Ricardo Gondim

Encontrados 23 pensamentos de Ricardo Gondim

Nem tudo que acontece em nossa vida é propósito de D'us, mas podemos transformar os nossos infortúnios em alguma coisa bonita!

Nasci Condenado a viver uma só vez
Assim, Darei a cada instante
O valor de uma eternidade

A vida é bela.


A vida contem belezas tristes,
é cheia de angústias excitantes e
plena de chatices gostosas.

Amo a tensão do dia a dia,
Amo o inesperado do porvir,
Amo o arrepio do medo,
Amo a surpresa da alegria,
Amo a angústia da espera,
Amo a fadiga do labor,
Amo a perda da saudade,
Amo a pontada da tristeza,
Amo a gratuidade do triunfo,
Amo a efemeridade do prazer,
Amo a ansiedade da insônia,
Amo a solidão do silêncio,

Amo a vida, amo viver.

Soli Deo Gloria.

Por quê?


Por que a noite se arrasta tão longa?

Por que a madrugada se cala silenciosa e fria?

Por que a saúde não contamina feito a doença?

Por que a poesia nasce do sofrimento com mais facilidade?

Por que o coração percebe o que a mente não sabe?

Por que o sonho se dissolve, assim, rapidamente?

Por que a saudade dói sem solução?

Por que o espelho mente para o olhar da solidão?

Por que a morte não respeita a paixão?

Soli Deo Gloria.

Um grande carinho.

Um grande carinho nasce sem se saber como.
Vem como o vento e areja nosso olhar.
Um grande carinho nasce sem paternidade,
Vem do nada e nos tange sem rumo.

Meu querer.


Quero o murmurar displicente dos ribeiros de minha inocência.
Quero o sumo que a felicidade verteu de suas tetas fartas.
Quero o mistério da sala escura que nunca abri.
Quero a maciez do silêncio maternal que embalou minha fadiga.
Quero a doçura do azul que coloriu meu olhar castanho.
Quero o Tudo que vem do nada e o nada que mora no Tudo.

Quero a Ti!

O futuro não obedece a trilhos chamados de destino, fatalismo ou fortuna. Caso acabassem os riscos, os perigos e as incertezas da vida, os humanos se condenariam a engatinhar em pequenas gaiolas, feito leões de zoológico.

A carência dos indefesos, dos tristes, dos perdidos, dos doentes, dos idosos, tem primazia sobre qualquer programação; a pertinência das ideologias e religiões depende de promoverem a vida. Dogmas institucionais nada valem se não buscarem resgatar a dignidade dos pobres.

Amor só é verdadeiro quando não usa coerção ou suborno para concretizar-se . Amam-se os que se respeitam e admiram. Para amar é preciso fragilizar-se, expor-se tanto à dor como à alegria. Tristeza e felicidade se ligam proporcionalmente ao tamanho do amor.

Quem age com misericórdia não cobra transformação, mas ousa mudar. Misericórdia suspende qualquer punição merecida sem exigir mérito. Graça dá o que o outro não merece; misericórdia, ao contrário, não dá o que o outro merece.

Os processos de maturidade acontecem sem flagelos; só quem se sente amado tem segurança para humanizar-se. Quem não sabe lidar com as suas sombras e luzes vive em negação. Tropeçar, falhar, cair, falir, são verbos conjugáveis. Só os hipócritas procuram se convencer de que alcançaram a perfeição. Nenhum Pai amoroso é implacável com as inadequações dos filhos. Soli Deo Gloria.

Deus é escritor e os que querem se achegar a Ele devem aprender a gostar de ler.

A ditadura dos tolerantes

A revelação da lei moral de Deus, caso aceita, obrigaria as pessoas a obedecê-la, acabando com a noção de preferência. A Modernidade propõe que a lei moral seja uma construção humana, restrita à cultura e ao tempo de sua elaboração; caso aceitasse que provém de Deus, reconheceria que todos, em todas as épocas, deveriam obedecê-la.

Por mais que seja necessário um avivamento de oração, piedade e leitura da bíblia, ele será inócuo se a igreja não se conscientizar que Deus é pai, que os crentes são apenas pecadores salvos pela a graça e sua missão é tão terrena quanto espiritual.

A virtude só será verdadeiramente nobre quando for uma escolha em contraposição ao vício. Na ética, o estudo das escolhas é fundamental na determinação do bem, pois as escolhas só podem ser consideradas virtuosas quando do outro lado há verdadeira opção.

A bigorna onde forjam-se e destroem-se sonhos chama-se tempo.

Mais fácil conquistar uma cidade inteira que o amigo ferido.

Li muito e aprendi pouco, mas o pouco que aprendi me estimulou a continuar lendo muito.

Tempo que foge!

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembléias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos à limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: – Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar dando explicação aos medianos se estou ou não perdendo a fé, porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

Ricardo Gondim
“Creio, mas Tenho Dúvidas”, Editora Ultimato, página 107

Nota: A autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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Contei meus anos e descobri
Que terei menos tempo para viver do que já tive até agora
Tenho muito mais passado do que futuro
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas
As primeiras, ele chupou displicentemente
Mas, percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades
Inquieto-me com os invejosos tentando destruir quem eles admiram
Cobiçando seus lugares, talento e sorte
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas
As pessoas não debatem conteúdo, apenas rótulos
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos
Quero a essência... Minha alma tem pressa
Sem muitas jabuticabas na bacia
Quero viver ao lado de gente humana, muito humana
Que não foge de sua mortalidade
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

Ricardo Gondim
Creio, mas Tenho Dúvidas. Editora Ultimato

Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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Cristo contradisse a religião. Segui-lo não é fuga, mas coragem; é abrir mão de delírios otimistas para enfrentar a realidade com realismo.

Não gaste tempo com melindres bobos, você vai se tornar no máximo um velho rabugento.

As virtudes são mais caras do que os vícios. Ser medíocre não custa muito é barato.

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

Ricardo Gondim

Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, a minha alma tem pressa.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial.

Ricardo Gondim

Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral ou semelhante bobagem, seja ela qual for.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de deus.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena. Basta o essencial!
(Do livro Creio, mas Tenho Dúvidas, Editora Ultimato, página 107)

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço...
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos quero a essência, minha alma tem pressa.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora e não foge de sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena e para mim basta o essencial.

Ricardo Gondim

Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.

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