Poesia do Preconceito Vinicius de Morais

Cerca de 119563 frases e pensamentos: Poesia do Preconceito Vinicius de Morais

REVERÊNCIA

minha tristura
saúda a lágrima
e nesta usura
a vida é estima
na ternura
se em baixa ou em cima
saúdo a loucura...

no silêncio, um covil
solidão
tudo é funil
só amor é coração
e possível
com emoção...
O resto falível!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AMANHÃ

pendulando a hora
vai-se
o dia embora
sem tir-te
penhora
e além de...

segundo a segundo
entardecer noto
tão rotundo
tão remoto
do hoje moribundo
pro amanhã ignoto...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DIFERENTE

Pois quero parir a um soneto
Sangrado do amor adjacente
Que seja preciso e reluzente
E vire insígnia no meu projeto

Terá que vir do sol poente
De verso livre e irrequieto
Num abstrato tão concreto
Que me doe integralmente

Em cada tom, infinito teto
De textura tão irreverente
Que nunca vire obsoleto

E de tão querer o diferente
A mesmice torna decreto
E o soneto, repetido objeto

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PARADOXAL

Como quisesse poeta ser, deixando
O estro romântico, espaço em fora
O amor, ao reconhecer sem demora
A seleta face, abriu o ser venerando

Encontros e desencontros, cortando
Caminhos e trilhas, percorri: e agora
Que nasce a poesia, o poema chora
E chora, a rima passada, recordando

Ó, estranha sensação despropositada
Tão saudosa como se fosse “In Glória”
Invade o poetar sem ter um comando

Assim por larga zanga aqui pousada
Me vejo perdido, triste nesta oratória
Quando poderia êxito estar versando

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 de dezembro de 2019 – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

DE VOLTA

Aqui vai o meu olhar de volta, pro vazio
pois pra mim o céu aquietou, emudeceu
depois que o seu silêncio me escreveu
a distância e, a poesia ficou com fastio

Se tudo tem seu tempo, em mim doeu
ao deixar o seu gosto sem o seu feitio
ao sentir que já me esqueceu, arrepio
e que no seu amor, não tem mais o meu

Olha pra mim, só restou a minha metade
dum coração solitário, onde, eu sou réu
e neste cancioneiro, está triste fatuidade

Se ainda ouve de mim uma canção, eu
ouço o seu suspirar na minha saudade...
Que grita, uiva, na poesia deste plebeu.

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO MALFERIDO

Foste a quimera maior da minha vida
ou talvez a irreal... Evidente e ausente
contigo o amor foi no ter vorazmente
contigo, também, a alma foi repartida

Partiste, e a trova não mais te ouvida:
arde-me a inspiração, lota o presente
no cerrado agoniado fica o sol poete
num amargor da memória malferida

Amor extremo, minha perda e ganho
penitência e regozijo, dor sussurrante
um anacoreta de sentimento estranho

Sinto-me vazio, e na noite te escuto
delirante anseio, sentir sem tamanho
na vastidão do suspiro de um minuto...

© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 08 de dezembro, 2019

Inserida por LucianoSpagnol

Dói

Dói tudo o que já era
Tudo que não mais está
A dor que um dia não quisera
A saudade que permanecerá
O ontem no hoje não se espera
Cada dor doida lacera a poesia
Após o inverno, a primavera
Amanheceu, já é outro dia!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio de 2019
Cerrado goiano
paráfrase Fernando Pessoa

Inserida por LucianoSpagnol

EXÍLIO

A saudade que suspira, separada
Do teu cheiro, nos olhos a chorar
Me vejo, com a dor ali estocada
De um coração sufocado a gritar

Não basta saber que pude amar
Nem só a paixão ter sido alada
As amarguras tomaram o lugar
Dos gestos, a alma está talhada

Na ausência, de teus beijos, dor
As desventuras que fazem sofrer
Me consomem neste torto poetar

É um exílio cheio de amargo clamor
Em ter a emoção distante pra valer
Neste silêncio de não poder te tocar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de maio, de 2018
05’30”, Cerrado goiano.

Inserida por LucianoSpagnol

Em Você

Encontrei tranqüilidade e calma,
Consolo para a minha solidão,
Acalento aos desejos da alma,
Verdade nas palavras do coração.
Em você...
Os dias amanhecem em euforia,
As tardes são cheias de alegria,
As noites já não são mais frias.
Encontrei você...
Com luz de sonhos e vitalidade,
Com oferta de amor nas mãos,
Com um sorriso que traz realidade,
Com um olhar de candura de uma flor,
Com o corpo cheio de abrasador calor.
Encontrei em você...
A possibilidade de então ter
Deste amor poder viver
Para sempre a ti pertencer
Em você encontrei...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13/11/2007

Inserida por LucianoSpagnol

O grito

A angústia morde os lábios
Árido de tanta perturbação
A alma gretada cata os sábios
Fundamentos do terno coração
Ardendo o pedido de socorro
Sufocados no amorfo pulmão
Onde a erudição se faz forro
E manta das quedas do coração
O corpo chora as agonias
E o alarido estridente uivo aflito
Tentando cuspir arrelias
Das entranhas num seco grito

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
06/08/2012, 18’58”
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Regresso I

Lá vou eu com a saudade na mão
Sendo levado ao sabor do fado
Respingando as lembranças pelo chão
Triste tormento este suspiro calado

Pobre dor esvaída
Roja no afeto como tudo
No pesar lhe dando vida
E no sonho uivo agudo

Agora jaz na direção
Do fado em seu acato
Parte comigo na emoção

O me dar ( ao pai) que me alimenta
De gratidão e esperança numa volta
Vou embora. Regressar me acalenta

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
05/08/2012, 05’59”
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Cardoça na roça

Na roça se vai de carroça
O burro puxando a joça
A moça ao lado da choça
Se protege da cardoça
Que na palhoça cai
Numa estridente coça
E dali ninguém sai
Com tanta cardoça
E poça no terreiro, ai... ai...
Pois de carroça se volta da roça

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Palavras

Conjunto de sons articulados
Quando de gestos de amor
Ao coração tem significados
Quando de brilho no olhar
Ao espírito vem acariciar
Quando redige sorriso
Aquece a alma, tira o griso
Quando repleta de emoção
Denota histórias de paixão
Quando de lágrima furtiva
Vem da operação acusativa
Quando sem sensibilidade
Ao medo traz autoridade
Quando nos da liberdade
Dá asas, sonhos, finalidade
Sempre expressando a nós
Diversidade. Desatando os nos
Que deixa o nosso viver calado
Aí então grifa elocução ao fado...
Palavras, sentimento ortografado

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Sou um asno
Eu sou mesmo um asno,um grande asno.Pois não é que desconhecia que sustento famílias de vadios,de bandidos,de criminosos,sustento.E não sabia disso.Aliás,desculpa-me,leitor,talvez também não saibas que sustentas vadios.E a leitora trabalhadora também.
Vou transcrever um texto que tirei da Zero Hora,nosso jornal no Rio Grande do Sul(Amada querência).A notícia diz assim:"Uma medida do Governo Federal está causando polêmica.Trata-se do auxílio-reclusão,usado para manter estruturadas as famílias de detentos.Em questão-diz o jornal-não está a concessão do benefício,mas o valor,que em primeiro de janeiro de 2010,subiu para R$798,30 por dependente".A nota do jornal termina com está observação:"O valor ultrapassa o do salário mínimo nacional,que é de R$510".
Leste bem,leitor?Leste bem,tu que daqui a pouco vais pagar Imposto de Renda,um imposto cujo dinheiro vai servir para sustentar famílias de camaradas que se atreveram fora da lei?E o povo lhes garante o bem- estar de suas famílias.
Sim,e os familiares das pessoas que foram vítimas,que foram assassinadas,assaltadas,humilhadas,vilipendiadas,estupradas,tudo,de tudo,qual é a assistência que recebem?
Tem cabimento que dependentes de criminosos sejam sustentadas pelo povo e pelas vítimas dos bandidos,tem cabimento?
"Estamos debruçados sobre os precipícios do fim do mundo".
Que nojo deste país,que nojo deste "governo",vou lá fora vomitar.

Inserida por mfernandes2005

Meu jardim de saudades
Verde catedral marinha
E cuja reza caminha
Pelas roboantes naves.

Ai flores do verde pinho
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'a perderam no caminho.

Revejo-te e venho exangue,
Acolhe-me com piedade
Longo jardim da saudade
Que me puseste no sangue.

Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.

A tua alma em mim existe
E anda no aroma das flores
Que te falam dos amores
De tudo o que lindo e triste.

A tua alma com carinho
Eu guardo-a e deito-a a cantar
Das flores do verde pinho
quelas ondas do mar.

Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.

Inserida por NewtonJayme

Nem montanha nem mar,
Nada neste mundo,
Pode nos manter separados.
Porque esse não é o meu mundo.
Você é..."

Neste mundo preto e branco,
eu vou procurar as profundezas
da terra e os céus sem limites para você ...

Inserida por victoriak

"_ O que ensinam pra você na escola Hans-Thomas?
_ Perguntou meu pai.
_ A ficar sentado na carteira sem perguntar nada.
_ Respondi.
_ Está aí uma coisa tão difícil que a gente precisa de anos para aprender."

Inserida por Tthiago

Sem que você saiba
Há um anjo que te guarda
Ele guarda os segredos
Da cura e proteção
Um Anjo caído
Procura alguém pra guardar
E dança um tango
Sem par e sem parar
Sem que você peça
Sempre haverá
Abrigo pro frio do inverno
A brisa na febre do verão
Quem salva quer salvação
Canta só pra ouvir a canção
Procura como um louco procura
A própria cura
De bar em bar em bar
Afim de encontrar
Abrigo pro frio do inverno
A brisa na febre do verão
Quem salva quer salvação
Canta só pra ouvir a canção
Procura como um louco procura
A própria cura
Anjo da Guarda ajuda-me
Anjo da Guarda ajuda

Inserida por andys2

Severino Pinto cantando com Lourival se auto-elogia:


No lugar que Pinto canta
Não vejo quem o confunda
O rio da poesia
O meu pensamento inunda
Terça, quarta, quinta e sexta
Sábado, domingo e segunda.


Lourival prontamente responde:


Sábado, domingo e segunda
Terça-feira, quarta e quinta
Na sexta não me faltando
A tela, pincel e tinta
Pinto, pintando o que eu pinto
Eu pinto o que Pinto pinta!

Inserida por razack

Pega minha mão, abre o coração
pro novo amor chegar
Pega minha mão, me leve para algum lugar
deixe o amor entrar

Inserida por dreamwithit

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