renovação.

Que Deus guie teus passos
e dê a você e sua família
discernimento e sabedoria...
e derrame sobre vocês
uma intensa e maravilhosa
luz divina.

Inserida por LeandraCristina

Para quê, perguntou ele, para que servem
Os poetas em tempo de indigência?
Dois séculos corridos sobre a hora
Em que foi escrita esta meia linha,
Não a hora do anjo, não: a hora
Em que o luar, no monte emudecido,
Fulgurou tão desesperadamente
Que uma antiga substância, essa beleza
Que podia tocar-se num recesso
Da poeirenta estrada, no terror
Das cadelas nocturnas, na contínua
Perturbação, morada da alegria;

Inserida por pensador

Essa beleza que era também espanto
Pelo dom da palavra e pelo seu uso
Que erguia e abatia, levantava
E abatia outra vez, deixando sempre
Um rasto extraordinário. Sim, a hora,
Dois séculos antes, em que uma ausência
E o seu grande silêncio cintilaram
Sobre a mão do poeta, em despedida.

Inserida por pensador

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