Poesia Morena Flor de Morais
Quando tu me olhas e sussurras
Meu coração sorri enamorado atrapalhado
E fica embriagado desnorteado
Escandalizando em mim meu vicio
Não tem como não te amar
Escuta o meu coração que bate e vem
Num corpo a corpo de nos dois me abraça
Quero ficar neste nosso amor e não me encontrar
Minha gota de orvalho te seco delicadamente
Vou mandar embora toda minha tristeza
Vou cantar na vida de algum sorriso
Vou aproveitar dançar na alegria
Num sol de sussurro do amanhecer
Vou dar um abraço pegar a felicidade
Vou brincar com ela vou ficar com ela
Vou lhe dar uns beijos lhe fazer carinho
Vou me refazer pegar o compasso
Eu vou ai vivendo vou ai passando
Perfumando tudo vou ai cantando
Vou ai buscando sempre procurando
Não tenho juízo não tenho doutrinas
Guardo alguns segredos do meu coração
Que às vezes bate desnorteado
mas eu me refaço e eu passo
Vem cantar comigo vem dançar comigo
Vem beber de mim da minha alegria
Vem sorrir comigo eu te mostro o passo
Vamos ai passando vamos ai vivendo
Se refazendo em algum compasso
Da vida que é bela muito bela vida
Caminho descalça em minha tristeza
Procuro teus olhos e não os vejo
Não encontro tua alegria teu riso
E saio a tua procura e no silencio
Da minha solidão vou caminhar
Na minha alma sem reflexo
Eu me afogo na minha memória
Que me finge uma alegria
O amor dito cheio de várias vezes é amado com delírios manchados de carinhos. Fatias grossas de palavras apaixonadas, faz o pedaço da minha vida ser inteiramente catado por ele. Fazemos o gênero rasgado e juntamos todos os sentimentos da nossa relação no sofá-cama da nossa união. Temos a síndrome do amor viciado, onde pinicamos loucuras e cheiramos desejos. O choque vem quando deixamos estilhaçadas nossas vontades, que de tão saciadas, ficam mais ousadas. Nunca fiquei aterrorizada diante de um amor que causa medo de tão lindo. Nunca dei pra trás o que sempre apontou na frente. A vizinhança da minha emoção sempre deu aquela xícara de açucar para o baruho da minha paixão zuadenta. A gratidão da minha sensibilidade sempre retribuiu com café de um amor engolido, esfomeado e detonado.
Em outras palavras:
Invariavelmente apaixonada!
Rebeca
-
O mágico na minha vida acontece quando deixo o pé no chão tirar da cartola as lembranças dos momentos cheios de magia. Porque quando estou vivendo na pele a sensação do momento, esqueço da magia de qualquer poesia e vou amar agressivamente um amor que sabe se defender... até mesmo de mim. Não fico roxa de vergonha na hora que escrevo um amor que só dança conforme minha música, mesmo que para muitos o clássico seja a melhor forma de ir no ritmo de um sentimento. Não sigo o convencional de um ritmo se o meu rock deu certo com o dele. O amor que sinto é contra-indicado para uma terceira pessoa. Ele só serve para amar o meu companheiro infalível e nossas manipulações. Não aceito colher metida no nosso relacionamento que nem mesmo precisou ser temperado.
Rebeca
-
Hoje eu queria
Queria hoje era só falar de amor
Escutar palavras sussurradas
ser amor,
beijar na boca!
sentir o gosto de lábios quentes
o gosto da saliva misturada
em minha língua....
queria hoje ser abraçada
de um jeito forte,
sentir o calor;
de um corpo quente,
junto ao meu!
Como eu queria,
a como eu quero amor!
O cheiro da sua pele misturada a minha
eu deslizando como bailarina!
Hoje é um daqueles dias que sinto
saudades do amor que eu tinha...
e que foi embora, me deixou sozinha!
Nesta solidão....
Mas, eu queria hoje, era só amor!
Era só amor!
eu te quero pedaço por pedaço
Eu te quero, pedaço por pedaço!
De gota a gota, bem devagar;
A preencher sem pressa
A minha alma apaixonada
Eu te quero todo só para mim
Como eu te quero
tempo
Eu não simpatizo com o tempo
Também não conto os dias que já foram
Eles sempre anunciam a minha velhice,
Não escrevo o tempo, ele me escreve
Eu gosto da vida no hoje, e descrevê-la,
em porções nos meus poemas
E quando findar o meu tempo,
da minha carne aqui na terra
Talvez tu estejas
eternizado em versos,
talvez em um livro empoeirado,
em uma gaveta, esquecido
De repente, alguém entra na nossa vida e vira todo um sentimento pelo avesso e fica muito difícil sair dele. Porque se não sentisse que esse amor é pra valer, seria mais simples. Só que nada é simples, nem difícil... é maior.
E quanto mais eu digo que necessito, mais eu quero dizer que é demais...
~*Rebeca*~
-
A força das suas palavras é a descarga mais que elétrica do amor provocante e desnatural.
Esse meu amor vaidoso e atraente...
... TE AMA!
~*Rebeca*~
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Eu não sei escrever tão bonito, mas eu sei te escutar lindamente.
Eu não sei fazer o estilo profunda, mas eu sei mergulhar nas suas escolhas.
Eu não sei muitas coisas, mas eu sei que minha natureza rebelde autoboicota minha meiguice.
Eu não sei fazer poema, mas eu sei rimar o seu amor com minha flor.
Eu não sei ser sofisticada, mas eu sei te presentear com minha herança genética de sentimentalidade barata.
Eu não sei ser diferente, mas eu sei ser o fora do comum sem ser cansativa.
Eu não sei o que acontece quando você diz que me ama e o corpo treme...
... eu só sei que me salva!
~*Rebeca*~
-
Há nove meses vivemos uma relação provocativa, onde o amor sabe como ninguém flagrar nossos delitos de palavras impuníveis. Amo falar de quem amo, daquele que fez o meu mundo acompanhar uma estrada no caminho que parecemos. Somos tão iguais, que as diferenças implicam com nossas cumplicidades. Cheguei na vida dele estreando um sentir totalmente violento. Estava acostumado com a mesmice da sedução que sabia de cara como iria continuar. Com a gente foi diferente. Eu não sabia que tipo de talento estava entrando dentro de uma personalidade notável e sem blefe. Empatia imediata de uma atração que nos atraiu. Deixamos a paisagem fazer seu lance de vista, no ambiente aconchegante que nos abrigou. Além de vista cheia de boniteza, existiu o aconchego nas olhadas que nos acolheu. Determinada, destemida e descarada, fui fazer manchete nos tablóides de uma vida, onde o astro da história seria o amor como rei. Ele sabe ser misterioso, mas o seu sorriso sempre revelou todos os pontos de uma estrutura inabalável. Sempre soube atiçar a natureza de um desejo inquieto. Despressurizou a cabine dos meus medos e me fez saltar de mãos dadas com uma felicidade sem rodeios.
O preço pra ser feliz com força...
... é dando o troco com mais...
[força.]
~*Rebeca*~
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Imaginar o momento, menos agitado, sempre causa aquele medo por causa do silêncio de brigas. Mesmo na pior desgraça de palavras desajeitadas, mas bem surradas, não quero que esqueça nunca do que reina. Nada interferiu nesse nosso amor, nem mesmo tantas interrogações consideradas enciumadas. Respiro fundo e tento deixar pra trás uma cegueira que nem combina com os olhos abertos de uma alucinação que tem o dom da caligrafia. Nunca, mas nunca mesmo, vou te deixar escrever tristeza, mesmo que venha de palavras aconselhadas. É amor que sente a força do hábito, que se enxerga nas dificuldades e que franze a testa esperando as pazes.
Eu te amo nervosamente, eu te amo absolutamente, eu te amo agarrada no cós da calça…
… de todos os seus oitos deitados.
[EVIDENTEMENTE SUA]
~*Rebeca*~
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Eu acho que o mundo deveria dar lugar às letras e deixar os olhos com mais histórias.
Eu acho que os distraídos só perdem o melhor, porque sempre contemplam somente as linhas retas.
Eu acho que escrever é pra sensibilizar, até mesmo, a raiva das palavras, ou o desdém das vírgulas, porque o amor dos sentidos constrói lindos textos.
Eu acho que a música cabe dentro de uma dança, ao ponto de explodir, e suas notas gordas sempre têm sustância quando é comida com alegria.
Eu acho que o caos de emoções é o fluxo de uma jornada bem vivida.
~*Rebeca*~
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É impossível não encarar esse amor e todas as suas faces. Confrontar os sentimentos, com raça, é saber que nossas lembranças são agarradas a várias histórias sequenciadas de paixão. Estruturar tanta felicidade é dar embalo a um bando de dengo e ”I love you”.
Logo no começo, mandei essa cantiga que o Wando canta. E quer saber? Desobstruimos nossos tímpanos com breguices de ritmos apaixonados.
Deixa dizer que te amo?
Sei que deixa…
~*Rebeca*~
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Antes de dormir, olhei para minha estante, peguei um livro e li esse trecho:
“O fato é que, de qualquer maneira, nunca senti de modo tão intenso que você sou eu.”
Mesmo não sendo simpatizante desse amor livre, de Beauvoir e Sartre, devo dizer que amor é amor seja ele qual for.
Mais na frente ele continua:
”[…]Meu amor, você não é ‘uma coisa em minha vida’ - nem mesmo a mais importante -, porque minha vida já não me pertence, porque(…) você é sempre eu.”
O maravilhoso é que sempre sentimos essa unidade…
…nesse nosso amor.
Amo.
~*Rebeca*~
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Tenho o dom de formar imagens na cabeça dele e, naturalmente, o resto da história é fixada no coração.
P.s.: Ô saudade do seu dengo, meu bichin…
~*Rebeca*~
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