Poesia de Pureza
Eu escrevo por você...
Eu escrevo apenas o que eu sinto,
o que me vem ao pensamento.
E quando escrevo sobre amor,
é porque amo mesmo, não minto!
Eu escrevo o que minha alma diz,
o que os lábios não conseguem dizer.
Não quero aplausos de poeta,
mas teu amor eu quero, sempre quiz!
Marta Gouvêa
TANTO (soneto)
Que importa, oh sonho! Se sonhei tanto
Se por ti, tanto e mais tanto, estou aqui
E hoje, pra não ver os olhos em pranto
Vejo o tanto de estórias que eu escrevi
Agora são meus fados, cheios de encanto
Dum destino intenso, que sonhei, e vivi
Se truncados, me foi tanto, que são canto
Cantando tanto, que tanto não esqueci
Se o passado se esvai, o futuro no entanto
É presente na minha felicidade, entretanto
A saudade dói, de não tanto, ter tanto mais
Portanto, o milagre de se ser, eu aprendi
Foi tanto amor, que nele eu tanto construí
E estes tantos na alma, nunca são demais
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
ALGO MAIS (soneto)
Eu queria ir além, algo mais que quimera
algo que me abrase, que me punge, arda
e não só consuma o íntimo que acovarda
mas que tirasse o desejo da eterna espera
Queria deixar a alma no tempo acordada
Para ter vivido algo mais, mais primavera
Sem amargar solidão, sem poesia parda
Ou tão pouco, a alegria em uma cratera
Eu queria ter algo mais que um lamento
Queria lembrança de um beijo tatuado
Um olhar eternizado e não de momento
Com tão pouco de mim, e o poetar calado
Eu queria algo mais, sem um sangramento
Dum amor que não tenho... e não só desejado!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
BEIJO NA BOCA
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
Se eu lhes de beijo na boca
eu lhe dou meu coração
beijo na boca, não.
O tic tác do meu peito
esta movido ao meu universo
seus lábios são mel de flores
você é paixão, eu confesso
beijo na boca, eu peço
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
se eu lhes de beijo na boca
eu lhes dou meu coração
beijo na boca, não.
Mas quem dera o seu beijo
orvalho, chuva e poejo
com essa vontade louca
se eu lhe der beijo boca
desembesto o meu desejo.
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
Se eu lhes de beijo na boca
eu lhe dou meu coração
beijo na boca, não.
Antonio Montes
TRETA
São eles, são eles...
Os mandões lá de cima
a velejar em mares de lama
causarem danos e danos...
Desfolharem nosso tesouro
para depois debruçar os frutos
em outros oceanos.
São eles, a provocar o chorar da misera,
rios de lagrimas em nossas vidas
causadores do aborto da esperança,
são eles a causarem, apologia do poder,
lagrimas e desespero da fome,
desconcerto harmônico da família
a falta de esperança no coração do homem.
São eles... O disparate do poder
descarte da dignidade
funeral da integridade e da ética,
são eles, são eles..
São eles os mandões do nosso pais.
Antonio montes
REVERDECER
Passaram-se todas as estações,
e com elas...
As cores da minha pandorga
a balançar sobre os fios do tempo
pendurados em sentimentos eletrificados.
Só a primavera restou...
Toda notável, cheia de flor,
andam dizendo,
que a primavera reflete amor!
É pode ser... Jardins se enche de verde
galhos se renovam, e a felicidade...
Brota sobre os rostos do futuro.
Os sorrisos florescem diante do renascer
e se expandem pela avenida da vida
e o cheiro do nascimento, permeia o ar
... Tudo é novo...
Novo também, é a vontade de mar.
Antonio Montes
31 de outubro,
DIA DO POETA VIRTUAL...
e nascimento do poeta maior Carlos Drummond de Andrade.
Saudações!
O VERBO POETA (soneto)
Sem metáforas, conjuga-se, o amor
Na oração tudo há, perfeito infinito
Varia nas flexões, e nunca restrito
Na alma, no olhar, soma esplendor
Das conjunções, és o verbo bonito
Nas ordenações, é a junção maior
Regulares e irregulares, num alvor
O poeta, então, grifa o seu escrito
Se a favor, ledices, também há dor
Do verbo amar, o poeta não é finito
Vai além da "sofrência", e do ardor
De qual verbo então é o poeta? Dito:
É o do sonhador. Pois neste condutor
Sabe cantar: quimeras com espírito...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
VACANTE
Aquela caneta seca
jogada ao lixo sem valor
toda tinta d'ela se foi...
Rascunhando o nosso amor.
Hoje sem tinta, não escreve...
Romance poesia, não pinta
a felicidade, não torna visível...
O carinho camuflado em sonhos
nem esboça, lindas frases
d'aquele jardim medonho.
Aquela caneta seca,
jogada ao lixo sem nem um valor
toda tinta d'ela se foi...
Rascunhando o nosso amor.
Hoje sem tinta, não escreve...
Romance poesia, nem pinta,
aquela felicidade, ocultou-se
o carinho camuflado em sonhos
nem esboça aquelas lindas frases...
Fantasias de desejos medonho.
Antonio Montes
VULTO
Não vou mais viajar de mim... Deixar de
me valorizar, para se acoplar e em ti, eu...
Descobri que o único valor desse mundo
que resta para mim, é esse eu aqui.
Quanta e quantas vezes, me peguei
voando de mim, para pousar em você,
e na verdade quando eu te encontrei...
Você fugia do meu querer.
Por isso... Não vou mais viajar de mim...
Para ficar dividindo meu inteiro
... Lhe dá todo valor do mundo
e se enterrar em meus pesadelos.
Aprendi a reconhecer meu valor,
não vou jogar o eu, na lacuna do esmo...
Resolvi que: serei feliz nesse mundo aqui
... Se eu, cuidar de mim mesmo.
Antonio Montes
SONETO DUM AMOR
Aos olhos surdos, estás ainda, presente
No silêncio do cochicho, tua voz é canção
Meus versos mudos, ainda assim, emoção
E aos ouvidos, o teu vulto nunca ausente
Arrastar-me-ia, se coxo, até a exaustão
Pra ter-te em minhas palavras vorazmente
Qual tal aragem arrefecendo inteiramente
A afeição, a inspiração e o meu coração
Sem sentidos, eu te sentiria novamente
Circulando loucamente na recordação
Qual miragem num perfume languente
E sucumbido, ainda assim, em devoção
Ao teu nome, na alma eu bem contente
Versejaria e te poliria com doce exatidão
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
FRÍVOLO
Manhã da roça
bacia de biscoito
vento solto
relincho de potro
sentimento afoito
tudo torto, tudo oco.
Barcaça das águas
fundo do mar morto
rabanada do boto
rosa do porto
olhos loucos
rebolo, tolo.
Pena de poema
tema treslouco
tudo ainda pouco
topada no toco
nesse ninho choco
... Tinoco, broco.
GALGAR
O tempo passa
a gente passa
hoje passa
o passar passa.
O amanhã passa
o ontem passou...
Tudo passa!
E quando o futuro passar
o passado também passa
e tudo fica sem graça.
Antonio montes
Sentir
"Por que devo sentir ?
Por que devo sorrir quando estou feliz ?
Por que devo chorar quando estou triste ?
Por que devo odiar quem me odeia ?
Por que não posso sorrir para esconder a tristeza ?
Por que não devo chorar de felicidade ?
Por que não devo amar meu inimigo ?
Não seria mais fácil ?
Por que não sentir o que ninguém sente ?
Por que não posso ser diferente ?
Afinal, não somos todos diferentes?
Mas ao mesmo tempo iguais"
A discussão sobre a morte
Falamos da morte como inexorável,
às vezes tentando ignorar
sua postura austera,
intransigente, inquebrantável...
Não há entre os homens vivos
nem entre os mortos, entre sábios ou tolos
alguém que saiba responder,
além de delírios ou hipóteses
o que é a morte, nem o que lhe segue,
qual sua verdadeira causa ou intenção...
Poetas e pensadores, não raro a descrevem,
arriscam seus palpites, outros falam em tese:
“a morte é o fim de tudo, ou início de nada.”
a sonhos e a pesadelos se atribui teorias,
doutrinas bem intencionadas...
a morte poderia ser, mas ela não é
não há Por vir, nem De vir,
tudo é abismo e talvez....
Mas se a vida ignorasse a morte,
se não houvesse pesar nem temor,
físico, metafísico ou moral?
A morte não seria o que é
nem o que não é...
a morte é apenas uma rima
que o homem tenta decifrar...
mas lhe falta tempo, espaço e sorte.
Evan do Carmo
O eu poético
O eu poético não sei dizer quando estará em ação
Só sei dizer que algum dia ele me dará a mão
Ou será que não?
De vez em quando
Acho que ele estará faltando
Porém, sei que então
ele está do meu lado aparecendo ou não
Só eis a questão
Se ele gosta de mim ou não.
Será que tem um relógio na minha mão?
SAUDADE (soneto)
Um segundo, não mais que um segundo
o andamento já vivido, num tal lampejo
derretido na lembrança, passado mundo
do tempo no tempo num sucinto cortejo
E neste breve segundo, e tão profundo
o antigo tornou-se não mais que desejo
duma tal recordação, em que me inundo
numa saudade que fala e na alma arpejo
Neste minuto conciso o suspiro oriundo
traz agridoce eternidade... num ensejo
pra amenizar o ser em ser moribundo
E ao final, nesta saudade em manejo
o que teve de valor foi o amor fecundo
que no sentimento... - palpito e adejo!
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
Sobre a verdade
A verdade não é relativa,
não a minha, nem a tua,
a verdade de cada um
é inexorável como o sol,
todos a verão...
Mesmo que a ignorem,
saberão da sua existência
cruzarão com ela
face a face...
Minha verdade
assim como a de Pilatos
não é relativa...
ela não é discurso de Cícero
nem retórica de Homero
ou banquete de Platão.
A verdade é transparente
e purificadora, na tragédia
e na comédia ela revela
a alma do seu agente
expõe o abismo das palavras
a verdade não é divina
a verdade é humana
é a soma das nossas ações.
Evan do Carmo
Letra Bacana
Por: Alexandre d’ Oliveira
Meu poema é livre, minha bossa
é prosa e com isso eu faço que você
sem drama entenda aonde
eu quero chegar.
Que seja de qualquer maneira
assim consiga dentre acordes
maviosos no meu violão
te acompanhar.
Meu ritmo nobre numa letra bacana
enquanto encanto no samba.
Por isto faço prumo
para ouvir você dizer que me ama
e assim entenda o que quero
mostrar morena da cor de jambo.
#alexandrrpoeta.com
ASSEAR
Pela rua a água
lava catacumba
e afoga as magoas.
Mareja a saudade
d'aquele sentimento
e da frágil felicidade.
Enxuga as lagrimas
fincada no tempo
rascunho do desalento.
Pela rua a água
vai lavando as calçadas
as favas e as lavras.
Antonio Montes
INÉRCIA
Dia de finado
... Flores...
rascunho da calma
... Lagrimas.
Dia para chorar a vida
celebrar a morte
E sentir saudade
... Da partida.
Dia de finado
... Lagrimas...
Água da alma
poesia da existência.
Antonio Montes
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