Poesia de Trabalho e Familia
Quero tocar em você , como músico experiente
com a genialidade de quem manuseia
um ...violão
Solene, terno e apaixonado como uma guitarra .
E com a simplicidade de quem faz amor no
milharal
Assim...
Sagrado, ao mesmo tempo que carnal!
Vou tocar tua alma,
mas antes vou dedilhar as cordas do teu corpo.
Doce S.I.S
É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente,
precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai
pra onde?
E naquele momento eu pensei que poderíamos ser
infinitos se fossemos música.
Entorpece-me em teu perfume de mulher
Atravessaria até o infinito só pra te encontrar
Depois me perderia, bem fundo no seu coração
Mesmo que nos olhemos por pouco tempo
Já é o suficiente para nossas fantasias se exporem
Susura no meu ouvido que quer me dominar
Doce S.I.S
E foi pensando nos "NÃOS" que ela me dizia ...
Quem pode entender o ser S.I.S sob a lógica plenamente humana , imagina
que um sim é sempre algo positivo e um não é sempre uma negativo . Quem
poderá entender a S.I.S , imagina que todo gesto de repulsa e ódio é uma
manifestação de desaprovação ou desamor para quem não a conhece . E que
toda palavra carinhosa é um sinal vivo e óbvio de um sentimento amoroso
verdadeiro e pleno uma espécie de abraço gentil.
Sim, alguns gestos carinhosos refletem amor de fato. Algumas palavras e gestos
agressivos e virulentos representam ódio. Mas nem sempre esta lógica funciona
quando se olha atentamente para a doce S.I.S, pois ela é muito complexa e ela
não pode ser adestrada como uma Águia e nem sempre os que sentimentos dela
são o que pensamos. E em muitos casos nem sabemos exatamente a extensão e
a profundidade desta desconexão entre aquilo que sentimos, pensamos, falamos
e fazemos ao estar junto dela tudo parece desconexo e estranhemente
sobrenatural .
Histórias mirabolantes, poemas cheios de fantazias e versos ricos de amor
podem se ouvir e ler , escritos ou falados por quem esteve perto de S.I.S; Para
simplesmente não rasgarmos completamente a pele da alma em mil pedaços.
Para suportamos o insuportável. Para acreditarmos no insólito e desacreditarmos
naquilo que brilha diante de nossos olhos , haaa aqueles olhos amendoados e tão
profundos e belos como a rubis .
S.I.S
Média
A manteiga dá o sal,
o pão amansa a fome,
a rua vira quintal...
Mas a média é sempre fria
(mesmo que fervente)
Quando servida
por um estranho
a uma mulher de pé,
sozinha,
na padaria.
(Verônica Marzullo)
Há se não fosse em silencio,
de nada falaria.
-Quando falo, "pouco digo".
Mas quando calo, um universo inteiro me fala d'aquilo que no meu pouco digo,
De nada falaria.
Gentes estranhas com seus olhos cheios doutros mundos
quiseram cantar teus encantos
para elas só de mistérios profundos,
de delírios e feitiçarias...
Teus encantos profundos de Africa.
Mas não puderam.
Em seus formais e rendilhados cantos,
ausentes de emoção e sinceridade,
quedas-te longínqua, inatingível,
virgem de contactos mais fundos.
E te mascararam de esfinge de ébano, amante sensual,
jarra etrusca, exotismo tropical,
demência, atracção, crueldade,
animalidade, magia...
e não sabemos quantas outras palavras vistosas e vazias.
Em seus formais cantos rendilhados
foste tudo, negra...
menos tu.
E ainda bem.
Ainda bem que nos deixaram a nós,
do mesmo sangue, mesmos nervos, carne, alma,
sofrimento,
a glória única e sentida de te cantar
com emoção verdadeira e radical,
a glória comovida de te cantar, toda amassada,
moldada, vazada nesta sílaba imensa e luminosa: MÃE
A minha dor
Dói
a mesmíssima angústia
nas almas dos nossos corpos
perto e à distância.
E o preto que gritou
é a dor que se não vendeu
nem na hora do sol perdido
nos muros da cadeia.
Somos fugitivas de todos os bairros de zinco e caniço.
Fugitivas das Munhuanas e dos Xipamanines,
viemos do outro lado da cidade
com nossos olhos espantados,
nossas almas trançadas,
nossos corpos submissos e escancarados.
De mãos ávidas e vazias,
de ancas bamboleantes lâmpadas vermelhas se acendendo,
de corações amarrados de repulsa,
descemos atraídas pelas luzes da cidade,
acenando convites aliciantes
como sinais luminosos na noite.
Viemos ...
Fugitivas dos telhados de zinco pingando cacimba,
do sem sabor do caril de amendoim quotidiano,
do doer espáduas todo o dia vergadas
sobre sedas que outras exibirão,
dos vestidos desbotados de chita,
da certeza terrível do dia de amanhã
retrato fiel do que passou,
sem uma pincelada verde forte
falando de esperança.
Súplica
Tirem-nos tudo,
mas deixem-nos a música!
Tirem-nos a terra em que nascemos,
onde crescemos
e onde descobrimos pela primeira vez
que o mundo é assim:
um labirinto de xadrez…
Tirem-nos a luz do sol que nos aquece,
a tua lírica de xingombela
nas noites mulatas
da selva moçambicana
(essa lua que nos semeou no coração
a poesia que encontramos na vida)
tirem-nos a palhota ̶ humilde cubata
onde vivemos e amamos,
tirem-nos a machamba que nos dá o pão,
tirem-nos o calor de lume
(que nos é quase tudo)
̶ mas não nos tirem a música!
Lição
Ensinaram-lhe na missão,
Quando era pequenino:
“Somos todos filhos de Deus; cada Homem
é irmão doutro Homem!”
Disseram-lhe isto na missão,
quando era pequenino.
Naturalmente,
ele não ficou sempre menino:
cresceu, aprendeu a contar e a ler
e começou a conhecer
melhor essa mulher vendida
̶ que é a vida
de todos os desgraçados.
E então, uma vez, inocentemente,
olhou para um Homem e disse “Irmão…”
Mas o Homem pálido fulminou-o duramente
com seus olhos cheios de ódio
e respondeu-lhe: “Negro”.
De todas as palavras escolhi água,
porque lágrima, chuva, porque mar
porque saliva, bátega, nascente
porque rio, porque sede, porque fonte.
De todas as palavras escolhi dar.
De todas as palavras escolhi flor
porque terra, papoila, cor, semente
porque rosa, recado, porque pele
porque pétala, pólen, porque vento.
De todas as palavras escolhi mel.
De todas as palavras escolhi voz
porque cantiga, riso, porque amor
porque partilha, boca, porque nós
porque segredo, água, mel e flor.
E porque poesia e porque adeus
de todas as palavras escolhi dor.
Amai
Coisas que nos fazem bem
O amor, por exemplo,
Sendo o mais profundo
E que nos alcance
Que traga paixão
Que venha com alegria
Como uma melodia
Que embala o coração
RESPINGOS
Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,
Pérsio Mendonça
INFAME AMOR
Amo sem restrição, sem contrição,
história sempre escrita, sem aflição,
você chega vestida de pele com riscos
pretos, azuis, verdes, de toda cor
e na sua boca me jogo, me arrisco,
feito pedra atirada com peso de flor.
Falo devagar palavras que o coração diz,
sentimentos que me chamam, feliz.
E por gostar desse tanto, que não meço
apenas te peço que me dê apreço,
me acolha em teus seios e meios,
por inteiro, sem medos ou receios,
que me inscreva no teu bem querer
com a tinta que corre e percorre tuas veias.
Quero ser sua melhor invenção, intenção
existente entre a mulher e a sereia.
Vem, me fotografa com teus olhos profundos,
me lança na chama que o desejo reclama
e inunda com teu orvalho quente e fecundo
que perfuma como um jardim nossa cama,
me leva pelo teu corpo, feito semente
a se esconder pequena e se revelar imane
quando chega o prazer mais conveniente,
que faz de nós dois felizes amantes infames.
INFAME AMOR
Amo sem restrição, sem contrição,
história sempre escrita, sem aflição,
você chega vestida de pele com riscos
pretos, azuis, verdes, de toda cor
e na sua boca me jogo, me arrisco,
feito pedra atirada com peso de flor.
Falo devagar palavras que o coração diz,
sentimentos que me chamam, feliz.
E por gostar desse tanto, que não meço
apenas te peço que me dê apreço,
me acolha em teus seios e meios,
por inteiro, sem medos ou receios,
que me inscreva no teu bem querer
com a tinta que corre e percorre tuas veias.
Quero ser sua melhor invenção, intenção
existente entre a mulher e a sereia.
Vem, me fotografa com teus olhos profundos,
me lança na chama que o desejo reclama
e inunda com teu orvalho quente e fecundo
que perfuma como um jardim nossa cama,
me leva pelo teu corpo, feito semente
a se esconder pequena e se revelar imane
quando chega o prazer mais conveniente,
que faz de nós dois felizes amantes infames.
RESPINGOS
Pinga a chuva, preguiçosa, lá fora,
escorre no vidro qual lágrima fria,
céu preto, névoa clara, fotografia,
pinga tinta de minha pena, apenas...
Verto em gota triste pela menina,
dos olhos, perda que me devora,
nuances da felicidade, de outrora,
pinga meu verso silente, nascente...
Despeja salgada, na pele olvidada
a marca indelével da dor inaudível,
que um dia julguei seria impossível
pinga goteira em tímida, cachoeira...
Ritmado compasso ocupa o espaço
crescendo em flor na forma de dor,
aponta para um outro sol seu calor.
pinga tinta de minha pena, apenas...
pinga tinta de minha pena, apenas...
Machucados de uma vida.
De um sofá ao outro pular
Por um rio de lava passei;
sem me machucar
Ao cair mamãe vem aqui
-meu filho com um beijinho vai sarar.
Na rua cair,
A bola chutar,
O tampão do dedo sair ,
E eu quase não me importar.
Ladeira descer, o sangue escorrer.
Pra casa voltar.
“eita roupa suja! Vou apanhar!”
Na escola cresci, muitas coisas aprendi.
Quem eu amo não me ama.
É ai que o coração engana.
Voltar pra casa sem demora
- Eu odeio a escola!
Da escola sai, mas não sabia o quanto ia doer.
Pior fase da vida passando
Na faculdade vai se formando.
Tanto tempo passou.
Aquela amizade acabou.
Um novo amor surgiu.
Achei que não iria mais sentir dor...
Mas, dessa vez um beijinho não sarou.
Tanta falta vai fazer, aqueles que me ajudaram crescer.
Agora é minha vez.
Posso dizer que cresci.
Pois estou na cozinha fazendo o jantar.
- paiii! Vem aqui!
Era meu filho a me chamar.
- deixa eu dar um beijinho que vai passar.
12/08/2016
Refletindo ...
Raros momentos,
perplexidade no olhar,
uma folha que cai,
um grito de ai,
aquela folha desfaz e,
fecha seu ciclo.
Banal é,
não banalizar,
o que fora,
banalizado,
a folha que cai,
não tocou o solo,
está caindo,
juntando-se as outras,
juntando-se ao todo,
retornando para
a alma-máter
natural.
Os dias passam devagar
Não chego em nenhum lugar
Nessa vida entediante
Vivo tentando me encontrar...
Espacial!!
És poeta infinita,
que no fundo infinito
do Universo imenso,
onde,
recupera-se sílabas,
palavras e,
frases escondidas,
em pequenos
ternos falares,
continue,
nos amando,
com palavras espaciais.
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