Poesia dos 40 anos

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Regra número um: a gente tem memória seletiva e SÓ lembra das partes boas. Dos anos que foram coloridos. Das pessoas legais. Dica pra não cair nessa furada: seja realista e lembre-se de todos os defeitos alheios e todos os sentimentos ruins que você sentiu. Regra dois: pra mim, um cara (ou um trabalho ou um amigo) que não te dá o devido valor deve ser rebaixado. É, rebaixado mesmo. Então, se o cara resolveu te dar valor AGORA, ao invés de você agradecer e bater seus enormes cílios, se pergunte: um indivíduo que vive nesse estado de insatisfação constante vale a pena? Regra número três: essa é a mais difícil. Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem HOJE. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime. Seja forte. E bote pra quebrar (se vier a calhar). No mais, é só viver com o coração ABERTO. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza.

Eu me apaixonei por ela enquanto estávamos juntos, e me apaixonei ainda mais nos anos em que ficamos separados.

John Tyree
SPARKS, N. Querido John. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2010.

Nota: Frase do personagem do livro "Querido John" de Nicholas Sparks

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Desde então comecei a medir a vida não pelos anos, mas pelas décadas. A dos cinquenta havia sido decisiva porque tomei consciência de que quase todo mundo era mais moço que eu. A dos sessenta foi a mais intensa pela suspeita de que já não me sobrava tempo para me enganar. A dos setenta foi temível por uma certa possibilidade de que fosse a última. Ainda assim, quando despertei vivo na primeira manhã de meus noventa anos na cama feliz de Delganina, me atravessou uma ideia complacente de que a vida não fosse algo que transcorre como o rio revolto de Heráclito, mas uma ocasião única de dar a volta na grelha e continuar assando-se do outro lado por noventa anos a mais.

Gabriel García Márquez
Memórias de Minhas Putas Tristes

Eu queria ter sido aluno hoje, ou professor há cinquenta anos quando os alunos ficavam em pé quando o professor entrava na sala.

Eu treinei 4 anos para correr apenas 9 segundos. Tem gente que não vê resultados em dois meses e já desiste.

Quando você lida com coisas mitológicas por alguns anos, você aprende que paraísos geralmente são lugares onde você é morto.

Bendito é aquele que inventou os dias, os meses e os anos, pois nos fazem lembrar que a vida não é uma linha reta com início e fim, mas um eterno recomeço.

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: não tenho neles prazer. (Eclesiastes 12:1)

Por muitos anos procurei-me a mim mesmo. Achei. Agora não me digam que ando à procura da originalidade, porque já descobri onde ela estava, pertence-me, é minha.

Mário de Andrade
ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013.

Se você quiser um ano de prosperidade cultive grãos. Se você quiser dez anos de prosperidade, cultive árvores. Se você quiser cem anos de prosperidade, cultive pessoas.

Que importam os anos? O que importa mesmo é comprovar que, afinal de contas, a melhor idade da vida é estar vivo.

Não existem casais perfeitos. Existem pessoas que se dão bem por algum tempo, anos, ou por uma vida inteira.

Sinto como se tivesse envelhecido dez anos ou mais, por ter parado no tempo para repensar o que fiz, o que sinto, o que escrevo sobre as coisas. Cada palavra faz parte de mim, de cada pensamento, cada ideia que tenho. Vivo momentos tristes, felizes, revivo lembranças que estavam esquecidas na minha mente, e procuro esquecer de pessoas que não me fizeram e não me fazem bem. Aprendi a me desapegar das coisas e criar novas histórias, novos momentos, esquecer de certas coisas, viver cada dia realizando tudo aquilo que posso, esperar mais das pessoas, pois surpresas podem acontecer todos os dias. Descobri que para se ter felicidade, é preciso saber viver, olhar para frente e destruir obstáculos, cuidar de si, saber a hora certa de dizer e se calar; hoje, mais do que nunca, tenho a alegria de poder dizer que me sinto bem sendo quem sou de verdade, pois é preciso se descobrir aos poucos, decifrar o que a vida lhe dá, e agora percebo quem eu realmente sou, e adivinha… eu amo ser assim!

Muita gente entra e sai em tua vida ao longo dos anos. Mas só os verdadeiros amigos deixam impressões em seu coração.

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

Ricardo Gondim

Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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Você espera uma infância inteira pelos 15 anos, depois espera ansiosamente pelos seguintes 3 anos. E depois que já tem 18 você não vê nenhuma graça.

Talvez uma vez em cada cem anos, uma pessoa pode ter sido arruinada por excesso de louvor, mas certamente que uma vez em cada minuto alguém morre por falta dele.

Ai de mim, Póstumo, Póstumo, fugazes / correm os anos; e as preces / não podem retardar as rugas a velhice / premente e a morte inevitável.

Levei quinze anos a descobrir que não sabia escrever, mas depois já não podia parar - tinha ficado demasiado famoso.

Eu sou feliz. Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente.

Ayrton Senna

Nota: outubro de 1991

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