Poesia de Pais de Pedro Bandeira

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Vício

Num chute, a realidade dispersava-se na nublada ilusão. ⁣No espaço entre o sentir e o pensar, eram línguas de fogo queimando-me as entranhas.⁣⁣
Meus topázios vidrados se fechavam, e a ávida ânsia de tirar-te pra dançar apagava-se.⁣
“Mais um chute, só mais um” desejava eu. ⁣⁣⁣
No canto do vasto salão permaneci imóvel, enquanto a música e a vida, lentamente abandonavam-me.

⁠Meu coração brada quando eu te vejo
No peito, sinto uma forte emoção
Como espinhos perfurando uma flor
Isso deve ser coisa da paixão

Só você pra realizar tal feito
O meu coração já te reconhece
Porque cada vez que estou ao teu lado
O meu corpo vibra e o peito estremece.

Em Busca do Ser Infinito Perdido

Em meio ao caos, minha voz ecoa na imensidão,
Gritando pelo nome perdido, numa dolorosa solidão.
Clamo ao universo, em desespero, onde está o ser infinito,
Aquele que me amava, mas que agora partiu, sumiu no infinito.
O amor que era meu refúgio, hoje se dissipou no ar,
Deixando apenas memórias vazias, a me atormentar.
Busco respostas nas estrelas, nas noites escuras e frias,
Mas encontro apenas o eco triste de minhas melodias.
Cadê você, ser infinito que um dia me completou?
Onde está o abraço quente que meu coração aqueceu?
Clamo ao universo por uma resposta, um alento,
Para compreender a ausência desse amor que foi tão intenso.
A solidão se faz presente, como uma sombra a me envolver,
E na escuridão, minha voz se eleva, a implorar por você.
Cadê o ser infinito que se perdeu no caminho do tempo,
Deixando-me aqui, perdido em tristeza e tormento?
Ao universo suplico, que traga de volta esse amor perdido,
Que faça ressurgir a chama que se apagou em meu sentido.
Que essa voz solitária encontre o eco de um retorno,
E que o ser infinito volte a habitar meu peito, eterno.
Nas entrelinhas da prece, escrevo um pedido de resgate,
Para que o universo escute e traga consigo esse amor arrebatador.
Que o ser infinito encontre o caminho de volta para mim,
E que a solidão dê lugar à plenitude, em um abraço redentor.

Harmonia alquímica : Mente e coração ⁠
Na batalha eterna entre a mente e o coração,
Um poema nasce, trazendo reflexão.
Dois guerreiros implacáveis, em conflito profundo, Buscam dominar meu ser, cada segundo.
A mente, racional e sábia, com sua lógica afiada, Calcula, analisa, decide sem hesitar.
Ela traça caminhos, faz planos ambiciosos, Guiada pela razão, conhece os perigos.
Mas o coração, tão pulsante e cheio de emoção, Segue seus desejos com ardor e paixão
Ele dança ao ritmo da melodia invisível, Sente a beleza do mundo, o amor inesquecível.
A mente argumenta, com suas vozes sensatas, Alerta para os riscos, protege de armadilhas fatais.
Mas o coração insiste, insubmisso e audaz, Busca a felicidade, mesmo que seja audaz.
A mente adverte, cautelosa e precisa, Contra ilusões e desilusões que o coração desliza.
Mas o coração, incansável, segue seu curso, Encontrando alegrias e lágrimas, sem remorso.
E assim, nessa batalha constante e sem fim, A mente e o coração travam um duelo sem fim.
Um busca a segurança, o outro a liberdade, E eu, meramente humano, me vejo no meio dessa dualidade.
Mas talvez a resposta esteja na harmonia, Em unir mente e coração, em perfeita sinfonia.
Pois quando a razão e a emoção se encontram, A vida ganha sentido, a felicidade se assoma.
Que a mente seja a bússola, o coração o guia, E juntos, em equilíbrio, trilhemos nossa via.
A mente com seu discernimento, o coração com seu brilho, Construindo um caminho pleno, de amor e trilhas de trigo.
Que essa dança eterna entre mente e coração, Seja a fonte de nossa sabedoria e inspiração.
E assim, em cada escolha e em cada decisão, Encontremos a paz e a plenitude do coração.

⁠“O silêncio da fotografia”
Hoje apenas suas fotos!
Em cada uma delas, registrado o silêncio da fotografia!
Tento captar na imagem, os numerosos momentos, os numerosos sentimentos, as numerosas imagens, pessoas, paladares, sabores e sensações ali confinados.
As imagens gritam, as imagens se movimentam, nos mostram em seu silêncio o quanto somente ela pode demonstrar!
A cada imagem, minha mente busca no mais profundo do consciente, meio que inconsciente, minhas memórias sensoriais, olfativas, auditivas e passo a reviver sua companhia!
A importância de uma simples imagem confinada no silêncio fotografia.

⁠"Antes de tudo se sentir um homem,
daqueles que fazem da fala um punhal,
do verso o memorial,
sem hesitar em morrer por um ideal.

Sem fraquejar por ser leal
ou até pelo que se diz,
sem esvair-se a hombridade,
vê-la evaporar bem abaixo do nariz"

- Trecho do poema "Modéstia", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Apresento-lhes meus motivos meros,
incomodado com a disparidade.
Meus fôlegos reitero,
pois quero só deixar saudade..."

- Trecho de "Araucárias", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"Vejo que a melhor definição
é não definir nada.
Antes fosse só chegar...
... mas vale toda a estrada".

- Trecho de "Aragem", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Por um beijo que não promete ficar,
por um riso que chega de manhã.
De um poeta que não quer calcular
a pergunta que virou campeã.

Atraído por uma paz pagã,
adversando uma guerra santa.
Minha retina hoje é tão guardiã
dessa presença que tanto encanta".


Trecho de "Hipotenusa", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Você é minha eterna rebelde intelectual,
passando junto do café o aroma jovial.
Se a eternidade para você não for possibilidade,
não, não mudo meu verso.

Afinal, minha rima é um espelho do meu tempo,
memoriza um momento,
redesenha o universo,
inviabiliza o final".


- Trecho de "Fotografia de carteira", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Já exercitei tantos flertes
que prefiro roubar-te só uma réstia.
Ladrão de sorrisos
que por elogios leva tua modéstia.

Um par de cortejos
para um milhão de incógnitas.
Quatro olhos vazios
preenchendo-se na repetição das notas".

- Trecho de "Outro dia de chuva", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"Se perfumam memórias,
já voa estático ao seu assento.
A expressão conta histórias,
o olhar segue atento.

O caráter é marginal,
as frases são românticas.
O bardo constrói seu astral,
afia palavras como se fossem lâminas".

- Trecho de "Asfalto", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"⁠Sempre gostei de ver
as gotas caírem no vidro,
assistir a luz
mergulhando nelas.
Talvez em um dia de chuva,
daqueles em que eu
ficava grudado à janela,
você era uma delas".


- Trecho de "Mosaico", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠E se declarar-se por amor
traz a razão que hesito,
há precisão de palavra nenhuma
se o silêncio já ter respondido".

⁠⁠⁠"É sobre uma conversa que se estende
e não a hora cronometrada,
é um beijo não combinado
no relento da madrugada".

Trecho de "Marginal", do livro "Ruas & Rosas".

⁠"Somos soldados sem querer lutar,
adaptados a um sistema que não queremos viver.
Anestesiados com o que "devemos" acreditar
e assim, agradecer o que podemos ter".

Trecho de "A favor do vento", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Uma guerra sem vencedor,
um próprio submundo.
A tortura sem anistia,
um soldado nascendo a cada segundo.

Também se romantiza a periferia,
o lugar que Deus esqueceu.
Casas amontoadas, sustentadas pela revolta,
construídas na abolição que nunca aconteceu".

- Trecho de "Ordem e Progresso" do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Que eu acompanhe justamente
a mudança que
também
nos acompanha...
... sem o direito de escolher.
Ir dormir sabendo que pro dia seguinte
a minha companhia não vai ser necessária,
mas que mesmo assim...
... você vai preferir ter".

"Uma carta que não entreguei à ela", do livro "Ruas & Rosas".

"⁠Meu dia de chuva violeta,
daqueles que derrubam a maquiagem.
Pessoas pelas suas verdades interpretam mentiras,
das quais surgem novas verdades..."

⁠"Afinal, o que posso
fazer de mim?
Pergunto-me ante
qualquer questão;

Mas sempre questiono-me
por quem não teve tal espaço,
pois é um pedaço na caneta
que deixo do coração".

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