Poesia Felicidade Drummond

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Eu me podei
e agora
eu só quero germinar
minhas sementes profundas
e reflorescer cada vez mais
folhas, gomos e pétalas de poesia.

Inserida por MiriamDaCosta

Eu vivo à flor da pele
os sentidos da alma
em profunda incisão
toda a imensidão
que a caneta
entre os meus dedos
jamais poderá viver.

Eu vibro intensamente
nas veias do pulsar
da minha inspiração
e sou vulcão
eructando letras
sem nem mesmo
saber escrevê las.

Inserida por MiriamDaCosta

Existe uma paz infinita
na imensidão da alma
abandonada na vastidão
do silencio que me espreme
me derrama
me sangra
me arde
me coagula
me sutura
e me funde poesia.

Inserida por MiriamDaCosta

Sem nada saber
cheguei ao mundo em versos e alma
descascando palavras do meu ser
como se a vida fosse
fatias e gomos de poesia
mas sei que vou partir
desfolhando-me sementes de saudade
sem saber por certo
se eu me escrevo ...
me leio ...
ou se sou analfabeta.

Inserida por MiriamDaCosta

Ah! Se eu fosse corajosa ...
escreveria meus pensamentos e versos nos muros, nos postes, nas barcas, nos ônibus, nas esquinas,
nas praças gastronômicas dos shoppings centers, nos botecos, nas trilhas, nas lagoas e praias da minha Niterói ,
sem me importar com a zombaria, a indiferença ou o possível interesse dos passantes ... eu queria ser grafiteira da poesia !
Os pensadores e poetas atuais deveriam ter essa coragem de tentar chegar lá onde a poesia e a leitura já não chegam tão facilmente... no nosso povo tão sofrido e oprimido.

Inserida por MiriamDaCosta

*O meu pão e vício de cada dia

Não sei nadar
sem pescar folhas perfumadas de menta fresca
nas ondas saborosas da minha Via Láctea...
Não sei pular ondas
sem pintar faíscas coloridas como os vagalumes
na húmida penumbra dos campos floridos no meu Verão...
Não sei cantar sem pronunciar o doce eco da cantiga serena da alma nas alturas silenciosas do meu Himalaya...
Não sei escrever
sem manchar as brancas folhas mortas
com o batom vermelho da minha espada/caneta sanguinante...
Não sei existir na veia da palavra
sem ser o sangue da poesia...
Não sei me escrever Poesia sem me ler Alma.

Inserida por MiriamDaCosta

Nessa quarentena
decoro o meu olhar
na paisagem outoniça dessa minha janela
onde o luxuriante verde da Serra da Tiririca
enaltece a poesia feraz do meu ser.

Inserida por MiriamDaCosta

⁠*Eu queria escrever... mas... sou analfabeta...*

Eu queria escrever algo que fizesse bem ao mundo ...
Eu queria escrever tantas coisas...
Coisas que sinto e que penso...
Esse mundo tá assim... assim tão triste...
As pessoas estão tão perdidas ... tentando se encontrar ...
É tanta coisa que queria escrever... que acabo por não escrever nada...
Tanto... nesse mundo do jeito que tá... o nada é o tudo que o contorna... é o que o interessa...
As vezes ... muitas vezes... deixo de escrever...tanto... ao mundo não interessa ...
É tanta sensibilidade recheada de profundidade num mundo tão assim...
Assim tão cruel e raso...
Então... essa mania assim tão visceral... Não me fornece trégua... teimosa como é... me vence... e eu... me rendo e me entrego...
e então ...
Ela me escreve fazendo-me acreditar que sou eu que escrevo...
E me descubro e me revelo analfabeta... sem entender as letras desse mundo... vou compondo o que me compõe... sem saber ao certo se me escrevo ou me leio... nesse mundo tão assim como é... analfabeto... até mais que eu...
Eu só queria escrever ...
mas é a escritura que me escreve e descreve...
Que louca!
Mas...não mais que esse mundo.
E vou florindo poesia em meio as pedras desse mundo...
Enquanto a poesia teima no florir em mim.
Fiquem em paz. 🕊
Sejam paz. 🕊

Inserida por MiriamDaCosta

⁠Talvez seja
por que todos
os meus passos
me levam até Ela.

"- Ela quem?",
perguntou o Tempo.

- Quem, senão ela?!
A Poesia!

✍©️ @MiriamDaCosta
( Trecho de "Diálogos poéticos")

Inserida por MiriamDaCosta

⁠A Serra da Tiririca
com o véu do inverno
parece uma noiva antiga
vestida de névoa e silêncios
guardando segredos
nas dobras da manhã...

As pedras úmidas
respiram memórias
de passos descalços
de cantos de passarinhos
escondidos sob mantos
de bruma...

As árvores, imóveis
rezam com os galhos
para o céu cinério...
E o vento?!
Ah o vento!
Sussurra lendas e versos
que só o poeta entende....

Ali
o tempo se curva
como o tronco velho
de um ipê adormecido...
e a alma da serra
embebida de inverno
abraça quem se atreve
a escutar sua poesia muda...
✍©️ @MiriamDaCosta

Inserida por MiriamDaCosta

⁠O céu cinério de Niterói
na manhã invernal
descansa sobre a baía
como um manto de silêncio...

As nuvens espessas
e pacatas
carregam consigo
o verso das saudades
guardadas...

Lá à frente
o contorno do MAC
esconde a sua exuberância
na névoa que sobe
como o suspiro antigo
de linhas e curvas
do seu Arquiteto...

Em Niterói
cada sopro de vento
traz o aroma do mar
e uma melancolia doce
como se o tempo
estivesse suspenso
em vôo lento
na Ponta das gaivotas...

É um inverno
que não gela a pele
mas aquece a alma
num instante poético
de contemplação...
✍©️ @MiriamDaCosta

Inserida por MiriamDaCosta

⁠O sedentarismo cognitivo
está cada vez mais epidêmico
e a atrofia do pensar
um dado de fato sistêmico...

Há cérebros imóveis
como corpos no sofá
deitados nas certezas
e afogados em telas
que piscam e calam...

Pensar cansa
sentir dá trabalho
imaginar é perda de tempo
num mundo que lucra
com a pressa
e com a distração contínua...

Mentes antes acesas
hoje pisoteiam o ócio criativo
com rotinas programadas
para não questionar...

A palavra vira ruído
A dúvida um defeito
O silêncio um incômodo...

E o pensamento
atrofia em repouso
sem uso
sem impulso
sem pulso...

Mas o cérebro
Ah!
O cérebro precisa dançar
com ideias novas
quer sangrar versos
errar teorias
enlouquecer de beleza
e de dúvida...

O cérebro necessita sentir
sede de perguntas
não se embriagar
com respostas prontas...

O perigo
não é a ignorância
é a inércia
é o conforto da mente
anestesiada
pela repetição...

Despertar dói
mas viver em coma
é o fim do pensamento
e da sua poesia...
✍©️@MiriamDaCosta

Inserida por MiriamDaCosta

Muitas vezes ...
fico olhando para o céu
querendo alcançar as estrelas,
quem sabe ...
elas também ficam olhando
para mim ...
querendo caminhar sobre a areia da praia
e mergulhar nas águas do mar ...

Inserida por MiriamDaCosta

Momentos difíceis existem para nos tornar
de rocha ou de ferro, de fogo ou de aço
alicerces ou ruínas ...
Eu me torno raíz de reflexões,
caule de versos e pétalas de poesia.

Inserida por MiriamDaCosta

Desde de que me lembro por gente
sempre fui meio assim
prefiro a companhia do MAR
do que a de ninguém.
E mesmo quando longe DELE ...
ELE sempre está dentro de mim.

Inserida por MiriamDaCosta

Eu acredito que em toda mulher,
mesmo na mais anciã,
permanece sempre no fundo da alma
aquela composição menina
escrita e gravada com as letras sentimentos
para a Poesia Pai.
Toda vez que o meu coração a declama
meus olhos jorram sobre o meu rosto
a mais sentida e profunda lembrança.

*Lembro do meu pai brincando e catando tatuí comigo
na Praia de Itaipu.

Inserida por MiriamDaCosta

⁠Às vezes, distraída, chegam-me estrofes tão nítidas e familiares, como se fossem memórias de tempos esquecidos.
No entanto, quando tento aprisioná-las no papel, elas se desvanecem da mesma forma que surgem.
Creio que não passam de breves lampejos de linhas de outras vidas.

Inserida por mileneabreu

SINTO FALTA I
Sinto falta de muita coisa ou de quase nada,
Sinto falta do que era simples, inocente,
Sinto falta do que não entendia
e de contos de fada,
Sinto falta da poesia,
Do sol poente.
Sinto falta de Castro Alves a Manoel Bandeira,
Sinto falta de Gonçalves Dias a Tom Jobim,
Sinto falta dos frutos de minha goiabeira,
Sinto falta da inocência que chegou ao fim.
Sinto falta de poemas e versos,
Que um dia fiz e hoje perdidos ou dispersos,
Sinto falta de amigos, de minha mãe e de meu pai,
Sinto falta de sonhos e tenho saudades que do coração não sai.
Autor: Agnaldo Borges
24/04/2005

Inserida por AgnaldoJoeciBorges

Cela da Alma

Entre concreto e ferro, a mente vaga no fluxo... Liberdade não é bandeira, não é hino é ter a parada certa no peito, mesmo se o mundo te engoliu no trecho. Na cela escura, o coração é o único rolê sem custódia.

Quem tá de consciência limpa não teme a sombra do juízo. “Mano, o sistema pode trancar o corpo, mas o pensamento voa tipo pipa sem linha.” Na quebrada do cárcere, a paz é o traço mais rebelde: não se vende, não se rende.

Enquanto o tempo rasteja na parede, a alma dá um grau... Saber que não deve nada é a única cela que não tem grade.

Inserida por cesar_kaab_muslim

De repente faço poesias
De repente surge canções
De repente sinto alegria
Ao transmitir aos corações.

Inserida por gabrielcorrea

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