Poesia Harmonia
A paixão e a ressaca está na mesma linha que separa as coisas. Pois quando bebemos, na ressaca, dizemos que nunca mais vamos beber, mas bebemos.
Quando se apaixonamos, na decepção, dizemos que nunca mais vamos se apaixonar, mas se apaixonamos.
E quando estamos apaixonados e decepcionados. Com o coração partido, bebemos para esquecer e nos auto curar. Voltando eventualmente a estaca zero, ao porre, a por fim então a ressaca.
TRAGO
Atrás de toda essa fumaça,
trago a esperança.
Depois de tanta dor,
trago o esquecimento.
O passado me preenche
Me arde a garganta
Perfura meus pulmões
Me foge pela boca.
Enquanto isso o presente queima em minhas mãos,
Virando cinza, me escapando entre os dedos
Fugindo para se fundir ao vento
Usando duras palavras para se guiar.
E nisso trago
Trago dores e amores
Trago a vida
Trago o tempo
Deixo-me queimar
Sapo verde eres tu?
"Alabim, Alaba, Alabim bom ba!
sapo verde eres tu,
"Alabim, Alaba, Alabim bom ba!
sapo verde, sapo verde,
sapo verde eres tu"!
Sara Sara Ha! Ha! Ha!"
Capim de saudades
Comprei frutas frescas
Correndo rindo, me levei de criança
E espalhei tudo pelo seu jardim
Penduradas uma a uma em mim
E as suas flores todas que eu vi lá
Abriram se como se eu as deixasse
Num cair de cada pétala, feito plumas
Roçado fino na solidão de espinhos
Dançando no vento em num “polir” do chão
Feito pensamento que desmancha...
De maços vagos me catapulto em anseios lúdicos
Enrolados como fumo de raízes de amor puro
E aquelas cores todas de no seu pomar e as folhas soltas...
Foi-se no tempo tornando-as ocres, terra nova que pousava
E aquelas frutas-eu que eras pra te aguçar
E morder me suculenta em matar sua fome
E foi-se temporada...
E agora da varanda daqueles seus sorrisos
Alegrava se uma saudade feita de um casal na rede
Dessas paixões de boa tarde
Delicado tempo venta porta de trás
Até me invade porta a frente
Capim de saudades
Travesseiros brancos
Macio feito suas coxas
Onde eu debrucei
e flutuei no dormir
Entre as nuvens do seu sonho
André Luz
quando louco
puseram em mim um hospício
pessoas sãs
julga a imensidão
como indícios
sessões vãs
terapias
Agudos precipícios
em mim
em mil
toques míopes
medem 7 buracos minha cabeça
eletrificam cavas
odes a ironia
conselhos
pingo nágua
visto a vista
intercedo agonia
dando carinho
passarinho encanto
amago canto
então acho tudo
nem tanto...
Orus
Te incluo em minhas rezas
Recluso em preces verso
Todo meu tom de quem sou som
Me levo
E agora que não virei Deus
e adoro contrario de qualquer desejo
Maligno-ro me
E a cada cerimônia
Que um poema cria
Faço me de um pequena oferenda
Compondo me em liturgias
Asa da águia nos cubra feito casa
No Mundo do Samba
Que quando vai sua gente bamba
O Surdo quase mudo
Toca num ponto forte
Anunciando a morte
De uma vida de sorte
Tum de sambas
O silêncio vivo da Portela
Comigo não levo cadeado
Nem sonho perdido
Não tem fato impossível
Tudo que sente se expande
Nu pensamento que tange
Não soul de vento,
venho e vou do tempo doutro levante
Onde lamento e versos
Eram brisas de errantes
Depois de tanto papo,
agora tá que palpita;
de palpitar e palpites,
meu coração assim fica,
pensando em como será,
mas serão sempre palpites;
pois palpitando ele está,
mesmo por mero palpite.
Imaginação de criança
Imaginação de criança
É como nuvem
Livre, leve e solta
Ou como o Sol
Que ilumina dia a dia
Imaginação de criança é como melodia
Às vezes desafina
Mas é também como poesia
Obra divina
Imaginação de criança é como avião
Voa lá nos altos
No ritmo dos pássaros
Mas sempre tem que pousar no chão
O mormaço da hipocrisia
De Recife à Olinda
Só se ver alagamentos
E o povo, em lamento
Diz que vai tomar medida
Contra esse homicida
Que é o governo local
Mas logo perdem a moral
Quando vem as eleições
Vendem o voto pra ladrões
Repetirem tudo igual
(Jefferson Moraes)
Olinda, Pernambuco
01/05/2014
Foi
Foi numa noite bela
Foi dentro de um coreto
Foi uma moça de preto
Foi lá na cidade certa
Foi tão bom com ela
Foi de fronte aos lábios
Foi, mesmo sendo fraco
Foi valioso, de verdade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
Foi muito tarde, já cedo
Foi com cheiro de cigarro
Foi fingindo ser amado
Foi na data de Dom XI
Foi sem precisar de beijo
Foi como fogo no celeiro
Foi sim, por todos os lados
Foi, deixando-me em trapos
Foi embora, sem vaidade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
(Jefferson Moraes)
09/06/2014
Olinda, Pernambuco.
Dedico a todos os amigos que gostam de poesias.
O poeta é assim ....
Um furação de pensamentos que avançam em sua direção..
Fechamos os olhos e viajamos no tempo da eternidade..
E tudo parece tão nítido como um dia de sol brilhante...
E os dedos começam a teclar frenéticos como a proteger...
Cada palavra cada pensamento...
E começamos a descrever em palavras o que vemos com os olhos da imaginação....
E tudo torna-se maravilhoso, e não queremos acordar...
Começa a tomar conta do nosso ser sensações adversas ......
Então pensamos no caminho dos sonhos...
O único verdadeiramente Indescritível...
Que assim posso definir como Amor.
Desejos
(Marcel Sena)
De repente acontece: sentimento em chamas o corpo transcende
De repente enlouquece: Imagens visualidades de momentos improváveis
Vontade descabida esvaindo pelas veias, vontade absurdas novas ou obsoletas
Futuro imaginário eloquente, apropriado.
Avivado a realidade o destrona.
Viver é um pesadelo, marcado por inúmeros defeitos
Meu coração é um rio seco, alimentado por álcool, trabalho e desprezo
Mas sonho com a pureza, amar a melhor maneira
Desmontar o bordel na minha alma e lhe entregar como uma criança inocente.
Palavras bem ditas, uma mente perfeita, maça do Éden um forte desejo.
Ca do paraíso por ti eu me perco, não culpe a serpente, um ser inocente
Desejo louco e efervescente toma-me por inteiro e da razão eu me perco
A noite olhando as estrela, preso a esse desejo.
Quero tomar-te em meu ser e satisfazer esse desejo.
Sonhar
Se todo sonhar fosse como sorriso.
Se todo olhar fosse como estrelas brilhantes.
Hoje sonhei com você.
Olhei para você e descobri o valor do sonhar.
O valor do sorrir.
O valor do olhar.
A imensidão do brilho das estrelas.
E o querer alcançar.
Não, definitivamente, nunca diga não.
Viver sem você seria como pedir para deixar de sorrir.
Deixar de respirar.
Deixar de sonhar.
E o sonho, a magia, a intensidade do sonhar faz parte do estar com você e descobrir a magia que nos toca.
Como posso tentar definir o indefinível?
Como posso tentar explicar o que não tem explicação?
Só sei! É algo maravilhosamente maravilhoso.
Confusão
Ouço a canção vinda do jardim e chego até a janela.
Procuro entre os canteiros de flores e vejo uma seresta.
Os pássaros em algazarras cantam e dançam para lá e para cá, numa maravilhosa canção de amor, acho eu.
Pois, entre carinhos eles cantam, as flores balançam com o vento que sopra.
Perco alguns minutos ao observar tamanha harmonia e um calafrio vêm até mim.
Deixo em pensamentos meu coração aflorar o amor, há muito tempo esquecido e me lembro que só o verdadeiro amor é que constrói, viro, pego minha bolsa e saio para o trabalho.
Na confusão da rua esqueço do amor e volto à rotina.
Quem dera eu buscar em Marte
a solidão negada aqui
uma paz, um Sossêgo
um refúgio, um desterro
um abrigo, apreço
Qual não tenho eu cá.
Ah!
Esse preceito do imprevisto,
Que nos toma em tantas possíveis,
Talvez seja a mais profunda das dores, a linguagem,
Além do vazio, o ego machucado.
Jmal
2013-10-22
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