Poesia Morena Flor de Morais

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Segunda-feira, manhã chuvosa
Levanto da cama, pés ao chão frio
Coração batendo devagar,
Como quem nada espera,
Sereno e repetível.
Abro as janelas do quarto,
Olho lá fora
Calmaria de uma manhã nublada,
Pavor de uma dia sombrio,
Mas aqui dentro,
Aah, aqui dentro...
O desejo de desabrochar
Como aquele flor que de longe fica ainda mais bela com o orvalho.

Estive esperando uma vida toda por você
Estive despedaçando uma vida toda por você
Não estava procurando por amor até te encontrar em seus braços hoje onde quero estar.

"Tu és, divina e graciosa estátua majestosa
do amor, por Deus esculturada
e formada com o ardor,
da alma da mais linda flor"

Essa história de amor eterno, único amor, alma gêmea é besteira.
O amor é como uma orquídea: É preciso regar na medida certa, nem demais nem de menos.
É preciso saber a hora certa de colocá-la ao sol e a hora certa de colocá-la na sombra. Tem que ter carinho, tem que que ter cuidado.
Saber que em certas estações suas flores vão secar e as folhas vão cair, para que se renove e fique ainda mais linda na próxima estação. É um cuidado diário, porque senão ela morre. Mas se cuidar direitinho sempre terá uma bela flor, para que todos possam admirar.

(...)e por aqui vou deixando palavras, criando ...laços! Entrego-as a todos que por aqui passam, com a certeza de que ...as acrescentarão ... e numa reciprocidade...colho as que por aqui encontro!
Apesar de "palavras leva-as o vento", acredito que muitas delas cairão em solo árido, mas mesmo assim ... darão flor!
A vida só faz sentido se nos ausentarmos de nós e partilharmos outras vidas ...com AFECTO!

Eu naveguei no teu olhar, aportei no teu coração, te encontrei com a bússola do amor.
Tão perto de mim, tão longe de estar, assim como o vento toca a flor, eu te provei como alguém jamais provou.

Amo-te noite , as estrelas a brilhar me faz lembrar daquele tempo, de alento.
Bons tempos
Dos meus amigos, da minha escola.
Dos perigos, da minha bola.
Nao enrola... eu sei que você lembra,
Lembra de mim!
Não imaginei que te veria assim.
Uma flor, a essência tua
Meu jeito céu, teu jeito lua.

(Rafa Souza)

SE EU FOSSE VOCE¨¨

Se eu fosse você,
Lembrava de mim,
Se eu fosse você
Sentiria saudades,
Se eu fosse você
Não se distanciava,
De um peito magoado,
De um corpo marcado,
De um coração partido,
Da dor, dos gemidos,
De quem nesta vida
Só soube te amar.

Se eu fosse você,
Não pensava um segundo,
Se eu fosse você,
Voltaria ao nosso mundo,
Que juntos construímos,
De plácidas de Amor,
Se eu fosse você,
Voltaria correndo,
No primeiro vou,
No primeiro nau,
No soprar dos ventos,
Na primeira estrela que brilhasse pra mim.

Se eu fosse você,
Quebrava às correntes,
Romperia às barreiras
Do esquecimento,
Se eu fosse você,
Soltaria uma Flor,
Deixaria que o Amor,
Dominasse meu ego,
Se eu fosse você,
Ao ler esta poesia,
Largaria tudo,
E voltava pra mim.

Ray leite,
28/10/2018
Às 09:23




Raimundo Leite

Além do topo

Escalando aquela montanha, vivi cada passo, cada cansaço
Em vezes me joguei, me deitei e até chorei por razões e contradições, mas continuei
Sempre um pé à frente do outro, imaginando que nada mais poderia ser tão maravilhoso quanto a vista lá do alto
Sorri a cada tempestade, a qual inundava meu trajeto, otimizava-me em pensamentos de que nada mais era que a vida banhando-me a fim de aliviar meu cansaço
Valorizei cada flor, assim como, compreendi cada pedra, entendi a necessidade em aprender com as quedas
Então, batia mais forte minhas asas, ansiosa pelo pico, como borboleta pelo pólen, eu voava
E quando finalmente alcancei o topo, nenhum desgosto, era realmente maravilhoso, tanto quanto imaginado, era um quadro pintado
Em meu peito apenas um sentimento, de que nada poderia ser mais perfeito
Eis meu erro, impus limites ao ilimitado, determinei o clímax da minha felicidade, quanta ingenuidade
Além da magnifica vista, havia uma luz, doce e intensa, tão vibrante que ao tocar-me cegou-me ao ponto de não mais ver todo sacrifício vivido, e sim, apenas seus raios de emoções que estou sentindo.

"A aventura da Alma Gótica – Parte V de um dueto com o Músico Petrificado":


Claro! Não sabias que Alma pode voar?

Através dos pássaros da imaginação

Colheu a flor da boca do penhasco

Mas não plantou com as margaridas...

Para flor tão especial, uma missão especial:

Homenagear o músico petrificado...

E para devolver-lhe a vida

Plantou a flor no violino.

Agora pétalas de notas musicais

E ecos de notas florais

Exalam do magnífico instrumento.

Não fiques triste pelo nobre sacrifício da flor!

Segredo: a música faz brotar jardins em almas.

E a nobre rosa vive num jardim musical...

Eu perdi a ingenuidade da criança.
Entrei na vida conforme a dança,
mesmo sem saber dançar.
E, se perguntam onde anda a esperança,
a minha mão não alcança,
mas não deixo de acreditar.

Se não te vejo um bocadinho todos os dias para uma troca de palavras, morro... de uma saudade semelhante a que as flores tem do sol nos dias opacos de inverno, meu amado e Senhor.
Sou tua em saudade, sonhos, montanhas, mares, palavras, pele e alma.
E nada mais.

Em meio a vastidão do céu
Asas bem ligeiras
Enganam aos olhos mais atentos,
Encantam aos corações mais distraídos...
Pairam no ar.
Verde azulado, rosa alaranjado
Conforme a luz do teu olhar
Muda de todo o seu colorido...
Numa dança de harmonia e delicadeza
Cortejam a pequenina flor de tamanha beleza
Que de tão tímida, em pétalas um rubor,
Espera em silêncio, o beijo do seu amor.

Amor...
Tem cheiro de alecrim!
Nasce no jardim da alma e cresce com o vento dos girassóis.
Amor brota e alastra...
E vive no solo do coração!

SONETO DO IPÊ

O cerrado se prepara para a primavera
No chão cascalhado, a florada anuncia
Os ipês amarelos ornando de luz o dia
E o horizonte se vestindo de quimera

Sai o inverno, setembro, vem a ventania
E mal surgia, e caem sem assim quisera
Em implacável jornada, acatando a era
Atapetando o chão de matizada magia

E neste, veste e despe, a beleza gera
Espanto da sina acirrada em tirania
Do ipê ser algoz na sua pouco espera

No processo que penaliza a flor fugidia
Em ser uma desgarrada na atmosfera
Faz-se o prosseguir a vida em romaria

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho de 2016
Cerrado goiano

MANACÁ DA SERRA NO CERRADO (soneto)

Plantei um manacá no cerrado
Para o chão ressecado florescer
Em flores bicolores, a irromper
Matizando o árido cascalhado

Já não me sinto só, o alvorecer
Tem um doce aroma de agrado
Com jeito de bafejo tão airado
Que abraçam todo o meu ser

O manacá da serra no cerrado
Trova com o vento um verter
Poético, se fazendo admirado

Árvore em flor, a transcender
O vazio num ato contemplado
Balsamizando os dias de prazer

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, de 2016
Cerrado goiano

⁠Por um bom tempo acreditei que o amor fosse o sol, que traz calor, luz e tudo o que uma pequena flor necessita para viver, dar perfume e beleza. Mas na realidade o AMOR é a FLOR; que apenas vive, que exala seu doce aroma, que encanta aos olhos com sua beleza, por conta do calor e da luz que todos os dias recebe como um afago do SOL. Temi ao descobrir que o sol seguirá imponente, senhor e vivo mesmo sem ver a beleza, sem sentir o perfume ou ser tocado pela flor.
Mas que nenhuma flor viverá sem o seu sol.
Não veja o amor como o todo-poderoso sol, que de nada precisa o, perceba como a frágil flor necessitada de luz e calor para ser quem é.⁠ Você e eu, nós às vezes agimos como o sol, cheios de si, seguimos imponentes sem nos dar conta de que o nosso cuidado, calor, luz e presença é tudo o que ela a flor, amor necessita. (...)

QUERO TE ENCONTRAR EM ALGUM CANTO
MAS QUE NÃO SEJA EM SONHOS
QUERO QUE TEU OLHAR
QUERO QUE ELE ME DIGA TUDO
SEM TU PRECISARES ME FALAR DE NADA

Então é assim... o serzinho nasce num berço de amor,
Cresce em meio a tanto carinho, cuidado, e se torna flor;

Depois chega devagarinho, sem machucar, pois não aprendeu a usar seus espinhos,
E por onde quer que passa, emana amor, beleza e graça, perfumando o caminho;

E você, flor do jardim desta vida, será sempre a rosa mais querida e, diante de ti, ninguém fica triste,
Quanto mais se passam os dias, suas pétalas sedosas, macias, nos faz crer que Deus, realmente, existe.

Messalina, Cleópatra, Catarina

Enquanto o dia não chega
E a noite não termina
Metade de mim agora é assim
Messalina, Cleópatra, Catarina
No espelho do teto eu percebo meu corpo
Indo onde ninguém jamais esteve
Quero o mesmo tratamento que ofereço
Nem pena, nem afeto, nem apreço
Chego perto da obra-prima
Livre de toda a dor
Arranco de mim palavras perdidas
Ardo em febre
Aberta em flor