Poesia do Preconceito Vinicius de Morais
E há aqui um fim.
Finda-se aqui um relacionamento com uma pessoa brilhante, espero que um bom futuro a aguarde. Eu sinto certa inquietação, não foi um término ruim, nem um relacionamento ruim, diria que me inquieto pela dúvida que surge em minha jornada e de como voltar a minha rotina de solteiro 3 anos atrás, mas ao mesmo tempo me anima ver as possibilidades financeiras que agora me surgem. Eu estou ansioso para meus próximos passos e amedrontado.
E há aqui um recomeço.
MINHA MÃE
Ela é a Dona Nega
E vale mais que ouro
Seu abraço é uma riqueza
E seu sorriso é um tesouro
Minha alma é a espada
A espada é minha alma
Na forja esta a espada
Na forja Deus forja minha alma
Ao som de marteladas se molda a espada
Do calor se fortalece a alma
Na água se esfria a espada
E nesse ciclo se forja a espada da alma
Olá leitores, como estão?
Eu já estive menos pior, percebi que estava negando o que sentia para superar o que sinto pela minha ex-noiva. E agora estou acolhendo esse sentimento como parte de mim, estou deixando de lutar contra. Espero que melhore o que sinto.
Eu estou sendo acompanhado por um psicólogo, é bom ser ouvido mesmo que sobre minhas doidices e sentimentos mais íntimos por alguém sem envolvimento.
E a novidade mais surpreendente, alguém compartilhou uma publicação minha, o poema da espada. Não sei se fico feliz ou triste.
Já senti dor, já senti dor e confundi com amor.
Já chorei, já gritei e por tudo me culpei, já cavei tantos buracos no meu nome achando que fui eu que errei.
O amor tudo pode curar e tudo pode adoecer
Tudo pode preenher e tudo pode esvaziar
Tudo pode colorir e descolorir
O amor tudo pode
E eu tudo sofro.
Todos me negam a culpa
eu mesmo me nego a culpa
Mas em meu âmago a culpa nasce
Nasce em cada erro
Nasce naquele dia de dor
Nasce naquele fim
Existe um começo após fim?
PRA ALÉM DO CERRADO
Para além do barranco do cerrado
Talvez só a estrada, ou um castelo
Talvez nada além dum olhar singelo
Porém, pouco importa, vou levado
Enquanto vou, aos devaneios velo
E os gestos postos no chão arado
Lavro cada sentimento denodado
Não sei e nem pergunto, só prelo
De que adianta querer qual lado
Se o fado é tão diverso no paralelo
E as curvas reveis no discordado
E para aquilo que não vejo, o belo
Sorriso, a mão do amor, ofertado
Assim, refreio passada com flagelo
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO DE UM AMOR PROIBIDO
Da paixão surgiu o meu eu encantado
Do silêncio, suspiros sem sons ledos
Engasgados como são nossos medos
Onde o inviável está ali aprisionado
Aqui confesso, então, estes segredos
D'alma que vai com o perigo ao lado
Desgovernado sem o tempo marcado
Pávido e, com os sentimentos vedos
Triste o afeto que quer ser enamorado
E se queima em aventurosos folguedos
De ilusão, que não deveria ser desejado
O que é rochedo é o amor proclamado
Tudo passa, é passageiro, só enredos
E este, proibido, é um amor agoniado...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
TEMPO EM SONETO
Se tempo é a minha fortuna, quero ir além
Ter quem, no essencial tempo para amar
Tempo nas palavras pra falar com o olhar
Tempo no tempo pra ter tempo, também...
Porém, que este tempo traga um lugar
Que se possa no tempo confiar a alguém
Tempo ao tempo que esperança contém
Criando tempo no meu vário caminhar
Se tempo é tudo que tenho, me convém
Aprecia-lo com tempo, assim, respeitar
Cada tempo que o tempo no fado detém
Então, no tempo eu ter afeto sem desdém
E cada detalhe do tempo, o bem embalar
Sem objeções e ofensas ao tempo... Amém!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Tem quem venha
e tudo tenha
os que passam e tudo passa
neste passado, caçador e caça
os que deixam marca
e o não marcado, embarca
pra não mais, os sem valia
também tem, ainda bem
são os que ficam na poesia...
© Luciano Spagnol
15/05/2016
Cerrado goiano
Poeta mineiro do cerrado
NO CHÃO DA PARAÍBA (Tereza Norma)
De volta ao seu chão, nordestino
Pés, nos pés da sua Paraíba
Neste regresso, és sol matutino
Reencontro, onde o orgulho arriba
Nos braços e nos abraços, oxente
Cada traço riscando o seu cristalino
Es destino, em um destino resistente
Distante, e ainda daí. Oh, menino!
Apesar da aparência de estradeira
Tal onipotente é o amor Divino
Assim, também, és forte videira
Na fado um espírito peregrino
Tua terra, do Nordeste, Norma Tereza
Resvala nas lembranças hospedeira
D’Alma, porém nesta tal correnteza
Jorra a tua saudade verdadeira...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2018, maio.
Cerrado goiano
Aos mestres com carinho...
Aquele que transmite o que aprendeu
Aprende ensinando, ensina o caminho
Nossa reverência ao sábio no apogeu
Da dedicação, os que redigem a educação
Sacerdote da instrução, das letras, do liceu
Gratidão eterna aos formadores de cidadãos.
As inspirações são sempre latentes... Basta abrir a porta da alma de uma forma ou outra para fluir sentimentos escritos...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
RONDA SILENCIOSA
Solidão cerrada, aquietada, escura
Afora a janela, o cerrado tão calado
Na imensidade do céu não fulgura
Um só brado, um ermo imaculado
Cá dentro, a mudez flébil murmura
E a melancolia no vento é fustigado
Escoriando a alma, áspera candura
Em um rasgar do silêncio denodado
Ecoa surdamente sôfrega bofetada
De escora frouxa, completamente
Aflando ali a apertura tão abafada
E, a letargia, assim, vorazmente
Faz tácitos claustros de morada
Em ronda silenciosa, lentamente
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
noite fria
de nada vale orelha de cobertor
sem ter companhia...
a companhia do meu amor.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 13 de dezembro de 2015
E, Por Falar de Amor
Hoje acordei com o coração aos espinhos
De uma saudade
Sem os teus carinhos
Imensidade
Esta solidão
Que poeta pela metade
Versos de emoção...
Pelas lágrimas um aroma rijo
Do árido sertão
Um esconderijo
D’Alma na contramão
Do teu olhar...
Me agarrei no timão
E a navegar
No mar de suspiros
Pus-me a chorar!
Hoje acordei com o dia empanado
Escuro
Você não estava ao meu lado
Tudo era vazio, impuro
Coalhado
Duro
Propalado...
Desconjuro!
Eu só queria ser carregado
Dali
Pelo desejo imaculado
Que sempre tive de ti
E não essa dor
Que hoje senti
Ao falar de amor
Aqui!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 10 de dezembro, 2019
ENFADA DANÇA
Oh, meu melancólico sofrimento
Por que no silêncio recomeças
Ritmando o árduo sentimento
Numa agitada dança, as pressas
Eu vago sozinho pelo lamento
Na solidão, que queres?... Peças!
No dia, na noite, és só firmamento
Assim, sem que nada te impeças
Tu danças ao amuo do vento
Ao relento, trazendo o medo
E o pranto. Oh doce fomento
Um enredo... sou desesperança
Vago só e errante neste lajedo
E tu me leva nesta enfada dança
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/12/2019, cerrado goiano
ARIDEZ NO CERRARDO
A sequidão ainda a porta
Lá fora, por aí, acinzentado
Espalha o sertão com vida semimorta
Brilhante o sol roborizado
A secura parece que corta
E o silêncio destrói...
À melancolia pouco importa
Em nada corrói
E aos sonhos, não comporta...
Aridez, rodeia a minha casa
Com uma manta marrom de poeira
Em algum lugar você dorme, em brasa
Em algum lugar, assim, como queira!
Não ao meu lado, desasa...
Junho se vai lentamente
Em algum lugar, longe
Como eu, o teu sono ausente
Inconstante, monge...
Você está em algum lugar
No meio da minha saudade
Não vai entender, vai julgar
Dessaber, do amor, deslealdade...
O vento está girando ao lado
O pequizeiro está tranquilo
O meu poema está fustigado
Embriagado a ilusão, restilo
Escassez, de você no cerrado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/12/2019, cerrado goiano
copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol
A terra respira apesar dos pesares
Do homem de lata sem saber amar
Trazes vida a solicitude da natureza
Se, o mundo amasse como ela (mãe), não jazeríamos em meio a tantas incertezas.
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